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AULA 9: Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana e Currículo Integrador da Infância

Sonia Larrubia Valverde

Pedagoga e Mestre em Psicologia da Educação

Uma das organizadoras destes documentos.

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COLETIVO EDUCAÇÃO EM PRIMEIRO LUGAR

Cursinho para o Concurso de PEI e ATE, da Rede Municipal de Educação de São Paulo

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MARCOS LEGAIS

Lei 9.394/96

de Diretrizes e Bases

Define a Educação Infantil como 1ª etapa da Educação Básica;

Documento mandatório para todas Unidades de

Educação Infantil do país.

Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil

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MARCOS LEGAIS

Lei 11.274/06

de 06/02/2006

Cria o ensino fundamental de 09 anos, com o ingresso da criança de 06 anos no ensino fundamental;

EMENDA

Constitucional 59

de 11/11/09

Muda o Art. 208 da Constituição, tornando obrigatória a educação dos 04 aos 17 anos;

Lei 12.796 de 04/04/2013

Altera a LDB tornando obrigatoriamente a

pré - escola para crianças de 4 e 5 anos.

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Orientação Normativa nº 01/2013 Avaliação na Educação Infantil: aprimorando os olhares

(Na página “Educação Infantil – Documentos Institucionais”)

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De onde a Orientação Normativa 01/13 parte?

Orientação Normativa 01/04 –

Construindo um Regimento da Infância;

“A criança desde o nascimento, é produtora de conhecimento e de cultura, a partir das múltiplas interações sociais e das relações que estabelece com o mundo, influenciando e sendo influenciado por ele, construindo significados a partir dele”.

(...) criança como sujeito de direitos, ativa e competente, com poder de criação, imaginação e fantasia. Com direito à voz, deve ser levada a sério, tendo as suas ideias e teorias ouvidas, questionadas e desafiadas.

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A Orientação Normativa nº 1/13 é composta pelos itens:

  • Concepção de Educação Infantil;
  • Concepção de Criança/Infância;
  • Concepção de Currículo;
  • Perfil do (a) Educador (a) da Infância;
  • Participação da Família;
  • Projeto Político Pedagógico;
  • Contextualizando a Avaliação na Educação Infantil;
  • Avaliando o Processo de Aprendizagem e Desenvolvimento da criança;
  • Avaliação Institucional;
  • Articulação da Educação Infantil com o Ensino Fundamental;
  • Registrando o Processo de Avaliação;
  • Expedindo Documentação Educacional.

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Orientação Normativa nº 01/2013 Avaliação na Educação Infantil: aprimorando os olhares

A avaliação não se dá em um vazio conceitual, ao contrário, deve ser um elo significativo entre as experiências vividas pelas crianças e a prática de planejamento do professor.

Assim, a Orientação Normativa 01/13 ao tratar da avaliação, recupera todos os elementos que compõem a prática pedagógica e que precisam estar alicerçados em uma mesma concepção.

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Concepção de Criança:

  • criança em sua integralidade e

singularidade;

  • sujeito de direitos
  • sujeito potente desde o nascimento;
  • cuidar e educação como ação indissociável;
  • com direito à voz e à participação nas

escolhas;

  • que cria e recria;
  • vê o mundo com seus próprios olhos;
  • levanta hipóteses, constrói teorias,

relações e produz culturas infantis;

  • se expressa e se manifesta por meio das diferentes linguagens.

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Concepção de Criança:

  • (...) que considere a criança em sua integralidade, ou seja, que considere a criança como pessoa capaz, que tem direito de ser ouvida e de ser levada a sério em suas especificidades enquanto ‘sujeito potente’, socialmente competente, com direito à voz e à participação nas escolhas; como pessoa que consegue criar e recriar, “verter e subverter a ordem das coisas”, refundar e ressignificar a história individual e social; como pessoa que vê o mundo com seus próprios olhos, levantando hipóteses, construindo relações, teorias e culturas infantis por meio da expressão e da manifestação nas diferentes linguagens e nos diferentes modos de agir, construindo seus saberes e (re)ensinando aos adultos a olhar o mundo com “olhos de criança”. (Orientação Normativa, nº01/13)

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CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

(...) um oásis, um lugar onde

se torna criança, onde não se trabalha, onde se pode crescer, sem deixar de ser criança, onde se descobre (e se conhece) o mundo através do brincar, das relações mais variadas com o ambiente, com os objetos e as pessoas,

crianças. (FARIA, 2003,

principalmente entre elas: as

apud

Orientação Normativa nº 01/13)

