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Roteiro Matriz de DfE
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Material adaptado de Yarwood & Eagan por : COBRA, R. L. R. B. Elaboração de roteiros de aplicação de métodos e ferramentas de ecodesign. 2012. Trabalho de Graduação – Escola de Engenharia de São Carlos, 2012.
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Resultados EsperadosA ferramenta Analise ciclo de vida , Analis de impaco de vida DfE matrix (Design for Environment Matrix), uma ferramenta simplificada para a avaliação do ciclo de vida, realiza uma estimativa semi-quantitativa dos impactos ambientais nas diversas fases do ciclo de vida do produto. A avaliação é realizada por meio da resposta de um questionário com pontuação pré-estabelecida que sumariza as melhores práticas para o desenvolvimento de produtos com melhor desempenho ambiental. Quanto maior o valor obtido pela DfE Matrix, melhor é o desempenho ambiental do produto. O resultado pode ser utilizado para comparar alternativas de projeto, conceitos de produto e diferentes produtos, além de identificar áreas com maior potencial de melhoria do desempenho ambiental.
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Atenção: Leia atentamente o roteiro antes de proceder ao preenchimento da matriz
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Informações e Padrões NecessáriosComponenteDescrição
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QuestionárioEncontra-se dividido em 5 itens (A,B,C, D e E) que correspondem às fases do ciclo de vida (pré-manufatura; manufatura; embalagem e transporte; uso e manutenção; fim de vida). Cada fase do ciclo de vida é avaliada considerando-se 5 aspectos ambientais (1, 2, 3, 4, 5) (materiais, consumo de energia, resíduos sólidos, resíduos líquidos e resíduos gasosos ).
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MatrizA matriz possui 25 campos para indicação do valor correspondente à soma das respostas dentro de cada um dos 25 sub-itens (A1, A2...;B1,B2,..) do questionário. Os campos associam sempre uma fase do ciclo de vida e um aspecto ambiental. Cada aspecto ambiental e fase do ciclo de vida, por sua vez, possui um campo “total” associado, onde é feito somatório das respostas. Nesse momento vá até a aba matriz e observe seu conteúdo.
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Antes de prosseguir, leia atentamente o questionário para se familiarizar com seu conteúdo.
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Passo a passo1.    Preenchimento do questionário.
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1.1           Para responder as questões do item “A”, Pré-manufatura, são necessárias informações dos fornecedores de peças, componentes e matérias primas. Assim, apresentam-se duas opções: 1) fazer uma pesquisa com os fornecedores ou 2) responder o questionário a partir do item “B”, Manufatura, desconsiderando, assim, o impacto da cadeia de fornecimento. Deve-se ressaltar que essa opção não é recomendada, pois o ecodesign pressupõe consideração dos impactos causados por todo o ciclo de vida do produto.
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1.2           Responda as questões dentro dos itens A, B, C, D e E. Se a resposta para dada questão for “sim” circule o número de pontos correspondentes na coluna “sim”. Caso a resposta seja “não” circule o zero em frente à questão na coluna “não. Se a pergunta não se aplicar ao produto, ou ele não exercer impacto na área abordada, responda “sim”.
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  Exemplo: A questão B.4 pergunta “Se solventes perigosos ou óleos são usados, foram testadas alternativas para evitar o uso dessas substâncias?”. Se seu processo não usar solventes ou óleos, então seu produto não possui impacto nessa área, e sua resposta deve ser “sim” uma vez que as questões foram escritas de maneira que a resposta “sim” estivesse associada a um impacto positivo.
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1.3           Para cada sub-item (exemplo: A1, A2, A3...) devem ser somadas as respostas e o valor obtido deve se anotado no quadro correspondente.
