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O Beijo Encantando – Eloisa James

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Forçada pela madrasta a ir a um baile, Kate conhece um príncipe... e decide que ele é

tudo menos encantado. Segue-se um esgrimir de vontades, mas ambos sabem que a

atração irresistível que sentem um pelo outro não os levará a lado nenhum. Gabriel está

prometido a outra mulher — uma princesa que o ajudará a alcançar as suas ambições

implacáveis.

Gabriel gosta da noiva, o que é uma surpresa agradável, mas não a ama.

Obviamente, deve cortejar a sua futura princesa, e não a beldade espirituosa e pobre

que se recusa a mostrar-se embevecida.

Apesar das madrinhas e dos sapatinhos de cristal, este é um conto de fadas em que o

destino conspira para destruir qualquer oportunidade de Kate e Gabriel poderem ser

felizes para sempre.

A menos que um príncipe abdique de tudo o que o torna nobre...

A menos que o dote de um coração indisciplinado triunfe sobre uma fortuna... A

menos que um beijo encantado ao bater da meia-noite mude tudo.

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O Beijo Encantando – Eloisa James

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Prólogo

Era uma vez, não assim há muito tempo...

Esta história começa com uma carruagem que nunca foi uma abóbora, embora

fugisse à meia-noite; uma madrinha que perdeu o rasto da sua pupila, embora não tivesse

varinha de condão, e várias pretensas ratazanas que secretamente teriam gostado de andar

de libré.

E, claro, também há uma menina, embora não soubesse dançar nem quisesse casar

com um príncipe.

Mas, na verdade, começa com as ratazanas.

Andavam incontroláveis; toda a gente o dizia. Mrs. Swallow, a governanta, arreliava- se regularmente por causa disso.

— Não suporto a maneira como essas pestezinhas roem um par de sapatos quando

uma pessoa não está a olhar — disse ela ao mordomo, uma boa alma que dá pelo nome de

Mr. Cherryderry.

— Compreendo muito bem o que está a dizer — respondeu-lhe ele com uma

veemência na voz que era raro ela ouvir.

— Não as suporto. Aqueles focinhos espetados e aquele latir de noite e...

— A maneira como elas comem! — interrompeu Mrs. Swallow. — Da mesa, dos

próprios pratos!

— É mesmo dos pratos — disse-lhe Cherryderry. — Vi com os meus próprios olhos,

Mistress Swallow, vi, pois! Da mão da própria Mistress Daltry!

O gritinho de Mrs. Swallow podia ter sido ouvido na sala de estar... Só que as

ratazanas estavam a fazer tal algazarra que ninguém nessa sala poderia ouvir o que quer

que fosse.