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Max Weber

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A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo

Protestantismo e capitalismo: o protestantismo, especialmente o calvinismo, teve um papel fundamental no desenvolvimento do capitalismo moderno.

Espírito do capitalismo: a ética protestante incentivou o trabalho duro, a poupança e o investimento, o que criou as condições para o crescimento do capitalismo. Importância da disciplina, da honestidade e da responsabilidade individual. Essas características ajudaram a criar uma cultura empresarial que valorizava a eficiência e a produtividade.

Ascetismo mundano: busca pela salvação através do trabalho árduo e da disciplina.

Burocracia: Weber também discute a natureza e as características da burocracia moderna, enfatizando sua racionalidade e impessoalidade.

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Economia e Sociedade

Tipos ideais: o construções mentais que representam as características mais importantes de um determinado fenômeno. Esses tipos ideais são criados para ajudar a entender a realidade social e econômica, mas não devem ser confundidos com a realidade em si.

Ação social: a ação social é orientada por motivos, valores e propósitos. Ele enfatiza a importância da compreensão da perspectiva do agente para entender o comportamento social.

Dominação: é exercida por meio de diferentes tipos de autoridade, incluindo a autoridade tradicional, a autoridade carismática e a autoridade legal-racional.

Características da burocracia moderna:racionalidade e impessoalidade.

Religião: a religião pode ser uma força poderosa na moldagem da sociedade e da economia.

Classes sociais: enfatiza a importância das dimensões econômicas, políticas e culturais da desigualdade.

Teoria da ação social: enfatiza a importância dos motivos, valores e propósitos que orientam a ação dos indivíduos.

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Os tipos ideais

  • São modelos simplificados da realidade social que ajudam a entender a complexidade da sociedade.
  • Não são realidades empíricas que podem ser encontradas na sociedade. Eles são abstrações criadas para fins analíticos.
  • São padrões ideais-típicos que ajudam a entender as características essenciais de um fenômeno social. Eles são criados a partir de uma seleção de elementos comuns observados na realidade.
  • Podem ser usados para comparar diferentes sociedades, instituições e comportamentos sociais, bem como para identificar semelhanças e diferenças entre eles.
  • Ajudam a explicar o comportamento humano e a entender a lógica subjacente às ações dos indivíduos e grupos.
  • São uma ferramenta útil para orientar a pesquisa sociológica e ajudar a estabelecer hipóteses sobre fenômenos sociais.

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Tipos de ação social

Ação Social Tradicional: A ação social tradicional é motivada por costumes, tradições e hábitos transmitidos ao longo do tempo. As pessoas se envolvem em ações sociais tradicionais porque acreditam que é a forma correta ou adequada de agir, de acordo com normas e valores culturais estabelecidos.

Ação Social Afetiva: A ação social afetiva é motivada por emoções, sentimentos e afetos individuais. As pessoas agem com base em suas emoções pessoais, como amor, raiva, paixão, alegria ou tristeza, sem necessariamente considerar regras ou normas sociais.

Ação Social Valorativa/Racional: A ação social valorativa ou racional é orientada por valores e crenças pessoais. As pessoas agem de acordo com seus princípios morais, éticos ou religiosos, seguindo o que consideram correto ou justo, independentemente de tradições ou emoções pessoais.

Ação Social Instrumental/Racional: A ação social instrumental ou racional é orientada por objetivos e interesses específicos. As pessoas agem de maneira calculada, considerando os meios mais eficientes para alcançar fins desejados. Essa ação é pautada pela análise racional dos custos e benefícios.

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Weber x Durkeim

Método: Durkheim defendia o uso de métodos estatísticos e quantitativos para estudar a sociedade, enquanto Weber enfatizava a importância de métodos qualitativos, como a observação e a análise de casos individuais.

Fato social: Durkheim acreditava que a sociedade era um fenômeno objetivo e independente da vontade individual, ou seja, os "fatos sociais" existem independentemente das pessoas que os criaram. Por outro lado, Weber argumentava que as ações individuais eram a base da sociedade e que a análise das intenções individuais era fundamental para entender a ação social.

Religião: A visão de Durkheim sobre religião era que ela era uma instituição social que ajudava a criar coesão e solidariedade na sociedade. Por outro lado, Weber argumentava que a religião tinha um papel mais complexo na sociedade e que a ética religiosa poderia ter um impacto significativo nas atitudes e comportamentos econômicos.

Individualismo: Weber valorizava o papel do indivíduo na sociedade, enfatizando a importância da ação individual e da escolha racional. Já Durkheim argumentava que o indivíduo era moldado pela sociedade e que a identidade individual era inseparável da identidade coletiva.

Tipos ideais: Weber desenvolveu o conceito de "tipos ideais", que são modelos simplificados de comportamento humano que ajudam a entender a complexidade da sociedade. Durkheim, por outro lado, não usou esse conceito em sua teoria.

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Weber x Marx

Método: Marx usava principalmente uma abordagem histórico-materialista, em que a análise do desenvolvimento econômico era fundamental. Ele acreditava que a luta de classes era a força motriz da história e da mudança social. Por outro lado, Weber usava principalmente uma abordagem compreensiva, em que a análise das ações individuais e das motivações subjetivas era fundamental.

Visão da sociedade: Marx argumentava que a sociedade era dividida em classes, com os proprietários dos meios de produção (capitalistas) explorando os trabalhadores assalariados. Por outro lado, Weber via a sociedade como mais complexa, com muitas dimensões diferentes de poder e status.

