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O Arcadismo, Setecentismo (anos 1700) ou Neoclassicismo é o período que caracteriza principalmente a segunda metade do séc. XVIII, tingindo as artes de uma nova tonalidade burguesa.�No início mostrava o barroquismo literário em plena decadência.�Uma literatura empolada, de louvação e encômios, em linguagens exageradamente metafórica, arrevesa e sentenciosa, praticada à sombra das academias. Mas, com declínio da aristocracia e com ascensão da burguesia, sente-se a tendência para uma renovação do gosto literário e do credo estético, com o esgotamento da literatura cortês do barroco. Desenvolve-se uma reação contra o barroquismo do seiscentos, expressa num amplo movimento de restauração classicizante, em que o espírito clássico ressurge sob a forma de neoclassicismo.

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Acardismo

  • O Arcadismo é uma escola literária surgida na Europa no século XVIII, razão por que também é denominada como Setecentismo ou Neoclassicismo. O nome "Arcadismo" é uma referência à Arcádia, região bucólica do Peloponeso, na Grécia Antiga, tida como ideal de inspiração poética.
  • A principal característica desta escola é a exaltação da natureza e de tudo o que lhe diz respeito. Por essa razão muitos poetas do Arcadismo adotaram pseudônimos de pastores gregos ou latinos. Caracteriza-se ainda pelo recurso a esquemas rítmicos mais graciosos.
  • Numa perspectiva mais ampla, expressa a crítica da burguesia aos abusos da nobreza e do clero praticados no Antigo Regime.
  • Adicionalmente os burgueses cultuam o mito do homem natural em oposição ao homem corrompido pela sociedade, conceito originalmente expresso por Jean Jacques Rousseau, na figura do “bom selvagem”.

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TOMÁS ANTÔNIO GONZAGA

  • Como dito anteriormente, a principal obra do autor são as liras Marília de Dirceu, poemas de conotação romântica, inspirado em seu romance com Maria Dorotéia, expressão de um desejo por uma vida bucólica, simples, em contato com a natureza, assim como o almejado pelos escritores árcades. Pode ser dividido em duas partes distintas: a primeira discorre sobre a fase romântica, a felicidade, o desejo de ter uma família; a segunda, traz uma reflexão sobre a justiça dos homens, já que o autor se encontrava exilado enquanto escrevia, e o “eu-lírico” revela no amor por Marília sua consolação.
  • Gonzaga também escreveu uma obra satírica vinculada à figura do governador da capitania de Minas, Luís da Cunha Meneses. Estas cartas escritas na estrutura poética eram emitidas como CARTAS CHILENAS com o pseudônimo de Critilo e endereçadas ao pseudônimo Doroteu. Após investigações a respeito do autor, chegou-se a conclusão de que Critilo era Tomás Antônio Gonzaga e Doroteu era Cláudio Manuel da Costa.

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  • Como dito anteriormente, a principal obra do autor são as liras Marília de Dirceu, poemas de conotação romântica, inspirado em seu romance com Maria Dorotéia, expressão de um desejo por uma vida bucólica, simples, em contato com a natureza, assim como o almejado pelos escritores árcades. Pode ser dividido em duas partes distintas: a primeira discorre sobre a fase romântica, a felicidade, o desejo de ter uma família; a segunda, traz uma reflexão sobre a justiça dos homens, já que o autor se encontrava exilado enquanto escrevia, e o “eu-lírico” revela no amor por Marília sua consolação.
  • Gonzaga também escreveu uma obra satírica vinculada à figura do governador da capitania de Minas, Luís da Cunha Meneses. Estas cartas escritas na estrutura poética eram emitidas como CARTAS CHILENAS com o pseudônimo de Critilo e endereçadas ao pseudônimo Doroteu. Após investigações a respeito do autor, chegou-se a conclusão de que Critilo era Tomás Antônio Gonzaga e Doroteu era Cláudio Manuel da Costa.

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Quadro representando um pastor de ovelhas ilustração típica do Ardcadismo

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  • O novo modo de analisar a cientificidade e a racionalidade da época árcade fugia das convenções artísticas da época, já que os escritores retomam as características clássicas, como: bucolismo (busca de uma vida simples, pastoril), exaltação da natureza (refúgio poético, em oposição à vida urbana), pacificidade amorosa (relacionamentos tranqüilos), a mitologia pagã, clareza na escrita com utilização de períodos curtos e versos sem rima. Os poetas árcades são frequentemente citados como fingidores poéticos, pois escrevem sobre temas que não correspondem com a realidade do período histórico, visto anteriormente.

  • CLAUDIO MANUEL DA COSTA - Introdutor do Arcadismo no Brasil. Foi um poeta de transição, ainda muito preso ao Barroco.

"Quem deixa o trato pastoril, amado,�Pela ingrata civil correspondência,�Ou desconhece o rosto da violência,�Ou do retiro da paz não tem provado."

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Conclusão

  • O Arcadismo em si, era formado por ideais renascentistas, da Antiguidade Clássica, pois o Barroco já havia ultrapassado os limites do que se considerava arte de qualidade. �Por emitir também princípios ideológicos iluministas, o arcadismo fez com que a burguesia crescesse e tomasse o poder sobre a nobreza.�Esse período foi marcado pela visão científica e pelo racionalismo, porque defendia uma literatura mais simples, objetiva, descritiva e espontânea, que se supõe à emoção, à religiosidade e ao exagero do Barroco.�Tal gênero predominou até o início do século XIX, quando surge o Romantismo.

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Arcadismo: valorização da vida bucólica

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