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1o bimestre

Aula 1

Ensino

Médio

História

As sociedades do “progresso”: a Segunda Revolução Industrial

Série

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  • Segunda Revolução Industrial;
  • Expansão industrial dos países europeus;
  • Transformações técnicas.
  • Relacionar os avanços tecnológicos da Segunda Revolução Industrial com o desenvolvimento econômico do período, incluindo novas potências internacionais, como Alemanha, Itália, Estados Unidos e Japão;
  • Analisar como a industrialização, a partir de 1870, ampliou os mercados consumidores europeus e a intensa concentração de capitais.

Conteúdos

Objetivos

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Para começar

No sentido anti-horário: Tecelão no tear, virado para a direita, 1884, óleo sobre tela de Vincent van Gogh. Mulheres trabalhando em fábrica têxtil (American Woolen Company, Boston), c. 1910. Jovem tecendo um cachecol colorido nos dias atuais, Etiópia, África Oriental. “Tear” de indústria têxtil na atualidade.

© Getty Images

Reprodução – WIKIPÉDIA, [s.d.].

Disponível em: https://encurtador.com.br/tN0ZD Acesso em: 22 ago. 2024.

Reprodução – CHRISTIE'S/WIKIMEDIA COMMONS, 2016.

Disponível em: https://encurtador.com.br/CFGwV em: 21 ago. 2024.

© Getty Images

Discuta com seus colegas!

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Para começar

Observe as imagens para sua reflexão.

  1. Qual é a diferença entre uma produção de manufatura e uma produção industrial?

  • Você acha que algumas profissões podem deixar de existir em virtude do desenvolvimento tecnológico? Ou podem coexistir? De que maneira?

© Getty Images

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Para começar

A transição entre a Primeira e a Segunda Revolução Industrial

A primeira Revolução Industrial (1760-1850) teve a Inglaterra como pioneira e foi marcada pelo surgimento da indústria têxtil, o uso de carvão e ferro, além da invenção da máquina a vapor.

Essas inovações levaram à urbanização e a uma transformação significativa na produção e na economia.

3) RESPONDA

A manufatura foi substituída pelas __________, e os antigos artesãos ou mesmo camponeses, que migraram para as __________, deram origem ao proletariado.

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A transição entre a Primeira e a Segunda Revolução Industrial

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Os impactos da Segunda Revolução Industrial

Foco no conteúdo

4 ) Durante a Segunda Revolução Industrial (1870-1914), houve grandes mudanças tecnológicas e industriais. O carvão foi substituído por energia elétrica e petróleo.

A indústria se diversificou, surgindo a indústria de base, com empresas petroquímicas, que produzem petróleo e seus derivados, e siderúrgicas, que transformam o aço. Consequentemente, a demanda por mais trabalhadores aumentou, impactando também o crescimento e o desenvolvimento das cidades.

Se durante a Primeira Revolução Industrial a Inglaterra era o seu principal expoente, a partir de 1870 outros países também passam a se industrializar.

Ilustração de "La Jamais Contente", primeiro automóvel a atingir 100 km/h em 1899. Criação do engenheiro belga, Camille Jenatzy.

Brown Middle School, Newton, Massachusetts, EUA (Website).

Reprodução – WIKIPEDIA. Disponível em: https://encurtador.com.br/dx8GZ Acesso em: 06 set. 2024.

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Países que se destacaram durante a Segunda Revolução Industrial

Foco no conteúdo

A Inglaterra continuou a ser uma potência industrial líder, com avanços em indústrias como a têxtil, a siderúrgica e de máquinas. A França, por outro lado, desenvolveu indústrias de luxo, químicas e automotivas.

Inglaterra e França

O desenvolvimento industrial auxiliaria o processo de unificação dos dois países. A Alemanha se destacou nos setores da indústria química, elétrica e de engenharia.

Alemanha e Itália

Enquanto a Bélgica se destacava nas indústrias do carvão e do aço, os Países Baixos se aproveitaram dos recursos obtidos de suas colônias.

Bélgica e Países Baixos

Os EUA se destacaram pelo desenvolvimento de ferrovias que conectaram de leste a oeste o país, e pela sua importância na indústria automobilística.

Estados Unidos

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Avanços tecnológicos durante a Segunda Revolução Industrial

Foco no conteúdo

O processo de fabricação do aço foi aprimorado, permitindo a expansão das ferrovias, que agora conectavam continentes, além da construção de navios, mais ágeis e eficientes, e edifícios.

