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Introdução ao Estudo da

Língua Portuguesa I

Profa. Dra. Vanessa Martins do Monte

Prof. Dr. Phablo Roberto Marchis Fachin

Aula 3 - 29/02/2016

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Aula 3 - 29/02/2015

  • Avisos:
    • Inscrição de temas do Seminário: Moodle
    • Visita Guiada à Biblioteca - Semana de 29/02 a 04/03:
      • Apresentação: DEDALUS, Portal de Busca Integrada, Serviços e Produtos da Biblioteca
      • Em três horários (10h, 13h, 18h), com duração de 1 hora.
      • Local: Saleta da Biblioteca.
      • Inscrições: http://goo.gl/forms/c6F9NXIRaC
    • Convite: Grupo de Filologia e Texto Escolar
      • Reunião: Dia 08/03, das 17h30 às 19h30, na sala 120, do bloco B, da Faculdade de Educação.
  • Tema da aula: Romanização - Latim vulgar, substrato, superstrato e adstrato.

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A história da língua portuguesa

  • Pré-história do português = latim vulgar
  • Mudanças estruturais do LV (história interna)
  • Diferenciação em várias línguas românicas
  • Causas: fatores histórico-sociais e contato com outras línguas (história externa)
  • Ângulo noroeste da Península Ibérica = área inicial do galego-português

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Formação do novo sistema linguístico

língua particular no NO da Península com determinadas características e não outras

línguas celtas (anterior aos romanos)

latim vulgar

línguas não-latinas de vários povos (séc. V - X)

fatos históricos, geográficos, culturais

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Linguística Românica

Como se deu a diferenciação do latim nas várias línguas românicas?

  • História interna do latim: estrutura gramatical e lexical que evoluiu e conduziu à diferenciação em sistemas separados regionalmente;
  • História externa: contribuição dada por fatores extralinguísticos (fatores de diferenciação).

Romanização = “processo de instalação da civilização romana (e da língua) nas regiões sucessivamente conquistadas e pacificadas por Roma” (CASTRO, 1991, p. 68).

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Substrato e Superstrato

  • Substrato ≅ línguas pré-romanas
    • “Nome que se dá à língua de um povo, abandonada em proveito de outra língua que a ela se impõe, geralmente como consequência de uma conquista política.” (CÂMARA Jr., 1975)
    • “Língua que, dentro de uma determinada área geográfica, e após uma fase de diglossia, é assimilada pela língua de um povo invasor, na qual deixa, no entanto, algumas marcas. A influência da língua de substrato sobre a língua de estrato traduz-se geralmente em evoluções de natureza fonética e em empréstimos lexicais.” (XAVIER; MATEUS, 1992. Disponível em: http://goo.gl/HqLjt8)
  • Superstrato ≅ línguas posteriores à romanização
    • “Nome que se dá à língua de um povo conquistador, que a abandona para adotar a língua do povo vencido.” (CÂMARA Jr., 1975)
    • “Língua de um povo invasor que, numa determinada área geográfica, e após uma fase de diglossia, é assimilada pela língua ou línguas pré-existentes, deixando nela(s) alguns traços.” (XAVIER; MATEUS, 1992. Disponível em: http://goo.gl/ZcnFka)

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Fatores de Diferenciação

  • Cronologia da romanização
  • Tipo de romanizador
  • Modo de romanização
  • Substrato
  • Superstrato

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România

Latium (província onde surgiu Roma) => latinus (latina lingua)

Romani = todos os habitantes do Império que falavam latim => Romania (império na totalidade)

Roma => romanus => romane (latine)

Romania => romanicus => romanice

Romanice: de modo semelhante, mas não igual, aos romanos

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Área ibero-românica

Ocidental: Galego (Galiza) e Português

Central: Idade Média => 3 línguas (asturiano-leonês, castelhano e navarro-aragonês) => Reconquista: castelhano como variedade dominante (politica e geograficamente reforçado) / outras línguas - dialetos

Oriental: catalão

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Línguas latinas

  • Sardo
  • Romeno
    • Moldavo
  • Mapa
  • português
  • galego
  • castelhano (espanhol)
  • catalão
  • francês
  • italiano

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CASTRO, 1991, p. 78

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Latim vulgar e Estrato

  • Latim vulgar: oposto a latim escrito e não ao latim literário ou clássico (v. Castro, 1991, p. 88)
  • Latim vulgar = “a língua falada pelas camadas pouco influenciadas ou não influenciadas pelo ensino escolar e pelos modelos literários” (Herman, 1975 apud Castro, 1991, p. 88)
  • Habitantes do norte da Península Ibérica: transmissão oral do latim, sem influência da cultura escrita e da ação escolar, muito distantes do latim literário.

