Validação do Texas Revised Inventory of Grief (TRIG) para a população portuguesa: aplicação em enfermeiros enlutados pela morte de um familiar adulto.
O Texas Revised Inventory of Grief (TRIG), segundo Faschingbauer, Zisook & DeVaul (1987), consiste num instrumento que, do ponto de vista teórico e empírico, tem potencial para avaliar o luto na vertente da investigação e da prática clínica. Possibilita, ainda, a distinção entre sentimentos na altura da perda e sentimentos presentes, de modo a perceber a evolução do processo
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Consentimento Informado
EU, Miguel Jorge Serra Sapateiro Pinto Pedrosa, Enfermeiro Especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica, na vertente Pessoa em Situação Crítica, desempenhando o papel de Enfermeiro Coordenador de turno, a exercer funções no Serviço de Urgência Geral do Hospital do Espírito Santo de Évora, E.P.E., doutorando em Enfermagem, na Especialidade de Enfermagem Avançada pelo Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa (UCP-ICS Lisboa), venho por este meio convidá-lo (a) a participar na validação de uma escala para a uma amostra da população portuguesa, inserida num estudo de investigação científica conduzido por mim, no âmbito da minha tese de doutoramento com o título: “Protocolo de intervenção-ação participativa em adultos enlutados pela morte súbita nos contextos de saúde”.

Assim,  solicito  a  sua  participação  no  preenchimento  de  um  breve  questionário, com uma duração total de aproximadamente 15 minutos. É  fundamental  que  leia atentamente e responda a todas as questões.

A participação nesta investigação tem um carácter voluntário, pelo que pode negá-la  ou  decidir  interromper  o  preenchimento  do  questionário a  qualquer  momento,  se assim o entender. Todos os dados recolhidos são anónimos e confidenciais.

Se  pretender  algum  esclarecimento  sobre  este  estudo,  por  favor  contate  o investigador através do e-mail mpp_12@sapo.pt.

Declaro que aceito participar no estudo de investigação e, por isso dou o consentimento para a recolha e o tratamento de dados.
Consentimento Informado *
Nota Introdutória
Atualmente, cerca de 15-20% das mortes nas sociedades ocidentais resultam de episódios súbitos naturais e inesperados (Albert et al., 2003). Em Portugal todos os anos, mais de 12 mil pessoas têm episódios de morte súbita. Considerada como um flagelo social, acarreta inúmeras consequências nefastas para a saúde individual e coletiva. Maioritariamente, o luto desenvolve-se normalmente, todavia, 10-20% dos enlutados desenvolve sintomas debilitantes e incapacidade funcional persistente, podendo surgir sintomas de depressão, comportamentos de autodestruição e aumento da morbilidade e mortalidade. A morte súbita constitui um desafio para os enlutados, forçados a viver um período de incerteza, transição de papéis, adaptação, falta de familiaridade e desagregação familiar, correspondendo a um acontecimento natural, repentino, inesperado e fatal que ocorre instantaneamente ou no intervalo máximo de uma hora desde o início dos sintomas, numa pessoa aparentemente saudável ou com qualquer doença diagnosticada, mas que não fizesse prever um fim tão abrupto e inesperado (Basso et al., 2017). O luto corresponde a um evento de vida stressante para os sobreviventes, o qual pode acarretar um impacto negativo significativo e persistente quer no bem-estar quer, na qualidade de vida do enlutado (Stroebe, Schut, & Stroebe, 2007). Existem determinadas mortes mais difíceis de superar do que outras, como é o caso da morte súbita inesperada ou traumática/violenta (i.e., homicídio, suicídio, acidentes rodoviários, atropelamentos, entre outras) (Kaltman & Bonanno, 2003), as mortes provocadas por desastres naturais, catástrofes (naturais ou não naturais), por homicídio ou suicídio  as quais acarretam uma conotação social pesada, culpabilizante e, simultaneamente desafiadora em termos de fatores de stress orientados para a perda. Este tipo de perdas são, portanto, distintas de outras formas, estando associadas a uma recuperação mais gradual (Hibberd, Elwood, & Galovski, 2010; P Kristensen, Weisaeth, & Heir, 2012; Krychiw, James, & Ward-Ciesielski, 2018; Shah et al., 2013a). Os cuidados prestados no luto não devem limitar-se ao período que sucede a comunicação/transmissão das más notícias e antecede o desapego do corpo, mas sim prolongar-se para lá da morte, estabelecendo uma relação terapêutica com o enlutado para, desse modo, conseguir de forma coordenada, colaborativa e sistemática estabelecer estratégias adaptativas eficazes e seguras, cujo principal intuito consiste em obter ganhos positivos em saúde.
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