A indústria do aço

A criação do telégrafo e, posteriormente, do telefone permitiu a comunicação em longas distâncias. O rádio, por sua vez, transformou a comunicação de massa no final do período.

Telégrafo e rádio

Novas tecnologias, como a iluminação e os motores elétricos, expandiram as redes de distribuição de energia. O motor a combustão interna possibilitou o surgimento de automóveis e aviões.

Eletricidade e revolução nos transportes

Introdução de linhas de montagem e produção em massa, especialmente nas indústrias automobilística e de bens de consumo, melhorando a eficiência e reduzindo custos.

Produção em massa

Ferrovia subterrânea em Londres.

© Getty Images

Central telefônica.

Ilustração de Iluminação pública por luz elétrica, NY, 1883.

Trabalhadores em linha de montagem de automóveis Ford, em 1913.

© Getty Images

© Getty Images

Reprodução – Wikipedia.

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A Segunda Revolução Industrial ficou marcada por profundas mudanças na lógica industrial, iniciando a:

globalização da economia.

automação da produção fabril.

utilização de fontes renováveis.

expansão da informática.

1 minuto

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Correção

globalização da economia.

automação da produção fabril.

utilização de fontes renováveis.

expansão da informática.

A Segunda Revolução Industrial ficou marcada por profundas mudanças na lógica industrial, iniciando a:

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ROTAÇÃO POR ESTAÇÕES

Na prática

Em grupos, realize as atividades em rotações por estações!

Cada grupo deverá analisar os textos historiográficos para compreensão do processo de expansão industrial e suas transformações técnicas, econômicas e sociais a partir da segunda metade do século XIX.

ESTAÇÃO 2: Protecionismo e rivalidades

  • Quais razões são pontuadas pelo texto para as crises econômicas na época da Segunda Revolução Industrial?
  • Existe relação com o aumento da industrialização por diferentes nações? Quais foram os desdobramentos? Explique a crítica feita pela litografia de J. Keppler.

ESTAÇÃO 1: Ciência e tecnologia nos métodos de trabalho?

  • Qual é a crítica apresentada pelos textos, tendo em vista o método científico de Taylor aplicado ao processo de trabalho?
  • Prosperidade está relacionada a maior produtividade no contexto, por quê? Qual é a relação dos textos com a fotografia de 1913?

Em cada Estação, registre suas análises e conclusões.

15 minutos

Veja no livro!

Atividade 1

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ESTAÇÃO 1: Ciência e tecnologia nos métodos de trabalho?

Na prática

Veja no livro!

Atividade 1

Percebe-se que seu interesse não é investigar a qualidade do trabalho em geral, mas a adaptação do trabalho às necessidades do capital. Isso fica claro, pela própria ideia de prosperidade defendida pelo autor: ‘em uma palavra, o máximo de prosperidade somente pode existir com o máximo de produção’. Condiciona a ideia de prosperidade à ideia de produção. Vem daí a ideia de cooperação entre classes, ao afirmar que a prosperidade do trabalhador depende da prosperidade da empresa. Assim, evidencia-se que o trabalho é pensado, por Taylor, em todos os sentidos, como um mero instrumento para o crescimento capitalista.”

(RIBEIRO, 2015).

[...] é duvidosa a pretensão de Taylor, extensiva ao fordismo, de considerar essa forma de administração do processo de trabalho [...] ‘científica’. Trata-se muito mais de justificar a intensificação do trabalho pela ciência do que propriamente demonstrar o caráter verdadeiramente científico dessa organização do trabalho [...] o que nos permite afirmar que o taylorismo e o fordismo se fundamentam no conhecimento empírico, mas não propriamente científico, dos efeitos positivos da disciplina e obediência rígida às normas da empresa, racionalmente elaboradas, para o aumento da produtividade do trabalho.”

(LAZZARESCHI, 2007).

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Na prática

Fábrica da Ford.

Trabalhadores da linha de montagem de volantes e magnetos de ignição para automóveis no Modelo Ford T. Highland Park C. Michigan, EUA, 1913.

Reprodução – Wikipedia. Disponível em: https://encurtador.com.br/KA7Hc Acesso em: 12 ago. 2024.

ESTAÇÃO 1: Ciência e tecnologia nos métodos de trabalho?

Veja no livro!

