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CADERNO 5 HISTÓRIA 9º ANO
ESCOLA MUNICIPAL DR EDUARDO OLÍMPIO MACHADO
CONTEÚDO: CRISE DE 1929 E REGIMES TOTALITÁRIOS
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CRISE DA BOLSA DE 1929

Causas da Crise de 29

As principais causas da Crise de 1929 estão ligadas à falta de regulamentação da economia e à oferta de créditos baratos.
Igualmente, a produção industrial seguia um ritmo acelerado, mas a capacidade de consumo da população não absorvia esse crescimento, gerando grandes estoques de produtos a fim de esperar melhores preços.
A Europa, que tinha se recuperado da destruição da Primeira Guerra, não precisava mais dos créditos e produtos americanos.
Com os juros baixos, os investidores passaram a colocar seu dinheiro na Bolsa de Valores e não nos setores produtivos.
Ao perceber a diminuição do consumo, o setor produtivo passou a investir e produzir menos, compensando seus déficits com a demissão de funcionários.
Um filme que se passa nessa época é Tempos modernos, de Charles Chaplin.

Crash da Bolsa de Nova York
Com tanta especulação, as ações começam a se desvalorizar, o que gera o "crash" ou o "crack" da Bolsa de Nova York, no dia 24 de outubro de 1929. Este dia seria conhecido como a "Quinta-feira Negra".
O resultado óbvio foi o desemprego (generalizado) ou a redução salarial. O ciclo vicioso se completou quando, devido à falta de renda, o consumo caiu ainda mais, forçando uma diminuição nos preços.
Muitos bancos que emprestaram dinheiro faliram por não serem pagos, diminuindo assim a oferta de crédito. Com isso, muitos empresários fecharam as portas agravando ainda mais o desemprego.
Os países mais atingidos pela Quebra da Bolsa de Nova York foram as economias capitalistas mais desenvolvidas, dentre elas os Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália e o Reino Unido. Em alguns destes países, os efeitos da crise econômica fomentaram a ascensão de regimes totalitários.
Na União Soviética, onde a economia em vigor era socialista, pouco foi afetada.

Crise de 1929 na América Latina
O crack da Bolsa de Valores de Nova York repercutiu em todo mundo.
Nos países em processo de industrialização, como os da América Latina, a economia agroexportadora foi a mais prejudicada pela redução das exportações de matérias-primas.
Ao longo da década de 30, contudo, estas nações puderam assistir um incremento em suas indústrias, devido à diversificação de investimentos neste setor.

Crise de 1929 no Brasil
A crise econômica nos Estados Unidos atingiu em cheio o Brasil.
Neste momento, o país exportava praticamente apenas um produto, o café, e as boas colheitas já tinham feito que o preço do produto tivesse uma queda.
Além do mais, como não era um produto de primeira necessidade, vários importadores diminuíram as compras significativamente.
Para se ter uma ideia da dimensão do problema econômico, a saca de café era cotada a 200 mil réis, em janeiro de 1929. Um ano depois, seu preço era 21 mil réis.
A Crise de 1929, no Brasil, enfraqueceu as oligarquias rurais que dominavam o cenário político e abriu caminho para a chegada de Getúlio Vargas ao poder, em 1930.

Contexto Histórico da Crise de 1929
Após a Primeira Guerra, o mundo viveu um momento de euforia, conhecido como a Belle Époque.
No Estados Unidos, principalmente, o otimismo é palpável e se consolida o chamado American Way of Life, onde o consumo é o principal fator de felicidade.
Terminada a Primeira Guerra Mundial, em 1918, os parques industriais e a agricultura na Europa estavam destruídos, permitindo aos EUA exportarem em larga escala para o mercado europeu.
Os Estados Unidos também se transformaram no principal credor dos países europeus. Essa relação gerou interdependência comercial, que foi se alterando na medida em que a economia europeia se recuperava e passava a importar menos.
Somado a isso, o Banco Central americano autoriza aos bancos a emprestarem dinheiro a juros baixos. O objetivo era fomentar ainda mais o consumo, mas este dinheiro acabou indo parar na Bolsa de Valores.
Desta maneira, em meados da década de 1920, os investimentos em ações da bolsa de valores também aumentam, uma vez que estas ações eram artificialmente valorizadas para parecerem vantajosas. Contudo, como se tratava de especulação, as ações não possuíam cobertura financeira.
Como agravante, o governo dos EUA inicia uma política monetária para reduzir a inflação (aumento de preços), quando deveria combater uma crise econômica provocada pela deflação econômica (queda nos preços).
Primeiramente, a economia norte-americana, principal credora internacional, passa a reivindicar a repatriação de seus bens, emprestados às economias europeias durante a guerra e reconstrução.
Este fator, somado à retração nas importações dos EUA (principalmente de produtos europeus), torna difícil o pagamento das dívidas, levando assim a crise aos outros continentes.
Esta crise já era perceptível em 1928 quando houve uma queda brusca e generalizada nos preços dos produtos agrícolas no mercado internacional.

