Pedagogia do Oprimido
Influências no pensamento freireano
existencialismo (Sartre)
fenomenologia (Husserl)
dialética (Hegel e Marx)
duração (Bergson)
Eu e Tu (Martin Buber)
Pedagogia do Oprimido
Paulo Freire escreveu a Pedagogia do Oprimido quando estava no exílio, no Chile, em 1968, ou seja, pós golpe militar de 1964. A obra foi publicada em inglês em 1970 e só em 1975 foi traduzida para o idioma do autor, ou seja, o português
Pedagogia do Oprimido
A obra foi publicada em mais de 40 idiomas
Pedagogia do Oprimido
Cap. 1 – Justificativa da Pedagogia do Oprimido
Humanização
Desumanização
Eis a grande tarefa humanista e histórica dos oprimidos: recuperar sua humanidade.
Pedagogia do Oprimido
Cap. 1 – Justificativa da Pedagogia do Oprimido
Quem, melhor que os oprimidos, se encontra preparado para entender o significado de uma sociedade opressora?
Quem, melhor do que eles, para compreender a necessidade da libertação?
Pedagogia do Oprimido
Cap. 1 – Justificativa da Pedagogia do Oprimido
A Pedagogia do Oprimido
não pode ser elaborada pelos opressores
A Pedagogia do Oprimido
Reflexão
Opressores
Oprimidos
Engajamento
Superação
Pedagogia do Oprimido
Cap. 1 – Justificativa da Pedagogia do Oprimido
A situação opressora gera uma totalidade desumanizada e desumanizante
A Pedagogia do Oprimido
Reflexão
Opressores
Oprimidos
Engajamento
Superação
Pedagogia do Oprimido
Cap. 1 – Justificativa da Pedagogia do Oprimido
A pedagogia do oprimido, como pedagogia humanista e libertadora, terá dois momentos distintos
Os oprimidos, ao desvelarem o mundo da opressão, vão comprometendo-se, na práxis, com a sua transformação
Transformada a realidade opressora, esta pedagogia deixa de ser do oprimido e passa a ser a pedagogia dos homens em processo de permanente libertação
Pedagogia do Oprimido
Cap. 1 – Justificativa da Pedagogia do Oprimido
Se a prática desta educação implica o poder político e se os oprimidos não tem este poder, como realizar esta pedagogia antes da revolução? (ação política)
Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão
Pedagogia do Oprimido
Cap. 2 – A concepção bancária da educação como instrumento da opressão.
A tônica da educação bancária: narrar, dissertar, “encher” os educandos, memorização mecânica, ato de depositar
Narração ou dissertação que implica um sujeito – o narrador – e objetos pacientes, ouvintes – os educandos
Cultura do silêncio
Pedagogia do Oprimido
Educação Bancária | Educação Libertadora |
| |
Contradição Educador-Educando | Superação da Contradição Educador-Educando |
Serve à dominação | Serve à libertação |
Anti-dialógica | Dialógica |
Inibe a criatividade Passiva | Estimula e reflexão Ativa |
Domesticadora | Crítica (dá autonomia) |
Conservadora | Revolucionária |
Pedagogia do Oprimido
Cap. 2 – A concepção bancária da educação como instrumento da opressão.
A visão bancária anula o poder criador dos educandos ou o minimiza, estimulando sua ingenuidade e não sua criticidade, satisfazendo os interesses dos opressores
O “humanismo” da educação bancária reduz os homens a seres autômatos
A libertação autêntica é práxis que implica ação e reflexão dos homens sobre o mundo para transformá-lo
Pedagogia do Oprimido
Cap. 2 – A concepção bancária da educação como instrumento da opressão.
educação
problematizadora
Dialógica
comunicação
intercomunicação
educador
educandos
recipientes dóceis de depósitos
são investigadores críticos
X
Pedagogia do Oprimido
Cap. 2 – A concepção bancária da educação como instrumento da opressão.
inconcluso
consciente de sua inconclusão
busca do ser mais
histórico
inacabado
em e com uma realidade
educação
quefazer permanente
em razão da inconclusão dos homens e do devenir da realidade
Pedagogia do Oprimido
Cap. 2 – A concepção bancária da educação como instrumento da opressão.
