CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS
ARRANJOS ATÔMICOS E ESTRUTURA (MICROESTRUTURA) DOS MATERIAIS
Profª MSc. Régia Avancini
ARRANJOS ATÔMICOS
Os arranjos atômicos, que propiciam a formação dos materiais, podem ser de três tipos básicos, gerando, então, três classes estruturais principais:
Estruturas moleculares = materiais moleculares
Estruturas cristalinas = materiais cristalinos
Estruturas amorfas = materiais amorfos
Estrutura Molecular
Arranjos atômicos – estrutura dos materiais
Estrutura molecular
A estrutura molecular pode ser genericamente caracterizada por um agrupamento de átomos;
Existem grupos limitados de átomos fortemente ligados entre si, formando moléculas, e essas moléculas se ligam entre si por meio de ligações secundárias.
Materiais típicos com estrutura molecular
Gases: O2 , N2 , CO2
Água: H2O
Ácido nítrico: (HNO3 )
Materiais betuminosos
Polímeros (em geral)
Estrutura molecular�Característica principal dos materiais de estrutura molecular
Apresentam forças de atração intramoleculares (ligações quimicas interatômicas – na grande maioria covalentes) muito fortes, ao passo que as ligações intermoleculares são do tipo forças de van der Waals (muito fracas).
Estrutura cristalina
A estrutura cristalina é caracterizada quando existe uma organização na disposição espacial dos átomos que constituem determinado arranjo atômico.
Há uma regularidade estrutural, com a repetição, nas três dimensões, de uma unidade básica, chamada de célula unitária.
ESTRUTURA CRISTALINA
Cristalinidade:
O conceito de cristalinidade se aplica à estrutura interna de um material cujo arranjo atômico gera um modelo tridimensional ordenado e repetitivo.
Há, dessa forma, uma regularidade na estrutura interna do material, com a repetição, nas três dimensões, de uma unidade básica, chamada de célula unitária.
CÉLULA UNITÁRIA
Célula Unitária é uma subdivisão do reticulado cristalino, na qual são mantidas as características gerais de todo o reticulado. Em outras palavras, trata-se de um pequeno volume (a unidade básica) que contém todas as características encontradas no cristal como um todo.
CÉLULA UNITÁRIA
Ilustração esquemática de um reticulado cristalino com o destaque para a célula unitária (região em azul)
ASKELAND, 1998).
SISTEMAS CRISTALINOS
Arranjo atômico ordenado e regular permitindo que configurações atômicas gerem reticulados cuja unidade básica forme uma figura geométrica geométrica.
SETE SISTEMAS CRISTALINOS
SISTEMAS CRISTALINOS
SISTEMAS CRISTALINOS
Sistemas e reticulados cristalinos
Os 7 diferentes sistemas cristalinos possuem variações de sua configuração básica, de modo que mais 7 possibilidades de configuração atômica se somam às 7 opções básicas (vistas
anteriormente), gerando então 14 tipos Possíveis de reticulados cristalinos, aos quais se dá o nome de reticulados de Bravais.
RETICULADOS DE BRAVAIS
PLANOS CRISTALINOS
Direções de planos cristalinos:
A descrição mais completa da estrutura cristalina passa pela identificação das direções e dos planos no cristal, o que se faz por meio de um sistema de eixos cartesianos aplicados na célula unitária.
Descrição das direções no cristal
Descrição das direções no cristal, utilizando-se como exemplo um reticulado ortorrômbico simples (VAN VLACK, 1970).
Arranjos atômicos – estrutura dos materiais�• Ilustrações esquemáticas dos planos:
Ilustrações esquemáticas dos planos (regiões sombreadas em vermelho), respectivamente partes (a) e (b) da figura, para o sistema cristalino cúbico simples (adaptada de VAN VLACK, 1970).
Alotropia e Polimorfismo
Polimorfismo: fenômeno no qual um sólido (metálico ou não metálico) pode apresentar mais de uma estrutura cristalina, dependendo da temperatura e da pressão.
Exemplo: a sílica (SiO2) como quartzo, cristobalita e tridimita.
Quartzo (a) Cristobalita e Tridimita (b)
SÍLICA
ALOTROPIA CRISTALINA
Alotropia: polimorfismo em elementos puros.
Exemplos: o diamante e o grafite são constituídos por átomos de carbono arranjados em diferentes estruturas cristalinas; o ferro com as variações de sua estrutura entre o sistema cúbico de corpo centrado (ccc) e cúbico de faces centradas (cfc).
DIAMANTE E GRAFITE
(a) Diamante (b) Grafite
FORMAS ALOTRÓPICAS DO FERRO
Alguns exemplos significativos de alotropia cristalina:
Materiais típicos de estrutura cristalina:
O ferro e os aços de construção: são exemplos clássicos de materiais cristalinos, que se alternam entre as formas alotrópicas estruturais cúbicas de corpo centrado (ccc) – em temperatura ambiente – e de face centrada (cfc);
• A areia natural: constituída essencialmente de sílica em sua forma cristalina, que é o quartzo de estrutura trigonal (romboédrica), a areia constitui um exemplo de material natural cristalino;
• Os compostos principais do cimento Portland, assim como seus derivados hidratados: em geral, são fases cristalinas - silicatos de cálcio anidros C3S e C2S; as fases aluminato e ferroaluminato C3A e C4AF; compostos hidratados da pasta de cimento - o hidróxido de cálcio, a etringita, o monossulfato, e alguns tipos de C – S – H.
Estrutura não cristalina – amorfa
FASES DOS MATERIAIS
Fases impuras
FASES IMPURAS
Fases impuras
exemplo de solução sólida em metal do tipo substitucional:
IMPERFEIÇÕES OU DEFEITOS
IMPERFEIÇÕES OU DEFEITOS MICROESTRUTURAIS
IMPERFEIÇÕES OU DEFEITOS MICROESTRUTURAIS
EXPERIMENTO
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS