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Violência no Sistema Prisional

*Depoimentos

Alunas: Laura Montecarlo Carneiro e Silva, RA 737709 

Maria Luiza Afonso, RA: 741033

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Carandiru

  • 111 mortos 
  • 26 fora das celas
  • 85 executados dentro das celas
  • 74 policiais participaram do massacre(58 foram promovidos entre outubro de 1992 e 2017)
  • +/- 1.200 anos de pena a serem cumpridos
  • Nenhum policial condenado

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Direitos Humanos( durante a pandemia de COVID-19)

  •  “Não há informação como o apenado se encontra, eles ligam uma vez na semana com direito a 2 minutos ou menos por ligação, ao qual não temos liberdade de perguntar nem ele responder como está. Só nós aqui de fora podemos falar como estamos. Se eles falam algo que não pode, a ligação 'cai'.”

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Casos suspeitos

  • “Duas pessoas com suspeita [de contrair COVID-19] e uma morte. Estão deixando os com suspeita junto com os outros, e já ouvi falar que é ‘pra deixar morrer’. Estão todos sem água pra beber, tomar banho ou lavar mãos, não tem sabonetes também”.

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  • Caso suspeito no meu estado. O advogado do meu marido foi visitá-lo e ele estava preocupado porque os agentes penitenciários não estão usando máscaras.”

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Higiene precária e agentes penitenciários sem EPIs

  • Meu cliente está com sintomas e tenho notícias de três casos suspeitos ao todo. o mais grave que tenho observado é que os agentes não estão utilizando os EPIs”.

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  • “Soube por um familiar de preso que eles estão confinados em uma cela onde tinha pessoas com sintomas de tuberculose e de COVID-19. Um deles veio a falecer, sem socorro. Caso se confirme a causa da morte, estão todos infectados.”

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  • “A falta de higienização e a alimentação precária só piora pra saúde deles. Com a imunidade baixa, o local fechado e úmido só aumenta as doenças como pneumonia, tuberculose e outras…nós pedimos socorro.”

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Falta de Transparência 

  • Eles [a direção do presídio] não passam muita informação. Apenas que tá bem e estão dando as coisas pra prevenção da epidemia, mas não sabemos real mesmo, pois sabemos o quanto eles maquiam a verdadeira situação”.

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  • Na Delegacia de Polícia Civil de meu município os familiares sempre tem dificuldades de acesso a informações sobre as pessoas presas, e agora a situação está pior”.

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  • Os internos que estão saindo estão falando que existem muitos doentes lá sem assistência. E os internos na vídeo chamada são obrigados a falar que estão bem. Meu esposo está doente no sistema, tem problema renal crônico e precisa passar por cirurgia. A consulta agendada com especialista foi cancelada. Não temos notícias mais, e pela videochamada deu para ver o quanto ele tá debilitado, magro e doente”.

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  • “Não há informação como o apenado se encontra, eles ligam uma vez na semana com direito a dois minutos ou menos por ligação, e não temos liberdade para perguntar e nem ele responder como está. Só nós aqui de fora que podemos falar como estamos. Se eles falam algo que não pode, a ligação cai”.

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  • As informações surgem quando presos são vistos em hospitais públicos da cidade, não sabemos o motivo do encaminhamento do preso, pois a penitenciária não nos dá informações!”

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  • São mais de 15 presos que passavam mal pedindo socorro. Depois de um dia inteiro de grito, os agentes chegaram jogando spray de pimenta, mandando eles se calarem, senão eles apanhavam. Aqueles presos que passaram mal foram jogados em outra cela do mesmo bloco depois de dois dias, ali eles ficam até não aguentar mais.”

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  • Soube que eles foram confinados numa cela onde tinha pessoas com sintomas de tuberculose e de COVID-19. Um deles veio a falecer, sem socorro. Caso se confirme a causa da morte, estão todos infectados”.

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  • A única medida tomada no último mês foi a de proibição das visitas, o que não faz muito sentido já que os agentes não estão de quarentena e continuam circulando, há relatos de mais de 35 presos usando a mesma escova de dente, o que impossibilita seguir as recomendações da secretaria de saúde. Não tem o mínimo de higiene básica para evitar o vírus.”

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  • A falta de produtos de higiene e uma alimentação precária só piora a saúde deles. Com a imunidade baixa, o local fechado e úmido só aumenta as doenças como pneumonia, tuberculose e outras…nós pedimos socorro”.

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Mais alguns relatos(familiar de encarcerados/encarcerados)

  • “Fiquei presa por 10 anos, seis deles sem uma sentença. Depois de quatro audiências durante o tempo em que estava presa, minha sentença saiu, e fiquei mais quatro anos presa. Não sei mais o que fazer para recomeçar. Como fiquei muito tempo presa, meus documentos não valem mais”. (encarcerada)

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  • “Você pode ficar preso um dia ou dez anos. Aqui fora, a discriminação é a mesma. A gente é julgado dia após dia, pela família, por conhecidos ou ao procurar um trabalho”. (Encarcerado)

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  • “Meu filho tem suspeita de câncer, quando ele estava em liberdade fazia acompanhamento no médico. Pedimos um exame para diagnosticar e, se ele tiver câncer, precisa fazer quimioterapia. O juiz negou o pedido de exame, e agora não sabemos o que fazer. Além disso, ele quebrou o fêmur dentro da prisão, e não há qualquer atendimento para ajudá-lo”. (Familiar de pessoa presa)

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  • Eu trabalho, mas meu patrão não pode sonhar que sou esposa de alguém que está preso. Tenho um filho que preciso sustentar. Não levo meu filho para visitá-lo por causa da revista. Melhorou com o scanner, mas não quero que ele passe por isso. Já sonhei com a mulher que me revistava me olhando com aquela cara de maldade. Eles não se importam com a gente. Não tenho condições de pagar advogado, senão ele estaria livre. Cada viagem para o presidio custa 400 reais, porque preciso preparar o jumbo para ele. Só vou uma vez por mês por causa disso. A prisão é um lugar sujo, com comida ruim. Não recupera ninguém. Quem recupera somos nós, a família, dando apoio”. (Familiar de pessoa presa)

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  • “Não tem atendimento de saúde dentro da prisão. A gente traz o remédio e eles se automedicam. Não tem um médico para controlar. E a gente só pode mandar remédios na primeira quarta-feira de todo mês”. (Familiar de pessoa presa)

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Referências Bibliográficas

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