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LUIZ ROMERO

LITERATURA

ROMANTISMO BRASILEIRO

ROMANCE URBANO

12/05/2022

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ROMANTISMO BRASILEIRO

VIGÊNCIA HISTÓRICA

Arte identificada com a Independência política (1822)

Nacionalismo Ufanista

  • Indianismo / Regionalismo.

• Culto à natureza.

• Projeto de cultura brasileira (raízes históricas, linguísticas e culturais).

1844 – Primeiro romance romântico: A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo.

ROMANTISMO BRASILEIRO - PROSA

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1844................................................................1881

A MORENINHA

Joaquim M. de Macêdo

O Mulato

Memórias Póstumas de Brás Cubas

  • ESTRUTURA FOLHETINESCA
  • Retrato do modo de vida e da ideologia burguesa
  • conflito entre o bem (herói) e o mal (vilão)
  • Enredo simples e linear: Namoro difícil / Desejo X dever
  • Impasse amoroso (final feliz ou trágico)
  • Personagens planos / idealizados
  • comportamento previsível
  • Tempo cronológico / Uso do flashback
  • Descrição e exaltação da vida burguesa
  • Narrativa rápida (romance de ação)

A leitora

Jean-Honoré Fragonard

ROMANCE ROMÂNTICO

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ROMANCE URBANO:

Descrição dos costumes

burgueses.

Retrato da vida na corte.

Forte caráter sentimental.

ROMANCE INDIANISTA:

O índio como símbolo de

nacionalidade.

O bom selvagem (Teoria de Rousseau).

Miscigenação com o branco.

Valorização dos mitos, tradições e

lendas.

Retorno ao passado histórico.

O ROMANCE ROMÂNTICO BRASILEIRO

ROMANCE HISTÓRICO:

Temática de fato histórico

paralela à trama.

ROMANCE REGIONALISTA:

Abordagem do sertanejo e

seus costumes.

Descrições de paisagens

interioranas.

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JOAQUIM MANUEL DE MACEDO (1820 – 1882)

A Moreninha

(1844)

relato sentimental da ligação entre dois

jovens, presos à uma promessa da infância.

CARACTERÍSTICA DA OBRA

• Estrutura de folhetim

• Cenários identificáveis pelos leitores

• Visão superficial de certos hábitos da classe média carioca

ROMANCE URBANO

IMPORTÂNCIA DA OBRA:

  • Desperta no público o gosto pelo romance ambientado no Brasil.

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  • A partir de 1830 chegaram os romances estrangeiros, traduzidos na forma de folhetins.
  • O romance urbano é marcado por lances melodramáticos e finais felizes, fazia o gosto dos jovens da corte.
  • O romance urbano ou de costumes apresentam como características a preocupação em ilustrar as paixões, os interesses e o comportamento de uma classe social específica em seu contexto e circunstâncias.
  • A estrutura típica do romance urbano da época é o jogo amoroso entre o herói e a heroína, que se apaixonam um pelo outro e precisam superar as dificuldades para viverem felizes para sempre.
  • O folhetim não era só entretenimento...

CONSIDERAÇÕES

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A Moreninha (fragmento)

Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champanha na não, os mais intrincados negócios; todos murmuram e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu; estão nas asas dos aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida do écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras pelo braço de seus pares, se deslizando pela sala e marchando em seu passeio, [. . .]

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A T I V I D A D E

  • Segundo o narrador, o sarau era “o bocado mais delicioso” dos lares cariocas. Que importância tinha para a vida social de então?

RESPOSTA: além de ser uma ocasião para se divertir (entretenimento): jogar, dançar, namorar, fofocar... E também para ajuste de negócios...

  • A que classe social pertencem os frequentadores de sarau?

RESPOSTA: à classe alta, à elite da corte.

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  • A crítica tende a considerar o romance A moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo como o primeiro romance romântico brasileiro, por sua qualidade estética e por seu grande sucesso, superior a alguns outros que foram publicados antes dessa data. O autor justificou a produção do romance, informando que o escreveu apenas para se distrair, isto é, uma obra de puro entretenimento, contudo o autor acabou criando
  • um painel da vida da cidade de São Paulo de sua época.
  • um painel crítico sutil dos costumes da elite carioca de sua época..
  • um vasto grupo de personagens dos costumes regionais da época.
  • um importante documento histórico e indígena da vida carioca.
  • um romance regionalista e de costumes patriarcais e bizarros.

A T I V I D A D E

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MANUEL ANTÔNIO DE ALMEIDA

Memórias de um Sargento de Milícias (1852/3, folhetim)

• REALISMO PRÓPRIO: Os hábitos, a moda, o folclore, a religiosidade

das classes populares no início do século XIX.

  • “Era no tempo do rei...”

• Desmascaramento moral da sociedade.

Romance de Ruptura

Ironia direta aos cacoetes românticos.

• Os personagens são quase marginais.

• Crítica social.

(1831 – 1861)

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Personagens caricaturizados.

• Acontecimentos que desmentem as aparências das pessoas.

Situações cômicas: o humor sobre o dramático.

  • Considerado uma “voz de exceção” em nosso Romantismo.
  • Publicou em forma de folhetim (1852/53), sob o pseudônimo de “Um brasileiro”.
  • O romance combina constantemente ironia e espírito crítico, bom humor e registro jocoso de costumes populares...a linguagem coloquial.
  • O Modernismo pregaria, setenta anos depois...

Romance Picaresco

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CONSIDERAÇÕES

  • Aventuras de um certo Leonardinho filho de Leonardo Pataca e de Maria da Hortaliça, que se mete em mil peripécias.
  • Criado pelos padrinhos, um barbeiro e uma parteira, Leonardinho comporta-se como um verdadeiro anti-herói, enjeitado pelo pai e pela mãe, que aprecia a malandragem e envolve-se com várias mulheres.
  • O autor faz um painel das vivências das classes inferiores (pré-Independência) na época de D. João VI.
  • Um personagem picaresco (bufão, mau-caráter). Primeiro malandro da literatura Brasileira.
  • Leonardinho encaixa-se na dialética “ordem” x “desordem” e no desmascaramento de uma sociedade caracterizada pela risonha hipocrisia, pela acomodação através do jeitinho, pelo empreguismo e o favorecimento ilícito.

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