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CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

  • Dessa forma, a organização do tempo e dos espaços nas Unidades deve privilegiar as relações entre as crianças com a mesma idade e também de faixas etárias diferentes, suas escolhas e autonomia, a acessibilidade aos materiais, o deslocamento pelas salas e outras dependências da instituição e fora dela. (Orientação Normativa nº01/13)

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Concepção de Currículo

  • O currículo que se dá no espaço e tempo vivido, na relação e interlocução entre as crianças e os adultos, mas também no tempo do recolhimento, da individualidade e da imprevisibilidade, dos acontecimentos do cotidiano e, bem ainda para além das situações

planejadas, “(...) isto é, o currículo diz respeito a acontecimentos cotidianos que não podem ser objetivamente determinados, podem ser apenas planejados, tendo em vista sua abertura ao inesperado.” (BRASIL, 2009, p. 57)

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Concepção de Currículo

  • (...) o currículo na educação infantil, deve contemplar um caráter integrador e construir- se envolvendo todos os atores do processo educativo, famílias, bebês, crianças, educadores (as) e comunidade, tendo como eixo o lúdico, o brincar e a arte, rompendo com o caráter prescritivo e homogeneizador, bem como, com a cisão entre CEI e EMEI e desta com o Ensino Fundamental. (Orientação Normativa, nº 01/13)

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Perfil do (a) educador (a) da infância

  • Os (as) educadores (as) devem ser conhecedores da importância de seu papel e da sua atuação nas relações com as crianças, com as famílias e com a comunidade educativa. Sendo um dos co-construtores do Projeto Político Pedagógico da unidade, faz-se necessário ter clareza de suas ações e conhecimento teórico a respeito de todos os temas pertinentes à infância, em especial sobre o cuidar e educar, consciência de que a educação e uma prática social, portanto supõe intencionalidade na Educação Infantil esta intencionalidade não está relacionada com práticas de escolarização e antecipação de processos, nem tão pouco, adaptação de práticas didáticas do Ensino Fundamental devendo estar em consonância com os princípios da Pedagogia da Infância construída para e com as crianças e com suas famílias.

(Orientação Normativa 01/13)

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PARTICIPAÇÃO DAS FAMÍLIAS

  • A participação da família na instituição é de extrema importância para o desenvolvimento das crianças e, sobretudo, para a promoção do trabalho democrático participativo, portanto há de se garantir condições para se realizar trocas, interações com outras pessoas, sejam crianças ou adultos. essa participação efetiva contribui imensamente na medida em que informações são compartilhadas, aprendizagens são construídas e reconstruídas em contextos específicos(...) . (Orientação Normativa nº 01/13)

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Projeto político pedagógico

  • Um Projeto Político Pedagógico da Educação Infantil em consonância com esta normatização deve ser constituído com a proposição de instrumentalizar ao máximo as oportunidades de escuta às crianças; contemplar as dimensões do cuidar e educar, do brincar, da cultura da infância e das culturas infantis. (Orientação Normativa, nº01/13)

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Avaliação da educação infantil

  • A avaliação da educação infantil toma esse fenômeno sociocultural (“a educação nos primeiros cinco anos de vida em estabelecimentos próprios, com intencionalidade

educacional, configurada num projeto político-pedagógico ou

numa proposta pedagógica”), visando responder se e quanto ele atende à sua finalidade, a seus objetivos e às diretrizes que definem sua identidade. Essa questão implica perguntar- se sobre quem o realiza, o espaço em que ele se realiza e suas relações com o meio sociocultural. enquanto a primeira avaliação aceita uma dada educação e procura saber seus efeitos sobre as crianças, a segunda interroga a oferta que é feita às crianças, confrontando-a com parâmetros e indicadores de qualidade. (Orientação Normativa nº 01/13 apud, Didonet,2013)

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Avaliação na educação infantil

  • A avaliação na Educação Infantil constitui-se em um elo significativo entre a prática cotidiana vivenciada pelas crianças e o planejamento do (a) educador

(a). Para que ela se efetive é

necessário acompanhar o crescimento das crianças na elaboração de suas hipóteses e conhecimento do mundo, não se restringindo a um rol de comportamentos desejados, mas sim como fundamento da ação educativa que parte da valorização da criança em suas manifestações.

(Orientação Normativa nº 1/13)

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Avaliação na educação infantil:

  • A avaliação na educação infantil se refere àquela feita internamente no processo educativo, focada nas crianças enquanto sujeitos e coautoras de seu desenvolvimento. Seu âmbito é o microambiente. (Orientação Normativa nº 01/13 apud, DIDONET, 2013)

  • Ela se efetiva pela:

-Escuta;

-Observação;

-Registro;

-Documentação Pedagógica;

- Prática partilhada com as crianças e com as famílias.

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Orientação Normativa

REGISTRANDO O PROCESSO DE AVALIAÇÃO E EXPEDINDO

DOCUMENTAÇÃO EDUCACIONAL

nº01/2013

PORTFÓLIOS

VÍDEOS

RELATÓRIOS DESCRITIVOS

FOTOS

AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMEN TO DO PERCURSO VIVIDO

PRODUÇÕES DAS CRIANÇAS

FALAS DAS CRIANÇAS

CONHECER PARA INTERVIR !

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Questões pertinentes ao realizarmos a avaliação na educação infantil

  • Quais os interesses dos bebês e crianças?
  • Que tipos de teorias meninos e meninas elaboram?
  • Como posso instigar/desafiar essas teorias?
  • Como propiciar que os bebês e as crianças possam ampliar suas experiências com as diferentes temáticas e linguagens garantindo situações significativas de construção de conhecimento, superando atividades desconexas e apartadas?
  • Como os bebês e as crianças constroem as suas culturas de pares e com os adultos?
  • Como os bebês demonstram na relação entre si e com os

adultos suas preferências e os seus sentimentos?

  • O que as crianças e suas famílias pensam sobre a Educação Infantil?

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O que se almeja, na realidade

é que as Unidades de Educação Infantil, a partir de suas concepções, construam um documento educacional que colabore para que o(a) professor(a) do Ensino Fundamental detenha condições de proceder a realização do processo de transição de uma para outra etapa de forma harmoniosa e, ainda, que tenha subsídios para planejar suas atividades em continuidade ao trabalho desenvolvido na Educação Infantil.

A elaboração de um relatório descritivo que reflita a trajetória percorrida pela criança e que forneça aos educadores (as) os elementos necessários para a continuidade do trabalho pedagógico pode ser a

melhor forma de se expedir a documentação prevista em lei.

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O que deve conter os Relatórios Descritivos

  • O percurso realizado pelo grupo decorrente dos registros semestrais
  • O percurso realizado pela criança individualmente nesse processo
  • Anotações contendo falas ou outras formas de expressão da criança que reflitam sua autoanálise
  • Parecer do(a) educador(a) fundamentado nas observações registradas no decorrer do processo
  • Parecer da família quanto às suas expectativas e os processos vividos
  • Observações sobre a frequência da criança na Unidade, como indicador de sua interferência no processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança
  • Outras informações julgadas pertinentes

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O processo de transição da educação infantil para o ensino fundamental:

Deve contemplar desde o currículo, compreendido como um instrumento vivo, até a criação de espaços adequados tanto nas salas, quanto na área externa, além de práticas que viabilizem as interações criança/criança para que possam desenvolver suas culturas de pares infantis. Assim, a transição efetiva-se como um momento positivo que respeita o desejo de conhecer e considera a continuidade do processo de aprendizagem. Pode ser articulada com ritos de passagem significativos (ações conjuntas entre as duas etapas da educação básica), a partir de contextos próximos do universo significativo dos meninos e meninas. Nessa linha, são consideradas descontextualizadas as formaturas, pois não fazem parte do universo infantil.

(Orientação Normativa nº01/13)

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Currículo Integrador da

Infância Paulistana

  • Disponível no Portal SME, através do link:

https://acervodigital.sme.prefeitu ra.sp.gov.br/acervo/curriculo- integrador-da-infancia- paulistana/

(Na página “Educação Infantil –

Documentos Institucionais”)

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Currículo Integrador da

Infância Paulistana

Link do vídeo:

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O que nos une?

  • Concepção de criança/infância;
  • Princípios da Pedagogia da Infância;
  • A organização dos espaços tempos;
  • A valorização do brincar, do lúdico, da imaginação e das interações;
  • As diferentes leituras que as crianças fazem do mundo por meio de suas manifestações expressivas – múltiplas linguagens.

