PROVA IFF 2017 CONCOMITANTE
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NOME *
TURMA *
TEXTO I
A reforma da previdência que todos precisam e ninguém quer aprovarK
 
O ambiente no qual se desenvolve o debate em torno da inevitável reforma da Previdência é, no mínimo, esquizofrênico. Todo mundo sabe que ela é vital, necessária, inadiável – sem a qual o País quebra logo ali adiante. Ninguém discute seu objetivo fim de tapar o histórico rombo em escalada geométrica. Mas não existe viva alma hoje disposta a arcar com a conta ou a ceder um milímetro no seu quinhão desse butim. A começar pelos grupos organizados. É a elite de servidores públicos, militares e da própria armada parlamentar quem mais resiste e protesta de maneira ruidosa. Galvaniza as ruas. Recebe concessões. Na maioria dos casos fica de fora do prejuízo. Mantém os privilégios. Não contribui para a solução. Articulada com sindicatos e agremiações de oposição (que trabalham pelo tumulto e sabotam projetos sem propor alternativas), essa elite trata de puxar para si o cobertor curto enquanto grande parte da população fica a descoberto. No amplo espectro de desigualdade social, quem menos pode e grita levará a pior. De novo. A reforma tem de sair e políticos – desprezíveis nas suas intenções – cozinham o assunto para não se indispor com as bases. Correm atrás de salvaguardas, blindando as categorias predominantes nos respectivos currais eleitorais. Dão de ombros às gerações futuras.
Afinal, elas não lhe asseguram hoje uma vaga no Congresso.
Não estão no seu “target” de eleitores a agradar. O obstáculo maior à reforma em curso são os interesses pontuais daqueles com a caneta para aprová-la. A turma do atraso conspira rumo ao desastre geral. Atualmente 48% das despesas primárias do Estado são consumidas por aposentadorias e pensões. Em outras palavras: quase metade de tudo que a União arrecada evapora nessa rubrica. O número avança absurdamente a cada ano e estima-se que já no exercício de 2024 nada menos que 100% do orçamento serão gastos no sistema previdenciário, caso nada seja feito. O colapso tem assim data marcada.
Décadas se passaram nessa toada. Inúmeras alternativas apareceram. Entraram em pauta no Congresso. Foram negociadas à exaustão. Vários governos acenaram para a urgência do tema. Mas, invariavelmente, qualquer iniciativa nesse sentido teve por destino a gaveta, desfigurada e rejeitada pelos lobbies, pela burocracia e por injunções políticas. Mofam nos arquivos as melhores intenções. Não há mais como seguir nessa incompatível
expansão de gastos sem lastro para bancar desde gordos benefícios a castas privilegiadas até o atendimento básico de quem se aposenta mais cedo. O mundo mudou. O Brasil também. Com o envelhecimento da população – todos sabem! – cada vez menos contribuintes estão tendo de segurar a conta de mais beneficiários. O sistema travará. Irá sucumbir, sem dúvida alguma, por inanição da classe política que apela ao populismo e barra medidas amargas com a desfaçatez típica de canastrões. A sociedade não pode acreditar nas intenções dessa gente. Deve reagir, em benefício próprio. E logo! O presidente Temer soou o alarme, avisando que o Brasil pode virar uma Grécia em menos de uma década. E não há exagero nesse tipo de prognóstico. Estados e municípios, por exemplo, estão à beira do cadafalso e se não ajustarem os desembolsos previdenciários dos servidores não terão como escapar. Precisam, com urgência, apresentar novas regras locais que mudem o regime em vigor. Isso – claro! – se os governantes ainda tiverem algum juízo e senso de responsabilidade. Nenhum brasileiro pode perder de vista o fato de que o modelo de previdência em vigor ficou insustentável e está a exigir arranjos e sacrifícios indiscriminados em prol do bem geral.
 
Disponível em:< http://istoe.com.br/reforma-da-previdencia-que-todos-precisam-e-ninguem-quer-aprovar/>.