Atividade 1

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ESTAÇÃO 2: Protecionismo e rivalidades

Na prática

Veja no livro!

Atividade 1

Pequenas firmas individuais e familiares foram superadas por grandes complexos industriais, que aproveitaram da ampla disponibilidade de matérias-primas, mão de obra extensiva e barata, inovação tecnológica, um crescente mercado de consumo e políticas estatais favoráveis para transformar os Estados Unidos, de longe, na maior nação industrial no mundo na virada do século XX.

[...] A necessidade de dinheiro em grande escala para financiar esses empreendimentos consolidou o mercado financeiro de Wall Street, uma rua no centro de Nova York que passou a ser a sede dos grandes bancos e financeiras do país. Avanços tecnológicos como eletricidade, aço, motores a vapor e o automóvel revolucionaram a produção industrial e o transporte. [...] Empresas enormes, que combinavam poder industrial e financeiro, passaram a dominar a economia, como a International Harvester, a Carnegie Steel e a Standard Oil.”

(PURDY, 2007).

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ESTAÇÃO 2: Protecionismo e rivalidades

Na prática

Veja no livro!

Atividade 1

Concomitantemente, novas nações se industrializam e necessitam de mercado. A partir de 1873, já havia uma séria restrição da procura em relação à oferta. [...] O processo de concentração do capital se faz em meio à crise, entre falências e acordos para sustentar os preços, inimagináveis no ideário liberal. Indústrias e bancos sofrem processo semelhante, e a aproximação de ambos gera o ‘capitalismo financeiro’ – o capital bancário financia os grandes empreendimentos industriais, os quais se protegem formando associações monopolistas – cartéis, trustes, holdings... As medidas protecionistas são a forma de defesa contra uma concorrência exacerbada entre as nações industrializadas. A Alemanha, a França (decreto de 1880), os Estados Unidos e, por fim, a própria Grã-Bretanha as adotam. O livre-cambismo é definitivamente enterrado, o que inaugura a era de acirramento dos nacionalismos e das rivalidades internacionais.”

(CHAGASTELLES, 2008).

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Na prática

Os chefões do Senado, litografia de J. Keppler. Revista Puck, jan. 1889.

Acervo Divisão de Impressões e Fotografias da Biblioteca do Congresso, Washington, D.C., EUA.

Reprodução – WIKIMEDIA COMMONS, 2022.

Disponível em: https://encurtador.com.br/zlSI9 Acesso em: 14 ago. 2024.

ESTAÇÃO 2: Protecionismo e rivalidades

Veja no livro!

Atividade 1

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Correção

Na prática

ESTAÇÃO 1: Os textos criticam, em suma, que, embora Taylor e o fordismo se apresentem como métodos científicos de administração do trabalho, na realidade, eles se baseiam mais em práticas empíricas e observacionais, que visam justificar a intensificação do trabalho e a maximização da produtividade sem uma verdadeira fundamentação científica. Essa maximização da produtividade está diretamente associada à prosperidade, por permitir o acúmulo de riquezas, de acordo com a lógica presente na Segunda Revolução Industrial. A fotografia demonstra dois trabalhadores colocando esses métodos em prática, em que cada um exerce uma função específica em uma linha de montagem. A partir dessa divisão, a produção seria otimizada e maximizada.

ESTAÇÃO 2: Os textos abordam como a Segunda Revolução Industrial gerou crises econômicas devido a uma série de fatores interligados. O crescimento da industrialização e a necessidade de novos mercados criaram desequilíbrios entre oferta e demanda. A concentração de capital e o surgimento do capitalismo financeiro, com grandes corporações e bancos dominando o mercado, também contribuíram para instabilidades econômicas. Além disso, o aumento da concorrência internacional levou à adoção de políticas protecionistas por diversos países, criando um ambiente econômico mais nacionalista e competitivo. A litografia mostra, justamente, o domínio que essas grandes corporações exercem sobre as políticas dos Estados, sendo, de fato, os “verdadeiros chefes do Senado”

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O imperialismo e a expansão capitalista

Foco no conteúdo

O desenvolvimento industrial dos países europeus proporcionou novas necessidades:

  • Matérias-primas, como algodão, borracha e minérios;
  • Mercados consumidores que comprariam o excedente de produção;
  • Mão de obra barata para facilitar a obtenção de lucros.

Para atender a essas demandas, os países europeus colonizaram partes da África e da Ásia, em um fenômeno conhecido como imperialismo.

