| A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z | |
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | Título pt-br | Resumo pt-br | Informe as referências bibliográficas do texto | |||||||||||||||||||||||
2 | ANTONIETAS - Análises das práticas discursivas de mídias jornalísticas pela perspectiva de gênero e outras interseccionalidades | Parte-se da compreensão de que o jornalismo se constitui como importante tecnologia de gênero (Lauretis, 1994), que divulga informações, dissemina e constrói representações que legitimam modos de conduta e moldam a maneira como a sociedade identifica e reconhece os papeis sociais, contribuindo para a perpetuação do sistema sexo/gênero (Rubin, 1998). Esta compreensão se dá, principalmente, em práticas discursivas que evidenciam as desigualdades de gênero e demonstram que o gênero do jornalismo ainda é o masculino (Veiga da Silva, 2014), estruturado em uma base curricular e deontológica constituída de uma perspectiva masculina-cis-hetero-branca-ocidental. Subvertendo estas lógicas masculinistas herdeiras da ciência moderna positivista (Medina, 2008), ressoa a urgência de que jornalismo precisa ser pesquisado a partir de inúmeros atravessamentos, em perspectiva de gênero (Scott, 1995; Butler, 2003) a partir do protagonismo do Global Media Monitoring Project (GMMP) que é realizado a cada cinco anos em diversos países, desde a Conferência de Pequim (1995) para monitorar as notícias; e em perspectiva interseccional (González, 2020; Crenshaw, 2004; Collins; Bilge, 2021; Akotirene, 2019). Neste âmbito, esta Coordenada da Rede Antonietas abarca pesquisas que analisam as práticas discursivas de mídias jornalísticas, como coberturas relativas à violência de gênero, feminicídios, violência política de gênero, representações e discursos sobre gênero em suas relações com raça, classe, sexualidades etc. | <p>AKOTIRENE, C. <strong>Interseccionalidade</strong>. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.</p> <p>BUTLER, Judith.<strong> Problemas de gênero</strong>: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2003.</p> <p>COLLINS, P. H.; BILGE, S. <strong>Interseccionalidade</strong>. São Paulo: Boitempo, 2021.</p> <p>CRENSHAW, K. W. A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. <em>In</em>: VV.AA. <strong>Cruzamento</strong>: raça e gênero. Brasília: Unifem, 2004.</p> <p>GONZALEZ, L. <strong>Por um feminismo afro-latino-americano</strong>: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.</p> <p>LAURETIS, T. de. A tecnologia de Gênero.<em> In</em>: HOLLANDA, H. B. <strong>Tendências e impasses</strong>. O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.</p> <p>RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres. <em>In</em>: RUBIN, Gayle. <strong>Políticas do sexo</strong>. Editora Ubu: São Paulo, 2018.</p> <p>MEDINA, C. <strong>Ciência e jornalismo</strong>: da herança positivista ao diálogo dos afetos. São Paulo: Summus, 2008.</p> <p>SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. <strong>Educação e Realidade</strong>, v. 20, n. 2, p. 71-79, 1995.</p> <p>VEIGA DA SILVA, M. <strong>Masculino, o gênero do jornalismo</strong>: modos de produção de notícias. Florianópolis: Insular, 2014.</p> <p> </p> | |||||||||||||||||||||||
3 | ANTONIETAS - Reflexões sobre práticas e transformações do campo jornalístico a partir da perspectiva de gênero e outras interseccionalidades | O jornalismo se constitui como importante tecnologia de gênero (Lauretis, 1994) que contribui para a perpetuação do sistema sexo/gênero (Rubin, 1998). Ainda que marcado pela ‘feminilização’, o jornalismo alcançou a ‘feminização’ no Brasil contemplando as especificidades regionais – mudanças qualitativas no campo profissional (Yannoulas, 2011), de tal forma que o aumento quantitativo de mulheres jornalistas não se reflete em pautas ou postos de comando, pois o gênero do jornalismo ainda é o masculino (Veiga da Silva, 2014), e sua base curricular e deontológica se constitui de uma perspectiva masculina-cis-hetero-branca-ocidental. Pensar o jornalismo articulado aos estudos de gênero é fundamental para compreensão das nuances da desigualdade de gênero no país e necessário a um campo que se pensa relacionado à responsabilidade social de bem informar. Entende-se que o jornalismo deva ser pesquisado a partir de inúmeros atravessamentos, cuja base se dá, majoritariamente, em perspectiva de gênero (Scott, 1995) e interseccional (González, 2020; Crenshaw, 2004; Collins; Bilge, 2021; Akotirene, 2019). Neste domínio, esta Coordenada da Rede Antonietas abarca pesquisas que buscam refletir sobre práticas e transformações do campo jornalístico, que analisam experiências jornalísticas feitas por mulheres e grupos minorizados; levantamentos que enquadram ataques e constrangimentos enfrentados por jornalistas mulheres em ecossistemas digitais; pesquisas que identificam aspectos identitários e étnico-raciais das jornalistas; estudos que expõem a cisnormatividade (Vergueiro, 2015) e a heteronormatividade compulsória (Rich, 2010) no jornalismo e que abordam posturas necessárias para aumentar o respeito à população LGBTQIAPN+; que buscam compreender as novas práticas de jornalismos que se reivindicam feministas e/ou com perspectiva de gênero, a partir da perspectiva da interseccionalidade, investigando mudanças e subversões em âmbitos como produção, relação com as fontes, posicionamentos editoriais etc. | <p>AKOTIRENE, C. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.</p> <p>BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2003.</p> <p>COLLINS, P. H.; BILGE, S. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo, 2021.</p> <p>CRENSHAW, K. W. A intersecionalidade na discriminação de raça e gênero. In: VV.AA. Cruzamento: raça e gênero. Brasília: Unifem, 2004.</p> <p>GONZALEZ, L. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.</p> <p>LAURETIS, T. de. A tecnologia de Gênero. In: HOLLANDA, H. B. Tendências e impasses. O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.</p> <p>RICH, A. Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Revista Bagoas, n. 05, 2010. p. 17-44.</p> <p>RUBIN, Gayle. O tráfico de mulheres. In: RUBIN, Gayle. Políticas do sexo. Editora Ubu: São Paulo, 2018.</p> <p>SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, v. 20, n. 2, p. 71-79, 1995.</p> <p>VEIGA DA SILVA, M. Masculino, o gênero do jornalismo: modos de produção de notícias. Florianópolis: Insular, 2014.</p> <p>VERGUEIRO, V. Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: Uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade. 2015. Dissertação (Mestrado em Cultura e Sociedade) – Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos, UFBA, Salvador, 2015.</p> <p>YANNOULAS, S. C. Feminização ou feminilização. Apontamentos em torno de uma categoria. Temporalis, jul./dez 11(22), 271-292, 2011.</p> <p> </p> | |||||||||||||||||||||||
4 | Decolonialidade: outras perspectivas para os estudos em jornalismo | Com a consolidação das perspectivas decolonizantes nas pesquisas em ciências sociais e humanidades, muitas reflexões teóricas e práticas sobre o jornalismo vêm se valendo da decolonialidade como lugar de partida para construção de argumentos e para a tessitura de novas abordagens. No entanto, tendo em vista que a decolonialidade é um campo desafiador para a própria lógica acadêmica – ao tecer uma crítica às estruturas institucionais mais basilares –, a correlação entre jornalismo e a postura epistêmica decolonial (e decolonizante) carece cada vez mais de exercícios reflexivos mais profundos. Diante dessa realidade, esta sessão coordenada tem como objetivo acolher trabalhos que se aprofundem nesta correlação, colocando foco nas reflexões específicas do jornalismo – desde os aspectos mais filosóficos e teóricos, até os entendimentos que se revelam na própria prática jornalística. Como o próprio sentido da decolonialidade evoca, não se trata, somente, de considerar os aspectos críticos aos eventos históricos inaugurados pela colonização e continuados na organização da sociedade moderno-ocidental que forjou o próprio jornalismo. Trata-se, de forma mais aprofundada, de refletir como tais eventos e continuidades coloniais e colonizantes moldaram as lógicas de pensamento que organizam, se reproduzem e se reinventam nas narrativas jornalísticas – e o(s) mundo(s) que tais narrativas retratam, constroem, invisibilizam, reduzem, expandem e até mesmo destroem. O desafio nesta sessão coordenada é, portanto, tal como requerido pela postura decolonizante, abrir espaço para novas lógicas de pensamento, mas não de maneira dicotômica, para mostrar oposições entre diferentes tipos de pensamento e teorias de jornalismo. A ideia é, antes, complexificar as reflexões, revelando as sobreposições de mundos (e pensamentos, e sentimentos) contidos no mundo moldado hegemonicamente pela sociedade moderno-ocidental, berço da prática jornalística e local por excelência das narrativas sobre o jornalismo. Assim, a sessão visa potencializar as reflexões que mostram os caminhos outros que o jornalismo já vem trilhando para contar histórias outras sobre o que é, o que foi e o que ainda pode vir a ser a prática jornalística. | <p>ALMA PRETA JORNALISMO. Manual de Redação. O jornalismo antirracista a partir da experiência da Alma Preta. São Paulo, 2023. Disponível em: <a href="https://almapreta.com.br/images/2023/11/manual-de-redacao-o-jornalismo-antirracista-a-partir-da-experiencia-da-alma-preta.pdf">https://almapreta.com.br/images/2023/11/manual-de-redacao-o-jornalismo-…</a> </p> <p> </p> <p>ARAYA, Rodrigo. La Modernidad un proyecto incompleto: La justificación de la institucionalización del periodismo en América Latina. 2019. 155f. Tesis (Doctorado en Estudios Americanos, mención Pensamiento y Cultura). Facultad de Humanidades. Universidad de Santiago de Chile. Santiago, 2019.</p> <p> </p> <p>CASTRO-GÓMEZ, Santiago & GROSFOGUEL, Ramon (coord). El giro decolonial: reflexiones para uma diversidad epistêmica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores; Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos, Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007.</p> <p> </p> <p>DEUZE, Mark; WITSCHGE, Tamara. Além do Jornalismo. Leituras do Jornalismo. Ano 2. Vol. 02, n. 04. Unesp/FAAC: Bauru. Jul-Dez, 2015. Disponível em: <a href="https://www3.faac.unesp.br/leiturasdojornalismo/index.php/leiturasdojornalismo/article/view/74">https://www3.faac.unesp.br/leiturasdojornalismo/index.php/leiturasdojor…</a></p> <p> </p> <p>HALL, Stuart. O espetáculo do “outro”. In: ______. Cultura e Representação. Rio de Janeiro: Editora PUC-Rio/Apicuri, 2016b. p. 139-259 </p> <p> </p> <p>IJUIM, Jorge Kanehide. Humanização e Desumanização no Jornalismo: algumas saídas. Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação (BOCC). Universidade da Beira Interior (UBI): Covilhã, Portugal, 2014. Disponível em: <a href="https://www.bocc.ubi.pt/pag/ijuim-jorge-2014-humanizacao-desumanizacao-jornalismo.pdf">https://www.bocc.ubi.pt/pag/ijuim-jorge-2014-humanizacao-desumanizacao-…</a></p> <p> </p> <p>LAIA, E. J. M. ; SOUZA NETO, F. . Da pandemia à xawara: mapeamento das notícias de TV a partir do jornalismo em equívoco. Além dos Muros da Universidade , v. 7, p. 18-30, 2022.</p> <p> </p> <p>LIMA, Verônica M. A. The concept of crossroads (encruzilhada) in the Afro Diasporic cosmovision as a decolonizing theoretical practice. In: FUNÉZ, Jairo; BELTRAN, Ana Carolina; RIOS, Flavia et. al. (orgs.) Handbook of Decolonial Theory. SAGE Editions, 2025</p> <p> </p> <p>LIMA, Verônica Maria Alves. Jornalismo na encruzilhada: perspectivas decoloniais e práticas insurgentes no Sul Global. 2024. 208f. Tese (Doutorado em Comunicação). Instituto de Arte e Comunicação Social (IACS), Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, 2024.</p> <p> </p> <p>LIMA, V. M. A.; PATRÍCIO, E.; ROVIDA, M.; SANTANA, L. Dossiê Jornalismo e Decolonialidade. Pauta Geral - Estudos em Jornalismo, <em>[S. l.]</em>, v. 10, n. 1, 2023. DOI: <a href="https://doi.org/10.5212/10.5212/RevistaPautaGeral.v.10.22074">https://doi.org/10.5212/10.5212/RevistaPautaGeral.v.10.22074</a> </p> <p> </p> <p>MALDONADO-TORRES, Nelson. Maldonado-Torres, N. Analítica da colonialidade e da decolonialidade: algumas dimensões básicas. In: BERNARDINO-COSTA, J., MALDONADO-TORRES, N. & GROSFOGUEL, R. Decolonialidade e Pensamento Afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018. pp. 28-56</p> <p> </p> <p>MIGNOLO, Walter; WALSH, Catherine. On Decoloniality – Concepts, Analytics, Praxis. Durham/Londres: Duke University Press, 2018.</p> <p> </p> <p>MORAES, Fabiana. A pauta é uma arma de combate. Porto Alegre: Arquipélago, 2022</p> <p> </p> <p>PAIVA, Raquel; SODRÉ, Muniz. Jornal: uma demanda de insurgência. In: LUZ, Marco Aurélio; LUZ, Narcimária Correia do Patrocínio (org.). Pensamento insurgente: direito à alteridade, comunicação e educação. Salvador: EDUFBA, 2018. pp.149-158</p> <p> </p> <p>RESENDE, Fernando. O olhar às avessas. A lógica do texto jornalístico. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação). Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2002.</p> <p> </p> <p>RODRIGUES, Aline (org.) Repórter da quebrada. Experimentações marginais nas práticas jornalísticas. São Paulo: Periferia em Movimento, 2022.</p> <p> </p> <p>ROVIDA, Mara. Jornalismo das periferias: o diálogo social solidário nas bordas urbanas. Curitiba-PR: Editora CRV, 2020.