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KEURI

CAMPELO

HISTÓRIA

CONTEXTO SOCIOPOLÍTICO E ECONÔMICO EUROPEU NO

SÉCULO XIV (IDADE MÉDIA)

11/04/2022

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Contexto histórico

O crescimento demográfico, o surgimento da burguesia e o desenvolvimento do comércio, a partir da expansão das rotas marítimas, fizeram com que o modelo feudal já não funcionasse como antes.

Desta maneira, o novo desenvolvimento econômico precisava de outro modelo político. Assim, os países europeus foram centralizando o poder nas mãos de um rei e este se torna uma das figuras importantes ao lado da Igreja e da nova classe que surgia: a burguesia.

Os mercadores acentuaram as atividades comerciais a partir do século XI, deslocando-se de uma região para outra, vendendo seus produtos.

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A burguesia e o Estado Nacional

Junto a isso, os ideais mercantilistas conquistam os mercadores, comerciantes e profissionais burgueses. O dinheiro passa a ser mais importante que a terra e isto origina o nascimento de um novo sistema econômico: o capitalismo.

Se defendia:

  • o monopólio comercial;
  • protecionismo alfandegário (proteção da economia pela entrada de produtos estrangeiros);
  • metalismo (acúmulo de metais preciosos).

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O sistema feudal (administrado pelos senhores feudais), foi sendo substituído pelo sistema capitalista. Neste momento, verifica-se crescimento das cidades (burgos) e a intensificação do comércio e das feiras livres pela classe burguesa. Este período ficou conhecido como Renascimento Comercial e Urbano.

Diante disso, os senhores feudais, que possuíam poder na Idade Média, começam a perder sua posição. Por seu lado, o Rei torna-se a figura responsável por administrar a política, a economia, a justiça e o exército.

Pintura “O cambista e a sua mulher”, de Quentin Massys. Retrata a burguesia.

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Estado Nacional

A partir disso, foram criados os Estados Nacionais, também chamado de Estado Moderno, com fronteiras definidas e um exército nacional (com o fim dos exércitos particulares dos senhores feudais). No âmbito econômico, as monarquias nacionais visavam a unificação dos padrões monetários e também um sistema de cobrança dos impostos.

Esse aumento de poder ao Monarca foi obtido pelo apoio de parte da nobreza e, sobretudo, dos burgueses, a nova classe social que enriquecia com o desenvolvimento do comércio.

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Com o surgimento da burguesia, esta passou a lutar pela autonomia das cidades que ainda eram dominadas pelos senhores feudais. Este movimento ficou conhecido como Movimento Comunal e era um compromisso entre várias cidades de constituir uma defesa única frente um ataque.

Em suma, a união dos interesses políticos dos Reis e os interesses econômicos da burguesia, foram essenciais para formação das Monarquias ou Estados Nacionais. Assim, foram se extinguindo o domínio dos senhores feudais do período medieval, dando início a Era Moderna.

O crescimento do comércio na Baixa Idade Média fez com que inúmeras feiras surgissem pela Europa.

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Estado Moderno (SÉC. XVI)

Tal instituição estatal surge como projeto de unificação de várias nações em torno não mais apenas de disputas bélicas, mas em torno de disputas comerciais no bojo da ampliação de rotas marítimas. forte  necessidade de centralização política, administrativa, jurídica e econômica em torno de um projeto de nação unificada.

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5 Características do Absolutismo

1. Centralização ilimitada do poder nas mãos dos monarcas

  • No Estado absolutista os monarcas tinham autonomia para dar ordens e tomar decisões sem ter que dar nenhum tipo de satisfação à corte ou a outros órgãos de soberania.
  • Com o sistema de regime absolutista, os monarcas eram, inclusive, isentos de determinações criadas por leis, ou seja, tudo aquilo que eles próprios decidiam é que passava a vigorar.

Rei Luís XIV, conhecido como Rei Sol, símbolo do absolutismo monárquico.

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2. Os monarcas tinham autonomia para inferir em assuntos religiosos

  • A influência da monarquia tinha reflexo na opção religiosa da população: a religião escolhida pelos monarcas deveria ser a seguida pelos súditos.
  • A igreja também foi diretamente impactada pelo absolutismo, visto que os monarcas eram responsáveis pelas nomeações aos cargos do alto clero.
  • Alguns teóricos, como Jacques Bossuet, consideravam que o poder dos monarcas era uma dádiva de Deus. Era como se os reis e rainhas fossem representantes de Deus na Terra e, por isso, os súditos devessem obedecê-los sem oferecer qualquer tipo de resistência e sem fazer questionamentos.

