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��POETAS DA ESCOLA

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O poeta se aproxima da criança,

que vê o mundo com olhos virgens e que,

por quase nada saber, está aberta ao mistério das coisas. Para a criança – como para o poeta –

viver é uma incessante descoberta da vida.

Ferreira Gullar

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"A poesia é a música da alma, e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais ."

(Voltaire)

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PAUTA

  • Levantamento dos conhecimentos prévios:

considerações acerca do gênero poema.

  • Vídeo: Canção/Poema “Metade”.
  • Leitura silenciosa do texto “Ofício de poeta”.
  • Dinâmica 1: poema “Poesia em família”.
  • Dinâmica 2: poema “Escada poética”.
  • Exposição: Caderno “Poetas da escola”.

*Oficinas a serem desenvolvidas pelo professor.

  • Análise e avaliação: poema “Lugar onde vivo”.
  • Socialização das notas atribuídas.
  • Avaliação do encontro.
  • Encerramento: poema “Fica o dito por não dito” – Ferreira Gullar

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Nosso ponto de partida...

  • A que remete a palavra poema, considerando o texto (gênero) em si, tecnicamente dizendo?

Metade – Oswaldo Montenegro

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Analisando o texto declamado

CANÇÃO

METADE

de

Oswaldo Montenegro

Podemos afirmar que a canção

ouvida é um poema?

Por quê?

Que características apontadas

por nós podem ser evidenciadas

na canção que acabamos

de ouvir?

Que metades formam

um “par perfeito”?

De que nos lembramos?

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DINÂMICA 1

Você receberá um poema para ser lido. Terá alguns minutos para conhecê-lo e ensaiar a leitura; logo em seguida, fará parte da “atividade coletiva” do poema “Poesia em família”. Fique atento(a) à ordem dos textos inclusos no referido poema, pois, quando chegar a sua vez, é só soltar a voz e fazer ecoar a mensagem transmitida por ele. Vale a pena deixar a emoção falar por você!

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��Poesia em família�A mamãe Poema decidiu�realizar uma reunião para os amigos�a fim de celebrar a poesia da vida�advinda do nascimento de mais um herdeiro que, [ainda no ventre,�ouvia canções infantis.�CASINHA TORTA – Maria Mazzetti� �Missão, vocação, o que dizer a respeito dessa sublime doação?�POEMA ENJOADINHO – Vinicius de Moraes �Bem sabia mamãe Poema, pois concordava com o poeta Vinicius,�em quase todos os versos.�

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Seu filho do meio, o Rima Júnior,�Adorava exercer o ofício da Arte, �e muitas foram as traquinagens de sua infância.�Um dia, em um almoço de domingo, disse a todos os convidados:�OBRAR – Manoel de Barros ��A sincera fala de Rima Júnior�fez sua mãe lembrar das pessoas desprezadas�que vivem à margem da sociedade, �em meio a Obras Desprezíveis; entretanto, Únicas para alguns.�O BICHO – Manuel Bandeira�

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Sem lenço, sem documento,�A vida é acolhida em um pseudoteto�da precariedade humana:�vale cantar a imaginação.�A CASA – Vinicius de Moraes� �Encurralados, esses “bichos”, marginalizados,�não apreciam o belo�POEMA DO BECO – Manuel Bandeira�

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A filha da mamãe Poema, para mudar o rumo da prosa,�considerou que feliz nesta vida é a bunda�BUNDA, QUE ENGRAÇADA – Carlos [Drummond de Andrade� �Conversa vai, conversa vem, �e as “reflexões indiretas” continuaram...�Titia Poema adorava uma fofoca!�Comentou sobre a vida de João�QUADRILHA – Carlos Drummond de Andrade

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Mas para suavizar a fofoca�A senhora Ritmo soou:�MEMÓRIA – Carlos Drummond de Andrade � �José, cabisbaixo, ouvia com atenção, mas papai Poema, �ao perceber a presença de seu desafeto,�vira-se para ele e, vorazmente, deixa-o ainda mais para baixo:�JOSÉ – Carlos Drummond de Andrade�

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Depois de tudo que ouviu,�José ecoou:�RETRATO – Cecília Meireles �Mas, felizmente, o patriarca da família,�[o vovô Sinestesia, advertiu papai Poema, �consolando o senhor José: �“O que é isso, meu amigo! Espelho é ilusão! O sangue que [pulsa no corpo não é refletido no espelho”.�“Concordo com você.” Afirmou uma grande amiga da família [Poema, a senhorita Metáfora.�“Que tal falarmos do tempo da escola? Quando o ano [iniciava, eu me sentia tão importante. Havia um amigo [especial...” Ressaltou o vovô.�O CADERNO – Toquinho

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����

Nele eu podia registrar muito do conhecimento [adquirido.