Currículo que integra as Infâncias permite o

diálogo da

Educação Infantil com o Ensino Fundamental

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CONCEPÇÕES DE CRIANÇA E INFÂNCIAS:

  • Defesa de que a Infância não se encerra aos 05 anos quando as crianças saem da Educação Infantil.
  • Sua entrada no Ensino Fundamental, não a destitui dessa categoria que segundo alguns autores se estendem até aos doze anos, ECA por exemplo.

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O Currículo Integrador permite o diálogo entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental:

Considera:

  • A criança como centro do Projeto Político Pedagógico refletindo isso em suas práticas cotidianas;

  • A relação democrática entre adultos e as crianças;

  • A possibilidade de parceria entre escola e a família;

  • A diversidade cultural, de gênero e de etnia das

crianças e suas famílias;

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O Currículo Integrador permite o diálogo entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental:

Considera:

  • A não fragmentação do conhecimento;

  • As múltiplas linguagens que emergem das brincadeiras das crianças como os meios pelos quais elas experimentam e interpretam, conhecem e constroem seus conhecimentos sobre si e sobre o mundo;

  • A linguagem midiática como elemento cultural que potencializa o uso das tecnologias;

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O Currículo Integrador permite o diálogo entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental:

Considera:

  • O tempo e o espaço como elementos fundamentais desse currículo;

  • Os materiais disponíveis às crianças em seu cotidiano e em suas brincadeiras como mobilizadores das experiências criativas, socioculturais, da sensibilidade, das vivências estéticas, das possibilidades de construção de hipóteses e teorias infantis;

  • A relação da infância com a cidade.

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Um Currículo que permite o diálogo entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental:

Rompe com a cisão entre:

  • A Educação Infantil e Ensino Fundamental;
  • O corpo e a mente;
  • O brincar e o aprender;
  • A razão e a fantasia;
  • A experiência e a atividade;
  • As concepções e as práticas.

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Como vemos a brincadeira?

  • É uma maneira singular da criança se expressar, de conhecer, de investigar e de compreender a cultura na qual ela está inserida;
  • Um direito da criança e deve ser assegurado;
  • Como uma forma de expressão;
  • Como possibilidade de vivenciar as experiências culturais através das quais estabelece relações com o mundo, com seus pares e com os adultos;
  • Como uma forma pela qual constrói conhecimento.

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Como vemos a brincadeira?

  • É durante a brincadeira de papéis que meninos e meninas desenvolvem sua personalidade por meio do aprendizado do controle da vontade e do colocar- se no lugar de outra pessoa.
  • Ao criar condições adequadas para que a brincadeira ocorra, professoras e professores do Ensino Fundamental e da Educação Infantil criam condições para uma educação promotora do máximo desenvolvimento humano na infância.

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“Onde é o parque? Que hora vamos poder brincar? Aqui não tem brinquedos?”

  • Bebês, crianças e suas infâncias têm sido considerados?
  • Ou as crianças têm sido transformadas precocemente em alunos?
  • Como tais questões têm sido respondidas tanto do ponto de vista individual de cada educadora e educador, como do ponto de vista coletivo?

Tais reflexões legitimam e fortalecem as bases do Projeto Político Pedagógico de cada unidade quando estão presentes nos espaços de formação permanente na educação infantil e no ensino fundamental, envolvendo professoras e professores, as famílias e a comunidade.

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As diferentes leituras que as crianças fazem do mundo

  • As múltiplas linguagens como forma de manifestação, expressão e conhecimento de mundo fazem parte do universo infantil

    • Garantir experiências integradoras sem fragmentá-las como

conteúdos disciplinares

  • Dialoguem com as diversas culturas, que

considerem as diferenças e aproximem as crianças das práticas sociais.

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O que buscamos?

Que a transição da educação infantil para o ensino fundamental seja:

  • um momento positivo que respeita o desejo de conhecer e considere a continuidade do processo de aprendizagem.
  • articulada com ritos de passagem significativos com ações conjuntas entre as duas etapas da educação básica.
  • significativa considerando os contextos próximos do universo dos meninos e meninas.

