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LINGUAGEM E REGISTRO:

FORMAL E INFORMAL

LÍNGUA PORTUGUESA:

REDAÇÃO

FRANCISCO RUFINO

20/04/2022

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  • TEMPO DE AULA: 60 MIN
  • DISCIPLINA: REDAÇÃO
  • CONTEÚDO: LINGUAGEM E REGISTRO: FORMAL E INFORMAL
  • EXPLANAÇÃO DO CONTEÚDO: AULA EXPOSITIVA E SLIDES

ROTEIRO DE AULA

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A capacidade de adequar o discurso às situações concretas representa uma das características essenciais da competência comunicativa de qualquer falante, e daí resultam os conceitos de linguagem formal e linguagem informal.

Na linguagem formal, o registro normalmente utilizado é o registro cuidado, em que são exemplos de situações formais as que estão associadas à realização de conferências, de discursos políticos, etc. Trata-se de uma linguagem que pode caracterizar-se pelo rigor sintático, pela riqueza do vocabulário de tipo erudito e pelo uso de formas de tratamento adequadas ao contexto.

A linguagem informal, pelo contrário, é aquela que os falantes usam entre amigos e familiares, em que a preocupação com a correção linguística é menor e o vocabulário utilizado é simples, incluindo frequentemente palavras e expressões familiares, bem como o calão.

EVENTO INFORMAL

EVENTO FORMAL

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O Dicionário Terminológico (DT), que consagra como termos equivalentes as expressões registo formal e registo informal, define o contraste entre os conceitos correspondentes como a «[d]imensão da variação da língua, determinada pela situação de interlocução: diferentes tipos de contexto situacional requerem diferentes tipos de ativação linguística relativos ao léxico, à sintaxe, à fonologia e à prosódia, passando pela gestão da pressuposição, de implicaturas, dos atos ilocutórios indiretos, das formas de tratamento, da modalização, dos princípios conversacionais, etc.» O DT acrescenta ainda: «As escolhas linguísticas efetuadas são determinadas pelo tipo de relação social e institucional existente entre interlocutores (matizadas por diferentes fatores: grau de instrução, idade, sexo, entre outros). É o “a quem se vai dizer” que condiciona o “o quê/como se vai dizer”.»

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Assim, usamos o registro formal dos textos tanto falados como escritos, em situações formais como num discurso de formatura, num congresso, numa reunião de negócios, numa palestra, numa redação escolar, no discurso religioso, na igreja e também com pessoas com quem não temos intimidade, etc.

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Por outro lado, usamos o registro informal falado ou escrito quando estamos em casa com nossos familiares, na rua com amigos, no campinho jogando bola, num piquenique com colegas. Também usamos ao escrever bilhetes, mensagens no celular para pessoas de nossa intimidade, ao escrever no nosso diário, entre outros.

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Pelo que vimos até então, podemos perceber que dependo do contexto em que estamos inseridos, com quem estamos, para quem falamos ou escrevemos, tudo isso vai ser importante para a escolha do registro do texto que iremos usar.

Isso significa que:

Não produzimos textos aleatoriamente, sempre devemos levar em conta todos esses fatores para produzirmos textos adequados aos eventos comunicativos. Assim seria inadequado ao contexto chegar, por exemplo, num consultório médico e olhar para atendente e perguntar: “Pô, meu!!! Esse doutor vai atender o povo ou não”?

Gíria que deve ser evitada com pessoas com as quais não temos intimidade.

Pronome demonstrativo cujo uso na situação acima dar tanto ideia de proximidade do falante, de intimidade (desprezível), quanto espacial.

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O contrário também poderia acontecer: O filho chegar em casa da escola e encontrar os pais no horário do almoço e proferir essa frase: “Excelentíssimos pais, boa noite! O que temos hoje para almoçar?”

Na referida situação seria adequado ao contexto social ele perguntar: “O médico vai atender hoje”?. Dessa forma o falante manteria o respeito com as pessoas que, supostamente ele não conhecia (a atendente, o médico e os outros pacientes), e ainda que as conhecesse, o contexto (Num consultório com demais pacientes que também esperam atendimento) não o autorizaria a falar daquela forma.

Tratamento que não convém ser usado com os pais. Para esses, apesar deles merecerem respeito, o tratamento está inadequado às pessoas e a ocasião.

Cumprimento inadequado ao horário.

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Onde será a circulação do meu texto?

Essa também é uma pergunta interessante a ser realizada durante a produção de um texto, pois à medida que você sabe onde ele vai circular, você também terá ideia de quem sejam seus leitores. Por exemplo, se sua professora lhe pede que produza uma notícia, você entenderá que vai circular num jornal e que os leitores serão as pessoas que gostam de ler jornais; se lhe pede para produzir uma receita culinária, entenderá que seu texto vai estar num livro de receita real ou imaginário.