Todo aprendizado era bom,

no entanto suas folhas choraram, quando nele a [Guerra foi registrada:

ROSA DE HIROXIMAROSA DE HIROXIMA – Vinicius de Moraes

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Quem ousa dizer que poesia não chora?�Lágrimas poéticas do caos.�O sangue derramado evocou o silêncio.�Contudo, hoje, apesar da alma ferida�o sorriso estampa o olhar da esperança.�A vida é mesmo assim...�Contradições...�Vida renovada em cada amanhecer�RECOMEÇAR – Paulo Roberto Gaefke

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��Porque a vida�TEM TUDO A VER – Elias José �Tem a ver com os versos�que exprimem o lado paradoxal de viver:�NOVO TEMPO – Ivan Lins� � (Iara Gomes Nascimento)�

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DINÂMICA 2

Sua missão, agora, é “ilustrar” os versos do poema “Escada poética”, indicados para você. Para isso, há a sua disposição alguns materiais, tais como:

lápis e papéis coloridos;

cola;

revistas;

tesouras;

canetinhas hidrocores;

e claro, a sua criatividade.

Mãos à obra!

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DE UMA ESCADA DIVERTIDA.� TECE DEGRAUS POÉTICOS� A CAMINHO, NA SUBIDA, � E CAMINHA ALTIVA, ESSA TAL POESIA,� A POESIA NÃO SE CANSA.� ORA ESPIRRANDO, ORA SORRINDO,� ORA AQUI, ORA ALI,� ORA BRINCANDO, ORA DORMINDO,� ENCHE A VIDA DE ESPERANÇA! � PULA E CANTA � SOBE E DESCE� POESIA NÃO ENCONTRA BARREIRAS� – VAI CAIR, MOLEQUE!� SUSCITAM LEMBRANÇAS:� NO PARQUE AS CRIANÇAS� VOOS RASANTES DA IMAGINAÇÃO.� A CADA DEGRAU UMA DIVERSÃO� ASAS PARA QUÊ?� ASAS PARA AS PALAVRAS?� E SE EU CRIASSE � E OS DEGRAUS FICAM DISTANTES.� MAS A POESIA TEM SEDE DE SURGIR� EXISTEM DEGRAUS ALÉM DO HORIZONTE�EXISTE UM DEGRAU. �ALÉM DO HORIZONTE�� ESCADA POÉTICA

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA

POETAS DA ESCOLA

CADERNO

DO PROFESSOR

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Oficina 1 – Memórias de versos e mural de poemas�

Objetivos

  • Resgatar e valorizar a cultura da comunidade.
  • Avaliar e ampliar o repertório de poemas conhecidos pelos alunos.
  • Reconhecer os poemas em suas diversas formas.

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1ª etapa

  • Levantar conhecimentos prévios dos alunos a respeito do gênero poema.
  • Ler vários poemas a fim de ampliar o repertório dos alunos.
  • Observar características comuns nos poemas lidos.

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2ª etapa

  • Coletar poemas, na comunidade.
  • Convidar poetas para declamar suas obras.
  • Construir um mural atrativo.
  • Expor os poemas coletados e lidos, no referido mural.

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Oficina 2 – O que faz um poema

Objetivo

  • Conhecer e sistematizar informações sobre as características de um poema: versos, estrofes, ritmos, rima, repetição.

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1ª etapa

  • Explorar os poemas do mural, visando à análise das características próprias do gênero textual em estudo.

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2ª etapa

  • Analisar o poema “Tem tudo a ver”, de Elias José.
  • Identificar versos, estrofes, repetições, temas.
  • Construir um cartaz sobre as características do referido poema.

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Oficina 3 – Primeiro ensaio

Objetivos

  • Apresentar a situação de produção.
  • Escrever um primeiro poema para avaliar os conhecimentos dos alunos.