Quebra da Bolsa de Nova York
Em 24 outubro de 1929, uma quinta-feira, havia mais ações que compradores e o preço baixou vertiginosamente. Por isso, milhões de investidores norte-americanos que puseram seu dinheiro na Bolsa de Valores de Nova York faliram quando a “bolha de crédito” estourou.
Isso provocou um efeito em cadeia, derrubando as bolsas de Tóquio, Londres e Berlim na sequência. O prejuízo foi milionário e sem precedentes históricos.
Na sequência, estoura a crise financeira, visto que as pessoas, em pânico, sacaram todos seus valores depositados nos bancos, o que provocou seu colapso imediato. Assim, de 1929 até 1933, a crise só se agravou.
Todavia, em 1932, o democrata Franklin Delano Roosevelt foi eleito presidente dos EUA. Imediatamente, Roosevelt incia um plano econômico denominado (propositalmente) "New Deal" ou seja, o “Novo Acordo”, caracterizado pela intervenção do Estado na economia.
Como legado, a Crise de 1929 deixou-nos a lição da necessidade do intervencionismo e do planejamento estatal da economia. Da mesma forma, a obrigação do Estado em prover assistência social e econômica aos mais afetados pelo decrescimento do capitalismo.
Consequências da Crise de 1929: New Deal
O plano econômico do New Deal foi o principal responsável pela recuperação econômica dos EUA, sendo adotado como modelo por outras economias em crise.
Na prática, este programa do governo previa a intervenção do Estado na economia, controlando a produção industrial e agrícola.
Concomitantemente, projetos federais de obras públicas foram realizados com foco na construção de estradas, ferrovias, praças, escolas, aeroportos, portos, hidroelétricas, casas populares. Assim, foram criados milhões de empregos, fomentando a economia pelo consumo.
Mesmo assim, em 1940 a taxa de desempregados estadunidenses era de 15%. Esta situação foi finalmente resolvida com a Segunda Guerra Mundial, quando a economia capitalista mundial se recupera.
Ao fim da guerra, apenas 1% dos norte-americanos produtivos estavam desempregados e a economia estava a pleno vapor.

Links para vídeos aulas

https://www.youtube.com/watch?v=2TavnfSVRKg

https://www.youtube.com/watch?v=TTq6yzDH4gM


QUEBRA DA BOLSA DE VALORES
MAPA MENTAL CRISE DE 1929
1. Qual das alternativas abaixo apresenta uma das principais causas da Crise de 1929? *
2. Qual das alternativas abaixo não está relacionada com as consequências da Crise Econômica de 1929? *
3. Como o Brasil foi afetado pela Crise de 1929? *
4. Qual o nome do plano econômico criado pelo presidente Roosevelt para acabar com a crise e retomar o crescimento econômico nos EUA? *
5. Qual das alternativas abaixo não está relacionado com o plano elaborado pelo presidente Roosevelt para combater a crise e retomar o crescimento da economia nos Estados Unidos? *
6. Os problemas econômicos, gerados pela Crise de 1929, afetaram diretamente a Europa. Qual alternativa abaixo está relacionada com esse fato? *
7. A chamada Crise de 1929 caracterizou-se por um colapso no sistema financeiro mundial no período do entre guerras, isto é, no intervalo entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Tal crise também é identificada com: *
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TOTALITARISMO

CONCENTRAÇÃO DO PODER NAS MÃOS DO DITADOR
O totalitarismo surgiu em um momento marcado pela crise do sistema capitalista em algumas regiões da Europa.
Ele consiste na concentração do poder nas mãos de um único líder ou partido, onde não há espaço para a democracia nem direitos e garantias individuais.
O regime totalitário define um tipo de relação em que o governo tem poder de intervenção na vida dos cidadãos. Ele exclui quem se opõe ao sistema e toma decisões políticas de acordo com as suas vontades, sem opiniões de outros governantes, tampouco do povo.

O DITADOR E SUAS LEIS
No totalitarismo o poder legislativo pode existir, porém está à margem do ditador, ou seja, seus poderes também dependem da aceitação do governante.
O totalitarismo não aceita a existência de múltiplas orientações político- partidárias, pois a existência desse tipo de organização política incitaria uma divisão prejudicial aos interesses da nação. Por essa razão, os ditadores preferem reconhecer um único partido.
O regime totalitário assegura uma série de intervenções que colocam o líder como o responsável direto pelo avanço econômico da nação. As empresas estatais têm forte presença e atuam, sobretudo, na indústria de base e tecnológica. O progresso dessas áreas seriam importantes para a prosperidade dos demais setores da economia.
Há o uso excessivo da força militar para manter o controle e a ordem da população através de perseguições políticas, prisões, torturas físicas e psicológicas, e também a exaltação da figura do líder e a busca por tempos históricos de glória ou de alguns heróis nacionais.
O totalitarismo se preocupava em criar a ideia de que sua política visava retomar um tempo de conquistas e para afirmar isso controlava os meios de comunicação, propagandeando essas ideias.
Os maiores exemplos do totalitarismo foram vivenciados na Europa do pós-guerra, quando a Itália e a Alemanha foram controladas pelos governos fascista e nazista, respectivamente.
Esse mesmo tipo de regime pode ser observado na antiga União Soviética, no período que Joseph Stálin esteve à frente do governo.

