Escatologia Bíblica
Prof. Roney Cozzer
APRESENTAÇÃO
Prof. Roney Cozzer
Cristão, autor, professor e palestrante nas áreas de Teologia e Educação. Doutorando em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Mestre em Teologia pelas Faculdades Batista do Paraná (FABAPAR), licenciado em Pedagogia e História e possui formação em Psicanálise. No ensino superior, possui experiência como conteudista, docente, tutor EAD e coordenador pedagógico. É professor produtor de conteúdo na área de Ensino Religioso, atuando no Centro de Mídias de Cariacica (ES).
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Repensando meu
Cristianismo
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LEITURA BÍBLICA
“Bendito seja o Deus e pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos regenerou para uma viva esperança, segundo a sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1.3, Almeida Século 21).
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REFLEXÃO
“Senhor, tu o farás.
Expulsarás toda a noite e toda a escuridão,
serás o vencedor final,
e todo o mundo será teu.
Quando o grande dia
de luz irromper:
que alegria será!”.
Johann Christoph Blumhardt (1805-1880).
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Parte 1
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
INTRODUÇÃO
A palavra “escatologia” é originária do grego eschatos, “último”, “derradeiro”, “final”, “extremo” e logia, “coleta”. Segundo Ciro S. Zibordi, Escatologia “[...] é o estudo dos acontecimentos que hão de ocorrer conforme a soberana vontade de Deus, “segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Ef 3.11)” (ZIBORDI in: GILBERTO, 2008, p. 486).
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1. PRECISAMOS MESMO DE ESCATOLOGIA?
A Escatologia Bíblica se justifica pelo fato de que a própria Bíblia é, em grande medida, escatológica. Chafer, um teólogo sistemático, comenta o seguinte: “[...] Uma quarta parte dos livros da Bíblia é reconhecidamente profética, e, no próprio texto da totalidade das Escrituras, ao menos uma quinta parte era de predição ao tempo em que foi escrita. Uma porção da profecia bíblica está agora cumprida, e deveria ser dada atenção à distinção entre a profecia cumprida e a não cumprida” (ZIBORDI in: GILBERTO, 2008, p. 486).
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2. DO QUE TRATA A ESCATOLOGIA?
Franklin Ferreira e Alan Myatt, em sua Teologia Sistemática, esclarecem que a “[...] escatologia trata das questões do fim ou do propósito da vida e do alvo do plano de Deus, a consumação da história, que se move em direção a um fim determinado. A expressão escatologia baseia-se em passagens da Escritura tais como Isaias 2.2, que fala sobre o que há de acontecer “nos últimos dias” ou, como I Pedro 1.20, que fala sobre os “últimos tempos” e, ainda, como l João 2.18, que fala sobre a “ultima hora”. Essas expressões, usadas especialmente no Novo Testamento, incorporam a ideia da escatologia” (FERREIRA, MYATT, 2007, pp. 1.011,12).
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3. UM FATOR HERMENÊUTICO
A SE CONSIDERAR
O estudante da Escatologia Bíblica precisa estar sobremodo atento à Lei da Dupla Referência, uma lei hermenêutica importante para se lidar com alguns textos proféticos. Compare, por exemplo, alguns textos:
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4. EQUÍVOCOS EM RELAÇÃO À ESCATOLOGIA
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4. EQUÍVOCOS EM RELAÇÃO À ESCATOLOGIA
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CONCLUSÃO
A Escatologia Bíblica é uma disciplina teológica muito importante para a Igreja. Edificada sobre fundamentos bíblicos, ela nos convida à esperança e à construção de um presente alicerçado sobre os princípios do Reino na expectativa da vinda gloriosa do Filho de Deus, para aqueles que o amam, evento aguardado pela Igreja ao longo de muitas gerações.
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Parte 2
CORRENTES ESCATOLÓGICAS
INTRODUÇÃO
Quando se fala em “correntes” da Escatologia Bíblica estamos pensando em interpretações cristãs do que a Bíblia fala a esse respeito. Assim, destacamos aqui três principais correntes: o Amilenismo, o Pós-Milenismo e o Pré-Milenismo. Lembrando que esta última corrente se apresenta em duas formas: Clássica e Dispensacionalista.
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1. AMILENISMO
Não é tão complexa de se entender como o Pré-Milenismo. Para o Amilenismo, Apocalipse 20.1-10 refere-se à era da Igreja. O Milênio, portanto, é simbólico.
Entende o Milênio, portanto, como não literal. O Milênio é agora (a era presente da Igreja). A influência de Satanás sofre grande redução sobre as nações. A era da Igreja continua até que Cristo regresse. Alguns amilenistas como Berkhof acreditam que faltam ainda alguns sinais para se cumprirem.
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1. AMILENISMO
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2. PÓS-MILENISMO
O prefixo pós indica algo que vem depois. A referência aqui, portanto, é à Segunda Vinda de Jesus. Assim, Pós-Milenismo indica que a Segunda Vinda de Jesus se dará após o Milênio.
Entende que o Milênio não é literal. A Igreja e o avanço do Evangelho progredirão de forma a influenciar boa parte da população mundial a se tornar cristã. O Milênio não é um período literal de mil anos. Pode durar mais e Cristo regressará ao final deste período de tempo.
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2. PÓS-MILENISMO
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3. PRÉ-MILENISMO
Entende que o Milênio é literal. Cristo virá antes do Milênio. Trata-se de um ponto de vista defendido desde os primeiros séculos do Cristianismo. Entende que haverá um período de grande sofrimento sobre a Terra, chamado de Grande Tribulação, antes da instauração do Milênio.