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  • Expor para o aluno a situação de produção.
  • Solicitar que o aluno escreva seu primeiro poema.
  • Arquivar esse primeiro texto para que, ao final do processo, possa ser comparado à produção final.

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Oficina 4 – Dizer poemas

Objetivos

  • Conhecer alguns poetas e poemas consagrados da literatura brasileira.
  • Descobrir a importância de ouvir e dizer poemas.

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1ª etapa

  • Selecionar os poemas favoritos da turma.
  • Ouvir a leitura do poema “O buraco do tatu” e, em seguida, relatar as impressões.
  • Ler poemas em voz alta para perceber ritmo.
  • Realizar um dia especial para declamação.
  • *O professor, para motivar os alunos, precisa ler inúmeros poemas ao longo das oficinas.

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Oficina 5 – Toda rima combina?�

Objetivos

  • Reconhecer rimas em poemas.
  • Conhecer as diferentes combinações de rimas.
  • Produzir poemas com rimas.

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1ª etapa

  • Reconhecer rimas em quadrinhas populares.
  • Ler e analisar o poema “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias, visando à articulação entre as palavras que rimam.

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2ª etapa

  • Descobrir as diferenças entre a forma como as rimas se apresentam nas quadras da Coletânea.

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3ª etapa

  • Apresentar Fernando Pessoa para os alunos.
  • Ouvir a leitura das “Quadras de gosto popular”, do referido autor.
  • Criar uma quadra, apresentá-la para a turma e afixá-la no mural de poemas.

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4ª etapa

  • Listar, no quadro, “coisinhas à toa” que deixam a gente feliz, observando que tais coisinhas nos remetem à simplicidade, às coisas do dia a dia.
  • Ler o poema “Duas dúzias de coisinhas à toa que deixam a gente feliz”, de Otávio Roth.
  • Construir um texto coletivo.

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��Oficina 6 - Sentidos próprio e figurado�

Objetivo

  • Conceituar denotação, conotação e figuras de linguagem.

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1ª etapa

  • Diferenciar a linguagem utilizada nos variados poemas.
  • Reconhecer os recursos expressivos e os duplos sentidos existentes nos poemas.
  • Ler e interpretar o poema “Livros e Flores”, presente na Coletânea.
  • Comentar sobre Machado de Assis e observar a composição formal do referido poema.

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2ª etapa

  • Identificar sentidos denotativo e conotativo nos trechos sublinhados.

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3ª etapa

  • Apresentar aos alunos algumas definições poéticas de Mario Quintana e estudá-las.
  • Propor aos alunos que escrevam a própria produção poética, fazendo o uso dos sentidos denotativo e conotativo.

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Oficina 7 - Comparação, metáfora e personificação

Objetivo

  • Identificar e usar as figuras de linguagem.

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1ª etapa�

  • Definir os conceitos de comparação e metáfora por meio do poema “O leão”, de Vinicius de Moraes.

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2ª etapa

  • Ampliar o estudo das figuras de linguagem por meio do poema “Meus oito anos”, de Casimiro de Abreu, percebendo as personificações presentes.

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3ª etapa

  • Criar comparações e metáforas com base no tema da Olimpíada, registrar para uso posterior.
  • Fazer o exercício presente no material sobre comparações para que os alunos ampliem seus conhecimentos.

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  • Transformar as comparações em metáforas.
  • Escolher as melhores metáforas e afixá-las no mural.

4ª etapa

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Oficina 8 - Sonoridade na poesia�

Objetivos

  • Investigar as relações entre som e sentido na poesia.
  • Observar a expressividade das repetições de palavras ou da mesma consoante.
  • Escrever textos com repetições.

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���1ª parte

  • Perceber repetições de palavras, de versos e de letras nos poemas “Pássaro livre” de Sidônio Muralha e “Haicai” de Ângela Leite.
  • Diferenciar ritmo regular de ritmo irregular, bem como o tamanho dos versos para estudo dos poemas “Pátria minha” de Vinicius de Moraes e “Coisas do reino de minha cidade”, de Cora Coralina.

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2ª parte

  • Desafiar os alunos a decorar e apresentar trava-línguas.
  • Ouvir e apresentar os travatrovas de Ciça presentes na Coletânea.
  • Criar novos trava-línguas e afixá-los no mural.

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Oficina 9 – Poetas do povo

Objetivos

  • Trabalhar com o poema popular.
  • Perceber a importância do ritmo no poema.
  • Escrever versos observando rima e ritmo.