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A Fala

É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato individual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, pode escolher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu gosto e sua necessidade, de acordo com a situação, o contexto, sua personalidade, o ambiente sociocultural em que vive, etc.

Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada indivíduo, além de  conhecer o que fala, conhece também o que os outros falam; é por isso que somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas seja exatamente como a nossa. 

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Níveis da fala

Devido ao caráter individual da fala, é possível observar alguns níveis:

Nível coloquial popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações informais. Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utlizá-lo, não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela língua.

Nível formal culto: é o nível da fala normalmente utilizado pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais estabelecidas pela língua.

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Nível coloquial popular

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Nível formal culto

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A escrita

A estrutura do texto escrito A elaboração do texto escrito, assim como do texto oral, envolve um objetivo do locutor. Contudo, o entendimento desse texto não diz respeito apenas ao conteúdo semântico, mas à percepção das marcas de seu processo de produção.

Essas marcas orientam o interlocutor no momento da leitura, na medida em que são pistas linguísticas para a busca do efeito de sentido pretendido pelo produtor. O texto escrito tem no parágrafo uma de suas unidades de construção. Essa unidade é composta de um ou mais períodos reunidos em torno de ideias estritamente relacionadas.

Nos textos bem-formados, em geral, a cada parágrafo deve relacionar-se uma ideia importante, não havendo normas rígidas para a estruturação do parágrafo. De fato, o produtor pode fazer uso da paragrafação para marcar a sua intencionalidade.

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Em termos práticos, os parágrafos podem ser indicados por recursos visuais: espaço de entrada junto à margem esquerda ou linha em branco na passagem de um parágrafo para outro.

Embora a extensão do parágrafo seja variável, a observação mostra que a tendência moderna é a de não usar parágrafos muito longos.

Quanto à estrutura, o parágrafo-padrão organiza-se como um pequeno texto (microtexto), apresentando introdução, desenvolvimento e conclusão.

A variedade de textos implica a diversidade de construção de parágrafos. Temos, então, a estrutura do parágrafo narrativo, a do descritivo e a do dissertativo. Enquanto o núcleo do parágrafo dissertativo é uma determinada ideia (ideia-núcleo ou ideia principal), o do narrativo é um incidente (episódio curto ou fragmento de episódio) e o do descritivo é um quadro (fragmento de paisagem, ambiente ou ser em um determinado instante, observado a partir de determinada perspectiva)

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O texto escrito Formal

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O texto escrito informal

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São aspectos da competência 1

  • Ausência de marcas de oralidade e de registro informal;
  • Precisão vocabular;
  • Obediência às regras de:
    • Concordância nominal e verbal; �
    • Regência nominal e verbal;
    • Pontuação;
    • Flexão de nomes e verbos;
    • Colocação de pronomes oblíquos (átonos e tônicos);
    • Grafia das palavras (inclusive acentuação gráfica e emprego de letras maiúsculas e minúsculas); e
    • Divisão silábica na mudança de linha (translineação).

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E qual o antídoto para isso, professor?�

A Importância da Leitura

  • Desenvolvimento da imaginação e da criatividade;
  • Eficácia na comunicação e o aumento do vocabulário;
  • Aumento dos conhecimentos gerais e do senso crítico.
  • Facilidade na interpretação de textos;
  • Melhora a competência (habilidade) na escrita;
  • Favorece variedade no repertório vocabular e sociocultural.

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E O QUE EU FAÇO, PROFESSOR?

"Morre lentamente quem não viaja/ quem não lê/ quem não ouve música/ quem não encontra graça em si mesmo/ Morre lentamente/ quem destrói seu amor próprio/ quem não se deixa ajudar...“

Martha Medeiros

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LEIA, MEU JOVEM!

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Situações reais de escrita - TRANSLINEAÇÃO

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MAIÚSCULA/MINÚSCULA,TRANSLINEAÇÃO, ACENTUAÇÃO E ORTORGRAFIA.

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VAMOS PRATICAR?

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�Corrija o trecho, mudando as marcas de ORALIDADE (informal) para a de REGISTRO FORMAL

Tem muita coisa no Brasil fora do lugar e na saúde é do mesmo jeito e nossos representantes devia ter ação para que a gente melhore de vida.

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Há desafios a serem superados no Brasil, um deles é a má administração na saúde pública. Nossos representantes políticos precisam geri-la com eficácia para preservar vidas.