Jacques Bossuet, teórico do absolutismo francês.

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3. Instituição de leis e decisões executivas sob controle monárquico

  • O absolutismo monárquico concedia a reis e rainhas a possibilidade de criar leis sem que fosse necessária uma aprovação da sociedade.
  • Essas leis geralmente priorizavam a própria monarquia e a nobreza.
  • Os nobres foram bastante privilegiados durante o regime absolutista chegando até a mesmo a ter isenção de vários impostos e o poder de obter favores pessoais do rei.
  • Os monarcas também tinham autonomia para criar tributações que financiassem suas guerras e seus projetos.

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4. O poder dos monarcas era hereditário

  • Os monarcas absolutistas reinavam de forma vitalícia e à sua morte, o trono passava automaticamente a ser ocupado pelo seu descendente.
  • Como o poder absolutista da monarquia era transmitido de geração em geração, ele se mantinha concentrado nas mesmas famílias e dinastias com o passar dos anos.

Representação do Estado Absolutista.

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5. O mercantilismo foi o principal sistema econômico do absolutismo

  • Intervenção do Estado na economia do país.
  • A monarquia incentivava a exploração marítima e a ampliação do comércio por parte da burguesia, pois considerava que quanto maior fosse o acúmulo de metais preciosos (ouro e prata, principalmente) maior seria o desenvolvimento do país e o seu prestígio internacional.
  • A burguesia, por sua vez, era a favor do poder do rei pois tinha consciência de que a ausência de unidades fiscais e monetárias não era benéfica para os seus negócios. Não havia uma moeda com um valor definido previamente e isso causava várias situações inesperadas e inoportunas no progresso das atividades comerciais.
  • O mercantilismo aplicava taxas a produtos estrangeiros na alfândega, acumulava riquezas e incentivava o desenvolvimento industrial local para reduzir a necessidade de importação e consequentemente evitar a saída de capital.

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Crise do absolutismo e do mercantilismo

  • No decorrer do século XVIII, o absolutismo e o mercantilismo sofreram uma forte crise em razão da ascensão dos ideais propagados pelos intelectuais iluministas (principalmente o Liberalismo político e econômico).
  • A Revolução Francesa e as mudanças que surgiram a partir dela contribuíram para o fim dessa forma de governo em toda a Europa. Tais mudanças buscavam a descentralização do poder, ou seja, o oposto do que era defendido até então, como também questionavam a teoria da vontade divina do poder real, pois o Iluminismo defendia a racionalização do pensamento humano.

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  1. A Guerra dos Cem Anos (1337 - 1453), entre franceses e ingleses, teve como consequências principais:

A) a consolidação do poder monárquico na França e a expulsão quase completa dos ingleses do território francês;

B) a consolidação do poder monárquico na Inglaterra e a expulsão quase completa dos franceses do território inglês;

C) a incorporação de parte do território francês pela Inglaterra e o consequente enfraquecimento do poder real na França;

D) a incorporação de parte do território inglês pela França e o consequente enfraquecimento do poder real na Inglaterra;

E) a aliança entre franceses e brasileiros e o fim da hegemonia inglesa sobre o comércio europeu.

PRATICANDO:

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02. Entre as causas da decadência do feudalismo, é correto mencionar:

  1. o Renascimento Comercial e Urbano;
  2. o aparecimento de uma nova classe social: a burguesia;
  3. a Guerra dos Cem Anos, envolvendo França e Inglaterra;
  4. a união do rei e dos senhores de terras, visando à centralização política.

As alternativas corretas são:

  1. I e IV
  2. I, II e III
  3. I e II
  4. II, III e IV
  5. II e III

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03.

"Quando Joana D'Arc chegou, a 29 de abril de 1429, os habitantes da cidade estavam prestes a capitular, pois os ingleses tinham-se apoderado das fortalezas e dos castelos que rodeavam Orléans. A 4 de maio, Joana, com os seus soldados, tomou primeiro o castelo (...) Na manhã de 8 de maio, a Donzela verificou que os ingleses haviam abandonado os outros castelos. Orléans estava libertada e os seus habitantes aclamaram em delírio Joana D'Arc, que se sentia feliz por ter cumprido a promessa feita ao seu rei."

