Nós, membros da Academia Líbano-Brasileira de
Letras, Artes e Ciências, unimos nossas vozes para expressar profunda
preocupação com a destruição do patrimônio histórico e cultural do Líbano,
ameaçado pelas recentes agressões, ataques e bombardeios de Israel. Acreditamos
que preservar esse patrimônio é preservar a memória e a identidade não apenas
do povo libanês, mas da humanidade como um todo.
Entre os locais de valor inestimável em risco estão:
Beirute, incluindo bairros históricos, espaços
culturais e religiosos que carregam memórias antigas e modernas;
O Cemitério de Bachoura, que abriga túmulos de figuras importantes do
período otomano e da história libanesa;
A Cidadela de Baalbek, com suas majestosas ruínas romanas e estruturas
históricas ameaçadas pelos ataques na região;
A antiga cidade de Tiro, marco fenício de importância global e
patrimônio mundial da UNESCO, que sofre bombardeios recentes;
Os mercados históricos de Nabatieh, símbolos da economia e do comércio
local, que enfrentam destruição direta;
A aldeia histórica de Qana, cuja conexão bíblica e arqueológica está em
grave risco.
Estes e outros locais representam séculos de história, cultura e contribuição
para a civilização. Sua destruição é uma perda irreparável para o mundo.
Solicitamos à UNESCO e à comunidade internacional que intervenham imediatamente
para:
- Garantir a proteção de locais históricos e culturais no
Líbano;
- Documentar os danos e responsabilizar os autores dessas
destruições;
- Implementar medidas para restaurar e preservar esse
patrimônio em risco.
A preservação do patrimônio cultural é um dever coletivo.
Que a solidariedade internacional permita ao Líbano preservar sua herança
histórica para as gerações futuras.
Assinam:
Membros da Academia Líbano-Brasileira de Letras, Artes e Ciências
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