A educação se re-faz constantemente na práxis
Para a educação problematizadora, o importante está em que os homens submetidos à dominação lutem por sua emancipação
Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo
Pedagogia do Oprimido
Cap. 3 – A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade
O diálogo é uma exigência existencial, um fenômeno humano ou, em outras palavras, o homem é um ser de palavra
Palavra: ação e reflexão (práxis)
A palavra, sem a dimensão da ação, é uma palavra oca, alienada e alienante (palavreria, verbalismo, blablablá)
A palavra, sem a dimensão da reflexão, é ativismo ingênuo, ação pela ação
Pedagogia do Oprimido
Cap. 3 – A dialogicidade – essência da educação como prática da liberdade
Educação dialógica e diálogo (horizontal)
Temas geradores
Conteúdo programático
Pedagogia do Oprimido
Teoria da Ação Anti-dialógica | Teoria da Ação Dialógica |
| |
Conquistar | Co-laboração |
Dividir | União |
Manipular | Organização |
Invasão Cultura | Síntese Cultural |
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Conquistar
Invasão Cultural
Manipular
Dividir
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Sujeito da Conquista
Objeto Conquistado
Dominador
Dominado
Opressor
Oprimido
Na teoria antidialógica o dominador pretende conquistar
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Objeto Conquistado
Massas Populares
Não se pode dar ao luxo de consentir a unificação das massas populares
dividida as massas populares, as minorias podem dar continuidade ao seu poder
É preciso enfraquecer os oprimidos, ilhando-os
Dividir
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Objeto Conquistado
Massas Populares
instrumento de conquista e manutenção da dominação
Quanto mais imaturas politicamente, mais facilmente se deixam manipular pelas elites dominadoras
É necessário anestesiar as massas populares para que não pensem
Manipular
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Objeto Conquistado
Massas Populares
Imposição cultural e determinação da visão de mundo
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Ação Dialógica
COLABORAÇÃO
UNIÃO
ORGANIZAÇÃO
SÍNTESE CULTURAL
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
A ação dialógica
COLABORAÇÃO
Diálogo e Comunicação
O eu dialógico não se constitui sozinho, mas com o tu. Na ação dialógica há o eu e o tu.
A ação dialógica não se faz sem a comunhão com o povo e a comunhão provoca a co-laboração
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
A ação dialógica
UNIÃO
há o esforço da união dos oprimidos entre si, e deles para a libertação
A unidade da liderança revolucionária só existe na unidade das massas entre si e com ela
OBJETIVO: proporcionar aos oprimidos um ato de adesão à práxis verdadeira de transformação da realidade
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
A ação dialógica
ORGANIZAÇÃO
O antídoto para a manipulação está na organização criticamente consciente
A organização é um desdobramento natural da unidades das massas populares
Esta organização é organização com as massas populares
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
A ação dialógica
síntese cultural
instrumento de superação da própria cultura alienada e alienante
modalidade de ação com que, culturalmente, se fará frente à força da própria cultura, enquanto mantenedora das estruturas que se formam
A ação cultural, ou está a serviço da dominação ou está a serviço da libertação dos homens
A reconstrução da sociedade deve ser feita através da revolução cultural
a dialogicidade é ação cultural dialógica
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Considerações Finais
ação antidialógica X ação dialógica
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Considerações Finais
ação antidialógica X ação dialógica
eu antidialógico
eu dialógico
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Considerações Finais
ação antidialógica X ação dialógica
ação antidialógica
ação dialógica
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Todo o nosso esforço neste ensaio foi falar desta coisa óbvia: assim como o opressor, para oprimir, precisa de uma teoria da ação opressora, os oprimidos, para se libertarem, igualmente necessitam de uma teoria de sua ação
A N E X O S
Pedagogia do Oprimido
Cap. 1 – Justificativa da Pedagogia do Oprimido
Reflexões em torno da dialética
Num pensar dialético, ação e mundo, mundo e ação, são intimamente solidários. Ação humana, não dicotomizada da reflexão.
A Pedagogia do Oprimido é a Pedagogia dos homens empenhando-se na luta pela superação das contradições sociais
Pedagogia do Oprimido
Cap. 1 – Justificativa da Pedagogia do Oprimido
Reflexões em torno da práxis
A práxis é reflexão e ação dos homens sobre o mundo para transformá-lo. Sem ela, é impossível a superação da contradição opressor-oprimido (libertação)
Aos opressores não interessa a reflexão por parte das massas oprimidas. O que lhe interessa é a permanência delas em seu estado de “ignorância”.
Pedagogia do Oprimido
Cap. 1 – Justificativa da Pedagogia do Oprimido
Reflexões em torno da libertação
O convencimento dos oprimidos de que devem lutar por sua libertação (engajamento) é resultado de sua conscientização
Paradoxo: evitar que os oprimidos, na luta pela libertação, se tornem opressores
A libertação é um parto: o homem que nasce deste parto é um homem novo
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
É preciso chegar as massas e mantê-las alienadas pela conquista
Mitos que servem de base à conquista (p. 137)
Pedagogia do Oprimido
Cap. 4 – A teoria da ação antidialógica
Os invasores atuam; os invadidos têm a ilusão de que atua, na atuação dos invasores
Invasão cultural, Ideologia e Mitos (p. 155)
A invasão cultural nem sempre é exercida deliberadamente, muitas vezes seu agentes são igualmente homens dominados