Charge francesa da revista L’Illustration, 1885, na qual o chanceler alemão Otto von Bismarck oferece, aos seus convidados, um bolo fatiado onde se lê “África”.

Reprodução – JACKINTHELIGHT/WIKIMEDIA COMMONS, 2023.

Disponível em: https://encurtador.com.br/D6nnL Acesso em: 21 ago. 2024.

O avanço da industrialização e a formação de grandes monopólios contribuíram diretamente para que um novo ciclo de colonização fosse estabelecido pelas nações europeias, dando origem ao imperialismo. A charge faz referência à Conferência de Berlim, que, apesar de não ter dividido a África entre as potências europeias, criou as condições para que isso acontecesse poucos anos depois.

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5) O imperialismo exercido pelas nações dominantes durante a Segunda Revolução Industrial está �diretamente relacionado à:

expansão das multinacionais e à grande dependência do carvão mineral.

ampliação do mercado consumidor e à necessidade de matérias-primas.

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O imperialismo exercido pelas nações dominantes durante a Segunda Revolução Industrial está diretamente relacionado à:

expansão das multinacionais e à grande dependência do carvão mineral.

ampliação do mercado consumidor e à necessidade de matérias-primas.

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Correção

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Referências

BEZERRA, J. 15 questões sobre a Revolução Industrial (com gabarito). Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/questoes-sobre-revolucao-industrial. Acesso em: 21 ago. 2024.

BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.

CHAGASTELLES, T. M. S. As sociedades africanas e o colonialismo. In: MACEDO, J. R. (Org.). Desvendando a história da África. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008. Disponível em: https://books.scielo.org/id/yf4cf/pdf/macedo-9788538603832-09.pdf. Acesso em: 21 ago. 2024.

FASCINA, A. De Alexandre Graham Bell à Anatel. Pensamento e Realidade, v. 11, 2002. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/pensamentorealidade/article/view/8493/6298. Acesso em: 21 ago. 2024.

HOBSBAWN, E. J. A Era das Revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

HOBSBAWN, E. J. A Era do Capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

IANNONE, R. A. A Revolução Industrial. São Paulo: Moderna, 1997.

LAZZARESCHI, N. Análise social. Curitiba: IESDE, 2007.

LEMOV, D. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023.

MERLO, A. R. C.; LAPIS, N. L. A saúde e os processos de trabalho no capitalismo: reflexões na interface da psicodinâmica do trabalho e a sociologia do trabalho. Psicologia & Sociedade, n. 1, abr. 2007.

PURDY, S. O século americano. In: KARNAL, L. et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007.

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Referências

BEZERRA, J. 15 questões sobre a Revolução Industrial (com gabarito). Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/questoes-sobre-revolucao-industrial. Acesso em: 21 ago. 2024.

BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.

CHAGASTELLES, T. M. S. As sociedades africanas e o colonialismo. In: MACEDO, J. R. (Org.). Desvendando a história da África. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008. Disponível em: https://books.scielo.org/id/yf4cf/pdf/macedo-9788538603832-09.pdf. Acesso em: 21 ago. 2024.

FASCINA, A. De Alexandre Graham Bell à Anatel. Pensamento e Realidade, v. 11, 2002. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/pensamentorealidade/article/view/8493/6298. Acesso em: 21 ago. 2024.

HOBSBAWN, E. J. A Era das Revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

HOBSBAWN, E. J. A Era do Capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

IANNONE, R. A. A Revolução Industrial. São Paulo: Moderna, 1997.

LAZZARESCHI, N. Análise social. Curitiba: IESDE, 2007.

LEMOV, D. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023.

MERLO, A. R. C.; LAPIS, N. L. A saúde e os processos de trabalho no capitalismo: reflexões na interface da psicodinâmica do trabalho e a sociologia do trabalho. Psicologia & Sociedade, n. 1, abr. 2007.

PURDY, S. O século americano. In: KARNAL, L. et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007.

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Referências

BEZERRA, J. 15 questões sobre a Revolução Industrial (com gabarito). Toda Matéria, [s.d.]. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/questoes-sobre-revolucao-industrial. Acesso em: 21 ago. 2024.

BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de política. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1997.

CHAGASTELLES, T. M. S. As sociedades africanas e o colonialismo. In: MACEDO, J. R. (Org.). Desvendando a história da África. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2008. Disponível em: https://books.scielo.org/id/yf4cf/pdf/macedo-9788538603832-09.pdf. Acesso em: 21 ago. 2024.

