O 1º Encontro Negruras, realizado pelo Grupo de Pesquisa Negruras, vinculado à
Graduação em Teatro da UFMG, tem por objetivo partilhar processos de pesquisa em
performatividades negras e periféricas na cena contemporânea. O encontro, a ser
realizado no Espaço do Conhecimento da UFMG, propõe um espaço de encruzilhada
entre saberes de diversos artistas e pesquisadories das poéticas e pedagogias negras. Além disso, o Encontro integra a
Programação completa
MANHÃ – 10h às 12h
Oficina 01: “Corpo Negre, Negras Palavras”
Espaço: Hall do 5º Andar
Com: Maria Moreira e Larissa Ferreira (Zap 18)
A oficina pretende-se, no jogo corpóreo e de palavras, a construção poética de narrativas
criativas e auto afirmativas para pessoas negras. Da escrevivência às oralituras, o que o corpo
negro diz ao mundo?
Oficina 02: “Teatros Negros e Ensino”
Espaço: Sala Multiuso
Com: Lucy Ribeiro e Ellen Carolina (Teatro UFMG)
Compreendendo os desafios da aplicabilidade da lei 10.639/03 nas práticas de ensino, a oficina
busca pensar/experimentar práticas em teatro negro para pessoas interessadas em
pedagogias negrorreferenciadas.
TARDE (13h as 17h)
13h00 - Roda de Conversa Poéticas da Negrura: Vidas negras fabulando mundos
Mediação: Prof Dr Altemar Di Monteiro (UFMG, Líder do Grupo de Pesquisa Negruras)
Convidades: Júlia Tizumba, Adriana Chaves, Evandro Nunes e Gil Amâncio
É necessário seguir a negrura, enquanto esta pode abrir a possibilidade para um afastamento
radical de um certo tipo de Mundo, nos avisa Denise Ferreira da Silva. Observando a
diversidade das negruras em seus modos de criar, jogar, atuar, contar, brincar, fabular,
improvisar, estar em cena, a roda de conversa busca pensar sobre a singularidade das
poéticas da Negrura, que tipo de mundo estamos fabulando coletivamente.
15h00 - Roda de Conversa Pedagogias da Negrura: Ensinar e aprender como
gesto de criação.
Mediação: Profa Dra Jennifer Jacomini (UnB, Vice-Líder do Grupo de Pesquisa
Negruras)
Convidades: Eneida Baraúna, André Sousa, Denilson Tourinho e Lucas Costa
As práticas pedagógicas do pensamento africano se realizam como uma ação poética de
criação e autorrecriação, nos lembra a profa Vanda Machado, como quem nos diz que onde se
vive ancestralidade se move também a fundação de um presente: um mundo em constante
transformação. A roda de conversa busca pensar a prática pedagógica como gesto de criação,
fundindo poética e pedagogia como circularidade que faz viver as ensinagens da negrura.
NOITE
17h – Espetáculo “Corpo Preto Surdo” (Pró-reitoria de cultura) – Hall do 5º andar
Conversa após apresentação / Mediação Prof Dr. Clóvis Domingos (Horizonte da
Cena)
19h – Ação Performativa “Ecos de E agora.. falamos nós” – Hall do 3º andar
Ecos de E agora... falamos nós é a leitura performática do importante texto E agora... falamos
nós de Thereza Santos e Eduardo de oliveira e Oliveira. O texto da década de 1970 é um
documento importante na construção da historiografia dos Teatros Negros produzido no Brasil.
19h20 - Encerramento com Profa Leda Maria Martins: Performatividades da
Negrura. No Hall do 3º Andar.