APOSTILA 3- PARTE 1
DISCIPLINA: Ciências ANO: 5º
PROFESSORA: Sílvia Dias
silvia.dias@prof.pmf.sc.gov.br

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CONTEÚDOS:
Manguezais e Lagoas
OBJETIVOS:
Reconhecer os ecossistemas de Santa Catarina.
Nome completo *
Manguezais
Os  mangues são espécies vegetais encontradas nos manguezais, que são um ecossistema localizado em regiões litorâneas, com um ambiente formado por uma água salobra, resultante do encontro da água doce com a do mar, o que torna esse lugar um espaço sensível ao equilíbrio entre esses dois cursos d'água.

O Brasil, por apresentar uma ampla zona costeira, registra a presença de uma grande quantidade de manguezais em seu território. Eles estendem-se do Cabo Orange, no Amapá, até a cidade de Laguna, em Santa Catarina, ocupando uma área superior a 1,2 milhão de hectares, o equivalente a 15% de todos os mangues existentes no mundo. ( texto retirado de: https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/mangues.htm).

Do ponto de vista ecológico, os manguezais têm uma maior relação com o ecossistema marinho e toda a sua fauna aquática, desenvolvendo funções vitais de aporte de nutrientes para o sistema marinho e de área de alimentação, reprodução e abrigo de muitas espécies.

Diferentemente da Mata Atlântica, os manguezais não são ecossistema exclusivo do Brasil. As maiores formações de manguezais estão localizadas na Ásia (principalmente Malásia e Índia), na América Atlântica (Brasil e Venezuela) e na África Atlântica (Nigéria e Senegal).

Desde o início da exploração dos ecossistemas da Ilha pelos colonos, os manguezais vêm sendo utilizados como fonte de lenha, seja para os engenhos, as caieiras ou uso doméstico. Além disso, algumas de suas espécies de árvores foram exploradas para tingir redes de pesca ou para extrair o tanino usado nos curtumes de couro (CARUSO, 1990). Atualmente os problemas que afetam os manguezais da Ilha estão ligados à nova fase sócio-econômica de Florianópolis, ou seja, todos sofrem com a expansão urbana e seus efeitos. Aterros ilegais de balneários ou de loteamentos de alta ou baixa renda, abertura de canais pelo DNOS (Departamento Nacional de Obras e Saneamento) para drenagem de terrenos adjacentes, esgotos sanitários, aterros de estradas de rodagem e depósitos de lixo (“oficiais” ou não), são problemas compartilhados por todos os manguezais da Ilha em menor ou maior grau. Faremos a seguir um breve relato dos principais problemas da conservação dos respectivos manguezais da Ilha:

Manguezal do Ratones: Situado na maior bacia hidrográfica da Ilha, a Bacia do Rio Ratones, este manguezal, além de já ter sido muito afetado pelos problemas de desmatamento assim como os outros manguezais, como já mencionamos, certamente foi o mais atingido por obras de drenagem. Em 1949 o DNOS iniciou obras de drenagem, através de canalizações de cursos de água e construção de comportas para evitar a entrada de água do mar, afim de “recuperar” 6000 ha de terras para a agricultura (DNOS, 1970: 24). Esta obra acabou por diminuir em muito sua área original. Além disso, é atualmente atravessado pela rodovia SC-401, que será duplicada, porém diminuindo sua área em apenas 0,03 % (0,3 ha) (AMBIENTAL, 1994). Atualmente sofre com aterros clandestinos na região do Pontal da Daniela e com a pesca indiscriminada, apesar de ser uma estação ecológica.
Manguezal do Saco Grande : Atualmente vem sofrendo enormemente com os aterros ilegais ao longo da rodovia SC-401, principalmente para a instalação de estabelecimentos de prestação de serviços (comércio, etc.). Toda a extensa área situada a leste da rodovia já foi recentemente aterrada e atualmente o mesmo processo vem ocorrendo a oeste da rodovia, porção em que o manguezal ainda se encontra relativamente bem preservado, pois é a porção em que permaneceu em contato direto com o mar, não sofrendo portanto, o efeito isolador e represador representado pela rodovia. Os esgotos sem nenhum tratamento, provenientes dos bairros do Monte Verde e Saco Grande II, são o principal aspecto preocupante quanto a contaminação de suas águas. Com a duplicação da SC-401 perderá cerca de 0,3 % de sua área (0,3 ha) (AMBIENTAL, 1994).

