POR SARA BERTRAND
[Curso ministrado em espanhol]
"Ler é também um encontro com os outros,
ou melhor, com as representações dos outros,
e neste sentido ler é aprender a conhecer
as chaves dessa representação do outro.
Ou deveria ser."
Constantino Bértolo
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DIAS 20, 21 e 22 de Agosto de 2019
HORÁRIO: 19hs as 22hs
LOCAL: Livraria Novesete | Rua França Pinto, 97 | Vila Mariana | 500 m do Metrô Ana Rosa
[IMPORTANTE: A confirmação da matrícula se dará somente após o envio e recepção do comprovante de pagamento ao email:
educativo@revistaemilia.com.br]
OPÇÕES DE PAGAMENTO
R$ 350,00
R$ 300,00 (Professores da rede pública - com envio de comprovação)
R$ 280,00 (Amigos da Emília** e membros da equipe dos Destaques Emília)
[** Pessoa que faz parte de nossa rede de doadores para apoio da Instituição (faça parte também!
http://revistaemilia.com.br/amigos-da-emilia/)]
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PROPOSTA
O curso Contar é escutar destina-se a mediadores, bibliotecários, editores, ilustradores e escritores interessados na leitura como espaço criativo e social. Voltar à oralidade, devolver a voz à palavra e recordar que a literatura é coletiva e não individual, será o tema deste curso que tem enfoque na literatura juvenil, que, para fins de sala de aula e mediação, é o momento em que começa o silêncio da literatura.
OBJETIVOS
Propiciar a leitura e a reflexão sobre o ato de ler. Falamos em nome de quem? A quem convoca quem escreve? É necessário retomar a conexão com o coletivo na literatura?
Fortalecer o debate sobre a criação dedicada aos livros juvenis, sua temática e sua estética. Que tipo de conversa oferecemos aos jovens?
Recuperar o espaço de leitura como espaço social.
METODOLOGIA
Este curso se realizará em três encontros de duas horas e meia, com uma parte teórica e outra prática, destinada a leitura, debate e criação. Os participantes exercitarão a encenação da leitura como espaço de oralidade, além de enfrentarem suas próprias narrativas e criações.
MATERIAIS NECESSÁRIOS
Cada participante deverá trazer:
Uma canção de ninar escrita em uma folha de papel.
Um objeto relacionado à poética de sua infância (fotografia, boneca, caixinha de música – o que considerar parte da sua narrativa infantil).
Uma história infantil que se lembre de ter lido mais de uma vez.
Lápis e papel.
BIBLIOGRAFIA
O banquete dos notáveis, fragmento, Constantino Bértolo
Contar é escutar, Úrsula K. Le Guin.
Linguagem e silêncio, G. Steiner.
O fogo e o relato, Giorgio Agamben.
Buscar indícios, construir sentidos, Graciela Montes.
A arte do erro, María Negroni.
Lições de estética e metafísica, Henri Bergson.
A verdadeira vida, Alain Badiou.
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SARA BERTRAND
Estudou História e Jornalismo na Universidad Católica de Chile, na qual ministra o curso “Apreciación Estética de los libros juveniles”. Escreve para a Fundación La Fuente e dá oficinas para o Laboratório Emília. Ganhou o New Horizons Bologna Ragazzi Award 2017, com o livro A mulher da guarda (Solisluna & Selo Emília) foi nomeada para a White Ravens 2017 por No se lo coma e para o Banco del libro 2016 por Cuando los peces se fueron volando. Foi traduzida para o francês, o catalão e o italiano. Sua última obra é Álbum familiar. É membro do Conselho da Revista Emília.
* O título faz referência à obra homônima de Úrsula K. Le Guin.