</p> <p> </p> <p>SODRÉ, Muniz. Jornalismo como campo de pesquisa. Brazilian Journalism Research. vol. 6 n. 2, 2010. pp.7-16 Disponível em: <a href="http://bjr.sbpjor.org.br/index.php/bjr/article/view/13/13">http://bjr.sbpjor.org.br/index.php/bjr/article/view/13/13</a></p> <p> </p> <p>SODRÉ, Muniz. Narração do fato: notas para uma teoria do acontecimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009</p> <p> </p> <p>SODRÉ, Muniz. Sobre a Episteme Comunicacional. Revista MATRIZes. São Paulo: n.01, out., 2007. pp. 15-26. DOI: <a href="https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v1i1p15-26">https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v1i1p15-26</a></p> <p> </p> <p>TORRICO, Erick; LARA, Eloina Castro; CEBRELLI, Alejandra. (eds.) Pensares y haceres para una comunicación decolonial. Quito, Equador: Ediciones CIESPAL, 2023. Disponível em: <a href="https://ediciones.ciespal.org/index.php/ediciones/catalog/view/50/54/433-1">https://ediciones.ciespal.org/index.php/ediciones/catalog/view/50/54/43…</a></p> <p> </p> <p>TORRICO, Erick. Comunicación (re)humanizadora: Ruta decolonial. Ecuador: Ediciones CIESPAL, 2022.</p> <p> </p> <p>TORRICO, Erick. Para uma Comunicação ex-cêntrica. Revista MATRIZes. Universidade de São Paulo - Brasil. v.13, n. 3. set./dez. 2019. pp. 89-107. DOI:</p> <p><a href="http://dx.doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v13i3p89-107">http://dx.doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v13i3p89-107</a></p> <p> </p> <p>TORRICO, Erick R. Hacia la Comunicación Decolonial. Bolivia: Universidad Andina Simón Bolívar, 2016.</p> <p> </p> <p>VEIGA DA SILVA, Marcia; MORAES, Fabiana. A Objetividade Jornalística tem Raça e tem Gênero: a subjetividade como estratégia descolonizadora. In: ANAIS DO 28° ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 2019, Porto Alegre. Anais eletrônicos...Campinas, Galoá, 2019. Disponível em:<<a href="https://proceedings.science/compos/compos-2019/trabalhos/a-objetividade-jornalistica-tem-raca-e-tem-genero-a-subjetividade-como-estrategi?lang=pt-br&gt">https://proceedings.science/compos/compos-2019/trabalhos/a-objetividade…</a>;</p> <p> </p> <p>VEIGA DA SILVA, Marcia. Masculino, o gênero do jornalismo: modos de produçãodas notícias. Florianópolis: Insular, 2014.</p> | |||||||||||||||||||||||
5 | Jornalismo internacional como inserção do Brasil no mundo: desafios históricos e contemporâneos | O jornalismo internacional, na condição de intérprete das questões globais, exerce um papel de mediação entre a sociedade brasileira e as demais nações, funcionando tanto como tradutor das dinâmicas estrangeiras para o público doméstico quanto como agente de projeção do país no exterior (Paterson; Sreberny, 2004). Desde a época em que as agências de notícias e o noticiário internacional foram objeto de intenso escrutínio acadêmico (Boyd-Barett, 1980; Reyes Matta, 1980; Díaz Rangel, 1967), houve profundas mudanças tecnológicas, geopolíticas, socioeconômicas e nas formas de narrar. As transformações que atravessam o jornalismo também produzem efeitos, novos caminhos para o noticiário estrangeiro (Thussu, 2006) e demandas na relação com o público. O jornalismo internacional é desafiado no seu papel de perceber o que é relevante como informação e como abordar novos contextos num cenário de consolidação de novos players (Bomfim, 2015). As formas de compartilhamento de notícias internacionais foram alteradas, assim como o papel dos e das correspondentes nessa mediação global (Agnez, 2017; Cavalcanti, 2014). Ganham relevância as relações de países e sociedades do Sul Global (Resende; Iqani, 2019), bem como seus veículos e agências (Abreu, 2018), estudos de comunicação para a paz (Cabral; Feltrin, 2023), o que altera percepções de protagonismos e cria novos desafios para o jornalismo internacional na produção de coberturas com identidade própria, que incluam novos temas, contextos, interlocutores e os desafios de criar relações e referências para o público brasileiro. A proposta é marcada por diversificados tipos de conflitos (de escopos variados: políticos, éticos, étnicos, ideológicos, editoriais etc.) e relações de poder, sendo o jornalismo internacional chamado a pensar a complexificação da realidade contemporânea. Esta sessão propõe receber estudos que investiguem as múltiplas dimensões dessa atuação jornalística, articulando perspectivas históricas com olhares sobre desafios atuais, como a recente reconfiguração da ordem mundial sob conflitos (militares, comerciais e híbridos), os questionamentos à hegemonia democrática liberal e a ascensão de novas potências. Interessam a esta proposta: pesquisas sobre o trabalho de correspondentes; agências de notícias; cobertura de guerras; o noticiário brasileiro sobre o exterior, os discursos e narrativas jornalísticas sobre fatos internacionais; a atuação de veículos jornalísticos estrangeiros no Brasil, a cobertura da política externa brasileira (PEB); o papel do jornalismo na construção de imaginários globais; comunicação e jornalismo para a paz, a imprensa dos BRICS e de outras organizações multilaterais que o Brasil integra; a história do jornalismo internacional brasileiro; perfis de correspondentes e editores de Internacional; adidos de imprensa na diplomacia; tradução de notícias; o papel das agências e dos veículos brasileiros na geopolítica da comunicação; entre outros tópicos. | <p>ABREU, Pedro Aguiar Lopes de. <strong>Agências de Notícias do Sul Global</strong>: jornalismo, Estado e circulação da informação nas periferias do sistema-mundo. 2018. 667 f. Tese (Doutorado em Comunicação Social) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. <a href="https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/8868">https://www.bdtd.uerj.br:8443/handle/1/8868</a></p> <p>AGNEZ, Luciane Fassarella. <strong>Correspondente Internacional</strong>: uma carreira em transição. Curitiba: Appris, 2017.</p> <p>ALLAN, Stuart; ZELIZER, Barbie (orgs.). <strong>Reporting war</strong>: Journalism in wartime. Londres: Routledge, 2004.</p> <p>BOMFIM, Ivan. <strong>O Global Player “Megalonanico”</strong>: a visão do portal Veja sobre a política externa do governo Lula. 2015. 306 f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre 2015. <a href="https://lume.ufrgs.br/handle/10183/122509">https://lume.ufrgs.br/handle/10183/122509</a></p> <p>BOYD-BARRETT, Oliver. <strong>The International News Agencies</strong>. Londres/Beverly Hills: Constable, SAGE, 1980.</p> <p>CABRAL, Raquel; FELTRIN, Diuan. Reflexões sobre Comunicação para a paz a partir de uma perspectiva do Sul Global e decolonial. <strong>E-Compós</strong>, v. 26, 2023, p. 1-19.</p> <p>CABRAL, Raquel; SALHANI, Jorge.<strong> </strong>Jornalismo para a paz: conceitos e reflexões. <strong>E-Compós</strong>, v.20, n.3, 2017.</p> <p>CARRUTHERS, Susan. <strong>The Media at War</strong>. Basingstoke (R.U.): Palgrave, 2011.</p> <p>CAVALCANTI, Ana Carolina. <strong>A Cobertura Internacional do Jornal Nacional</strong>: correspondentes, enviados especiais e usos de tecnologias. Florianópolis: Insular, 2014.</p> <p>DESMOND, Robert W. <strong>The Press and World Affairs</strong>. Nova York: D.Appleton-Century, 1937. <a href="https://archive.org/details/pressandworldaff035195mbp">https://archive.org/details/pressandworldaff035195mbp</a></p> <p>DÍAZ RANGEL, Eleazar. <strong>Pueblos Subinformados</strong>: las agencias de noticias y América Latina. Caracas: Monte Ávila, 1967.</p> <p>GALTUNG, Johan. Peace journalism as an ethical challenge. <strong>Global Media Journal</strong>: <strong>Mediterranean Edition</strong>, v. 1, n. 1, p. 1-5, 2006.</p> <p>PATERSON, Chris; SREBERNY, Annabelle (orgs). <strong>International News in the 21st Century</strong>. Londres: John Libbey/University of Luton Press, 2004.</p> <p>PEDRO, Vanessa. <strong>Direto da Guerra: uma análise da cobertura da Guerra do Iraque</strong>. 208 f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-graduação em Literatura, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, 2007. <a href="https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/106597">https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/106597</a></p> <p>REYES MATTA, Fernando. <strong>A Informação na Nova Ordem Internacional</strong>. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.</p> <p>THUSSU, Daya Kishan. <strong>International Communication</strong>: continuity and change. 2ª ed. Londres: Hodder Arnold, 2006.</p> <p>THUSSU, Daya Kishan; FREEDMAN, Des (orgs.). <strong>War and the media</strong> <strong>- </strong>reporting conflict 24/07. Londres: SAGE, 2003.</p> <p>RESENDE, Fernando; IQANI, Mehita (orgs.). <strong>Media and the Global South</strong>: narrative territorialities, cross-cultural currents. Londres: Routledge, 2019.</p> <p>SILVA, Vinícius Pedreira Barbosa da. <strong>Narrativas jornalísticas e alteridade</strong>: entre representações do outro e a construção dos acontecimentos jornalísticos da questão Palestina-Israel na Folha de S. Paulo e no The Guardian. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, 2023. <a href="http://repositorio2.unb.br/handle/10482/48975">http://repositorio2.unb.br/handle/10482/48975</a></p> | |||||||||||||||||||||||
6 | Jornalismo Sonoro, território e produção local de notícias - SESSÃO 2 | A Sessão 2 da RADIOJOR propõe reunir pesquisas que investigam o jornalismo sonoro em suas expressões locais e regionais, com atenção especial às dinâmicas de produção, circulação e recepção de notícias em áudio no território. Em um cenário marcado pela descentralização das tecnologias de comunicação, pela fragmentação do consumo, baixos níveis de confiança nas notícias, o jornalismo sonoro de base local assume papéis fundamentais na mediação entre cidadãos, instituições e espaços públicos. Especialmente porque o jornalismo de proximidade (Camponez, 2002) é fundamental para a vida democrática e informacional das comunidades locais, pois atua diretamente sobre os temas, problemas de interesses da cidade e se caracteriza por dar voz às experiências cotidianas, às decisões políticas locais, à cultura e aos desafios específicos de um território. Interessa acolher estudos que examinem experiências jornalísticas desenvolvidas em rádios comunitárias, educativas, legislativas, universitárias e comerciais de pequeno porte, bem como em podcasts e plataformas digitais voltados à cobertura de temas locais. Serão bem-vindas investigações sobre práticas profissionais, rotinas de produção, formatos, engajamento com as comunidades de escuta e iniciativas colaborativas ou independentes que valorizam a diversidade de vozes e a escuta ativa dos territórios. Interessa ainda análises de base cartográfica que buscam identificar as emissoras, sua programação e perfil editorial. É desejável que os trabalhos reflitam sobre sustentabilidade das iniciativas locais, interiorização de redes nacionais de emissoras jornalísticas, confiabilidade nas notícias locais, seleção de fontes, constrangimentos organizacionais e a crescente hibridização entre jornalismo, entretenimento e opinião nos formatos em áudio locais. Além de estudos que discutam o jornalismo local como uma das principais estratégias para combater os desertos de notícias (Abernathy, 2016) no Brasil, pois garante que as comunidades sejam vistas, ouvidas e informadas. Sem isso, o risco é o agravamento da exclusão informacional e da fragilidade democrática em amplas regiões do país. É recomendável que estudos sobre a temática adotem abordagens teóricas, empíricas ou metodológicas interdisciplinares que conectem os campos do jornalismo, antropologia da escuta, cultura digital e construção de identidades locais, entre outros. | <p>ABERNATHY, Penelope Muse. <strong>The Rise of a New Media Baron and the Emerging Threat of News media Deserts</strong>. The University of North Carolina Press: Center for Innovation and Sustainability in Local Media, 2016.</p> <p>BETTI, Juliana Gobbi. Migração das emissoras em amplitude modulada: as vozes do novo dial brasileiro. In: <strong>X Conferência Brasileira de Mídia Cidadã e V Conferência SulAmericana De Mídia Cidadã,</strong> 2015, Bauru. Anais [...]. Bauru: Unesp, 2015. p. 1-15.</p> <p>CAMPONEZ, C. <strong>Jornalismo de Proximidade</strong>. Coimbra: Minerva, 2002.</p> <p>KAPLÚN, Mario. <strong>Produção de Programas de Rádio, do roteiro à direção</strong>. Mario Kaplún. Eduardo Meditsch e Juliana Gobbi Betti (Organizadores). São Paulo: Intercom, Florianópolis: Insular, 2017.</p> <p>KISCHINHEVSKY, Marcelo. <strong>Rádio e mídias sociais: mediações e interações radiofônicas em plataformas digitais de comunicação</strong>. 1.ed. Rio de Janeiro: Mauad X, 2016.</p> <p>MEDITSCH, Eduardo. <strong>O rádio na era da informação</strong>: teoria e técnica do novo radiojornalismo. 2. Ed. Ver. Florianópolis: Insular: Ed. UFSC, 2007.</p> | |||||||||||||||||||||||