(Gabalda e Beaulieu).

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Tendo o trecho anterior como base, assinale a alternativa correta.

A) A tomada de Orléans define o fim da Guerra dos Cem Anos, consolidando a unidade e a monarquia francesas;

B) Joana D'Arc, camponesa de Domremy, recebeu como recompensa pelo feito o título de nobreza e, portanto, o direito às terras nas quais anteriormente vivia;

C) nacionalismo emergente, reforçado pelo significado desse feito, foi capitalizado pelos reis da dinastia Valois para consolidar a monarquia francesa;

D) Joana D'Arc, aristocrata de nascimento e posses, foi condenada à fogueira posteriormente, tornando-se símbolo do nacionalismo francês;

E) A derrota dos ingleses em Orléans marca o fim da Guerra dos Cem anos, mas não define, de imediato, a unidade e a monarquia francesas.

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04. Por volta do século XVI, associa-se à formação das monarquias nacionais europeias:

A) a demanda de protecionismo por parte da burguesia mercantil emergente e a circulação de um ideário político absolutista.

B) a afirmação político-econômica da aristocracia feudal e a sustentação ideológica liberal para a centralização do Estado.

C) as navegações e conquistas ultramarinas e o desejo de implantação de uma economia mundial de livre mercado.

D) o crescimento do contingente de mão de obra camponesa e a presença da concepção burguesa de ditadura do proletariado.

E) o surgimento de uma vanguarda cultural religiosa e a forte influência do ceticismo francês defensor do direito divino dos reis.

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05. No processo de formação das Monarquias Nacionais, destacou-se:

A) a adesão dos monarcas às propostas de Lutero como forma de eliminar a influência da Igreja.

B) a formação de uma aliança de estados europeus com a finalidade de contestar a autoridade imperial.

C) a adoção de formas representativas de governo que visavam dispor do apoio popular e reforçar a autoridade do monarca.

D) o esforço dos monarcas no sentido de obter a subordinação do clero e da nobreza aos desígnios da autoridade do poder real.

E) a adoção de uma política econômica liberal como uma forma de eliminar a influência das corporações de ofício.

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06. Os Estados Nacionais Português e Espanhol só se consolidaram efetivamente a partir do século XV. A formação desses dois Estados, que se localizam na Península Ibérica, está relacionada diretamente:

A) à aliança com holandeses, que venderam os seus domínios para ambos os Estados.

B) à expulsão dos muçulmanos da Península Ibérica.

C) ao acordo com o califado de Córdoba, que cedeu territórios para a criação desses Estados.

D) ao acordo com o Império Romano, que até então dominava a região.

E) à Reforma Protestante, que mudou completamente os hábitos religiosos da Península Ibérica.

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07. Luiz XIV, da França, foi considerado o modelo de monarca absolutista. Sua expressão “O Estado sou Eu” traduz uma premissa básica da formação do Estado Moderno, que é:

A) o rei como aquele que não intervém no Estado.

B) o rei como o primeiro cidadão do Estado.

C) o rei como aquele que apenas simbolicamente tem poder político.

D) a generosidade do monarca para com os seus súditos.

E) o rei como fonte da soberania nacional.

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08. A formação dos Estados nas várias regiões da Europa reordenou as relações feudais originando os chamados estados modernos, que constituíram mais um elemento da nova ordem que se articulava na Europa ocidental, nos séculos XV-XVIII.

Como características gerais destes estados modernos podemos citar.

A) superação das relações feudais / eliminação do direito costumeiro / não-intervenção da economia.

B) fortalecimento do poder papal / fortalecimento dos reinos dinásticos / consolidação do localismo político.

C) centralização e unificação administrativa / formação de uma burocracia / montagem de um exército nacional.

D) consolidação da burguesia industrial no poder / liberalização da economia / descentralização administrativa.

E) estímulo à produção urbano-industrial / eliminação dos entraves feudais / apoio à prática do mecenato nas artes.

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PRÓXIMA AULA:

Reforma religiosa e Contrarreforma

GABARITO:

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