NAZISMO NA ALEMANHA
O totalitarismo na Alemanha foi associado ao partido nazista, ao estado nazista, e a outros grupos de extrema-direita. Desenvolveu-se durante a República de Weimar após a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial. A ideologia rejeitava o conceito de luta de classes e defendia a propriedade privada e empresas alemãs.
Apoiava teorias como hierarquia racial e o darwinismo social, na qual os povos germânicos eram descritos como os mais puros da raça ariana e, por isso, eram vistos como a “raça superior”.

Tinham como objetivo superar as divisões sociais para criar uma sociedade homogênea e a unidade nacional com o tradicionalismo. Esse regime totalitário tentou conseguir isso através de uma “comunidade do povo” (Volksgemeinschaft) que iria unir o povo alemão e excluir os considerados “povos estrangeiros” (Fremdvölkische). Reivindicavam também o que entendiam ser territórios historicamente alemães e áreas para a colonização.
O Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, NSDAP) foi fundado em 5 de janeiro de 1919. Adolf Hitler assumiu o controle e rebatizou para Partido Nazista logo no início dos anos 1920.
O Programa Nacional Socialista apelava por uma Alemanha unida e que negaria cidadania aos judeus ou aos seus descendentes, além de apoiar a reforma agrária e nacionalização de algumas indústrias.

FASCISMO NA ITÁLIA
Foi um movimento político totalitário que surgiu durante a década de 1910 na Itália, e que governou o país entre 1922 e 1943.
Foi liderado por Benito Mussolini, chamado pelos seus seguidores de Duce (líder). Mussolini criou a expressão do movimento de Fasci Italiani di Combattimento. O termo fasci é uma menção a um símbolo do Império Romano – um feixe de hastes de madeira com um machado no centro, que inclusive fazia parte da ideologia mitificada do fascismo: um destino imperial e glorioso para a cidade de Roma.
O fortalecimento do Fascismo teve relação direta com o fortalecimento dos socialistas na Itália entre 1919 e 1920. Nesse momento a organização Fasci Italiani di Combattimento se tornou partido político e surgiu o Partido Nacional Fascista.
A ideia desse regime era tomar o poder da Itália e partir da via eleitoral por meio de violência, especialmente contra os socialistas. O objetivo era enfraquecer o socialismo enquanto movimento social e político. A violência estava diretamente ligada ao militarismo e uniformização de seus partidários desde milícias conhecidas como camisas negras.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO TOTALITARISMO
1. Culto ao líder: Os três regimes possuíam um forte culto ao líder, e sua imagem era espalhada em todos os locais possíveis, como escolas, por exemplo.
2. Unipartidarismo: Todos os totalitarismos suprimiam a existência dos partidos, e somente o partido do governo tinha a permissão de funcionar.
3. Doutrinação: A população dos regimes totalitários era alvo de intensa doutrinação, que se iniciava com o ensino infantil. Essa doutrinação visava propagar a ideologia do governo.
4. Centralização do poder: O poder político no totalitarismo é centralizado no líder e/ou no partido.
5. Uso do terror: O terror era uma arma dos regimes totalitários para amedrontar seus opositores e perseguir grupos enxergados como “inimigos do Estado”.
6. Censura: A censura era uma prática comum a jornais e à população em geral. Regimes totalitários não aceitavam críticas, denúncias e não aturavam a existência de uma oposição.
7. Militarização: Exaltação do exército e militarização da sociedade.
8. Criação de inimigos internos e/ou externos: Esse mecanismo era utilizado como distração ou justificativa para explicar as ações e o autoritarismo do regime.
9. Nacionalismo exacerbado: O nacionalismo no totalitarismo assumia um viés extremista que pregava a exclusão e perseguição de outros povos ou etnias.


TOTALITARISMO
8) O fascismo e nazismo têm em sua origem algumas causas comuns. Entre essas causas pode-se apontar: *
9) Morrer pela Pátria, pela Ideia (...) Não, isso é fugir da verdade. Mesmo no front, matar é que é importante (...). Morrer não é nada, isso não existe. Ninguém pode imaginar sua própria morte. Matar é o importante. Essa é a fronteira a ser cruzada. Sim, esse é o ato concreto de vontade. Porque aí você torna sua vontade viva na de outro homem.Esse texto, de 1943-45, expressa a visão de mundo de um adepto da ideologia *
10) O período entre as duas guerras mundiais (1919 – 1939) foi marcado por: *
11. O nazismo e o fascismo surgiram: *
12) A ascensão de Hitler ao poder, no início dos anos trinta, ocorreu: *
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