7 | JorTec – XLI Sessão Coordenada: Ciberjornalismo e desigualdades informacionais no Sul Global | Os contextos sociopolíticos e econômicos do Sul Global impõem desafios particulares ao jornalismo, marcados pela persistência de desigualdades estruturais e conflitos étnicos, territoriais, ambientais, de gênero, de classe e de acesso à informação. Nesses territórios, o jornalismo enfrenta tensões entre autonomia editorial e pressões políticas ou comerciais, além da precarização profissional e da concentração midiática que frequentemente invisibiliza vozes subalternizadas. Em paralelo, surgem práticas jornalísticas que buscam romper com essas assimetrias, seja por meio de veículos independentes, seja por iniciativas comunitárias, decoloniais e voltadas às realidades locais. O enfrentamento às lógicas eurocentradas de produção da informação e a revisão de critérios de noticiabilidade tornam-se centrais para um jornalismo comprometido com os direitos humanos e a justiça social. As tecnologias digitais, nesse cenário, ampliam tanto possibilidades de articulação e visibilidade quanto riscos de vigilância, exclusão e desinformação, exigindo abordagens críticas e situadas. Esta mesa parte dessas questões para discutir o ciberjornalismo, suas características e práticas (Machado, 2003; Canavilhas, 2014). A JorTec convida trabalhos teóricos, empíricos e aplicados que analisem como a inovação (Franciscato, 2022) e a pesquisa aplicada (Alexandre & Aquino, 2021) podem enfrentar as desigualdades informacionais, promovendo o direito à informação e o bem viver (Acosta, 2016) nos contextos do Sul Global. | <p>ACOSTA, Alberto. <strong>O bem viver</strong>: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Elefante, 2016.</p> <p>ALEXANDRE, Tássia B.; AQUINO, Maria Clara. Pesquisa aplicada como inovação metodológica no jornalismo: dimensões teórica, empírica e experimental. <strong>Revista Observatório</strong>, v. 7, n. 3, p. 1-23, 2021. </p> <p>CANAVILHAS, João (org.) <strong>Webjornalismo</strong>: 7 características que marcam a diferença. Covilhã: Livros Labcom, 2014.</p> <p>MACHADO, Elias. O ciberespaço como fonte para os jornalistas. In: PALACIOS, Marcos; MACHADO, Elias (org.). <strong>Modelos de jornalismo digital</strong>. Salvador: Calandra, 2003.</p> <p>FRANCISCATO, Carlos E. Contribuições dos estudos de inovação para pensar a pesquisa aplicada em jornalismo . In: ANAIS DO 20º ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 2022, Fortaleza. <strong>Anais eletrônicos</strong>... Campinas, Galoá, 2022. </p> <p>STORSUL, Tanja; KRUMSVIK, Arne. What is media innovation? In: STORSUL, Tanja; KRUMSVIK, Arne H. (orgs.). <strong>Media innovations</strong>: a multidisciplinary study of change. Gotenburgo: Nordicom, 2013.</p> <p> </p> | |||||||||||||||||||||||
8 | JorTec – XLII Sessão Coordenada: A integridade da informação jornalística diante dos usos e impactos da Inteligência Artificial | A inteligência artificial (IA) tem transformado profundamente as práticas jornalísticas, desde a automação de conteúdos até a curadoria algorítmica e a personalização informacional. Esses avanços tecnológicos, embora tragam benefícios, também intensificam desafios relacionados à desinformação, à propagação de fake news e à sustentabilidade econômica dos veículos jornalísticos. Nesse contexto, a integridade da informação emerge como uma resposta a ser construída, especialmente diante de conteúdos sintéticos e deepfakes que ameaçam a credibilidade jornalística.Pesquisadores do campo têm contribuído significativamente para a compreensão crítica desse cenário, explorando temas como jornalismo automatizado (Broussard, 2018; Diakopoulos, 2019; Bertocchi, 2020; Masip, 2021), desinformação e fact-checking apoiado por IA (Wardle 2017; Cazzamatta, 2024; Bontcheva, 2024; Broda & Stromback, 2024), plataformização da informação (Bell et al, 2017; Marques, 2021) e resiliência democrática diante da desinformação. Ávila Araújo (2024) e Santos (2024) destacam a integridade da informação como uma nova problemática para a mediação da informação, enfatizando a necessidade de garantir a veracidade e confiabilidade do ecossistema informacional cada vez mais complexo.A JorTec convida trabalhos para esta mesa coordenada, acolhendo investigações sobre IA, jornalismo, desinformação, integridade da informação, inovação tecnológica e sustentabilidade informativa. São bem-vindas abordagens que ampliem o debate sobre mediação algorítmica, ética da IA, reconfiguração do trabalho jornalístico e estratégias de enfrentamento à crise da informação. | <p>ÁVILA ARAÚJO, Carlos Alberto. Integridade da informação: nova problemática para a mediação da informação. <strong>Infor</strong>, v. 29, n. 2, e206, 2024. </p> <p>BELL, Emily. <strong>The Platform Press:</strong> How Silicon Valley Reengineered Journalism. Tow Center for Digital Journalism, 2017.</p> <p>BERTOCCHI, Daniela. Jornalismo automatizado: novas rotinas e impactos nas redações. <strong>Revista Brasileira de Ciências da Comunicação</strong>, v. 43, n. 1, 2020.</p> <p>BONTCHEVA, Kalina. <strong>Generative AI and disinformation</strong>: recent advances, challenges, and opportunities. Vera.ai, AITRUST, AImedia, TITAN, 2024. </p> <p>BRODA, Elena; STRÖMBÄCK, Jesper. Misinformation, disinformation, and fake news: Lessons from an interdisciplinary, systematic literature review. <strong>Annals of the International Communication Association,</strong> p. 1–28, 2024. </p> <p>BROUSSARD, Meredith. <strong>Artificial Unintelligence:</strong> How Computers Misunderstand the World. MIT Press, 2018.</p> <p>CAZZAMATTA, Rafael. Global misinformation trends: commonalities and differences of topics, sources of falsehoods and deception strategies across eight countries. <strong>New Media & Society,</strong> 2024.</p> <p>DIAKOPOULOS, Nicholas. <strong>Automating the News</strong>: How Algorithms Are Rewriting the Media. Harvard University Press, 2019.</p> <p>MARQUES, Angela. Informação e algoritmos: repensando o lugar do jornalismo na circulação contemporânea. <strong>Mídia e Cotidiano</strong>, v. 15, n. 1, 2021.</p> <p>MASIP, Pere. Automatización y algoritmos: el futuro del periodismo. <strong>El Profesional de la Información</strong>, v. 30, n. 5, 2021.</p> <p>SANTOS, Nina. <strong>Por que precisamos discutir a chamada “integridade da informação”?</strong> Le Monde Diplomatique Brasil, 06 fev. 2024.</p> | |||||||||||||||||||||||
9 | JorTec – XLIII Sessão Coordenada: Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento de Soluções Jornalísticas | Nesta coordenada, acreditamos que por meio da pesquisa aplicada será possível impulsionar significativamente a inovação e a transformação no campo jornalístico. Com base nos conceitos de Peffers et al. (2007) para a Design Science Research Methodology (DSRM), nosso foco está na pesquisa voltada ao desenvolvimento de artefatos — que podem ser produtos, sistemas ou novos processos aplicados ao contexto jornalístico — com o objetivo de gerar conhecimento útil e prático para resolver problemas e aprimorar práticas existentes. O artefato pode assumir diversas formas, como produções audiovisuais, sites, aplicativos, conteúdos interativos, podcasts, jogos, histórias em quadrinhos, processos, modelos, aplicações de técnicas de análise de redes sociais, uso de jornalismo de dados, soluções com inteligência artificial, frameworks conceituais, metodologias, entre outros produtos capazes de oferecer soluções concretas ou promover melhorias nas práticas jornalísticas. A proposta deve conter as etapas previstas por Peffers et al. (2007), começando pela identificação do problema, em que se define claramente a questão a ser resolvida e sua relevância. Em seguida, deve-se apresentar a definição dos objetivos da solução, especificando o que o artefato pretende alcançar. Na etapa de design e desenvolvimento, realiza-se a criação do artefato, que pode ser um modelo, sistema, método ou outro tipo de solução. A demonstração, quando incluída, deve mostrar como o artefato resolve o problema identificado. A avaliação, também opcional, pode verificar se o artefato atende adequadamente aos objetivos propostos. Por fim, a etapa de comunicação, igualmente não obrigatória nesta fase de submissão, refere-se à divulgação dos resultados obtidos e das contribuições da pesquisa. Nesse contexto, a JorTec convida pesquisadoras e pesquisadores a submeterem artigos que apresentem propostas de produtos em desenvolvimento e finalizados, sistemas ou modelos desenvolvidos com rigor metodológico e com potencial para gerar impactos práticos e significativos no campo do jornalismo. | <p>ALEXANDRE, T.; AQUINO, M. C.. Pesquisa aplicada como inovação metodológica no jornalismo. dimensões teórica, empírica e experimental. <strong>Revista Observatório</strong>, v. 7, n. 3, p. 1-23, 2021. </p> <p>ASSIS, F.. Pesquisa aplicada em jornalismo: o desafio da construção do objeto. <strong>Comunicação & Inovação</strong>, v. 19, n. 41, p. 133-148, 2018. </p> <p>BARBOSA, S.; PALÁCIOS, M.. A experiência com pesquisa teórica e aplicada sobre jornalismo convergente e mobilidade no Projeto Laboratório de Jornalismo Convergente. <strong>Interin</strong>. v. 23, n. 1, p. 256-276, 2018. </p> <p>CORDEIRO, W. R.; SANTOS, M. C. UM METAVERSO PARA AS NOTÍCIAS: Analisando possibilidades narrativas na produção de conteúdo jornalístico a partir de experiências de imersão. In: ANAIS DO 31° ENCONTRO ANUAL DA COMPÓS, 2022, Imperatriz. <strong>Anais</strong>... Campinas, Galoá, 2022.</p> <p>FRANCISCATO, C.. Delimitando um modelo de pesquisa aplicada em jornalismo. In: Anais do IX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Nordeste, 2007, Salvador. <strong>Anais</strong>... Salvador, Intercom, 2007. </p> <p>PAULINO, R. C. R. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE REDES SOCIAIS (ARS): um método de pesquisa aplicada para investigar atuação do Ministério da Saúde do Canadá no combate a Covid19. <strong>Revista Observatório</strong>, v. 7, p. 1-24, 2021.</p> <p>PEFFERS, K. E. A. A design science research methodology for information systems research. <strong>Journal of management information systems</strong>, v. 24, n. 3, p. 45-77, 2007. </p> <p>MACHADO, E.; ROHDEN, J. Metodologias de pesquisa aplicadas ao jornalismo: Um estudo dos trabalhos apresentados na SBPJor (2003-2007). <strong>Pesquisa Brasileira de Jornalismo</strong>, v. 12, n. 1, p. 228-245, 2016. </p> <p>NIELSEN, J.; LORANGER, H.. <strong>Usabilidade na web</strong>: Projetando websites com qualidade. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.</p> <p>RIBEIRO, A. T.; CARVALHO, G. G.. PESQUISA APLICADA E FORMAÇÃO EM JORNALISMO: ELEMENTOS PARA O DEBATE. <strong>REVISTA UNINTER DE COMUNICAÇÃO</strong>, v. 11, p. 81-94, 2025.</p> <p>RENÓ, D. Pesquisa aplicada em comunicação: uma tendência necessária. <strong>Comunicação & Sociedade</strong>, v. 36, n. 1, p. 7-30, 2014.</p> <p>SALAVERRÍA, R.; GARCÍA AVILÉS, JA; MASIP, P. Concepto de Convergencia Periodística. In: LÓPEZ GARCÍA, X.; PEREIRA FARIÑA, X. <strong>Convergencia Digital</strong>. Reconfiguração de los Medios de Comunicación en España. Santiago de Compostela: Universidade de Santiago de Compostela, 2010. p. 41-64.</p> <p>SALAVERRÍA, R.; NEGREDO, S. <strong>Jornalismo Integrado. </strong>Convergência de Mídias e Reorganização Editorial. Barcelona: Sol90 Media, 2008.</p> <p>SANTOS, M. C. Pesquisa aplicada em comunicação: O estranhamento da interdisciplinaridade que nos assombra.<strong> Comunicação & Inovação</strong>, v. 19, n. 41, p. 18-33, 2018. </p> <p>SANTOS, M. C. Por uma epistemologia orientada à complexidade: notas sobre a pesquisa no campo da Comunicação. In: PARIZI, R.; MARTINS, T. (Orgs.). <strong>Comunicação & Sistemas de Informação.</strong> v.1. Uruguaiana, RS: Editora Conceito, 2021, p. 56-68. </p> <p>SCOLARI, C.; AGUADO, J. M.; FEIJÓO, C. Mídias móveis: rumo a uma definição e taxonomia de conteúdos e aplicações. <strong>Revista Internacional de Tecnologias Móveis Interativas (iJIM)</strong>. v. 6, 2012.</p> <p>SILVA, F. F.. Repórteres em campo com tecnologias móveis conectadas. In: BARBOSA, S.; MIELNICZUK, L. (Orgs.). <strong>Jornalismo e Tecnologias Móveis. </strong>Covilhã, PT: Livros LabCOM, 2013. p. 91-112.</p> <p>SILVA, F. F. Cultura do jornalismo móvel. In: SILVA, F. F. (Org.). <strong>Transmutações no jornalismo.</strong> 1ed. Campina Grande: EDUEPB, 2016. p. 151-171.</p> <p>WEISS, A. S. Explorando aplicativos de notícias e serviços baseados em localização no smartphone. <strong>Journalism & Mass Communication Quarterly</strong>. v. 90, n. 3, p. 435-456, 2013. </p> | |||||||||||||||||||||||
