Observar uma obra de arte nos remete, inicialmente, à ideia de contemplação estática do objeto, seja um quadro ou uma escultura. A visão seria o único sentido por nós utilizado, e a interação com a obra passaria pelo intelecto, isto é, pensamentos, conversas, questionamentos. Na década de 1960, muitos artistas se preocuparam em produzir a "antiarte", ou seja, obras de arte que rompiam com a ideia de contemplação estática e propunham uma apreciação sensorial mais ampla, por meio do tato, do olfato, da audição e, até mesmo, do paladar. No Brasil, dois artistas representativos desse período foram Lygia Clark e Hélio Oiticica