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2. Preenchimento da matriz
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2.1 O item A está dividido em 5 sub itens os quais contém uma questão de 5 alternativas, cada uma associada a um número de pontos. Nesses subitens apenas uma alternativa deve ser escolhida e seu valor em pontos anotado no campo correspondente da matriz. Exemplo: na questão A.1 apenas 1% dos fornecedores da empresa possuem Sistema de Gestão Ambiental (SGA), então a alternativa a ser marcada é “a” que equivale a 2 pontos, que serão transcritos no campo A.1 da matriz.
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Para cada um dos 20 subitens restantes do questionário existe um campo correspondente na matriz onde serão anotadas as somas das respostas que formam os pontos totais dos subitens. Exemplo: se no item B1 se foi respondido sim para as duas primeiras perguntas, então os pontos totais serão 3 e devem ser anotados no campo B1 da matriz (coluna 1 linha 2). Cada campo do interior da matriz se encontra nomeado com uma letra e um número que indicam o sub-item correspondente (B.1 correspondendo a sub-item B1)
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2.2 A planilha associado ao roteiro foi elaborada em Microsoft Excel e foi programada de modo que a linha e a coluna “Total” sejam automaticamente preenchidas. Caso a matriz esteja sendo usada sob a forma impressa, então os valores de cada linha e coluna devem ser somados e escritos no campo correspondente na coluna ou linha “Totais”.
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2.3 No canto inferior direito da matriz, destacado em vermelho, fica a soma dos pontos totais da coluna ou linha totais, já que as duas somas apresentam sempre mesmo valor. Na matriz em Microsoft Excel esse valor é gerado automaticamente, e passa a dar uma pontuação para aquele produto ou alternativa de projeto. O máximo valor possível é 125 pontos caso todas as questões estejam preenchidas. Se o item A não for preenchido, o valor total possível cai para 100 pontos, 5 por sub-item (cada item possui 5 sub-itens).
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3.    Resultados
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3.1 Nota dada ao produto
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A nota obtida na matriz mede o desempenho ambiental do produto. Esse valor deve ser tomado como uma referência a ser utilizada para avaliar o impacto de mudanças no projeto do produto Também com esse resultado é possível comparar o desempenho de produtos diferentes ou alternativas de projeto, lançar linha de produtos com apelo ambiental e auxiliar na criação de um sistema rotulagem ambiental. A empresa pode estabelecer uma pontuação mínima desejada para a avaliação dos seus produtos e regular internamente a aplicação da ferramenta adaptando à suas características e estratégia.
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3.2 Comparação de alternativas de projeto
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Uma vez que muitos termos usados nas questões são subjetivos, um sistema de classificação que fosse consistente entre os fabricantes, e especialmente entre as diversas indústrias, é virtualmente impossível. À medida que os times de projeto adaptam a ferramenta para o contexto da empresa, os resultados da matriz passam a se tornar relevantes apenas no contexto da própria empresa. A nota obtida na matriz permite comparar o impacto ambiental de projetos alternativos. Por exemplo, um projeto de um produto em particular atingiu a nota 84 enquanto um projeto alternativo para o mesmo produto atingiu a nota 56. Claramente, a primeira opção de projeto é superior de ponto de vista ambiental. Quando as notas de duas alternativas se encontram muito próximas (por exemplo, 63 e 65) a subjetividade das questões exige que o time discuta as diferenças entre as duas alternativas, podendo se aprofundar na análise de impacto ambiental.
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3.3 Reconhecimento de áreas que necessitam de mudanças
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Ao se comparar as pontuações obtidas por linhas, pode-se inferir sobre quais as fases do ciclo de vida mais problemáticas sob o ponto de vista ambiental. De forma análoga, as pontuações das colunas permitem identificar quais são os aspectos ambientais mais significativos. O time de projeto deve determinar quais mudanças de projeto são mais ou menos possíveis, considerando realidade da empresa e de seus produtos, e se esforços para cada medida são razoáveis e possíveis de se executar.