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A cultura da leitura e da escrita : a função

social e a beleza poética

  • Na creche: quando educadoras/es e professoras/es leem para as crianças, deixam livros bonitos e atraentes em prateleiras na altura dos olhos e das mãos do bebês, usam livros e revistas para contar histórias e ler sobre tema de interesse das crianças. Também quando educadoras/es e professoras/es escrevem pequenas histórias que as crianças narram.
  • Na pré-escola: o convívio das crianças com a cultura escrita apresentada sempre como textos informativos, histórias, formas de registro para organização do dia [enfim, a escrita utilizada em sua função social] se amplia e a autoria em textos em que a professora é a escriba do grupo vai criando nas crianças a atitude própria ao ato de escrever.

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A cultura da leitura e da escrita : a função

social e a beleza poética

  • No Ensino Fundamental: a relação com a cultura escrita [não com letras ou sílabas] se aprofunda e a convivência das crianças com os textos escritos vai aos poucos se tornando consistente, sem perder de vista que escrever é um ato de expressão, não se confunde com cópia nem com atividade repetitiva de escrita de letras ou números. Da mesma forma, ler é um ato de busca de significados na mensagem lida por um leitor.

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Documentação pedagógica e acompanhamento das aprendizagens dos bebês e crianças na Educação Infantil e no Ensino Fundamental

  • Documentar, pressupõe contextualizar, conhecer, olhar minúcias da realidade vivida coletivamente;
  • A documentação pedagógica exige uma ação sistemática e atenta de observação e de reflexão sobre a vida diária na escola.
  • Fundamenta-se numa concepção teórica e em intenções pedagógicas que orientem as práticas educativas na Educação Infantil e no Ensino Fundamental;

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Indicadores de Qualidade da

Educação Infantil Paulistana

  • Disponível no Portal SME, através do link:

http://portal.sme.prefeitura.sp.go v.br/Portals/1/Files/25101.pdf

(Na página “Educação Infantil

– Documentos Institucionais”)

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O que são os Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana?

  • É um instrumento de autoavaliação institucional participativa destinado a todas as unidades diretas, indiretas e parceiras da Rede Municipal de Ensino de São Paulo e tem como foco o contexto educativo, o que significa que ele visa promover o debate sobre as condições necessárias para uma

Educação Infantil de qualidade.

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Como a Qualidade é entendida?

Este documento representa, como nos aponta Bondioli (2003), a compreensão de que a Qualidade:

  • não é um valor absoluto, não é um produto, não é um dado,
  • mas sim se constrói, através da consciência, da troca de saberes, do confronto construtivo de pontos de vista, do hábito de pactuar e examinar a

realidade, da capacidade de cooperar para aspectos da “transformação para melhor”.

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Antecedentes

Indicadores da Qualidade na Educação Infantil

  • Indicadores da qualidade na educação infantil
    • Ação Educativa/UNICEF/UNDIME/Orsa/ME C, 2009
  • Monitoramento do uso do Indique EI
    • Pesquisa: Ação Educativa/UNDIME/UNICEF
    • 44% dos 5. 700 municípios do Brasil
    • Quase metade utilizava o Indique EI
    • Diversos usos

  • São Paulo não se incluía nessa política e praticava outro tipo de avaliação excluindo a participação das famílias, crianças e demais funcionários.
  • Avaliação institucional ficava restrita a equipe gestora das Unidades Educacionais.

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O que consideramos em sua elaboração?

  • Diretrizes Curriculares Nacionais para a

Educação Infantil (2010);

  • Indicadores da Qualidade na Ed. Infantil (MEC,

2009);

  • Orientação Normativa 01/13;

  • Percursos de 2013, 2014 e 2015

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A experiência paulistana

OBJETIVOS

  • Fortalecimento dos

profissionais que atuam

diretamente na UE

  • Diálogo entre educadores e família
  • Incentivo a práticas de gestão democrática
  • Aperfeiçoamento do projeto

pedagógico da unidade

  • Colaboração entre as equipes de DREs e das unidades
  • Elaboração do documento

paulistano

  • A melhoria da qualidade da EI paulistana

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Metodologia da autoavaliação

  • Participação de toda a equipe da unidade, incluindo pessoal operacional
  • Participação de pais e representantes da comunidade
  • Uso de cartões coloridos para indicar níveis de qualidade: verde, amarelo, vermelho
  • 4 a 5 horas de discussão de grupos 1 – pequenos grupos mistos avaliam cada um, uma das 7 dimensões
    1. – plenária discute e avalia todas as dimensões
    2. – plenária elabora um plano de ação com prioridades para a unidade e demandas para outras instâncias

