Moção de apoio e solidariedade à              Dra. Luciana Gatti                          Coordenadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

Quem já subscreveu esta moção:

Esta moção recebeu a adesão imediata dos cientistas de maior expressão e autoridade nas pesquisas sobre o clima e o meio ambiente em nosso país, a começar por pesquisadores do INPE da envergadura de Antonio Donato Nobre, Carlos Nobre e Ricardo Galvão, seu ex-diretor, exonerado em 2019 por sua intransigente defesa dessa grande instituição da ciência brasileira. Recebeu também as adesões irrestritas de Rogério Cézar de Cerqueira Leite, expoente da ciência brasileira e Presidente de Honra do Conselho de Administração do Centro Nacional de Pesquisas sobre Energia e Materiais (CNPEM), de Carlos Alfredo Joly, Professor Emérito do Instituto de Biologia da Unicamp e Coordenador do Programa Biota/Fapesp,  de Ima Vieira, Pesquisadora Titular e ex-diretora do Museu Paraense Emílio Goeldi, de Thelma Krug, ex-vice-presidente do IPCC, de Alexandre Araújo Costa, um dos autores principais do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) e membro do Grupo de Trabalho de Meio Ambiente da equipe de transição presidencial do Presidente  Lula, bem como de Caetano Scannavino, coordenador do Projeto Saúde e Alegria e membro da coordenação do Observatório do Clima (OC). 

Outros membros da coordenação dessa outra grande instituição da ciência brasileira que é o OC saíram em defesa da Dra. Luciana Gatti. Paulo Sérgio Pinheiro, ex-Ministro dos Direitos Humanos conta-se também entre os primeiros a defendê-la. Além disso, entre seus primeiros subscritores estão instituições e coletivos do porte da Comissão Episcopal para Ecologia Integral e Mineração da CNBB, da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (PROAM) e do Coletivo 660. 

Esta moção continua crescendo e permanece aberta a mais subscrições.                                                                                                                              

Do que se trata:

Na semana sucessiva ao dia 15 de setembro (2024), uma tempestade se desencadeou contra a Dra. Luciana Gatti.  O Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, Guilherme Piai, chegou a acusá-la de ter dado à imprensa declarações “nefastas e criminosas” a respeito dos  incêndios que estão devastando o país. Além disso, enviou um ofício à Ministra Luciana Santos, do MCTI,  pedindo explicações sobre tais declarações. 

Trata-se de uma acusação injuriosa e de uma clara tentativa de intimidação que não pode ficar sem a devida resposta de parte da sociedade. A Dra. Luciana Gatti, uma das mais experientes cientistas do Brasil, com grande reconhecimento nacional e internacional, apenas reiterou à imprensa o que é largamente sabido: o histórico de importante parte do setor do agronegócio tem sido promover desmatamento e queimadas de florestas, matas, vegetação nativa e até áreas protegidas, como bem o comprova o contínuo monitoramento por satélite. Como sempre, esse setor do agronegócio e seus porta-vozes políticos valem-se da velha tática de imputar às vítimas e aos acusadores a autoria dos próprios crimes. 

Vimos a público, através desta moção, prestar solidariedade à Dra. Luciana Gatti, uma das maiores autoridades internacionais em ciência do clima na Amazônia, e repudiar os insultos proferidos pelo atual secretário da agricultura do estado de São Paulo. Os cidadãos brasileiros e de todo o mundo precisam dar um basta a um modelo econômico que não produz alimentos, mas commodities agrícolas infestadas de agrotóxicos proibidos nos países que os fabricam e que estão cada vez mais envenenando o povo brasileiro. Precisamos de uma lei proibindo totalmente o uso de fogo na agropecuária brasileira. Precisamos dar um basta à destruição da natureza, de que somos todos dependentes e parte integrante. Não podemos mais tolerar uma atividade eivada de crimes, mas patrocinada por parcelas majoritárias do Poder Legislativo e altamente subsidiada pelos nossos impostos através de financiamentos públicos e incentivos e isenções fiscais. É preciso escolher, aqui e agora, entre a impunidade e a salvaguarda de nosso presente e de nosso futuro.

Para saber mais, clique aqui e/ou assine a  seguir.

*Foto: Maíra Erlich (Sumaúma)

Sign in to Google to save your progress. Learn more
Assine aqui com: nome completo, profissão, e vínculo institucional (opcional)
Submit
Clear form
Never submit passwords through Google Forms.
This content is neither created nor endorsed by Google. Report Abuse - Terms of Service - Privacy Policy