FASCINA, A. De Alexandre Graham Bell à Anatel. Pensamento e Realidade, v. 11, 2002. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/pensamentorealidade/article/view/8493/6298. Acesso em: 21 ago. 2024.

HOBSBAWN, E. J. A Era das Revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.

HOBSBAWN, E. J. A Era do Capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

IANNONE, R. A. A Revolução Industrial. São Paulo: Moderna, 1997.

LAZZARESCHI, N. Análise social. Curitiba: IESDE, 2007.

LEMOV, D. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023.

MERLO, A. R. C.; LAPIS, N. L. A saúde e os processos de trabalho no capitalismo: reflexões na interface da psicodinâmica do trabalho e a sociologia do trabalho. Psicologia & Sociedade, n. 1, abr. 2007.

PURDY, S. O século americano. In: KARNAL, L. et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007.

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Referências

AS RELAÇÕES DE TRABALHO NA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

No final do século XIX e início do século XX, a indústria fabril estava em ascensão. No entanto, os proprietários dessas indústrias precisavam racionalizar sua linha de produção. Para isso, deveriam controlar com mais afinco o tempo dos operários durante o trabalho, no sentido de otimizar esse tempo, com o qual o trabalhador produziria mais produtos, no mesmo tempo trabalhado. Outra questão que necessitou de mudança foi a redução nos custos da produção, no intuito de aumentar o lucro dos capitalistas.

A partir de então, os proprietários das indústrias passaram a pesquisar novos métodos para aplicar nas linhas de produção, almejando alcançar a racionalização da produção de mercadorias para a obtenção de maiores lucros.

Ainda no século XIX, o engenheiro norte-americano Frederick Taylor (1856-1915) estudou cautelosamente os serviços prestados pelos trabalhadores nas fábricas. A partir desses estudos, Taylor propôs um novo método nas linhas de produção: em vez de um trabalhador desempenhar várias funções na produção de mercadorias, ele implantou a divisão do trabalho, em que cada operário desempenharia uma única e repetitiva tarefa.

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Referências

Com a ascensão do método de divisão de trabalho nas fábricas, desenvolvido por Taylor, que passaria a ser chamado de taylorismo, grandes proprietários de indústrias passaram a implantar esse método em suas fábricas. A fábrica de automóveis de Henry Ford (1863-1947) foi uma das primeiras a executar o taylorismo através das linhas de montagem.

As linhas de montagem da fábrica Ford de automóveis consistia em uma esteira em movimento: vários operários se encontravam distribuídos em diversas partes da esteira. Assim, a produção seria executada com o veículo deslocando-se pela esteira. Em cada parte da produção teria um trabalhador para exercer uma função específica, por exemplo: um determinado trabalhador ficaria somente responsável por montar as rodas do carro. Essas linhas de montagem ficaram conhecidas como modo de produção fordista, que prevaleceu até a década de 1970, aumentando a produção durante o mesmo tempo de trabalho dos operários.

De acordo com Henry Ford, as indústrias economizariam no processo de montagem de suas mercadorias, para conseguir vendê-los a preços menores. Os operários, dentro da lógica de montagem fordista, exerceriam trabalhos cada vez mais mecanizados, não necessitariam de tanta qualificação para desempenhar os serviços nas fábricas, e, consequentemente, teriam seus salários reduzidos em relação a sua menor qualificação

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Referências

ASSISTA AO VÍDEO ABAIXO:

https://www.youtube.com/watch?v=Knm9GPIuewQ

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6) O que é o capitalismo e qual o seu objetivo?

7) No final do século XIX e início do século XX, quais foram as ações dos capitalistas para aumentar o seus lucros?

8) Qual foi o método utilizado pelos proprietários das indústrias para melhor controlar o tempo de trabalho dos operários e para reduzir os custos da produção?

9) Por que os operários passaram a ter seus salários reduzidos dentro do novo modelo de linha de produção?

10) Em sua opinião quais as consequências sociais e demográficas dos novos modelos de produção industrial na Europa?

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Aula 2

Ensino

Médio

História

A sociedade do trabalho: transformações técnicas e sociais

Série

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Referências

"O trabalhador na Revolução Industrial

A Revolução Industrial também gerou grandes transformações no modo de produção de mercadorias. Antes do surgimento da indústria, a produção acontecia pelo modo de produção manufatureiro, isto é, um modo de produção manual que utilizava a capacidade artesanal daquele que produzia. Assim, a manufatura foi substituída pela maquinofatura.