10 | O Jornalismo diante dos contextos de desastres | O rompimento da barragem de Fundão (Samarco, Vale, BHP), ocorrido há uma década, em novembro de 2015 em Mariana (MG), configura um acontecimento-limite, quase um prenúncio dos desafios que se colocam para o jornalismo contemporâneo, como ficou demonstrado novamente nos primeiros meses de 2024, com o desastre climático que eclodiu no Rio Grande do Sul. Tratam-se, ambos, de anúncios do porvir-presente, que interpela desde então a práxis jornalística, a formação em Jornalismo e as reflexões sobre essa forma de conhecimento. Colocam à prova um trabalho relevante, mas que precisa ser feito em um contexto de desordem informacional que avança em diferentes temporalidades. De Mariana ao Rio Grande do Sul, passando por Brumadinho, Maceió, Petrópolis, Bahia, Pernambuco, Amazônia, Santos: rejeitos minerários, seca extrema, queimadas, chuvas torrenciais, inundações, deslizamentos são alguns dos fenômenos que assolam o país e provocam mortes, trauma, deslocamentos forçados de comunidades, devastação, desterritorialização, violência, em meio a disputas discursivas que se materializam, também, no jornalismo. Diante da intensificação de eventos extremos, provocados pelas mudanças climáticas e/ou por manifestações predatórias do capitalismo (Gil, Wulf, 2015), cada vez mais os jornalistas e o jornalismo serão confrontados com a cobertura de acontecimentos-limite, sejam eles desencadeados por ameaças ambientais ou negligência humana, que nos ensejam a partilhar preocupações e reflexões sobre possibilidades, potências, limites e tensões do(s) jornalismo(s) diante de um mundo que parece estar despedaçado (Das, 2020). | <p>AMARAL, M. F.; LOOSE, E. B.; GIRARDI, I. M. T. (Orgs.). <strong>Manual para a cobertura jornalística dos desastres climáticos</strong>. 1. ed. Santa Maria: Editora Facos, 2024.</p> <p>DAS, Veena. <strong>Vida e palavras: </strong>a violência e sua descida ao ordinário. Trad. Bruno Gambarotto. São Paulo: Editora Unifesp, 2020. </p> <p>DANOWSKI, Déborah; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. <strong>Há mundo por vir?</strong> Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis: Cultura e Barbárie/Instituto Socioambiental, 2014.</p> <p>GIL, Isabel Capeloa; WULF, Christoph (orgs.). <strong>Hazardous future</strong>: disaster, representation and the assessment of risk. Berlin/Munique/Boston: De Gruyter, 2015.</p> <p>GOMES BARBOSA, K.; CARVALHO, A. L. Narrativas do trauma no jornalismo local: o rompimento da barragem da Samarco em Mariana. <strong>Estudos em Jornalismo e Mídia</strong>, v. 3, n. 2, dez. 2015.</p> | |||||||||||||||||||||||
11 | RADIOJOR - Jornalismo sonoro diante das desigualdades e conflitos no Sul Global - SESSÃO 1 | A Sessão 1 da RADIOJOR acolhe reflexões críticas, abordagens teóricas e trabalhos empíricos acerca da cobertura do áudio e radiojornalismo (Meditsch, 2007) sobre desigualdades sociais, econômicas, culturais, étnicas, raciais e de gênero, evidenciando como visibiliza (ou invisibiliza) disparidades estruturais no Sul Global. Interessa a esta sessão abordagens do jornalismo sonoro sobre, por exemplo, disputas por terra, recursos naturais e os direitos de povos originários e comunidades tradicionais; reportagens e podcasts que discutam violência, segurança pública, direitos humanos, questões de diversidade; e análises da cobertura de conflitos armados, violência policial, criminalização da pobreza e encarceramento em massa. Serão aceitos estudos sobre o papel das rádios privadas e não-comerciais, como as comunitárias, mídias independente, do jornalismo popular sonoro e podcasts na construção de narrativas contra-hegemônicas, notadamente sobre migrações, deslocamentos forçados e fronteiras e a atuação de jornalistas em zonas de conflito. Além de perspectivas de produção do jornalismo sonoro sobre crise climática, desastres socioambientais e disputas por modelos de desenvolvimento, interessam, em particular, estudos sobre o potencial do rádio na cobertura de catástrofes (Zimmermann, 2012). A partir da compreensão que territorialidade diz respeito às dimensões políticas, econômicas e culturais e se relaciona com a forma de organização dos sujeitos no espaço (Haesbaert, 2004), serão bem-vindas pesquisas sobre diversidade - étnicas, raciais, de gênero e suas interseccionalidades – (Betti; Zuculoto, 2024), com trabalhos que reflitam a informação e a representação, nos meios sonoros, de povos, comunidades, segmentos, no que se refere a fluxos, hegemonias e resistências de seus territórios e vivências. Iniciativas de produção de jornalismo sonoro direcionadas à formação crítica de públicos marginalizados, assim como estratégias de inclusão informacional da temática na mídia sonora serão muito apreciadas. Abordar o jornalismo sonoro sob a perspectiva dos estudos do Sul Global aponta para questionamento de argumentos que vinculam ideais e práticas jornalísticas a binários globais baseados em formações históricas, geopolíticas e culturais (Waisbord; Amado, 2023), abrindo uma oportunidade para debater concepções de normas e práticas jornalísticas, cultura profissional e narrativas ajustadas às realidades locais. Ao refletir sobre essas temáticas, os pesquisadores em jornalismo sonoro podem contribuir para a construção de práticas mais éticas e comprometidas com a justiça social. É desejável que os estudos dessa natureza sejam inter e multidisciplinares com potencial para colaborar na discussão sobre os modos de investigar o jornalismo sonoro e sua prática. | <p>BETTI, Juliana Gobbi; ZUCULOTO, Valci Regina Mousquer. A história (das mulheres) do rádio no Brasil - uma proposta de revisão do relato histórico. In: Christina Ferraz Musse; Talita Souza Magnolo; Valci Regina Mousquer Zuculoto. (Org.). <strong>História e memória da mídia em tempos de violências, lutas e resistências</strong>. 1ed. São Paulo: ALCAR - Associação Brasileira de Pesquisadores de História da Mídia, 2024, p. 210-222.</p> <p> </p> <p>HAESBAERT, Rogério. <strong>O mito da desterritorialização:</strong> do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.</p> <p> </p> <p>WAISBORD, Silvio; AMADO, Adriana. What Defines Journalism in/from the Global South? Insights from Latin America. In: Mutsvairo Bruce, Bebawi, Saba, Borges-Rey, Eddy. <strong>Book The Routledge Companion to Journalism in the Global South</strong>. Routledge, 1st Edition, 2023.</p> <p> </p> <p>MEDITSCH, E. <strong>O rádio na era da informação</strong>. 2 ed. Florianópolis: Insular. 2007. p. 30-116.</p> <p> </p> <p>ZIMMERMANN, Arnaldo. <strong>A Participação do público na cobertura radiofônica do desastre de 2008 em Blumenau.</strong> Florianópolis, 2012. 204 p. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Jornalismo. Disponível em: <a href="https://bu.ufsc.br/teses/PJOR0025-D.pdf">https://bu.ufsc.br/teses/PJOR0025-D.pdf</a>. Acesso em: 24 maio 2025.</p> | |||||||||||||||||||||||
12 | Reconfigurações nos modos de produção e circulação do Jornalismo sonoro – SESSÃO 3 | A Sessão 3 da RADIOJOR propõe reunir trabalhos que abordem as transformações recentes no jornalismo sonoro, com foco nas reconfigurações de seus modos de produção e circulação em um contexto de digitalização, plataformização, emergência de ferramentas de IA e mudanças nos hábitos de escuta. Em especial, estudos sobre os efeitos estruturais da plataformização e da algoritmização no radiojornalismo brasileiro, fenômenos que vêm reconfigurando as práticas profissionais, os modelos de distribuição e os regimes de visibilidade no ecossistema\ midiático digital. Como também o impacto da adoção de ferramentas de IA na produção jornalística, enfocando questões como reconfiguração de práticas profissionais, riscos de substituição de trabalhadores, dilemas éticos e a responsabilização por erros de informação trazidos pela alimentação de IA generativa por fontes não confiáveis. Interessa a sessão 3 estudos que reflitam sobre a convergência de mídias e linguagens nas rotinas produtivas de rádio e podcast; a expansão de formatos sonoros jornalísticos em ambientes digitais; e o papel das tecnologias de automação, inteligência artificial e personalização na elaboração de conteúdos em áudio. Também serão bem-vindas investigações que explorem a influência de plataformas como Spotify, YouTube, WhatsApp e agregadores de podcast na circulação do jornalismo sonoro, bem como os impactos dos algoritmos na descoberta e no engajamento com os conteúdos informativos. Considerando que os ambientes digitais podem se tornar territórios de disputas informacionais, circulação de boatos e reconfiguração das dinâmicas de produção, distribuição e consumo, busca-se refletir sobre o trânsito de desinformação sonora em aplicativos de mensagens e sobre os desafios éticos e comunicacionais que ela impõe ao jornalismo. Artigos devem considerar o contexto de precarização nas redações das emissoras de rádio e apresentar análises críticas sobre a flexibilização do trabalho jornalístico, acúmulo de funções e sobrecarga de trabalho, o desafio da multifuncionalidade como estratégia de redução de custos e limites organizacionais que reduzem a autonomia profissional. Discutir essas mudanças é fundamental para compreender como se reconfiguram os modos de produção, distribuição e escuta das narrativas jornalísticas em áudio, e os seus impactos em formatos jornalísticos, dinâmicas de circulação, tensionar desafios e apontar caminhos possíveis para a prática e a reflexão sobre o jornalismo sonoro contemporâneo. Valoriza-se que os estudos a serem apresentados tenham abordagens teórico-metodológicas interdisciplinares e multidimensionais. | <p>COULDRY, N.; MEJIAS, U. <strong>The Costs of Connection: How Data Is Colonizing Human Life and Appropriating It for Capitalism</strong>. Stanford: Stanford University Press, 2019.</p> <p>GILLESPIE, T. <strong>Custodians of the Internet</strong>: Platforms, Content Moderation, and the Hidden Decisions That Shape Social Media. Estados Unidos: Yale University Press, 2018.</p> <p>BUFARAH JUNIOR, Alvaro; Mustafá, Izani; Zuculoto, Valci. Rádio e inteligência artificial: possíveis impactos das ferramentas de IA na produção de conteúdos do meio. In: <strong>Anais do 33° Encontro Anual da Compós,</strong> 2024, Niterói. Anais eletrônicos..., Galoá, 2024. Disponível em: <a href="https://proceedings.science/compos/compos-2024/trabalhos/radio-e-inteligencia-artificial-possiveis-impactos-das-ferramentas-de-ia-na-prod?lang=pt-br">https://proceedings.science/compos/compos-2024/trabalhos/radio-e-inteligencia-artificial-possiveis-impactos-das-ferramentas-de-ia-na-prod?lang=pt-br</a>.</p> <p>RIBES GUARDIA, Xavier, Monclús Blanco, Belén, Terol-Bolinches, Raúl. Usos de la inteligencia artificial en el ciclo de um producto radiofónico: modelo para la clasificación de herramientas IA. <strong>Revista de Comunicación</strong>, v. 24, n. 1, 2025. Disponível em: <a href="https://doi.org/10.26441/RC24.1-2025-3709">https://doi.org/10.26441/RC24.1-2025-3709</a>.</p> <p>VENIER, Emiliano; AVILÉS RODILLA, Claudio. Radio e Inteligencia Artificial. Sistematización y caracterización de aplicaciones y prestaciones. <strong>Revista Latinoamericana de Ciencias de la Comunicación – ALAIC</strong><em>,</em> v. 22 n. 44, 2023. Disponível em <a href="http://revista.pubalaic.org/index.php/alaic/issue/view/45">http://revista.pubalaic.org/index.php/alaic/issue/view/45</a>. </p> <p>VAN DIJCK, J.; POELL, T. <strong>De Waal, M. The Platform Society:</strong> Public Values in Connective World. Oxford: Oxford University Press, 2018.</p> <p> </p> | |||||||||||||||||||||||
13 | Rede Fundamentos - Sessão coordenada: Fundamentos teóricos do jornalismo à luz das transformações estruturais contemporâneas - Mesa 3 | A sessão coordenada vincula-se à Rede de Pesquisa Fundamentos Teóricos do Jornalismo e edifica-se no contexto das transformações estruturais contemporâneas (geopolíticas, econômicas, culturais e sociotécnicas) do campo. Parte-se do pressuposto de que os fundamentos teóricos do jornalismo, o que envolve suas teorias e conceitos correlatos, têm passado por um período histórico desafiador para seus limites em termos empíricos, normativos, epistemológicos e mesmo ontológicos. Nesse horizonte, a proposta da sessão coordenada é colocar em interlocução pesquisas devotadas a mapear e a atualizar teorias e conceitos fundamentais e emergentes utilizados por pesquisadores para explicar o jornalismo do primeiro quarto do século XXI. Incentiva-se, assim, a submissão de artigos que busquem: 1) a construção de um estado da arte dos conceitos (valores, normas, princípios, etc), que configuram os fundamentos teóricos do jornalismo ao longo da história; e/ou 2) a proposição de uma revisão, atualização e problematização dos conceitos à luz das transformações contemporâneas; 3) novas postulações teórico-metodológicas. Pretende-se, nesse cenário, contribuir com o campo acadêmico da pesquisa em jornalismo em um momento histórico, que afeta a prática profissional, a institucionalização do campo e os impactos na sociedade em aspectos como a crise da ideia de expertise na ciência e no próprio estado democrático de direito. São esperadas reflexões que debatam os valores, as normas e os princípios do campo jornalístico em diálogo com os universos da ontologia, da epistemologia, da teoria do conhecimento, da práxis e da cultura profissional, da estética e da noticiabilidade, da objetividade e da subjetividade, das linguagens, do ambiente digital e da crise contemporânea da mediação e da autoridade jornalística, entre outras articulações teórico-conceituais correlatas. | <p>CARLSON, M; LEWIS, S. (Orgs.) The Boundaries of Journalism. Londres: Routledge, 2015.</p> <p>CARLSON, M., ROBINSON, S., LEWIS, S. C. News after Trump. New York: Oxford University, 2021.</p> <p>COULDRY , N.; HEPP, A. A construção mediada da realidade. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2020.</p> <p>HANITZSCH, T et al. (Orgs.) Worlds of Journalism. New York: Columbia University, 2019.</p> <p>HERMIDA, A. Social journalism: Exploring how social media is shaping journalism. The handbook of global online journalism, v. 12, 2012.</p> <p>MARCONI, F. Newsmakers: Artificial intelligence and the future of journalism. New York: Columbia University, 2020.</p> <p>MCBRIDE, K.; ROSENSTIEL, T. (Orgs.). The new ethics of journalism: principles for the 21st century. Washington: CQ Press, 2013.</p> <p>ORNEBRING, H. (Org.). Oxford Research Encyclopedia of Journalism Studies. Oxford: Oxford University Press, 2020.</p> <p>PAVLIK, J. V . Data, Algorithms, and Code. In: ELDRIGE, S. A.; FRANKLIN, B. (Orgs.). The Routledge companion to digital journalism studies. Londres: Routledge, 2016.</p> <p>PEÑA-FERNÁNDEZ, S et al. Without journalists, there is no journalism: the social dimension of generative artificial intelligence in the media. Profesional de la información, v. 32, n. 2, 2023.</p> <p>VOS, T. P.; THOMAS, R. J. The discursive construction of journalistic authority in a post-truth age. Journalism Studies, v. 19, n. 13, 2018.</p> <p>WAISBORD, S. Crisis? What crisis. In: PETERS, C.; BROERSMA, M. (Orgs.). Rethinking journalism again. Londres: Routledge, 2017.</p> <p>WÖLKER, A.; POWELL, T. E. Algorithms in the newsroom? Journalism, v. 22, n. 1, 2021.</p> <p> </p> | |||||||||||||||||||||||
