CONTEÚDOS:
O surgimento do comércio e das cidades (com modificações)
A origem do comércio
O cultivo da terra permitiu que as sociedades produzissem mais alimentos. Com isso, a população humana cresceu rapidamente, tornou-se necessário ampliar as áreas cultivadas e desenvolver técnicas para melhorar a produtividade do solo, como o uso de fertilizantes naturais para produzir grãos maiores e métodos para controlar as pragas agrícolas.
A construção de sistemas de irrigação e outras técnicas agrícolas ajudaram a produzir excedentes, ou seja, a obter mais alimentos do que era necessário para o consumo. A produção de um excedente agrícola possibilitou às comunidades neolíticas começaram a trocar o que elas tinham com os excedentes de outros povos. Por exemplo, uma aldeia que tinha um excesso de cevada negociava a troca desse produto com o excedente de trigo da aldeia vizinha. Dessa forma, surgia o comércio.
A existência de excedentes agrícolas e a prática do comércio originaram o primeiro grupo social de comerciantes. À medida que as trocas comerciais se expandiram e a população das aldeias cresciam, muitas pessoas que trabalhavam nos campos passaram a executar outros ofícios.
Como se produzia mais que o necessário para a sobrevivência, o excedente de alimentos permitia sustentar pessoas que exerciam outras funções, como a de médico, sacerdote, padeiro, soldado e tecelões. A especialização de trabalhadores em determinadas atividades profissionais é o que chamamos de processo de divisão do trabalho.
As primeiras cidades
(...)
Nas áreas férteis à margem de grandes rios, como Nilo, Tigre e Eufrates, as pequenas comunidades e aldeias começaram a se unir para construir sistemas de irrigação e aproveitar melhor a água das enchentes, que era essencial para a agricultura.
Assim, nos vales dos rios Nilo (Egito), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia), Amarelo e Azul (China) e Indo (Índia), a união das aldeias, nasciam as primeiras civilizações. Por se localizarem às margens de rios, ficaram conhecidas como civilizações fluviais.
Projeto Araribá História. São Paulo: Moderna, 2014 (pág. 51 – 52).