- As inscrições são gratuitas.
- Você pode se inscrever em um ou em todas as três aulas
- Ao se inscrever, você receberá o link de acesso por e-mail 1 hora antes da aula
- Você também será adicionado a um grupo de WhatsApp para receber atualizações.
Condições:- As aulas serão online pelo ZOOM
- Você receberá um certificado se participar das 3 aulas
- Todas as aulas serão gravadas e poderão ser disponibilizadas no YouTube
Segunda, dia 14/10, 19h às 21h30 - Água com Adriana Lippi (mediação: Michele Carolina)
Conteúdos da aula/encontro: Oceano e Clima da Terra, Relações Gênero e Natureza, Luto Climático e Como agir para enfrentar a Crise Climática
*Adriana Lippi é oceanógrafa (USP) e mestra (UNIFESP) em Ciência e Tecnologia do Mar. É co-fundadora da Liga das Mulheres pelo Oceano e atua como comunicadora de ciências marinhas e emergência climática, gestora de projetos socioambientais e webdesigner.
Terça, dia 15/10, 19h às 21h30 - Seres Rebeldes com Joana Cabral de Oliveira
(mediação: Michele Carolina)
Conteúdos da aula/encontro:
Em seus múltiplos enraizamentos, as mandiocas nos possibilitam narrar histórias: do monocultivo pautado no melhoramento genético de umas poucas variedades, passando por roçados hiperdiversos com mais de 100 tipos de mandioca, até a presença de ancestrais selvagens e variedades que escapam ao cultivo, num processo de asselvajamento. Eis que nos deparamos com histórias de coleta, cultivo e autonomia. Inspirada nas obras de Donna Haraway, Ursula Le Guin e Anna Tsing, a conversa segue por caminhos tortuosos, mimetizando as raízes aqui perseguidas, o que nos permite contar outras histórias que não aquelas do herói, da salvação ou do fim do mundo. Outras batatas e outros povos também irão compor essa paisagem para que tantas outras narrativas sejam fiadas em gestos de quem coleta e coleciona.
*Joana Cabral de Oliveira é Professora Livre Docente do Departamento de Antropologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Com doutorado em Antropologia Social e pós-doutorado pelo Instituto de Biociências, ambos pela Universidade de São Paulo, realizou pesquisas junto ao povo Wajãpi no Estado do Amapá, tendo atuação indigenista junto a este e outros povos indígenas nas áreas de educação, saúde e questões ambientais. Atualmente desenvolve pesquisa com povos do Médio Vale do Jequitinhonha. Seu campo de estudo e atuação se foca em conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade e nos diálogos interdisciplinares entre a biologia e a antropologia.
Quarta, dia 16/10, 19h às 21h30 - Compostagem com Vinicius Pereira
(mediação: Michele Carolina)
Conteúdos da aula/encontro:
Compostagem urbana - na aula sobre gestão de resíduos, vamos compreender como organizar a nossa casa na direção do "lixo zero" e como transformar os resíduos orgânicos em adubo, matéria-prima valiosa para o plantio dentro da cidade.
*Vinicius Pereira é pós-graduado em permacultura (UFSC 2023) e educação para sustentabilidade (GAIA/UNIFAL 2021), é educador e fundador da rede Permacultores Urbanos. Coordenador de projetos de saneamento ecológico do IPESA (Instituto de Projetos e Pesquisas Socioambientais), foi o responsável pelo saneamento do esgoto de mais de 300 residências no município de Socorro em 2023. Em São Paulo, se dedica junto aos seus vizinhos à transformação de uma área degradada no "Parque da Jóia".
Ficha Técnica da Residência Artística “Corpo Bioma: Danças para Desespecular Imaginários”
Concepção: Coletivo Ruínas @coletivoruinas
Coordenação Artística e Produção Executiva: Michele Carolina
Artistas Residentes: Michele Carolina @michelecarolinas, Vitória Savini @vitoria_savini, Luciana Belloli @luciana_beloli, Rúbia Braga @rubia_braga, Jovem Palerosi @jovempalerosi, Inês Bonduki @inesbonduki, Bibi Fragelli @bibifragelli, Jane de Oliveira @pantupha e Gideoni Júnior @gideonijunior
Assistente de produção: Raissa Bagano
@raibagano
Sinopse da Residência
A Residência Artística dá continuidade às pesquisas e investigações da artista Michele Carolina, junto ao Coletivo Ruínas, coletivo artístico temporário de investigação, pesquisa e criação artística transdisciplinar.
Partimos da premissa da intrinsecabilidade relacional entre corpo e ambiente. Sendo assim, como o corpo se metamorfoseia para a preservação da vida em um ambiente mutante? Como tais mutações ambientais impactam os corpos, subjetividades, cotidianos e relações com o ambiente urbano? Existem indicadores corporais que descrevam e/ou meçam o grau do impacto? É possível mensurar a vida por meio do conceito planificador de metro²? E se eventualmente alguém que aderiu ao conceito habitacional de metro² perceber que a “casa caiu”, que a fantasia da família feliz e plena, anunciada pelos empreendimentos imobiliários que vendem a liberdade, a segurança, o lazer e a conexão com a natureza dentro do próprio condomínio, não correspondem ao seu próprio desejo, quais os recursos disponíveis para “desespecular-se”?
Durante a Residência Artística, chegamos a três assuntos dinamizadores: a água, a compostagem e os seres rebeldes, e é essa síntese que partilharemos com o público nas três aulas abertas e nos três compartilhamentos de pesquisa que se realizaram no mês de outubro de 2024.
Proposto pelo Coletivo Ruínas
O Coletivo Ruínas, ativo desde 2014, é um coletivo artístico temporário que se dedica à investigação, pesquisa e criação transdisciplinar nas linguagens da dança contemporânea, teatro, audiovisual expandido, fotografia, música e iluminação. Nos reunimos motivados pela transformação dos espaços urbanos, especialmente em áreas afetadas pela especulação imobiliária em São Paulo. Através de nossas criações, buscamos explorar e refletir sobre como essas mudanças impactam os corpos e o cotidiano. Nosso trabalho integra práticas corporais e conceitos teóricos que dialogam com Ecologia, Antropoceno e Direitos Humanos.
Contatos do Coletivo Ruínas