As favelas presentes em áreas urbanas conformam-se como uma das partes visíveis da grande desigualdade socioeconômica que assola o Brasil. Seus aglomerados são constituídos por uma forte marca da autoconstrução; edificações e arruamentos atendem à necessidade de moradia de grupos populacionais de trabalhadores, e nem sempre correspondem a orientações sanitárias para a ocupação dos espaços. A história destas localidades, especialmente no Rio de Janeiro, tem seu marco de origem com o processo de urbanização e de uma certa modernização da cidade, na virada do século XIX para o XX. Tanto no processo de extermínio das casas de cômodo na região Central do Rio de Janeiro, as apelidadas “cabeças de porco”, na Gestão do Prefeito Barata Ribeiro, como no ‘bota abaixo’, implementado por Pereira Passos, uma questão importante, e ainda atual, se colocava: onde os trabalhadores pobres da cidade iriam morar? As favelas nascem, portanto, para suprir uma necessidade tanto dos Governantes como dos Trabalhadores: habitação para quem constrói a cidade. Podemos identificar a favela como: *