CEREJA 8º  PAG. 268 PROVA BRASIL
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NOME. *
Sem título
         No dia seguinte, chamei o Pancrácio e disse-lhe com rara franqueza:
         - Tu és livre, podes ir para onde quiseres. Aqui tens casa amiga, já conhecida e tens mais um ordenado, um ordenado que...
         - Oh! Meu senhô! Fico.
         - ...um ordenado pequeno, mas que há de crescer. Tudo cresce neste mundo; tu cresceste imensamente. Quando nasceste, eras um pirralho deste tamanho; hoje estás mais
alto que eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos...
         - Artura não qué dizê nada, não, senhô...
         - Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-réis; mas é de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito mais que uma galinha.
         - Justamente. Pois seis mil-réis. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete.
         Pancrácio aceitou tudo; aceitou até um peteleco que lhe dei no dia seguinte, por me não escovar bem as botas; efeitos da liberdade. Mas eu expliquei-lhe que o peteleco, sendo um impulso natural, não podia anular o direito civil adquirido por um título que lhe dei. Ele continuava livre, eu de mau humor; eram dois estados naturais, quase divinos.
         Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio; daí pra cá, tenho-lhe despedido alguns pontapés, um ou outro puxão de orelhas, e chamo-lhe besta quando lhe não chamo filho do diabo; cousas todas que ele recebe humildemente, e (Deus me perdoe!) creio que até alegre.
         O meu plano está feito; quero ser deputado, e, na circular que mandarei aos meus eleitores, direi que, antes, muito antes da abolição legal, já eu, em casa, na modéstia da família, libertava um escravo, ato que comoveu a toda a gente que dele teve notícia;
1. Para pancrácio,a libertação antecipada não teve. Efeito. Prático ,porque:
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2. Releia estas frases                                   Oh! Meu senhor!                                        FicoArtura não qué dizê nada, não, senhô...                            A linguagem do escravo ea forma de tratamento empregada em relação ao narrador sugerem                                                I- formação escolar adequada para sustentar sua autonomia      II-A conservação implícita da relação senhor/escravo.                                              III- carência de formação escolar adequada            IV- rompimento do laço senhor/escravo
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3. Na frase "Tudo compreendeu o meu bom Pancrácio" O termo "tudo" se refere:
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Leia a tira a seguir de Fernando Gonsales, e responda as questões 4 e 5.
4-O leão se explica,usando elementos de biologia.Seu objetivo é:
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5- No ultimo quadrinho a expressão *entao* pode ser substituída por:
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Crianças em qualquer tempo

     Quando penso em crianças do terceiro milênio, as vejo ainda maturadas num ventre de mulher, apesar das novas possibilidades com que o futuro nos acena. [...]
As maneiras através das quais essas crianças aprenderão a ler e escrever não têm, para mim, importância maior. Que seja num caderno ou num computador, diante de uma mesa ou graças a um sofisticado equipamento de pulso, o que eu vejo são seres em crescimento abrindo os olhos maravilhados sobre o saber.
O universo socioeconômico de uma criança amazônica criada à beira do rio Negro, que em dia de festa come pato em vez de galinha, porque galinhas não nadam e há muito mais água do que terra ao redor das casas dos igarapés, é bem diferente daquele de uma criança de São Paulo levada, no inverno, duas vezes por mês ao médico para fazer nebulizações capazes de minimizar, em seus pulmões, o efeito da poluição. Essas diferenças existem hoje e existirão, ainda que sejam de outras formas, no terceiro milênio. Mas, hoje como
amanhã, as duas crianças terão idêntico medo do escuro [...]
As crianças do terceiro milênio, quando penso nelas, são frágeis e bonitas. O que vestem, se linho ou plástico, não me interessa. Me interessa que possam ser de todas as cores, louras e morenas, de olhos puxados ou lábios grossos, de cabelos escorridos ou pixaim, e que assim possam viver, multirraciais, nos mesmos bairros.
6. No primeiro parágrafo, no trecho “apesar das novas possibilidades com que o futuro nos acena”, a expressão em destaqueindica, em relação à frase anterior, que
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7. Releia o trecho " Essas diferenças existem hoje e existirão(...) no terceiro milenio. Mas"                                                             Nesse trecho a autora apresenta uma oposição ao que foi dito anteriormente, porque as crianças continuarão iguais em:
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8. No último parágrafo, a autora apresentasua aspiração por um mundo que seja:
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Observe o quadro de Pedro Amérioc, Leia a crônica de Moacir Scliar e responda aas questões 9 e 10.
O que é, mesmo, independência?
Às margens do Ipiranga, todos gritaram vivas e partiram; o carreteiro ficou intrigado com aquela cena.




Aquele 7 de setembro foi, para o carreteiro que aparece na famosa tela do Pedro Américo, um dia de trabalho duro. Foi com enorme esforço que conseguiu acomodar na carreta as enormes e pesadas toras que tinha de transportar; levou horas fazendo isso.


Exausto, com dor nas costas, tudo o que queria era entregar as malditas toras, voltar para sua humilde choupana, comer alguma coisa e dormir. No caminho, porém, a surpresa; de repente, deu com um grande grupo de cavaleiros parados no alto da colina.


Não era da região, aquela gente; o carreteiro não conhecia nenhum deles. Estavam muito bem vestidos e montavam garbosos cavalos, os cavalos que o carreteiro sempre sonhara atrelar à sua carreta no lugar dos vagarosos bois.


Aquele que parecia ser o chefe estava lendo alguma coisa, uma carta, talvez, e que, pelo visto, acabara de lhe ser entregue. Ao terminar, resmungou algo, puxou a espada e gritou: "Independência ou morte!". Entusiasmados, todos gritaram vivas e arrojaram para o ar seus chapéus. Depois partiram a galope.


O carreteiro fez a entrega das toras e seguiu para casa, ainda intrigado com a cena que tinha visto.


A mulher esperava-o. Solícita como sempre, e obediente à rotina, perguntou ao marido como havia sido o seu dia.


Normalmente ele rosnaria uma resposta qualquer; mas, por alguma razão, resolveu contar o que tinha visto às margens do Ipiranga: "Era gente fina, todo o mundo a cavalo. Veio um mensageiro e entregou para o chefe deles uma carta. O homem leu, fechou a cara, depois puxou a espada e gritou: "Independência ou Morte'".

Que coisa, murmurou a mulher, impressionada:


- "Independência ou morte". Você tem ideia do que ele quis dizer com isso?

O carreteiro dá de ombros:

- Nenhuma ideia.

E olhou-a, irritado:


- Escuta, mulher, quem sabe você para com essa conversa fiada e me dá alguma coisa para comer? Você é idiota mesmo, não vê que estou morrendo de fome?

Ela foi para a cozinha, preparar um prato de arroz com feijão. Mas aquela coisa de "Independência ou morte" não lhe saía da cabeça. Suspirou: um dia descobriria o significado dessas palavras. E quem sabe, então, sua vida mudaria.


9. O autor da crônica retoma a personagem do carreteiro que aparece no quadro. sobre ele, é correto afirmar que seu papel é
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10. É possível concluir com a leitura dos textos que:
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