14 | Rede Fundamentos Teóricos do Jornalismo - Sessão coordenada: Fundamentos teóricos do jornalismo à luz das transformações estruturais contemporâneas - Mesa 1 | A sessão coordenada vincula-se à Rede de Pesquisa Fundamentos Teóricos do Jornalismo e edifica-se no contexto das transformações estruturais contemporâneas (geopolíticas, econômicas, culturais e sociotécnicas) do campo. Parte-se do pressuposto de que os fundamentos teóricos do jornalismo, o que envolve suas teorias e conceitos correlatos, têm passado por um período histórico desafiador para seus limites em termos empíricos, normativos, epistemológicos e mesmo ontológicos. Nesse horizonte, a proposta da sessão coordenada é colocar em interlocução pesquisas devotadas a mapear e a atualizar teorias e conceitos fundamentais e emergentes utilizados por pesquisadores para explicar o jornalismo do primeiro quarto do século XXI. Incentiva-se, assim, a submissão de artigos que busquem: 1) a construção de um estado da arte dos conceitos (valores, normas, princípios, etc), que configuram os fundamentos teóricos do jornalismo ao longo da história; 2) a proposição de uma revisão, atualização e problematização dos conceitos à luz das transformações contemporâneas; e/ou 3) novas postulações teórico-metodológicas. Pretende-se, nesse cenário, contribuir com o campo acadêmico da pesquisa em jornalismo em um momento histórico que afeta a prática profissional, a institucionalização do campo e os impactos na sociedade em aspectos como a crise da ideia de expertise na ciência e no próprio estado democrático de direito. São esperadas reflexões que debatam os valores, as normas e os princípios do campo jornalístico em diálogo com os universos da ontologia, da epistemologia, da teoria do conhecimento, da práxis e da cultura profissional, da estética e da noticiabilidade, da objetividade e da subjetividade, das linguagens, do ambiente digital e da crise contemporânea da mediação e da autoridade jornalística, entre outras articulações teórico-conceituais correlatas. | <p>CARLSON, M; LEWIS, S. (Orgs.) The Boundaries of Journalism. Londres: Routledge, 2015.</p> <p>CARLSON, M., ROBINSON, S., LEWIS, S. C. News after Trump. New York: Oxford University, 2021.</p> <p>COULDRY , N.; HEPP, A. A construção mediada da realidade. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2020.</p> <p>HANITZSCH, T et al. (Orgs.) Worlds of Journalism. New York: Columbia University, 2019.</p> <p>HERMIDA, A. Social journalism: Exploring how social media is shaping journalism. The handbook of global online journalism, v. 12, 2012.</p> <p>MARCONI, F. Newsmakers: Artificial intelligence and the future of journalism. New York: Columbia University, 2020.</p> <p>MCBRIDE, K.; ROSENSTIEL, T. (Orgs.). The new ethics of journalism: principles for the 21st century. Washington: CQ Press, 2013.</p> <p>ORNEBRING, H. (Org.). Oxford Research Encyclopedia of Journalism Studies. Oxford: Oxford University Press, 2020.</p> <p>PAVLIK, J. V . Data, Algorithms, and Code. In: ELDRIGE, S. A.; FRANKLIN, B. (Orgs.). The Routledge companion to digital journalism studies. Londres: Routledge, 2016.</p> <p>PEÑA-FERNÁNDEZ, S et al. Without journalists, there is no journalism: the social dimension of generative artificial intelligence in the media. Profesional de la información, v. 32, n. 2, 2023.</p> <p>VOS, T. P.; THOMAS, R. J. The discursive construction of journalistic authority in a post-truth age. Journalism Studies, v. 19, n. 13, 2018.</p> <p>WAISBORD, S. Crisis? What crisis. In: PETERS, C.; BROERSMA, M. (Orgs.). Rethinking journalism again. Londres: Routledge, 2017.</p> <p>WÖLKER, A.; POWELL, T. E. Algorithms in the newsroom? Journalism, v. 22, n. 1, 2021.</p> | |||||||||||||||||||||||
15 | Rede Fundamentos Teóricos do Jornalismo - Sessão coordenada: Fundamentos teóricos do jornalismo à luz das transformações estruturais contemporâneas - Mesa 2 | A sessão coordenada vincula-se à Rede de Pesquisa Fundamentos Teóricos do Jornalismo e edifica-se no contexto das transformações estruturais contemporâneas (geopolíticas, econômicas, culturais e sociotécnicas) do campo. Parte-se do pressuposto de que os fundamentos teóricos do jornalismo, o que envolve suas teorias e conceitos correlatos, têm passado por um período histórico desafiador para seus limites em termos empíricos, normativos, epistemológicos e mesmo ontológicos. Nesse horizonte, a proposta da sessão coordenada é colocar em interlocução pesquisas devotadas a mapear e a atualizar teorias e conceitos fundamentais e emergentes utilizados por pesquisadores para explicar o jornalismo do primeiro quarto do século XXI. Incentiva-se, assim, a submissão de artigos que busquem: 1) a construção de um estado da arte dos conceitos (valores, normas, princípios, etc), que configuram os fundamentos teóricos do jornalismo ao longo da história; e/ou 2) a proposição de uma revisão, atualização e problematização dos conceitos à luz das transformações contemporâneas; 3) novas postulações teórico-metodológicas. Pretende-se, nesse cenário, contribuir com o campo acadêmico da pesquisa em jornalismo em um momento histórico, que afeta a prática profissional, a institucionalização do campo e os impactos na sociedade em aspectos como a crise da ideia de expertise na ciência e no próprio estado democrático de direito. São esperadas reflexões que debatam os valores, as normas e os princípios do campo jornalístico em diálogo com os universos da ontologia, da epistemologia, da teoria do conhecimento, da práxis e da cultura profissional, da estética e da noticiabilidade, da objetividade e da subjetividade, das linguagens, do ambiente digital e da crise contemporânea da mediação e da autoridade jornalística, entre outras articulações teórico-conceituais correlatas. | <p>CARLSON, M; LEWIS, S. (Orgs.) The Boundaries of Journalism. Londres: Routledge, 2015.</p> <p>CARLSON, M., ROBINSON, S., LEWIS, S. C. News after Trump. New York: Oxford University, 2021.</p> <p>COULDRY , N.; HEPP, A. A construção mediada da realidade. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2020.</p> <p>HANITZSCH, T et al. (Orgs.) Worlds of Journalism. New York: Columbia University, 2019.</p> <p>HERMIDA, A. Social journalism: Exploring how social media is shaping journalism. The handbook of global online journalism, v. 12, 2012.</p> <p>MARCONI, F. Newsmakers: Artificial intelligence and the future of journalism. New York: Columbia University, 2020.</p> <p>MCBRIDE, K.; ROSENSTIEL, T. (Orgs.). The new ethics of journalism: principles for the 21st century. Washington: CQ Press, 2013.</p> <p>ORNEBRING, H. (Org.). Oxford Research Encyclopedia of Journalism Studies. Oxford: Oxford University Press, 2020.</p> <p>PAVLIK, J. V . Data, Algorithms, and Code. In: ELDRIGE, S. A.; FRANKLIN, B. (Orgs.). The Routledge companion to digital journalism studies. Londres: Routledge, 2016.</p> <p>PEÑA-FERNÁNDEZ, S et al. Without journalists, there is no journalism: the social dimension of generative artificial intelligence in the media. Profesional de la información, v. 32, n. 2, 2023.</p> <p>VOS, T. P.; THOMAS, R. J. The discursive construction of journalistic authority in a post-truth age. Journalism Studies, v. 19, n. 13, 2018.</p> <p>WAISBORD, S. Crisis? What crisis. In: PETERS, C.; BROERSMA, M. (Orgs.). Rethinking journalism again. Londres: Routledge, 2017.</p> <p>WÖLKER, A.; POWELL, T. E. Algorithms in the newsroom? Journalism, v. 22, n. 1, 2021.</p> | |||||||||||||||||||||||
16 | Renami - Jornalismo narrativo, sujeitos e testemunhos (Sessão 1) – Ano 6 | Esta coordenada tem como objetivo refletir sobre as narrativas contemporâneas e as possibilidades de sua compreensão no contexto da produção jornalística, em especial a que se configura por sujeitos em relação, ou seja, na ação narrativa advinda da confluência entre narrador, personagens e público, pensando, ainda, o lugar do testemunho nesse processo. Os trabalhos aqui apresentados evidenciam uma nova ordem de apropriações e cisões, principalmente nas estabelecidas em torno das hegemonias narrativas, visto que novas pautas e experimentações na área contribuem para mudanças profundas nos modos de produção, circulação e recepção na esfera social. Os artigos problematizam o papel do jornalismo em interface com outras áreas do conhecimento, considerando que as fronteiras estão cada vez menos delimitadas, além de refletir sobre os modos de se relatar histórias de vida, de si e a produção de sentidos engendrada pela construção da narrativa sobre o “outro”, sejam pessoas públicas ou anônimas, além de explicitarem diferentes aspectos das disputas pelas memórias. Eles ainda problematizam a noção de testemunho no jornalismo e sua intensa reverberação nos mais variados suportes comunicacionais. Observam ainda a reconfiguração das vozes narrativas na sociedade midiatizada, as hegemonias discursivas e possíveis rupturas a partir dos tensionamentos presentes nas narrativas jornalísticas. Os trabalhos buscam acionar conceitos, concepções, práticas, linguagens e perspectivas da produção jornalística em suas diversas temporalidades. | <p class="MsoNoSpacing">ASSMANN, Aleida. <strong>Espaços da recordação</strong>: formas e transformações da memória cultural. Campinas: Unicamp, 2011</p> <p class="MsoNoSpacing">BEVERLEY, John. <strong>Políticas de la teoria</strong>: ensayos sobre subalternidad y hegemonia. Traducción: Marlene Beiza Latorre y Sergio Villalobos-Ruminott. Caracas: CELARG, 2011. Disponível em: <<a href="https://www.academia.edu/4739925/Pol%C3%ADticas_de_la_teor%C3%ADa-John_Beverley-Introducci%C3%B3n_y_traducci%C3%B3n_Sergio_Villalobos-Ruminott">https://www.academia.edu/4739925/Pol%C3%ADticas_de_la_teor%C3%ADa-John_Beverley-Introducci%C3%B3n_y_traducci%C3%B3n_Sergio_Villalobos-Ruminott</a>>.</p> <p class="MsoNoSpacing">FROSH, Paul; PINCHEVSKI, Amit. <strong>Media witnessing</strong>. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2009.</p> <p class="MsoNoSpacing">GAGNEBIN, Jeanne Marie. <strong>Lembrar, escrever, esquecer</strong>. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2009.</p> <p class="MsoNoSpacing">MORAES, Fabiana. <strong>A pauta é uma arma de combate</strong>. Subjetividade, prática reflexiva e posicionamento para superar um jornalismo que desumaniza. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2022.</p> <p class="MsoNoSpacing">PERES, Ana C., MAIA, Marta R. JORNALISMO DE TEOR TESTEMUNHAL: contribuições para um diálogo possível entre a pauta e a narrativa. <strong>Anais </strong>32º Encontro Compós. Disponível em: <a href="https://proceedings.science/compos/compos-2023/trabalhos/jornalismo-de-teor-testemunhal-contribuicoes-para-um-dialogo-possivel-entre-a-pa">https://proceedings.science/compos/compos-2023/trabalhos/jornalismo-de-teor-testemunhal-contribuicoes-para-um-dialogo-possivel-entre-a-pa</a>.</p> <p class="MsoNoSpacing">RANCIÈRE, J. <strong>As margens da ficção</strong>. Trad. Fernando Scheibe. São Paulo: Editora 34, 2021.</p> <p class="MsoNoSpacing">RICOEUR, P. <strong>Tempo e narrativa</strong>: a intriga e a narrativa histórica. Vol. 1. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.</p> <p>ROBIN, Régine. La autoficcíón. El sujeto siempre en falta. In: ARFUCH, Leonor (<em>et. al.)</em> <strong>Identidades, sujetos y subjetividades</strong>. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2005.</p> <p>SELIGMANN-SILVA, Márcio. <strong>A virada testemunhal e decolonial do saber histórico</strong>. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2022.</p> <p class="MsoNoSpacing">SPIVAK, Gayatri Chakravorty. <strong>Pode o subalterno falar?</strong> Belo Horizonte: UFMG, 2010.</p> <p class="MsoNoSpacing">WHITE, Hayden. <strong>Trópicos do discurso</strong>: Ensaios sobre a Crítica da Cultura. Tradução de Alípio Correia de Franca Neto. São Paulo: Editora da USP, 1994. </p> | |||||||||||||||||||||||