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O processo desenvolvido na rede municipal de São Paulo 2013/2016

Autoavaliação por adesão em 441 unidades com uso do Indique nacional – 2013/2014

Registro e troca de experiências; seminários com especialistas nacionais - 2014

Elaboração da versão preliminar do instrumento paulistano por

um GT representativo da rede – 2014/2015

Autoavaliação e Plano de Ação previstos no calendário escolar e realizados em toda a rede – 2015

Revisão e publicação dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana – início de 2016

Autoavaliação e Plano de Ação previstos no calendário escolar e realizados em toda a rede – 2016

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Indicadores:

1.1Projeto Político Pedagógico construído e conhecido por todos

    • Planejamento , acompanhamento, documentação pedagógica e avaliação

    • Gestão Democrática

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Indicadores:

    • Escuta de bebês e crianças em suas diferentes formas de se expressar

    • As vozes infantis no planejamento e na formação

    • Autoria, participação e escuta na documentação pedagógica e avaliação

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Indicadores:

    • Bebês e crianças construindo sua autonomia
    • Bebês e crianças vivendo experiências com o próprio corpo
    • Bebês e crianças expressando-se por meio de diferentes linguagens que permitem experiências agradáveis, estimulantes

e enriquecedoras

    • Bebês e crianças reconhecendo

e construindo culturas infantis por meio dos brinquedos e brincadeiras tradicionais

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Indicadores:

    • Interação criança/adulto

    • Interação criança/criança

    • Interação adulto/adulto

    • Interação Unidade Educacional/ Comunidade

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Indicadores:

    • Currículo e prática pedagógica

    • Relacionamentos e atitudes

    • Atuação dos Profissionais

    • Construção positiva da identidade

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Indicadores:

    • Ambientes espaços, materiais e mobiliários

    • Tempos destinados às diferentes experiências

    • A exploração dos espaços do CEU

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Indicadores:

    • Promoção da saúde e bem-estar

    • Responsabilidade pela alimentação saudável dos bebês e crianças

    • Limpeza, salubridade e conforto

    • Segurança

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Indicadores:

    • Formação continuada da equipe docente
    • Formação continuada da equipe gestora
    • Formação continuada da equipe de apoio
    • Condições de trabalho

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Indicadores:

    • Respeito , acolhimento e adaptação

    • Participação da Unidade Educacional na Rede de Proteção dos Direitos de todas as crianças

    • A Unidade Educacional na Cidade Educadora

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Participação das famílias

  • Um dos objetivos cuja concretização ultrapassou as mais

otimistas previsões

  • As famílias participaram ativamente , surgindo diversas propostas para incentivar o diálogo unidade educacional/família.
  • Ocorreu uma maior aproximação entre familiares e UEs nos

dois últimos anos.

  • A participação das famílias incentivou o debate sobre gestão democrática e papel do Conselho Escolar (e sua criação nas unidades conveniadas).
  • Uma das principais dificuldades mencionadas pelas UEs foi a necessidade de explicar aos pais detalhes do trabalho pedagógico realizado com as crianças, o que também

foi reconhecido como prova do interesse das famílias

em conhecer melhor o projeto educativo da unidade.

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Plano de Ação: aspectos importantes

  • Refletir sobre como será o acompanhamento do Plano de Ação ( comissão de acompanhamento, Conselho de Escola, uso de painéis, informativos, outras possibilidades), pois ele deve ser revistado durante todo o ano.

  • Integração das metas do Plano de Ação aos demais instrumentos de planejamento como o Projeto Político Pedagógico e o Projeto Especial de Ação.

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Algumas questões para refletir:

  • Qual a representatividade dos resultados

apresentados?

  • O que podemos fazer para que o uso dos Indicadores não se torne uma ação episódica?
  • A autoavaliação pode contribuir para a melhoria da qualidade da educação infantil?

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Lembrete importante

Plano Municipal de Educação:

  • Meta 3- Fomentar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e modalidades, com a melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem.

  • Estratégia 3.1. Construir padrões e indicadores de qualidade da educação básica no sistema municipal de ensino para uso da autoavaliação das unidades

educacionais, assim como para definição dos parâmetros de melhoria do sistema municipal, valorizando a participação popular.

De Olho nos Planos - www.deolhonosplanos.org.br

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Obrigada pela atenção!

Boa sorte a todas e todos no concurso!

sonialv641@gmail.com

Sonia Larrubia Valverde