A pandemia da Covid-19 gerou impactos globais, o que pode ser observado na quantidade de vidas perdidas que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), foi de mais de 2 milhões. Nesse sentido, é importante ressaltar que as relações laborais e educacionais foram, drasticamente, modificadas.

Em primeira análise, é fundamental salientar que as relações no mundo do trabalho foram afetadas. Nessa perspectiva, destacam-se as adaptações para a realização do isolamento social: o teletrabalho foi um meio utilizado em diversas empresas, o que ocasionou o uso mais frequente de tecnologias e mudou a relação do tempo ao dividir no mesmo espaço tarefas familiares e laborais. Além disso, cabe destacar que houve precarização das atividades, a exemplo do aumento da informalidade, que chegou a 40% de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ademais, o contexto pandêmico acentuou as desigualdades educacionais. Nesse contexto, as mudanças ocorridas devido à implementação do ensino remoto deixaram mais evidentes as disparidades sociais, uma vez que o setor privado conseguiu oferecer as aulas, enquanto, nas escolas públicas, houve diversas dificuldades. Ainda, o acesso aos dispositivos eletrônicos e à conexão não está disponível a todos, por causa do preço desses produtos e serviços.

Por fim, pode-se depreender que os impactos da pandemia provocaram diversas modificações na sociedade. Essas transformações intensificaram as características da sociedade líquida, pensada pelo filósofo Bauman, ao gerar incertezas no mundo do trabalho e a ausência da garantia de um bom ensino-aprendizagem.