QUESTÃO 1 A alternativa que apresenta uma afirmativa condizente com as ideias defendidas pelo autor é: *
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Em “Mas não existe viva alma hoje disposta a arcar com a conta ou a ceder um milímetro no seu quinhão desse butim”, a palavra destacada, segundo o contexto, significa:
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QUESTÃO 3 Pode-se inferir sentido de urgência, tendo em vista a visão catastrófica relacionada à possibilidade da não aprovação da reforma da Previdência, em todas as expressões a seguir utilizadas pelo autor para defender sua tese, EXCETO:
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 QUESTÃO 4 Pode-se citar como exemplo de linguagem conotativa as expressões a seguir, EXCETO:  
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QUESTÃO 5 Em “Com o envelhecimento da população – todos sabem! – cada vez menos contribuintes estão tendo de segurar a conta de mais beneficiários.”, o emprego dos travessões nessa frase tem a função de
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QUESTÃO 6 No título “A reforma da previdência que todos precisam e ninguém quer aprovar”, o valor semântico estabelecido pela conjunção “e” expressa
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TEXTO II
Juíza vê desvio de finalidade e veta propaganda sobre Previdência
Decisão da Justiça Federal do RS aponta ainda uso inadequado de dinheiro público e falta de caráter educativo ou informativo; governo Temer vai recorrer.
 
A Justiça Federal determinou nesta quarta-feira a suspensão de forma imediata, em todo o país, da campanha publicitária feita pelo governo federal para defender a reforma da Previdência, uma das principais prioridades do governo do  presidente Michel Temer (PMDB). A juíza Marciane Bonzanini, da 1ª Vara Federal de Porto Alegre, determinou, ainda, multa diária de R$ 100 mil no caso de descumprimento da decisão.    
A decisão foi proferida em ação movida por nove sindicatos de trabalhadores com sede no Rio Grande do Sul. No processo, as entidades alegam que a propaganda não teria caráter educativo, informativo ou de orientação social, como prevê a lei, mas apenas o objetivo de difundir a ideia de que a Previdência é economicamente inviável, com vistas à obtenção de apoio popular para a aprovação do projeto.
Segundo as entidades sindicais, o conteúdo propagado viola o artigo 37 da Constituição Federal e outros atos normativos que estabelecem regras para as ações de publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos. A suspensão ocorre no mesmo dia em que ocorrem vários protestos pelo país contra a reforma da Previdência.
De acordo com a Justiça Federal, a juíza analisou uma série de anúncios veiculados em redes de TV, jornais, mídia externa e internet e entendeu que, de fato, há uso inadequado de recursos públicos e desvio de finalidade na campanha publicitária. “A proposta de reforma da Previdência não se inclui na categoria de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos”, afirma, para complementar: “a campanha publicitária questionada não possui caráter educativo, informativo ou de orientação social, restringindo-se a trazer a visão dos membros do partido político que a propõe (PMDB) e passando a mensagem de que, caso não seja aprovada a reforma proposta, o sistema previdenciário poderá acabar”, afirmou.
 
Disponível em:< http://veja.abril.com.br/brasil/justica-suspende-propaganda

QUESTÃO 7  Marque a alternativa INADEQUADA quanto às inferências que podem ser feitas a partir da leitura atenta dos textos 1 e 2.
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QUESTÃO 8
As figuras de linguagem são recursos utilizados para tornar as mensagens mais expressivas e significativas. Tais recursos podem ampliar o significado de uma oração, assim como suprir lacunas, de uma frase ou texto imagético, com novos significados. É muito importante saber identificar as diversas figuras de linguagem, pois facilita a interpretação de diferentes tipos de textos.  Analise as afirmativas a seguir:
 
 
I. A ausência de vírgula antes do vocativo “meu velho” não interfere na identificação e na interpretação das figuras de linguagem presentes no texto.
 
II. Onomatopeia e prosopopeia são duas figuras de linguagem presentes na charge.
                     
III. A sinestesia é também uma figura presente nesse contexto.
IV. Os idosos sentados em cadeiras de rodas representam uma metáfora da espera satisfeita e prazerosa da aposentadoria.
 
V. A morte é uma metáfora da aposentadoria.

Estão corretas:
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QUESTÃO 9 Tendo em vista a charge apresentada na questão anterior, infere-se que
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QUESTÃO 10   A ortografia caracteriza-se por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). É importante compreender que a ortografia é fruto de uma convenção. A forma de grafar as palavras é produto de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que a língua portuguesa é oficial. As frases abaixo foram retiradas de dizeres colocados em faixas elaboradas para participarem de manifestações contrárias à reforma da Previdência. Em uma alternativa, existe um equívoco quanto à ortografia. Assinale-a:
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