Com a maquinofatura, não era mais necessária a utilização de vários trabalhadores especializados para produzir uma mercadoria, pois uma pessoa manuseando as máquinas conseguiria fazer todo o processo sozinha. Com isso, o salário do trabalhador despencou, uma vez que não eram mais necessários funcionários com habilidades manuais.

Isso é evidenciado pela estatística trazida por Eric Hobsbawm que mostra como o salário do trabalhador inglês caiu com o surgimento da indústria. O exemplo levantado foi Bolton, cidade no oeste da Inglaterra. Lá, em 1795, um artesão ganhava 33 xelins, mas em 1815, o valor pago havia caído para 14 xelins, e entre 1829 e 1834, esse salário havia despencado para quase seis xelins.|2| Percebemos aqui uma queda brusca no salário, e esse se processo deu em toda a Inglaterra.

Além do baixo salário, os trabalhadores eram obrigados a lidar com uma carga de trabalho extenuante. Nas indústrias inglesas do período da Revolução Industrial, a jornada diária de trabalho costumava ser de até 16 horas com apenas 30 minutos de pausa para o almoço. Os trabalhadores que não aguentassem a jornada eram sumariamente substituídos por outros"

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Referências

"Não havia nenhum tipo de segurança para os trabalhadores, e constantemente acidentes aconteciam. O acidente mais comum era quando os trabalhadores tinham seus dedos presos nas máquinas, e muitos os perdiam. Os trabalhadores que se afastavam por problemas de saúde poderiam ser demitidos e não receberiam seu salário. Só eram pagos os funcionários que trabalhavam efetivamente.

Essa situação degradante fez com que os trabalhadores se mobilizassem pouco a pouco contra seus patrões. Isso levou à criação das organizações de trabalhadores (mais conhecidas no Brasil como sindicatos), chamadas na Inglaterra de trade unions. Os trabalhadores exigiam melhorias salariais e redução na jornada de trabalho."

"Cartismo e ludismo

Dois grandes movimentos de trabalhadores que surgiram dessas organizações foram o ludismo e o cartismo.

O ludismo teve atuação destacada no período entre 1811 e 1816, e sua estratégia consistia em invadir as fábricas e destruir as máquinas. Isso acontecia porque os adeptos do ludismo afirmavam que as máquinas estavam roubando os empregos dos homens e, portanto, deveriam ser destruídas.

O movimento cartista, por sua vez, surgiu na década de 1830 e lutava por direitos trabalhistas e políticos para a classe de trabalhadores da Inglaterra. Uma das principais exigências dos cartistas era o sufrágio universal masculino, isto é, o direito de que todos os homens pudessem votar. Os cartistas também exigiam que sua classe tivesse representatividade no Parlamento inglês."

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Referências

"A mobilização de trabalhadores resultou em algumas melhorias ao longo do século XIX. A pressão exercida pelos trabalhadores dava-se, principalmente, por meio de greve. Uma das melhorias mais sensíveis conquistadas pelos trabalhadores foi a redução da jornada de trabalho para dez horas diárias.

A mobilização de trabalhadores enquanto classe, ou seja, pobres (proletários), não foi um fenômeno que surgiu especificamente por causa da Revolução Industrial. Nas palavras de Eric Hobsbawm, o enfrentamento dos patrões pelos trabalhadores aconteceu porque a Revolução Francesa deu-lhes confiança para isso, enquanto “a Revolução Industrial trouxe a necessidade de mobilização permanente”.

11) O que levou à queda do salário dos trabalhadores após o surgimento da indústria?

12) Quais as condições de trabalho enfrentadas pelos operários?

13) Quais as consequências das condições degradantes dos operários?

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Referências

13) Assinale apenas as alternativas corretas abaixo

( ) O movimento ludista defendia a eficiência das máquinas industriais.

( ) O movimento cartista defendia que todos os homens pudessem votar.

( ) Os movimentos dos trabalhadores levou a algumas melhorias nas condições de trabalho, como a redução na jornada de trabalho

( ) As revoluções industriais levaram ao surgimento da classe do proletariado.

( ) A pressão dos trabalhadores dava-se principalmente por meio de greves.

( ) As péssimas condições de trabalho dos operário levou à organização de trabalhadores.

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