17 | Renami - Jornalismo narrativo, sujeitos e testemunhos (Sessão 2) – Ano 6 | Esta coordenada, denominada “Jornalismo narrativo, sujeitos e testemunhos”, tem como objetivo refletir sobre as produções jornalísticas da atualidade a partir de um olhar que vislumbra a subjetividade no processo de construção das narrativas que levam em consideração a presença dos sujeitos em todas as fases desse processo de configuração. Os trabalhos apresentados buscam aprofundar a dimensão das subjetividades e da crítica incisiva a alguns princípios consolidados do jornalismo. A análise das produções da área, seja as do chamado jornalismo mainstream, seja as das experiências narrativas estéticas diversificadas, representa um importante recurso para a produção de diagnósticos e prognósticos do campo. Os artigos problematizam e refletem os modos de se relatar histórias de vida, de si e a produção de sentidos engendrada pela construção da narrativa sobre o outro, considerando a diversidade social existente na sociedade hoje. Eles ainda problematizam a noção de testemunho no jornalismo, antes associado especialmente à presença concreta no espaço do acontecimento. Importante considerar que o jornalismo de teor testemunhal foi ampliado a partir do processo intenso de midiatização e atuação dos profissionais da área nas mais diversas produções impressas, sonoras, audiovisuais e digitais. Os trabalhos observam ainda a reconfiguração das vozes narrativas na sociedade midiatizada, a relação entre pauta, fontes e narrativa. Os artigos, aqui apresentados, tensionam conceitos, concepções, práticas, linguagens e perspectivas que situam as narrativas em suas mais variadas dimensões. | <p class="MsoNoSpacing">ASSMANN, Aleida. <strong>Espaços da recordação</strong>: formas e transformações da memória cultural. Campinas: Unicamp, 2011</p> <p class="MsoNoSpacing">BEVERLEY, John. <strong>Políticas de la teoria</strong>: ensayos sobre subalternidad y hegemonia. Traducción: Marlene Beiza Latorre y Sergio Villalobos-Ruminott. Caracas: CELARG, 2011. Disponível em: <<a href="https://www.academia.edu/4739925/Pol%C3%ADticas_de_la_teor%C3%ADa-John_Beverley-Introducci%C3%B3n_y_traducci%C3%B3n_Sergio_Villalobos-Ruminott">https://www.academia.edu/4739925/Pol%C3%ADticas_de_la_teor%C3%ADa-John_Beverley-Introducci%C3%B3n_y_traducci%C3%B3n_Sergio_Villalobos-Ruminott</a>>.</p> <p class="MsoNoSpacing">FROSH, Paul; PINCHEVSKI, Amit. <strong>Media witnessing</strong>. Basingstoke: Palgrave Macmillan, 2009.</p> <p class="MsoNoSpacing">GAGNEBIN, Jeanne Marie. <strong>Lembrar, escrever, esquecer</strong>. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2009.</p> <p class="MsoNoSpacing">MORAES, Fabiana. <strong>A pauta é uma arma de combate</strong>. Subjetividade, prática reflexiva e posicionamento para superar um jornalismo que desumaniza. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2022.</p> <p class="MsoNoSpacing">PERES, Ana C., MAIA, Marta R. JORNALISMO DE TEOR TESTEMUNHAL: contribuições para um diálogo possível entre a pauta e a narrativa. <strong>Anais </strong>32º Encontro Compós. Disponível em: <a href="https://proceedings.science/compos/compos-2023/trabalhos/jornalismo-de-teor-testemunhal-contribuicoes-para-um-dialogo-possivel-entre-a-pa">https://proceedings.science/compos/compos-2023/trabalhos/jornalismo-de-teor-testemunhal-contribuicoes-para-um-dialogo-possivel-entre-a-pa</a>.</p> <p class="MsoNoSpacing">RANCIÈRE, J. <strong>As margens da ficção</strong>. Trad. Fernando Scheibe. São Paulo: Editora 34, 2021.</p> <p class="MsoNoSpacing">RICOEUR, P. <strong>Tempo e narrativa</strong>: a intriga e a narrativa histórica. Vol. 1. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010.</p> <p>ROBIN, Régine. La autoficcíón. El sujeto siempre en falta. In: ARFUCH, Leonor (<em>et. al.)</em> <strong>Identidades, sujetos y subjetividades</strong>. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2005.</p> <p>SELIGMANN-SILVA, Márcio. <strong>A virada testemunhal e decolonial do saber histórico</strong>. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2022.</p> <p class="MsoNoSpacing">SPIVAK, Gayatri Chakravorty. <strong>Pode o subalterno falar?</strong> Belo Horizonte: UFMG, 2010.</p> <p class="MsoNoSpacing">WHITE, Hayden. <strong>Trópicos do discurso</strong>: Ensaios sobre a Crítica da Cultura. Tradução de Alípio Correia de Franca Neto. São Paulo: Editora da USP, 1994. </p> | |||||||||||||||||||||||
18 | Renami - Narrativas imagéticas no jornalismo | Pesquisas e reflexões sobre as imagens técnicas no jornalismo, abarcando tanto as estáticas (fotografia, ilustração, charge) quanto as em movimento (videorreportagens, vídeos jornalísticos e outros formatos audiovisuais, como documentários). O objetivo é discutir como tais imagens, produzidas para diferentes meios e com múltiplos suportes tecnológicos, fortalecem a mediação da informação, a constituição de narrativas jornalísticas e a construção de sentidos, via diálogo verbo-visual-espacial, em contextos marcados por desigualdades e conflitos no Sul Global. Serão contemplados estudos que problematizem as seguintes temáticas, mas não apenas: Apropriações de imagens técnicas por coletivos, mídias não-hegemônicas e movimentos sociais, sobretudo em coberturas de conflitos e protestos; Ilustrações e charges como recursos de crítica, síntese e visualização de temas complexos no jornalismo; Inovações e desafios na videorreportagem e no jornalismo televisivo, considerando desde a reportagem clássica até experimentações em plataformas digitais com o uso de IA generativa; O papel da imagem em movimento em diálogos com o verbal e o sonoro na linguagem audiovisual em discussão com a construção da realidade no jornalismo; Questões éticas, estéticas e políticas envolvidas na circulação, manipulação e recepção das imagens técnicas, estáticas e/ou em movimento; Relações entre textos verbal, visual e espacial na produção jornalística, incluindo mosaicos visuais, fotorreportagens e ensaios, infografia e multimídia; Transformações do fotojornalismo diante do avanço da Inteligência Artificial (IA) generativa, do uso de dispositivos técnicos móveis e da participação cidadã na produção de imagens. Nesta mesa coordenada, buscamos congregar olhares interdisciplinares e metodologias diversas para promoção do diálogo entre pesquisadoras(es) das diferentes regiões e instituições brasileiras, com vistas ao fomento de debates sobre os desafios contemporâneos nas narrativas atravessadas por imagens no jornalismo, suas potencialidades para a informação, a crítica social e a memória. | <p>AZOUBEL, D. Narrativas Fotojornalísticas I: matizes, objetos, sujeitos. Belo Horizonte: Letramento, 2019.</p> <p>BAITELLO JÚNIOR, N. A era da iconofagia: reflexões sobre imagem, comunicação, mídia e cultura. São Paulo: Paulus, 2014.</p> <p>BARTHES, R. A câmara clara: nota sobre a fotografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.</p> <p>BAUER, M. W. GASKELL, G. Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som. Petrópolis: Vozes, 2002.</p> <p>DUBOIS, P. O ato fotográfico e outros ensaios. 14. ed. Campinas: Papirus, 2012.</p> <p>COSTA, V. M. T.; COSTA, A. C. S. da; AMORIM, C. R. das C. T.; A televisão e a polinarrativa do jornalismo audiovisual. In: Narrativas midiáticas contemporâneas: perspectivas epistemológicas (recurso eletrônico).</p> <p>GODOY, H. Documentário, realidade e semiose: os sistemas audiovisuais como fontes de conhecimento. São Paulo: Annablume: FAPESP, 2001.</p> <p>GOMES, I. (Org.). Gênero televisivo e modo de endereçamento no telejornalismo. Salvador: Edufba, 2011.</p> <p>JOLY, M. Introdução à análise da imagem. Papirus Editora, 14-Edição, 2013.</p> <p>MARTÍN-BARBERO, J.; REY, G. Os exercícios do ver: hegemonia audiovisual e ficção televisiva. 2.ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2004.</p> <p>WILLIAMS, R. Televisão: tecnologia e forma cultural. São Paulo. Boitempo; Belo Horizonte: PUC- Minas, 2016.</p> | |||||||||||||||||||||||
19 | Renami – Midiatização e Narrativas | A Sessão Coordenada Renami Midiatização e Narrativas se propõe refletir sobre as complexificações que se verificam quando as narrativas de natureza jornalística são afetadas pela processualidade da midiatização, reconfigurando-se. A começar pelo trabalho “Da dispersão das narrativas à chancela do sentido: tensionamentos entre autorização social e o jornalismo midiatizado no debate da Anistia no Brasil”. Os autores buscam compreender, por meio da análise das relações simbióticas que ocorrem nos ambientes produtivos, de que maneira o jornalismo midiatizado tem aberto caminho para uma potencialização da dispersão das narrativas no contexto da sociedade 5.0 (Reis, Thomé, 2023), em especial no campo político. O segundo trabalho se propõe a observar o tema “Midiatização e narrativas contra hegemônicas: práticas amadoras profissionais no jornalismo de proximidade”. Observa as dinâmicas que compõem arranjos comunicacionais emergentes pelo viés das práticas jornalísticas midiatizadas e da comunicação de proximidade (Correia, 2012). Busca analisar a atuação narrativa de dois jornalistas como repórteres na cobertura das enchentes ocorridas em 2024 no Estado do Rio Grande do Sul. O terceiro artigo – “Narrativas visuais no ambiente digital: perspectivas para projetos de Assessoria Estudantil” – analisa linhas de narrativas visuais trabalhadas pelo setor empresarial na internet e discute sua aplicabilidade em projetos de assessoria estudantil. Considerando a crescente demanda por conteúdos multimodais no campo da comunicação institucional, parte do princípio que o texto articula fundamentos teóricos sobre narrativa visual com a evolução das práticas das assessorias de imprensa no ambiente digital. A quarta proposta – “True crime: imaginário, mistério e suspense nas estratégias de construção de textualidades jornalísticas” – analisa, neste contexto, experiências narrativas e reconfigurações estéticas no jornalismo por meio de reflexões em torno de conteúdos true crime. Em especial, o conceito de mistério como estratégia na construção de textualidades jornalísticas, desde o occasionnel parisiense aos programas policiais radiofônicos até a dicção documentarista dos podcasts true crime. O quinto e último artigo da sessão, por fim, “Sobre circulação, jornalismo e reconfigurações narrativas”, tensiona o conceito de circulação jornalística a partir das reconfigurações que se estabelecem em determinadas condições de enunciação em torno do Quarto Narrador. A hipótese é que a circulação, pensada como dispositivo, permite não apenas a emergência de fenômenos disruptivos, como as narrativas dissonantes e os efeitos de contraste, como exige, do que analisa, novas gramáticas interpretativas. A midiatização se estabelece, neste contexto, como chave hermenêutica para compreendermos as referidas transformações. | <p>ABERNATHY, Penelope Muse. News deserts and ghost newspapers: will local news survive? Hussmann School of Journalism and Media, 2020. Disponível em: <a href="https://www.usnewsdeserts.com/reports/news-deserts-and-ghost-newspapers-will-local">https://www.usnewsdeserts.com/reports/news-deserts-and-ghost-newspapers…</a>- news-survive/the-news-landscape-in-2020-transformed-and-diminished/. Acesso em: 30 maio 2025.</p> <p>CORREIA, João Carlos. Comunicação de proximidade e cidadania: a importância dos contextos sociais na reflexão teórica no espaço Ibero-Americano. Covilhã: UBI, 2012.</p> <p>CAMPONEZ, Clara. Jornalismo de proximidade. Coimbra: Minerva, 2012.</p> <p>BROWDER, Laura. True crime. In: NICKERSON, Catherine Ross (org.). The Cambridge companion to American crime fiction. Atlanta: Cambridge University Press, 2010. p. 121–135. Disponível em: <a href="https://doi.org/10.1017/CCOL9780521199377">https://doi.org/10.1017/CCOL9780521199377</a>. Acesso em: 30 maio 2025.</p> <p>FAUSTO NETO, Antônio. Mediações, midiatização: conceitos entre trajetórias, biografias e geografias. In: FERREIRA, Jairo et al. Entre o que se diz e o que se pensa: onde está a midiatização. Santa Maria: FACOS, 2018. p. 63–99.</p> <p>FLICHY, Patrice; FERREIRA, Jairo; AMARAL, Ana. Redes digitais: um mundo para os amadores. novas relações entre mediadores, mediações e midiatizações. Santa Maria: FACOS/UFSM, 2016. Disponível em: <a href="https://drive.google.com/file/d/1nqHDYfPQAmzimicRoRkQa2zsvFctqrQF/view">https://drive.google.com/file/d/1nqHDYfPQAmzimicRoRkQa2zsvFctqrQF/view</a>. Acesso em: 30 maio 2025.</p> <p>FONTOURA, M. B. da; HELICH, T.; FIGUEIREDO, V. L. F. de. Os realismos do true crime: Estratégias narrativas dos episódios-piloto da série ficcional (HBO) e da série documental (Netflix) The Staircase. RuMoRes, São Paulo, v. 17, n. 34, p. 77–94, 2023.</p> <p>MARCELLINO, Marcio Morrison Kaviski; FORT, Monica Cristine. Smartphone como extensão simbiótica do jornalista: uma reflexão das relações homem-máquina na produção de notícias móveis. Revista Pauta Geral, Ponta Grossa, v. 5, n. 1, 2018.</p> <p>MARCELLINO, Marcio Morrison Kaviski. Redações midiatizadas: etnografia das práticas jornalísticas no Brasil e na Suécia a partir de relações simbióticas. São Leopoldo: Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2024. Disponível em: <a href="https://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13137">https://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/13137</a>. Acesso em: 30 maio 2025.</p> <p>PUNNETT, Ian Case. Toward a theory of true crime narratives: a textual analysis. Abingdon, Inglaterra: Routledge, 2018. E-book Kindle.</p> <p>FAUSTO NETO, Antônio. Circulação: trajetos conceituais. Rizoma, v. 6, n. 2, p. 08–40, 7 jul. 2018.</p> <p>REIS, Marco Aurélio; THOMÉ, Claudia. Reconfigurações das narrativas midiáticas no contexto da Sociedade 5.0. In: SOSTER, Demétrio; BARBOSA, Karina; YURI, Mateus (org.). Narrativas midiáticas contemporâneas: inquietações diante do caos. Florianópolis: Insular, 2023. p. 244–264.</p> <p>ROSA, Ana Paula. Transbordamentos da narrativa jornalística: das incompletudes à atorização ante um dilúvio de imagens. In: SBPJOR – Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, 2024, Belém. Anais [...]. 2024.</p> <p>ROSNAY, Joel. O homem simbiótico: perspectivas para um terceiro milênio. Petrópolis: Vozes, 1997. SODRÉ, Muniz. A narração do fato. Rio de Janeiro: Vozes, 2009.</p> <p>SOSTER, Demétrio de Azeredo. Jornalismo, narrativas dissonantes e a reconfiguração do Quarto Narrador. In: ANAIS DO 22º ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 2024, Belém. Anais eletrônicos... Galoá, 2024. Disponível em: <a href="https://proceedings.science/sbpjor-2024/trabalhos/jornalismo-narrativas">https://proceedings.science/sbpjor-2024/trabalhos/jornalismo-narrativas</a>- dissonantes-e-a-reconfiguracao-do-quarto-narrador?lang=pt-br. Acesso em: 20 dez. 2024.</p> <p>SOSTER, Demétrio de Azeredo. As Zonas Intermediárias de Circulação e a emergência de narrativas dissonantes na discursividade midiática. Questões Transversais, São Leopoldo, 2023. Disponível em: <a href="https://revistas.unisinos.br/index.php/questoes/article/view/26423">https://revistas.unisinos.br/index.php/questoes/article/view/26423</a>. Acesso em: 26 dez. 2024.</p> <p>SOSTER, Demétrio de Azeredo. A circulação como instância reconfiguradora do jornalismo midiatizado. Questões Transversais, São Leopoldo: Unisinos, 2021. Disponível em: <a href="https://revistas.unisinos.br/index.php/questoes/article/view/18084">https://revistas.unisinos.br/index.php/questoes/article/view/18084</a>. Acesso em: 30 maio 2025.</p> | |||||||||||||||||||||||