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Estrato

  • “Designa-se por estrato a língua que sobrevive ao contacto quer com uma língua de substrato quer com uma língua de superstrato. Desse contacto resulta a progressiva assimilação das línguas de substrato ou superstrato as quais deixam algumas marcas na língua de estrato.” (XAVIER; MATEUS, 1992. Disponível em: http://goo.gl/wsUKbg)�

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Influência do Substrato

  • Exemplo em Castro, 1991 (p. 107-8)

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Alterações estruturais do latim vulgar

  • mudanças fonético-fonológicas => alterações morfo-sintáticas
    • queda de m final - desintegração do sistema de casos
    • redução das 10 vogais a 7 - maior rigidez na ordem das palavras (SVO)

- uso de preposições

- desaparecimento do gênero neutro*

* Estruturação psicológica da realidade nas línguas indo-europeias - tendência de espiritualizar o mundo (CASTRO, 1991, p. 123)

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História Externa

  • Latim vulgar não era uma língua homogênea (premissa fundamental)
  • Fatores de ordem histórica: romanização;
  • Fatores de ordem linguística não-latina: línguas pré-romanas (línguas de substrato) e línguas transportadas para território romanizado (línguas de superstrato)

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Fatores históricos e linguísticos

  • Noroeste da Península: conquista demorada e difícil (200 anos)

Posição periférica e de difícil acesso em relação à Urbe

Romanização muito intensa no sul

Distância linguística entre o latim e as línguas pré-romanas (línguas de substrato)

latim hispânico conservador

- pronome relativo arcaico CUIUS (port. cujo e cast. cuyo)

- FARTUS > port. farto e cast. harto

- PERNA > port. perna e cast. pierna

- FABULARI > port. falar, gal. falar e cast. hablar

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As línguas de substrato

  • Implantação tardia do latim
  • Línguas pré-romanas sobreviveram mais tempo, quase até o início da desagregação do império
    • Contraponto: sul da Península (romanização rápida e completa - séc. I d.C. língua esquecida)
  • Latim não teve tempo de se sedimentar
  • Línguas de substrato: exerceram fortes pressões inovadoras

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A questão geográfica

Nível lexical:

  • Centro: formas mais modernas
  • Zonas periféricas: conservadoras
  • Regiões ao longo de caminhos de viajantes: maior atualização linguística
  • Ilhas / Terrenos de difícil acesso: arcaísmos (ex. Sardenha)

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A questão cultural

  • Cristianismo em plena expansão no ocidente
  • Orientação linguística: defesa de um uso popular e pouco apurado do latim

“Mais vale que nos repreendam os gramáticos que nos não entenda o povo”

Santo Agostinho (354 d.C. - 430 d.C.)

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Substrato

“Quando uma comunidade linguística aprende outra língua e esta se modifica por influência da língua primeira, a nativa, fala-se de influência de substrato.”

CASTRO, 1991, p. 133

Quando os galécios aprenderam o latim e este se modificou por influência das línguas nativas de origem celta, fala-se de influência de substrato.

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Como pesquisar a influência do substrato?

  • Fontes: inscrições epigráficas, topônimos/antropônimos de origem não-latina, notícias históricas, línguas atuais não românicas (basco, berbere e celta, p. ex.)
  • Escasso conhecimento (sistemas particulares de escrita difíceis de decifrar)
  • Hipótese da influência de substrato: quando a região de incidência de um determinado fenômeno linguístico coincide com uma área semelhante à que era ocupada por uma comunidade linguística pré-romana. Determinar a área inicial do fenômeno é importante para verificar se coincide com o território do povo da língua de substrato.

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Exemplo de ação do substrato

  • Fenômeno Linguístico: perda do /f/ inicial latino em castelhano (CASTRO, 1991, p. 134-5)
    • FARINA > harina
    • FILHO > hijo
  • Descrição do fenômeno:
    • Registrado em quase todas as palavras iniciadas por f
    • Raro: atestado em uma única língua
  • Hipótese:
    • Influência do substrato ibérico:

área ocupada pelos ibéricos corresponde à região catalã, em cuja língua se conserva o /f/ latino.