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3.4 Adaptação da ferramenta
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Sugere-se que seja estabelecida uma estratégia para se priorizar as células a serem consideradas para análises mais detalhadas. Como cada célula tem pontuação variando de 0 a 5 pontos, seria possível criar uma escala dentro desse faixa e associar diferentes níveis de desempenho ambiental,.por exemplo, uma célula com pontuação máxima 1 poderia ser considerada de baixo desempenho, pontuação variando entre 2 e 3 como desempenho intermediário e aquelas cuja pontuação ficar entre 4 e 5 como satisfatórias. Para complementar essa proposta, seria possível associar uma estratégia de priorização focando, por exemplo: as células de baixo desempenho no curto prazo, as de desempenho intermediário no médio prazo e as de alto desempenho no longo prazo. Por fim, deve-se ressaltar que essa priorização norteará a busca por melhorias no projeto do produto (veja detalhes no item "Recomendações para aplicação").
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Recomendações para a aplicaçãoÉ útil ter em mãos durante o preenchimento do questionário, o conceito/projeto do produto, fluxogramas de manufatura e especificação dos materiais usados para auxiliar o time de desenvolvimento de produtos.Passo 1
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O preenchimento da matriz deve ser feito por uma equipe cuja composição represente a de uma equipe que usualmente desenvolve produtos na empresa. Assim, profissionais de diferentes áreas de conhecimento e setores devem participar. A formação de uma equipe que não se assemelha às equipes de desenvolvimento de produtos comprometerá a consistência e utilidade dos resultados obtidos.Geral
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O preenchimento da parte A da matriz deve considerar a necessidade de diálogo com os fornecedores e respectivo tempo demandado. Dessa forma, sugere-se que essa parte do questionário seja avaliada previamente, por exemplo, junto aos profissionais da área de suprimentos e compras para se dimensionar o tempo necessário para se obter as respostas. Sem essas considerações iniciais, é provável que a obtenção das respostas dos fornecedores seja apenas concluída ao término de todo o projeto, podendo comprometer a identificação dos pontos críticos do produto em relação a impacto ambiental.Passo 2.1
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Uma boa prática é definir responsáveis para as linhas da matriz (fases do ciclo de vida). Essa atribuição de tarefas deve levar em consideração a estrutura organizacional da empresa. Por exemplo, para a fase de manufatura, o ideal seria que um profissional ligado ao processo de fabricação seja o responsável pelo levantamento das informações pertinentes. Caso a empresa tenha certificação ABNT NBR ISO 14001, seria ainda mais apropriado que o auditor interno líder fosse o responsável por essa linha, pois além de conhecer o processo de fabricação, esse profissional estará apto a responder também sobre os respectivos aspectos e impactos ambientais associados ao processo produtivo. Ao criar essa governança, tanto o preenchimento da matriz como a relação com as outras “linhas” fica otimizada.Passo 2.1
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A pontuação final das células deve ser feita em formato de workshops, pois assim todos os participantes têm a oportunidade de fazer suas considerações sobre as respostas dadas, o que gera resultados mais consolidados e evita eventuais retrabalhos.Passo 2.1
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A equipe encarregada de utilizar a ferramenta deve se ocupar com a tarefa de customizar as perguntas para a sua empresa. Por exemplo, caso a empresa apresente uma lista de substâncias proibidas de serem utilizadas em seus produtos, as perguntas referentes a materiais perigosos devem ser entendidas à luz dessa lista em complemento às indicações sobre materiais feitas na própria ferramenta.Passo 1
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Para que a equipe possa vislumbrar eventuais oportunidades de melhoria no projeto do produto, deve fazer o caminho contrário àquele seguido durante o preenchimento da matriz. Por exemplo, caso a célula C.1 tenha obtido uma pontuação fraca, a equipe poderia procurar oportunidade de melhorá-la analisando oportunidades de emprego de materiais reciclados e recicláveis na embalagem do produto, uma vez que as perguntas dessa célula abordam justamente essas questões. Também a abordagem ”antes e depois” mostrando o perfil ambiental do produto antes e depois das melhorias sugeridas reforça as vantagens da ferramenta.Análise dos resultados
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