20 | Renami – Reorganização das práticas e narrativas no jornalismo pós-digital | O jornalismo nasce e se expande globalmente com base na tecnologia de Gutemberg. Ao longo do tempo, pelo uso constante de novas técnicas, transforma-se e se torna um campo profissional de interesse público, uma instituição fundamental para as democracias modernas. Mas, assim como as democracias representativas, o jornalismo entra em sucessivas crises, em especial, no cenário contemporâneo de uma tecnologia digital de uso intensivo pela sociedade. No entanto, seu DNA – valores, princípios e finalidades – permanece, mesmo em processo de transformação, às vezes metamorfoses. Seus atores principais – jornalistas, empresas jornalísticas e o público leitor que representa a sociedade – se reinventem nos modos de produção e consumo. Essa Mesa Coordenada busca entender e debater como as práticas, rotinas e narrativas jornalísticas, agora intensamente remidiatizadas, se inventam e reinventam na busca pela audiência que garanta a sobrevivência financeira, mas também a credibilidade, a influência social e a ética profissional, aspectos que garantem independência, em qualquer grau, e a permanência do papel sociocultural e político do campo. Assim, convidamos pesquisadores e pesquisadoras a apresentarem trabalhos que envolvam temáticas e abordagens teóricas e metodológicas que demonstrem como se apresentam as práticas e suas decorrentes narrativas no âmbito de um jornalismo produzido e consumido em ambiente socioeconômico digital e plataformizado, portanto pós-digital. Como o uso e imposição de novos e sucessivos atores técnicos, como algoritmos curadores, plataformas e inteligência artificial, atuam sobre as métricas de audiência e um jornalismo que parece estar refém das big techs? Como manter narrativas digitais que incorporem valores e princípios forjados ao longo de mais de 150 anos? A proposta se justifica pela importância do campo para a sociedade diante da necessidade de repensar formas de enfrentamento a um cenário midiático marcado pelas desordens informativas. Consideramos, sobretudo, a importância de se apostar e garantir uma prática profissional inovadora e atualizada, que use a tecnologia como facilitadora e agregadora de valor, mas que não renuncie a seus princípios intrínsecos. Citamos como exemplo, mas não de forma restritiva, temáticas como: tensionamentos entre práticas jornalísticas e performatividade algorítmica em plataformas digitais; usos e limites das aplicações de IA; condicionamentos de uma cultura pós-digital sobre práticas, narrativas e formas de gestão do campo jornalístico; práticas jornalísticas como formas de enfrentamento a diferentes tipologias da desinformação; finalidades e valores do jornalismo em um cenário de narrativas digitais online; a plataformização da web e o espaço das narrativas jornalísticas; diferentes gêneros narrativos em jornalismo no cenário contemporâneo, entre muitos outros. | <p>CANAVILHAS, João; HORN, Aline Tainá A.; DEL VECCHIO DE LIMA, Myrian R. João Canavilhas: notes and reviews on journalism in a digital media culture. <strong>Matrizes</strong>, vol. 14, no. 2, 2020, May-, pp. 145-159 Universidade de São Paulo Brasil DOI: <a href="https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v14i2p145-15">https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v14i2p145-15</a></p> <p>KOVACH, Bill; ROSENSTIEL, Tom. <strong>Os elementos do jornalismo</strong>: o que os profissionais do jornalismo devem saber e o público exigir. Porto, Portugal: Editora Porto, 2005.</p> <p>REGINATO, Gisele Dotto. <strong>As finalidades do jornalismo</strong>. Florianópolis, Insular, 2019.</p> <p>REUTERS INSTITUTE; OXFORD UNIVERSITY. <strong>Digital News Report 2024</strong>. In: <a href="https://reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/digital-news-report/2024">https://reutersinstitute.politics.ox.ac.uk/digital-news-report/2024</a> Acesso: 25 mai 2025.</p> <p>WARDLE, Claire; DERAKHSHAN, Hossein.<strong> Information disorder</strong>: Toward an interdisciplinary framework for research and policymaking. Strasbourg: Council of Europe, 2017.</p> | |||||||||||||||||||||||
21 | RETIJ - A mediação e a subsunção do trabalho jornalístico por tecnologias | Desde a passagem da primeira para a segunda décadas do século XXI, marcada pela disseminação dos dispositivos móveis (smartphones, tablets e e-readers) e pelo histórico processo de “integração impresso-online” (majoritariamente ocorrido no intervalo 2009-2013), as transformações no jornalismo incidiram sobre aspectos laborais, de relação com a sociedade e de linguagem. Algumas promessas de adoção de dispositivos e práticas pelo jornalismo se concretizaram (ubiquidade das câmeras, aumento da produção de vídeo, aproveitamento de material produzido pelo público, acúmulo de funções possibilitado pela convergência digital), enquanto outras ficaram aquém das previsões mais otimistas (leitura em aplicativos próprios de veículos, consumo de revistas em tablet, agregadores de notícias). Houve, ainda, práticas rapidamente incorporadas que ou não foram antevistas ou não receberam a mesma ênfase de analistas e pesquisadores – para citar apenas duas: o SEO, com suas exigências de conformação do texto jornalístico; e a inteligência artificial gerativa, que em menos de dois anos saltou de um uso marginal, nichado, para o status de prática generalizada. Como pano de fundo de tais fenômenos, a plataformização da sociedade e a dataficação se configuram como modos preferenciais de acumulação de capital. No ano em que o jornalismo online no Brasil completa três décadas, qual panorama se pode traçar das mudanças acarretadas pelas tecnologias digitais não só nos formatos de publicação, mas também nas rotinas de produção? As estratégias empresariais de automação no jornalismo cumprem de fato o papel de liberar esforços para reportagem, apuração detalhada e outras tarefas exclusivamente humanas, ou servem apenas para subsumir o custo do trabalho na produção jornalística? Do ponto de vista da crise das instituições epistêmicas, como o fenômeno da sociabilidade virtual, sob impacto do oligopólio digital das “big techs”, opera sobre o conhecimento jornalístico? Além disso, quais tecnologias não necessariamente digitais (ou seja, as analógicas, sociais e organizacionais) ainda são relevantes para o jornalismo? Para esta sessão coordenada, esperam-se pesquisas que se detenham sobre as faces positivas e negativas da relação entre as tecnologias (todas) e o trabalho de jornalistas. | <p>ANDERSON, C.W.; BELL, E; SHIRKY, C. <strong>Jornalismo pós-industrial: </strong>adaptação aos novos tempos. <strong>Revista de jornalismo Espm</strong>. N. 5, A. 2. p. 30- 89, 2013. Disponível em: <a href="https://pt.scribd.com/document/386813919/Jornalismo-pos-industrial-adaptacao-aos-novos-tempos">https://pt.scribd.com/document/386813919/Jornalismo-pos-industrial-adaptacao-aos-novos-tempos</a>. Acesso em 22 de maio de 2022.</p> <p>BARROS, J. V.; MARQUES, A. F.; KINOSHITA, J.; MOLIANI, J. A.; SILVA, N. R.; GROHMANN, R. A plataformização do trabalho jornalístico: dimensões, regime de publicação e agenda de pesquisa. <strong>Avatares de la comunicación y la cultura</strong>, n. 21, p. 1-21, 2021. ARK: <a href="http://id.caicyt.gov.ar/ark:/s18535925/kvf39ktoa">http://id.caicyt.gov.ar/ark:/s18535925/kvf39ktoa</a>. Acesso em 10 jun. 2022.</p> <p>BELL, E; OWEN, T; HAUKA, C; RASHIDIAN, N. A imprensa nas plataformas. Como o Vale do Silício reestruturou o jornalismo. <strong>Revista de Jornalismo ESPM</strong>. São Paulo, N. 20. Ano 6, p. 47 – 83, jul-dez, 2017. Disponível em: <a href="https://academiccommons.columbia.edu/doi/10.7916/D8D79PWH">https://academiccommons.columbia.edu/doi/10.7916/D8D79PWH</a>. Acesso em 22 de maio de 2022.</p> <p>FIGARO, Roseli. Datificação das materialidades sensíveis: captura das atividades cotidianas de trabalhadores da comunicação. <strong>Chasqui</strong>, n. 157, dez. 2024-mar. 2025, p. 273-287. DOI: <a href="https://doi.org/10.16921/chasqui.v1i157.5039"><u>https://doi.org/10.16921/chasqui.v1i157.5039</u></a>. Disponível em: <a href="https://www.revistachasqui.org/index.php/chasqui/article/view/5039"><u>https://www.revistachasqui.org/index.php/chasqui/article/view/5039</u></a>. Acesso em 14. fev. 2025.</p> <p>SILVA, Ana Flávia Marques da. <strong>A redação virtual e as rotinas produtivas nos novos arranjos econômicos alternativos às corporações de mídia</strong>. 2019. Dissertação (Mestrado em Teoria e Pesquisa em Comunicação) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019. doi:10.11606/D.27.2019.tde-16022021-201705. Acesso em: 2024-04-13.</p> <p>SJØVAAG, Helle; FERRER-CONILL, Raul. 7 Working with datafication in media industries research. In: ROHN, Ulrike; RIMSCHA, M. Bjørn; RAATS, Tim. <strong>De Gruyter Handbook of Media Economics</strong>. Berlin, Boston: De Gruyter, 2024, pp. 93-104. DOI: <a href="https://doi.org/10.1515/9783110793444-007"><u>https://doi.org/10.1515/9783110793444-007</u></a>. Acesso em 22 mai. 2025.</p> <p>VAN DIJCK, J; POELL, T; WAAL, M. <strong>The platform society</strong>. New York: Oxford University, 2018.</p> <p>VIEIRA PINTO, Álvaro.<strong> O conceito de Tecnologia</strong>. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005. 2 v.</p> | |||||||||||||||||||||||
22 | RETIJ - A pessoa jornalista no Brasil: perfis profissionais e trajetórias de trabalho | A identificação social e laboral dos jornalistas vem se consolidando como um esforço investigativo nacional e tem na Rede de Pesquisa Trabalho e Identidade no Jornalismo (RETIJ) um espaço de interlocução contínuo. Diante disso, esta coordenada tem como objetivo acolher estudos que delineiam perfilações do profissional de jornalismo na atualidade, a exemplo da realizada pelo Perfil do Jornalista Brasileiro (2021), cujos dados se desenrolam em detalhamentos contidos em relatórios regionais, estaduais e estudos comparativos interseccionais. Sendo assim, espera-se dar visibilidade para investigações que apresentem informações sócio-demográficas, dados objetivos sobre a jornada de trabalho no jornalismo e seus desdobramentos, assim como reflexões advindas dos aspectos subjetivos do trabalho, como satisfação, qualidade de vida no trabalho, sofrimentos éticos, entre outros. Aliado a isso, destacam-se estudos que se debruçam sobre a construção da carreira de jornalista, que podem se dar por meio de abordagens trans ou interdisciplinares com os campos da sociologia do trabalho e/ou da psicologia social. O escopo das pesquisas para compor esta coordenada se estende ainda para recortes amostrais quantitativos e/ou qualitativos que tensionam a profissão de jornalista às questões de raça, gênero, classe e territórios. A caracterização de grupos sociais específicos dentro da profissão relacionados a faixas etárias, ao tempo de profissão, ao tipo de função realizada ou ao cargo ocupado contribuem para o desenho da profissão na atualidade, a qual se desenrola na mídia e fora da mídia. Além disso, os relatos dos profissionais por meio de histórias de vida, história oral ou destacados em análises discursivas completam as perspectivas sobre a construção das carreiras ou dos projetos de vida de trabalho de jornalistas. | <p>BARROS, J. V; NICOLETTI, J; LIMA, S. P. (Orgs.). <strong>O trabalho de jornalistas no Brasil</strong>: Desigualdades, Identidades e Precariedades. Florianópolis: Insular, 2023. Disponível em: <a href="https://insular.com.br/produto/o-trabalho-de-jornalistas-no-brasil-desigualdadesidentidades-e-precariedades-2/">https://insular.com.br/produto/o-trabalho-de-jornalistas-no-brasil-desigualdadesidentidades-e-precariedades-2/</a> </p> <p>CHARRON, J.; BONVILLE, J. <strong>Natureza e transformação do jornalismo</strong>. Florianópolis: Insular, 2016.</p> <p>DEUZE, M. <strong>What is journalism?</strong>: Professional identity and ideology of journalists reconsidered. Journalism 2005 6: 442, DOI: 10.1177/1464884905056815.