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Substrato Basco

  • Nova hipótese:
    • ação do substrato basco
    • Basco atual: ausência de fricativas labiodentais /f/ e /v/
    • Empréstimos do latim ao basco: /f/ passa a /b/, /p/, /h/ ou /⊘/
    • Mais ao sul: /f/ passa a /ph/, mais tarde perde a oclusividade e passa à aspirada /h/
    • Processo de mudança linguística:
      • /f/ > /ph/ > /h/ > /⊘/
  • Séc. IX: documentação do fenômeno nos territórios bascos
  • A partir do séc. XIII: expansão para o sul, leste e oeste
  • Na escrita conserva-se até 1492

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Substratos da Península Ibérica

Substratos pré-indo-europeus

  • Norte: proto-basco
    • betacismo (b por v): /β/
    • léxico: esquerdo, cama.
  • Sul: tartéssios, iberos e fenícios
    • Collipo, chaparro, carrasca, barca.
  • Mediterrânicos (sub-substrato):
    • camurça, arroio e carvalho.

Substratos indo-europeus (1000/800 a.C.)

  • Principal influência: celtas (sécs. X - VI a.C.)
  • Substrato celta: designa várias ondas de povoação (com línguas distintas em alguns casos)
  • Textos clássicos: celtici (relacionados com os celtas)
  • Léxico: bico, cabana, caminho, camisa, carro, cerveja, gato, gordo, lança, légua, peça e touca, menir, dólmen, druida e bardo.

“Condições ótimas para imprimir sua marca num LV tardiamente chegado à região.”

(CASTRO, 1991, p. 145)

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Superstrato na Península Ibérica

  • Germânico: língua dos visigodos e suevos (influência onomástica)
  • Pesquisas: confronto fonético, já que as línguas germânicas estão vivas; bíblia gótica (séc. IV); dialeto ostrogodo falado até o séc. XVI na Crimeia.
  • Influência muito reduzida nos romances peninsulares.
    • Suevos: broa, britar.
    • Visigodos: escanção < SKANKJA, espia < SPAIHA, roupa < RAUPA, FAT < fato, luva < LOFA, espeto < SPITUS, roca < RUKKA, ganso < GANS etc.
  • Grande influência dos germanismos no LV:
    • germ. SAIPO > lat. SAPONE > port. sabão, cast. jabón, fr. savon, it. sapone

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Adstrato

  • “Existe entre duas línguas uma relação de adstrato quando, coexistindo num mesmo espaço geográfico ou em espaços contíguos, se influenciam mutuamente mas de forma superficial, pelo que nenhuma delas é assimilada pela outra.” (XAVIER; MATEUS, 1992. Disponível em: http://goo.gl/CvlYIk)
  • “Toda língua que vigora ao lado de outra (bilinguismo), num território dado, e que nela interfere como manancial permanente de empréstimos.” (CÂMARA Jr., 1975)

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O adstrato árabe

  • Chegada dos árabes na Península Ibérica: 711 d.C.
    • moçárabe: “diz-se de ou cristão hispânico que vivia nas terras conquistadas pelos muçulmanos no sul da península Ibérica e que sofreu a influência da cultura destes.” (HOUAISS, 2009)
    • Empréstimos: açúcar, alpargata (alpercata), alarde, alarido, alcunha, algazarra, álgebra, azulejo, alvará, almofada, alcatéia, azeviche, azar, cáfila, javali, cifra e zero.

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Os adstratos do Português do Brasil

  • Empréstimos do tronco Tupi (cerca de 10.000 empréstimos):
    • Pessoas: caipira, caipora, cacique, pajé, morubixaba, curumim, cunhã.
    • Comidas: pururuca, puba, pipoca, maracujá, aipim.
    • Animais, figuras míticas: graúna, colibri, arara, acauã, sabiá, irara, sagui, pium, jaguar, jacaré, uru, urutau, urutu, tatu, jararaca, muçurana, paca, içá, boitatá, taturana, saracura.
    • Vegetais: imbira, urucu, tapioca, taquara, araçá, jenipapo, mandioca, mandi, pitanga, goiaba, taioba.
    • Moradias: tapera, tipiti, oca, girau.
    • Topônimos e Antropônimos: Iracema, Guaraciaba, Moema, Paraguaçu, Jaçanã, Maracanã, Guanabara, Canindé, Itu, Araraquara, Jaú, Butantã.
    • Hélio Ziskind - Tu Tu Tu Tupi: https://www.youtube.com/watch?v=kSV1ZSyb5ew

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Os adstratos do Português do Brasil

  • Empréstimos das línguas banto:
    • caçula, fubá, angu, jiló, carinho, bunda, quiabo, dendê, dengo, samba, etc.

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Leituras para a aula de 02/03:

CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. História e estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Prolivro, 1975. p. 9-27. (língua e mudança)��TEYSSIER, Paul. História da língua portuguesa. Lisboa: Sá da Costa, 1994. p. 6-19 (romanização aos primeiros textos em português)

Para saber mais:

DELPo - Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa

http://www.nehilp.org/~nehilp/index.php

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