Manguezal do Itacorubi: Este é o manguezal mais próximo do centro urbano, estando mesmo inserido neste. Por este motivo, além das sucessivas reduções de áreas para dar lugar a Via de Contorno Norte, o atualmente desativado aterro sanitário da cidade e o loteamento Santa Mônica, é certamente o manguezal que mais sofre com a emissão de esgotos não tratados. Recebe os efluentes de esgotos sanitários de toda a populosa região da Bacia do Rio Itacorubi, que drena grandes bairros da cidade como a Trindade, o Pantanal, o Córrego Grande, o Itacorubi e o Santa Mônica. Além desses esgotos sanitários, recebe efluentes tóxicos do tipo industrial (metais pesados e outros), proveniente de laboratórios da Universidade Federal de Santa Catarina, que afirma atualmente não mais efetuar tal emissão, mas que porém, não possui ainda uma solução definitiva para o problema. Apesar de atualmente desativado, o aterro sanitário continua a emitir chorume (líquido viscoso proveniente da decomposição e compactação do lixo) nas águas do manguezal, uma vez que após a desativação do aterro não foram tomadas medidas sanitárias adequadas para coleta e tratamento destes efluentes. Canais de drenagem também são presentes, cortando os meandros de seus canais naturais e alterando seus padrões de circulação. Com a duplicação da rodovia SC-401 este manguezal perderá 0,46 % de sua área (0,8 ha) (AMBIENTAL, 1994).

Manguezal do Rio Tavares:  É atualmente o maior manguezal da Ilha. Teve sua área reduzida principalmente pelas obras de implantação da Base Aérea de Florianópolis e do Aeroporto Hercílio Luz, seja através de aterros ou de drenagens artificiais. A rodovia de acesso ao aeroporto que atravessa o manguezal no sentido norte sul próximo a costa, está atualmente em processo de duplicação. Esta, além de representar diminuição da área de manguezal em si própria, representa também um dique de represamento das águas da maré, que atualmente, em virtude disto, adentram ao manguezal somente pelo canal principal. O bairro de Carianos, próximo ao aeroporto, é uma das áreas que foram vastamente aterradas para assentamentos humanos. Em sua porção leste e sul teve sua área reduzida através de desmatamento e drenagem para dar lugar a pastagens. Atualmente seus principais problemas de conservação são as ocupações de baixa renda, nos bairros da Costeira e Rio Tavares. Nestas ocupações ocorre normalmente que após o assentamento de famílias pobres, estas vendem seus lotes geralmente para estabelecimentos comerciais, devido a boa localização para este tipo de serviço.

Manguezal da Tapera: Este manguezal tem sofrido redução de sua área principalmente devido às drenagens para formação de pastagens e mais atualmente devido a aterros para construção de moradias. Dentre os manguezais citados é o único que não é uma unidade de conservação, sendo “protegido” apenas pelo Código Florestal e pelo Plano Diretor do Município, tal como os demais também o são.

Os manguezais possuem vários dispositivos legais de preservação, a nível federal estão incluídos no artigo 2 do Código Florestal e no Decreto Federal 750/1993 de tombamento da Mata Atlântica, como ecossistema associado. No âmbito municipal todos os manguezais são considerados APPs (Áreas de Preservação Permanente) de acordo com o Plano Diretor do Município de Florianópolis. Além disso quase todos estão incluídos em unidades de conservação, tais como: Ratones e Saco Grande (Estação Ecológica dos Carijós/IBAMA), Itacorubi (sob jurisdição da UFSC como área de conservação) e Rio Tavares (Reserva Extrativista Marinha do Pirajubaé/IBAMA).

Texto adaptado e extraído de: https://biomasbrasileiros.wordpress.com/2018/06/08/ecossistemas-da-ilha-de-santa-catarina/

1. Você já conhecia ou já foi em algum manguezal? Se já teve essa experiência, conte-nos : *
2. Identifique no texto todas as palavras desconhecidas e procure no dicionário seu significado, registrando-as abaixo: *
3. A foto abaixo do Mangue do Itacorubi nos mostra uma paisagem muito bonita, rica em vida, mas que segundo o texto apresentado, está sofrendo com a ação do homem.  Explique com suas palavras o que vem acontecendo com essa paisagem natural, tão comum no Brasil e em Florianópolis. Imagem do Mangue do Itacorubi, retirada do NSC.  
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