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3. PRÉ-MILENISMO
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3. PRÉ-MILENISMO
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CONCLUSÃO
Devemos considerar que há diversos pontos em comum entre essas correntes, a saber: A Segunda Vinda de Jesus será física e visível, Cristo é reconhecido como Governante do Universo; o mal será extinto da criação; haverá ressurreição de justos e injustos; os ímpios serão julgados; a História é linear e não cíclica e o perfeito estado eterno.
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Parte 3
DOUTRINAS ESCATOLÓGICAS
INTRODUÇÃO
Consideraremos algumas das diversas doutrinas escatológicas, que são cridas e ensinadas dentro dos sistemas ou correntes escatológicas. A perspectiva adotada é a dispensacionalista, mas considerando também como as outras correntes escatológicas encaram esses mesmos eventos. E ainda: mesmo que se lance mão de uma visão panorâmica sobre a Escatologia, o conhecimento de cada doutrina em particular é fundamental para o conhecimento desta disciplina teológica.
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1. ARREBATAMENTO
O arrebatamento da Igreja é entendido no Dispensacionalismo como o primeiro de uma série de outros eventos que terão lugar na História. Esta doutrina é amparada em textos como 1 Tessalonicenses 4.17, onde se encontra a palavra “arrebatados” (na ARC, por exemplo) e em 1 Coríntios 15.52 lemos que a ressurreição ocorrerá “num momento”, indicando assim um momento muito veloz.
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1. ARREBATAMENTO
A palavra grega para “arrebatados” em 1 Tessaloniceneses 4.17 é αρπαζω e significa “pegar, levar pela força, arrebatar, agarrar, reivindicar para si mesmo ansiosamente”. Já a palavra “momento” em 1 Coríntios 15.52 vem do grego ατομος e indica algo “que não pode ser cortado em dois, ou dividido, indivisível”, “de um momento de tempo”.
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1. ARREBATAMENTO
Algumas perguntas sobre o Arrebatamento:
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2. A SEGUNDA VINDA DE JESUS
Nos outros sistemas escatológicos, Amilenismo e Pós-milenismo, a Segunda Vinda de Jesus não é encarada como um evento que ocorrerá em duas fases e não há a ideia de um “rapto” secreto da Igreja. Trata-se de um evento único.
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2. A SEGUNDA VINDA DE JESUS
O que há em comum nas concepções amilenistas, pós-milenistas e pré-milenistas a respeito da Segunda Vinda de Jesus?
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3. RESSURREIÇÕES
A Bíblia é categórica ao indicar que ocorrerão duas ressurreições: Apocalipse 20.4-6. Repare no texto expressões como “restante”, “não voltou a viver até...” (v. 5 na NVI). Essas duas ressurreições dizem respeito a justos e injustos, e no entendimento dispensacionalista, elas estão separadas por um período de mil anos: o Milênio. Tal compreensão não se dá no Amilenismo e no Pós-milenismo.
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3. RESSURREIÇÕES
No entendimento dispensacionalista, a “Primeira Ressurreição” diz respeito somente aos justos (cf. Ap 20.6 e 1 Co 15.20,23). Considere que estes textos indicam que a Primeira Ressurreição abrange grupos de ressuscitados, embora o momento central seja o do arrebatamento da Igreja. As palavras “ordem” (ARC) e “primícias” indicam que ela será extensiva.
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4. O TRIBUNAL DE CRISTO
Um texto do Novo Testamento para a compreensão dessa doutrina é o seguinte: “Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas quer sejam más” (2 Coríntios 5.10).
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4. O TRIBUNAL DE CRISTO
O Tribunal de Cristo ocorrerá logo após o rapto da Igreja, ainda nos ares. É o julgamento dos salvos, quanto às obras praticadas na Terra durante sua vida aqui (2 Co 5.10).
“Reflitamos sobre a expressão contida na parábola das minas: ‘Negociai até que eu venha’ (Lc 19.13). Naquele dia, o Senhor requererá o nosso ‘relatório’” (ZIBORDI in: GILBERTO, 2008, p. 506).
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4. O TRIBUNAL DE CRISTO
Algumas perguntas interessantes sobre o Tribunal de Cristo
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5. AS BODAS DO CORDEIRO
São a festa de casamento entre Cristo e Sua Igreja, que ocorrerá logo após o Tribunal de Cristo. Trata-se de uma grande ceia prometida pelo próprio Senhor aos seus santos, como lemos nos textos de Apocalipse 19.7-9 e Lucas 22.29,30. Será motivo de indizível felicidade poder participar dessa grande ceia, exclusiva para a Igreja, que já estará com Cristo no Céu.
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5. AS BODAS DO CORDEIRO
Entre os judeus, o casamento era celebrado com muita alegria e, via de regra, na casa do noivo (cf. Mt 22.2), havendo exceções, por razões incomuns. Normalmente, a festa durava sete dias. “A cerimônia principal era a entrada da noiva na casa do esposo. O noivo, com a cabeça adornada com um diadema... dirigia-se a casa da noiva.
[A noiva] estava ricamente vestida e adornada com joias... mas, coberta com um véu” (de VAUX, 2003, pp. 56,7).
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CONCLUSÃO
O estudante da Escatologia, especialmente aquele que se orienta pelo Dispensacionalismo, precisa estar atento para o fato de que na compreensão desse sistema escatológico, os eventos se sucedem, mas em alguns casos, há eventos que hão de ocorrer em paralelo. Como exemplo, pode-se mencionar a Grande Tribulação ocorrendo na terra, enquanto no céu ocorrem as Bodas do Cordeiro.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, Franklin. MYATT, Alan. Teologia Sistemática: uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida Nova, 2007.
GILBERTO, Antonio (ed.). Teologia Sistemática Pentecostal. 2ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
VAUX. Roland de. Instituições de Israel no Antigo Testamento. São Paulo: Editora Teológica, 2003.
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