Papel da religião: Para Marx, a religião era uma instituição criada pela classe dominante para controlar a classe trabalhadora. Para Weber, a religião poderia ter um papel positivo ou negativo na sociedade, dependendo de sua influência na ética e na moralidade.

Tipos ideais: Marx não usou esse conceito em sua teoria.

Mudança social: Marx via a mudança social como resultante da luta de classes e da revolução proletária. Para Weber, a mudança social poderia ocorrer de várias maneiras, incluindo a ação política, a mudança cultural e a mudança tecnológica.

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Sociologia da Imprensa: um programa de pesquisa, 1910

Weber defende a necessidade de um estudo sistemático da imprensa como uma instituição social que exerce grande influência na formação da opinião pública.

Ele propõe uma abordagem sociológica para estudar a imprensa, levando em conta as estruturas sociais, as relações de poder e os valores culturais que influenciam a mídia.

O programa de pesquisa inclui análise dos conteúdos dos jornais, investigação das fontes de financiamento e dos interesses envolvidos na produção de notícias, estudo da relação entre jornalistas e fontes de informação, análise do papel dos editores na seleção e edição de notícias, e investigação da competição entre os meios de comunicação.

Weber destaca a importância do estudo sociológico da imprensa para compreender a sociedade moderna e desenvolver uma imprensa mais responsável e comprometida com a busca da verdade e objetividade.

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Newsmaking

  • A teoria do Newsmaking, também conhecida como Teoria da Construção da Notícia, se concentra no processo de produção e disseminação das notícias.
  • Gaye Tuchman: A socióloga Gaye Tuchman contribuiu para a teoria do Newsmaking ao examinar como as rotinas e práticas dos jornalistas influenciam a construção das notícias. Ela destacou a importância dos "esquemas interpretativos" e dos "princípios de noticiabilidade" que moldam a seleção e a apresentação das notícias.
  • Herbert Gans: Gans argumentou que os jornalistas têm uma série de "valores-notícia" que influenciam suas decisões sobre quais histórias cobrir e como apresentá-las. Ele também discutiu a influência dos fatores organizacionais e econômicos na construção das notícias.
  • Shoemaker e Reese: Esses pesquisadores desenvolveram o modelo de "espiral do silêncio", que sugere que as notícias dominantes têm mais probabilidade de serem divulgadas, enquanto perspectivas minoritárias podem ser suprimidas ou silenciadas.
  • Construção social da realidade: a realidade é construída socialmente, e a mídia desempenha um papel fundamental nesse processo. As notícias são selecionadas, moldadas e interpretadas de acordo com as perspectivas e valores dos jornalistas, editores e proprietários de mídia.
  • Gatekeeping: o papel dos gatekeepers, ou seja, os indivíduos ou instituições que controlam o acesso à mídia e decidem quais histórias serão divulgadas. Os gatekeepers exercem poder ao determinar quais eventos são considerados notícias e quais são ignorados.
  • Viés e seletividade: os jornalistas têm suas próprias perspectivas, valores e interesses, o que pode levar a viés e seletividade na escolha e na apresentação das notícias. A seleção de fontes, a ênfase em determinados aspectos de uma história e a omissão de outras podem refletir esses viés e seletividade.
  • Relações de poder e influência: as organizações de mídia estão inseridas em relações de poder e influência com outras instituições, como governos, empresas e grupos de interesse. Essas relações podem afetar a forma como as notícias são moldadas e apresentadas, influenciando a agenda midiática e a construção da realidade.

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Agenda Setting

  • A teoria do Agenda Setting se concentra na influência da mídia na definição da agenda pública, ou seja, naquilo que o público considera como importantes problemas e temas de discussão.
  • Agenda mediática: a mídia tem o poder de determinar quais questões e tópicos são destacados e discutidos na sociedade. A seleção e a ênfase dada às notícias pela mídia influenciam a importância e a saliência dessas questões para o público.
  • Agenda pública: A mídia não apenas reflete a realidade, mas também molda a percepção do público sobre o que é importante. A agenda mediática tem o poder de influenciar a agenda pública, ou seja, os temas que o público considera relevantes e dignos de discussão.
  • Poder da mídia: o poder da mídia de influenciar a opinião pública e a formação de políticas. Ao selecionar, enfatizar e repetir certos temas, a mídia pode direcionar a atenção do público e influenciar suas opiniões e comportamentos.
  • Gatekeeping: o papel dos gatekeepers, ou seja, os jornalistas e editores responsáveis por selecionar e dar destaque às notícias. Esses gatekeepers têm o poder de decidir quais histórias são divulgadas e quais são ignoradas, influenciando assim a agenda mediática e a agenda pública.
  • Acumulação de saliência: A repetição e a ênfase dada a determinados temas pela mídia ao longo do tempo aumentam sua saliência na mente do público. Quanto mais um tema é abordado e discutido pela mídia, maior a probabilidade de ser considerado importante pelo público.
  • A interação entre a agenda mediática e a agenda pública. A mídia pode influenciar a agenda pública ao direcionar a atenção do público para certos temas, mas também está sujeita a pressões e demandas do público, resultando em uma relação dinâmica entre essas duas agendas.
  • Mídia como filtro da realidade: a mídia não apenas reflete a realidade, mas também a interpreta e a molda. Ao selecionar, enfatizar e apresentar certas histórias, a mídia influencia a percepção e a compreensão da realidade pelo público.