</p> <p>FIGARO, R. NONATO, C. GROHMANN, R. <strong>As mudanças no mundo do trabalho de jornalistas</strong>. São Paulo: Salta, 2013.</p> <p>FIGARO, R; SILVA, A. F. M da. A comunicação como trabalho no Capitalismo de plataforma: O caso das mudanças no jornalismo. <strong>Contracampo</strong>, Niterói, v. 39, n. 1, p. 101-115, abr./jul. 2020.</p> <p>HALLIN, D. The passing of the “high modernism” of American journalism. <strong>Journal of Communication 42 </strong>(3), 14-25, 1992.</p> <p>LIMA, R. C. B.; PATRÍCIO, E. Elementos de identidade em iniciativas de jornalismo independente. <strong>REVISTA EXTRAPRENSA</strong>, v. 13, p. 217-231, 2020.</p> <p>LIMA S. P., MICK J. et al. <strong>Perfil do jornalista brasileiro 2021</strong>: características sociodemográficas políticas, de saúde e do trabalho. Florianópolis. Quorum Comunicações, 2022.</p> <p>MAIA, G; COSTA, R. R et al. <strong>Perfil do jornalista do Nordeste 2023</strong>: características sociodemográficas, políticas, de saúde e do trabalho. 1. ed. Florianópolis: Quórum Comunicação, 2023. v. 1. 161p.</p> <p>MICK, J.; LIMA, S. <strong>Perfil do jornalista brasileiro</strong>: características demográficas, políticas e do trabalho jornalístico em 2012. Florianópolis. Insular, 2013.</p> <p>NICOLETTI, J; FIGARO, R. Plataformização do trabalho dos jornalistas: uma outra face da precarização. 2022, Anais. <strong>Fortaleza: Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo</strong>, 2022. Disponível em: <a href="https://www.eca.usp.br/acervo/producao-academica/003131079.pdf">https://www.eca.usp.br/acervo/producao-academica/003131079.pdf</a>. Acesso em: 26 maio 2025.</p> <p>PATRÍCIO, E. Relações de trabalho no jornalismo - o ambiente laboral em iniciativas independentes. <strong>PAUTA GERAL - ESTUDOS EM JORNALISMO</strong>, v. 11, p. 28-43, 2024.</p> <p>PATRÍCIO, E<strong>. Transformações no mundo do trabalho do jornalismo</strong>. 1. ed. Florianópolis: Insular, 2022. v. 1. 775p .</p> <p>PEREIRA, F. H., e ADGHIRNI, Z. L. O Jornalismo em tempo de mudanças estruturais. <strong>Intexto</strong>, nº 24, julho de 2011, p. 38-57. Disponível em <a href="https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/19208">https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/19208</a>. Consultado em 20/9/2023.</p> | |||||||||||||||||||||||
23 | RETIJ - As atividades de trabalho no Jornalismo e os dilemas da contemporaneidade: estudos sobre saberes, valores e o estatuto social da profissão | A profissão de jornalista se construiu historicamente a partir da defesa de saberes, valores e de um ethos jornalístico que pela adesão coletiva dos profissionais forjaram uma deontologia para a profissão, estabelecendo parâmetros de conduta, modos de fazer hegemônicos e uma cultura profissional que impunha limites para a entrada e permanência no mundo do trabalho do jornalismo. Com a aceleração das mudanças do capital, os alicerces do jornalismo profissional se abalam e crises multidimensionais se instauram na produção noticiosa. A fragilidade dos modelos de negócios do jornalismo provoca “passaralhos” e o enxugamento das redações, acentuando a precarização do trabalho de jornalista. A centralidade das plataformas na internet obriga o jornalismo a rever seus formatos, sua linguagem e valores e favorece a emergência de influenciadores digitais, os quais disputam atenção com a produção noticiosa. Em paralelo, uma crise de confiança do público para com o jornalismo se instaura e se agrava com a ascensão da direita no Brasil e a dispersão de desinformação como estratégia política. Porém, a pandemia revela que o jornalismo segue sendo essencial para as democracias e para a vida em sociedade. Além disso, o jornalismo independente e alternativo às grandes corporações de mídia se consolida, dando voz a sujeitos e temas calados pela noticiabilidade das corporações jornalísticas. É neste movimento dialético que a atividade jornalística se realiza, seja nas mídias corporativas, em redações virtuais e coletivas ou nas plataformas, resistindo a uma tendência de desprofissionalização e procurando maneiras de se fazer relevante. Serão bem-vindos a esta sessão coordenada trabalhos que contribuam para a reflexão a respeito do estatuto do jornalismo atual, tendo como foco os embates éticos, deontológicos, tecnológicos, econômicos, socioculturais, políticos e organizacionais que a profissão enfrenta. Sendo assim, serão aceitos artigos que descrevam empiricamente e reflitam sobre as dimensões da precarização da profissão, as novas formas de financiamento do trabalho jornalístico, a sustentabilidade do jornalismo independente e alternativo, o ethos jornalístico, os novos saberes e valores da profissão, sobre as fronteiras éticas, técnicas e de linguagem de práticas como o branded content ou jornalismo de marca e que se dediquem ainda a debater o trabalho de mídia social, a prática do fact checking, a formação de novos jornalistas, entre outras temas que versem sobre a atividade jornalística. | <p>ADGHIRNI, Z. L. O jornalista: do mito ao mercado. <strong>Estudos em Mídia e Jornalismo. </strong>V. 2. N. 1, p. 45 – 57, 2005. Disponível em:<a href="https://periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/view/2088"> <u>https://periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/view/2088</u></a>. Acesso em 20 de julho de 2021. </p> <p>CHARRON, J; BONVILLE, J. <strong>Natureza e transformação do jornalismo.</strong> Florianópolis, Brasil: Insular, 2016. </p> <p>CHRISTOFOLETTI, R.<strong> A crise do jornalismo tem solução?</strong> Barueri – SP: Estação das Letras e Cores, 2019.</p> <p>DEUZE, M; WITSCHGE, T. O que o jornalismo está se tornando. <strong>Parágrafo</strong>. Trad. Rafael Grohmann. V. 4, N. 2, p. 09 – 21, 2016. Disponível em:<a href="https://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/478"> <u>https://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/478</u></a>. Acesso em 10 de outubro de 2019.</p> <p>FÍGARO, R; NONATO, C.; GROHMANN, R. <strong>As mudanças no mundo do trabalho do jornalista</strong>. São Paulo: Atlas, 2013. </p> <p>FIGARO, R. et al. <strong>As relações de comunicação e as condições de produção no trabalho de jornalistas em arranjos econômicos alternativos às corporações de mídia</strong>. São Paulo: ECA/USP. 2018.</p> <p>GENRO FILHO, A. <strong>O segredo da pirâmide. </strong>Florianópolis: Insular, 2012.</p> <p>GOMES, M. R. <strong>Ética e Jornalismo. </strong>Uma cartografia dos valores. São Paulo: Escrituras Editora, 2004. </p> <p>MARQUES, A. F; RODRIGUES, N; KINOSHITA, J. Modos de Trabalho no Jornalismo Contemporâneo: as Redações Virtuais na Mídia Ninja e no Jornalistas Livres. In RASLAN FILHO, G; BARROS, J. V. (orgs). <strong>Comunicação, Desenvolvimento, Trabalho: </strong>perspectivas críticas. Porto Alegre: Editora Fi, 2020. </p> <p>NICOLETTI, J. <strong>Precarização e qualidade no jornalismo</strong>: condições de trabalho e seus impactos na notícia. Florianópolis: Editora Insular, 2020. </p> <p> </p> | |||||||||||||||||||||||
24 | Sessão Coordenada RENOI - Qualidade jornalística hoje: entre valores e pressões | Esta sessão coordenada da Rede Nacional de Observatórios de Imprensa (RENOI) tem como objetivo promover um debate crítico e aprofundado sobre fundamentos, critérios e desafios da qualidade no jornalismo contemporâneo, em um cenário marcado por transformações tecnológicas, fragmentação dos públicos, erosão da confiança nas instituições midiáticas e a crescente centralidade das plataformas digitais na mediação da informação. A noção de qualidade, historicamente ancorada em valores como objetividade, precisão, imparcialidade e relevância pública, é hoje alvo de disputas e reformulações, tanto no campo profissional quanto no acadêmico. Esse movimento exige a incorporação de novas dimensões, como a diversidade de fontes e perspectivas, a escuta ativa das audiências, o compromisso com a inclusão e a justiça social, e a transparência editorial. Nesse contexto, refletir sobre qualidade jornalística significa também abordar seu papel como meio de assegurar o direito à informação — um direito fundamental para o exercício da cidadania, para o controle social e para a consolidação de uma esfera pública plural. O jornalismo de qualidade é condição para que a sociedade tenha acesso a informações verificadas, contextualizadas e compreensíveis, capazes de sustentar o debate democrático e a tomada de decisões informadas. Definir critérios de qualidade envolve questões técnicas e normativas internas ao campo jornalístico, além de uma dimensão ética e política, abrangendo a responsabilidade social das mídias comerciais e de serviço público. Ao propor essa reflexão ampliada e multidimensional, a sessão busca problematizar não apenas como se mede a qualidade, mas quem a define, a partir de quais interesses e com quais implicações para a prática jornalística e para a esfera pública democrática. Dentro desse panorama, serão examinados, de forma teórica e empírica, aspectos que incluem checagem de fatos, crítica e monitoramento de mídia em geral como práticas profissionais associadas à busca por qualidade, frequentemente mobilizadas como respostas institucionais à suposta crise de confiança na mídia e à proliferação de desinformação. A sessão deve trazer subsídios para a afirmação do papel da checagem de fatos e da crítica de mídia em geral na revalorização de critérios como rigor, transparência e responsabilidade, explorando tanto suas contribuições quanto seus limites. Serão abordados temas relacionados às diferenças e aos fundamentos das formas de implementação de checagem de fatos e crítica de mídia, a diversidade de padrões adotados por diferentes organizações e contextos, e as tensões entre a promessa de imparcialidade, a credibilidade e os embates políticos e culturais que permeiam o jornalismo atualmente. | <p>CHRISTOFOLETTI, R. (org.). <em>Credibilidade jornalística</em>. Florianópolis: Insular, 2024.</p> <p>CHRISTOFOLETTI, R. (org.). <em>Vitrine e vidraça: crítica de mídia e qualidade no jornalismo</em>. Covilhã: Labcom Books, Universidade da Beira Interior, 2010.</p> <p>GUERRA, J. L.; ROTHBERG, D.; MARTINS, G. L. (orgs.). <em>Crítica do jornalismo no Brasil: produção, qualidade e direito à informação</em>. Covilhã, Portugal: LabCom.IFP, Universidade da Beira Interior, 2016.</p> <p>RAMOS, ROTHBERG, D.; FENGLER, S.; PAULINO, F. O.; CHRISTOFOLETTI, R. (orgs.) <em>Communication and democracy in Brazil and Germany: media accountability, public service media, internet access and right to information</em>. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2025.</p> <p>RAMOS, M. C. et al. (org.). <em>Em defesa da comunicação pública</em>. Brasília: FAC-UnB, 2016.</p> <p>ROTHBERG, D.; LUVIZOTTO, C. K.; CARVALHO, J. M. (orgs.). <em>Revisitando Macbride: utopias e distopias</em>. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2021.</p> | |||||||||||||||||||||||
25 | ||||||||||||||||||||||||||
26 | ||||||||||||||||||||||||||
27 | ||||||||||||||||||||||||||
28 | ||||||||||||||||||||||||||
29 | ||||||||||||||||||||||||||
30 | ||||||||||||||||||||||||||
31 | ||||||||||||||||||||||||||
32 | ||||||||||||||||||||||||||
33 | ||||||||||||||||||||||||||
34 | ||||||||||||||||||||||||||
35 | ||||||||||||||||||||||||||
36 | ||||||||||||||||||||||||||
37 | ||||||||||||||||||||||||||
38 | ||||||||||||||||||||||||||
39 | ||||||||||||||||||||||||||
40 | ||||||||||||||||||||||||||
41 | ||||||||||||||||||||||||||
42 | ||||||||||||||||||||||||||
43 | ||||||||||||||||||||||||||
44 | ||||||||||||||||||||||||||
45 | ||||||||||||||||||||||||||
46 | ||||||||||||||||||||||||||
47 | ||||||||||||||||||||||||||
48 | ||||||||||||||||||||||||||
49 | ||||||||||||||||||||||||||
50 | ||||||||||||||||||||||||||
51 | ||||||||||||||||||||||||||
52 | ||||||||||||||||||||||||||
53 | ||||||||||||||||||||||||||
54 | ||||||||||||||||||||||||||
55 | ||||||||||||||||||||||||||
56 | ||||||||||||||||||||||||||
57 | ||||||||||||||||||||||||||
58 | ||||||||||||||||||||||||||
59 | ||||||||||||||||||||||||||
60 | ||||||||||||||||||||||||||
61 | ||||||||||||||||||||||||||
62 | ||||||||||||||||||||||||||
63 | ||||||||||||||||||||||||||
64 | ||||||||||||||||||||||||||
65 | ||||||||||||||||||||||||||
66 | ||||||||||||||||||||||||||
67 | ||||||||||||||||||||||||||
68 | ||||||||||||||||||||||||||
69 | ||||||||||||||||||||||||||
70 | ||||||||||||||||||||||||||
71 | ||||||||||||||||||||||||||
72 | ||||||||||||||||||||||||||
73 | ||||||||||||||||||||||||||
74 | ||||||||||||||||||||||||||
75 | ||||||||||||||||||||||||||
76 | ||||||||||||||||||||||||||
77 | ||||||||||||||||||||||||||
78 | ||||||||||||||||||||||||||
79 | ||||||||||||||||||||||||||
80 | ||||||||||||||||||||||||||
81 | ||||||||||||||||||||||||||
82 | ||||||||||||||||||||||||||
83 | ||||||||||||||||||||||||||
84 | ||||||||||||||||||||||||||
85 | ||||||||||||||||||||||||||
86 | ||||||||||||||||||||||||||
87 | ||||||||||||||||||||||||||
88 | ||||||||||||||||||||||||||
89 | ||||||||||||||||||||||||||
90 | ||||||||||||||||||||||||||
91 | ||||||||||||||||||||||||||
92 | ||||||||||||||||||||||||||
93 | ||||||||||||||||||||||||||
94 | ||||||||||||||||||||||||||
95 | ||||||||||||||||||||||||||
96 | ||||||||||||||||||||||||||
97 | ||||||||||||||||||||||||||
98 | ||||||||||||||||||||||||||
99 | ||||||||||||||||||||||||||
100 |