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1ª parte

  • Conhecer o poeta popular Patativa do Assaré e seus versos impressos em folhetos de cordel.
  • Ler e interpretar o cordel “Emigração e as consequências” do referido autor.
  • Perceber o ritmo cadenciado no poema “A valsa”, de Casimiro de Abreu.

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2ª parte

  • Criar quadras com base no poema “Buraco do tatu” de Sérgio Caparelli, a fim de explorar o ritmo.
  • Retomar conhecimentos estudados acerca do gênero poema por meio do citado texto.
  • Organizar um painel para expor as quadras criadas.

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Oficina 10 - O Lugar onde vivo�

Objetivos

  • Estudar poemas de diferentes autores sobre a terra natal.
  • Resgatar observações, conhecimentos e sentimentos dos alunos sobre o lugar onde vivem.

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1ª etapa

  • Ler os poemas: “Milagre no Corcovado”, de Ângela Leite de Souza, e “Cidadezinha”, de Mario Quintana.
  • Reconhecer o tema dos poemas lidos analisá-los conforme tudo que foi estudado sobre o gênero poema.

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2ª parte�

  • Verificar diferenças e semelhanças entre os textos da 1ª etapa.

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Oficina 11 – Um novo olhar

Objetivo

  • Possibilitar um olhar novo e original sobre o lugar onde os alunos vivem.

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1ª etapa

  • Observar com atenção o lugar onde vivem: o bairro; as ruas; as paisagens; os locais interessantes; os moradores e suas peculiaridades; o modo como as pessoas se relacionam; a cultura local; os acontecimentos; as mudanças que ocorreram ao longo do tempo etc.
  • Resgatar impressões, sensações, relatos, fatos, lembranças e sentimentos.

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Oficina 12 - Nosso Poema

Objetivo

Produzir um texto coletivo sobre o local onde vivem os alunos.

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1ª etapa�

  • Fazer uma retrospectiva do que foi realizado ao longo das oficinas: mural de poemas, audição e leitura de vários poemas, aprendizagem do significado de palavras próprias do gênero poema, diversidade de assuntos, ritmo regular e irregular, paralelismo, figuras de linguagem e outros.

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2ª etapa

  • Produzir um poema coletivo, baseado no painel construído na oficina anterior, ressaltando os aspectos observados e estudados.
  • A cada estrofe, reler o que foi feito para ajudar os alunos a pensar em formas mais expressivas.

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Oficina 13 - Virando poetas

Objetivo

  • Escrever um poema, individualmente, sobre o tema “O lugar onde vivo”.

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1ª etapa

  • Ler e analisar o poema da aluna Carla Marinho Xavier de Macaé – RJ, destacando a originalidade e os recursos utilizados.

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2ª etapa

  • Escrever, individualmente, um poema com o tema “O lugar onde vivo”, exprimindo no texto uma visão pessoal e original, com base no referido tema.

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Oficina 14 - Retoque final

Objetivo

  • Aprimorar os poemas produzidos.

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1ª e 2ª etapas

  • Analisar alguns exemplos de poemas, observando aspectos, tais como: título, coerência com o tema, uso de palavras e recursos.
  • Revisar o poema escrito na aula anterior para aprimorá-lo.
  • Passar a limpo o poema, com base em itens de aprimoramento.

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Oficina 15 – Exposição ao público

  • Objetivo

  • Organizar um sarau para apresentação dos poemas.
  • Selecionar três poemas para serem enviados à “Comissão Julgadora da Escola”.

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1ª e 2ª etapas

  • Realizar um sarau para apresentar os poemas escritos pelos alunos.
  • Preparar uma cerimônia especial e convidar os pais e a comunidade para o evento.
  • Apresentar os poemas de forma lúdica e criativa: em duplas ou em grupos, com fundo musical ou não, lidos ou decorados.

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3ª etapa

  • Realizar a seleção interna dos três poemas a serem julgados pela Comissão Julgadora da escola.
  • * A referida comissão escolherá um texto para participar do concurso, em nome da escola.

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Informações adicionais

As inscrições da Olimpíada foram prorrogadas: encerram-se no dia 22/06/2012.

Site: www.escrevendoofuturo.cenpec.org.br

Dúvidas: 0800 771-9310