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QUEM CANTA OS MALES ESPANTA

Sávio de Oliveira

Esta história aconteceu com um grupo de alunos de uma escola pública que adoravam cantar. Um dia eles resolveram formar um grupo musical, pois assim poderiam mostrar a outras pessoas os seus talentos.

Realmente eles eram muito talentosos, cantavam com amor e sentimento e a música passou a ser ainda mais importante para eles.

Ricardo, Matheus, Camila, Letícia, Taynara, Jéssica e Brenda, são os nomes desses alunos.

Após algumas apresentações em sua própria escola, começaram a receber convites para cantar em outros lugares o que os deixavam muito felizes, pois era a oportunidade de cantar para outras pessoas. Assim fizeram várias apresentações e a cada uma delas saiam radiantes, felizes e com a certeza de que as pessoas que os ouviam também ficavam felizes.

Um dia Ricardo estava voltando para sua casa quando viu um velhinho sentado num banco sob uma árvore. Ele achou estranha a presença dele, pois nunca o tinha visto por ali e percebeu que ele estava muito triste, então resolveu conversar com ele e saber quem era e o porquê de sua tristeza.

- Olá senhor, tudo bem? – Perguntou ele.

- Tudo bem meu filho – Respondeu o ancião.

- Nunca o vi por aqui. O senhor mora onde? – Quis saber Ricardo.

- Moro muito longe meu rapaz, muito longe e estou descansando um pouco – Respondeu ele.

- Percebo que o senhor está triste.

- Você tem razão, realmente estou muito triste. Mas nem sempre foi assim. Houve uma época em que fui muito feliz – Falou o velhinho.

- E o que aconteceu para ficar triste? – Indagou Ricardo.

- Senta aqui que vou te contar – Falou ele.

Ricardo sentou perto dele e começou a ouvi-lo.

- Sabe filho, quando eu era jovem, assim como você, gostava muito de cantar. O canto para mim era muito importante. Não só para mim, lá na minha terra todos gostavam de cantar, éramos tão felizes, pois a música nos alegrava o coração.

- O senhor disse era, não canta mais? – Perguntou Ricardo.

- Nem eu, nem meu povo. Nunca mais cantamos – Disse ele. Um dia estávamos cantando numa festa no palácio de nosso rei, eu havia até composto uma música linda e ia apresentar nessa festa. Era um dia importante para mim, pois ia cantar minha própria música.

- Espere um pouco – interrompeu Ricardo – o senhor disse palácio de seu rei? – Acho que esse velho está maluco – Pensou ele.

- Não filho, não estou maluco, foi isso mesmo – Retrucou o velhinho.

- Eu não disse que está maluco – Falou Ricardo.

- Realmente não disse, mas pensou.

- Me desculpe, pensei sim – Confirmou Ricardo.  O senhor lê pensamentos?

- Deixe para lá, apenas sei que pensou. Realmente, disse palácio do meu rei, pois foi lá que tudo aconteceu. Como eu ia falando, chegou o momento em que eu ia cantar, estava até bastante nervoso, mas feliz. De repente tudo escureceu, não se enxergava nada e todos ficamos apavorados. É importante dizer a você que alem de viver felizes, também vivíamos em paz e harmonia. Meu povo era pacífico e nunca desrespeitávamos uns aos outros. Lutávamos apenas pelo nosso bem estar, pelo próximo e pela preservação da natureza, pois ela era a responsável pelas nossas vidas e cuidar dela então era questão de honra para nosso povo. Nós conseguíamos fazer uma coisa que vocês aqui na sua terra nunca conseguiram, viver em harmonia com as plantas, os animais e tudo que compõe o meio ambiente.

- Legal, realmente aqui, poucos respeitam a natureza, preferem conviver com a ganância pelo dinheiro – Falou Ricardo.

- Continuando – falou o velhinho – após certo tempo daquela escuridão, apareceu uma luz roxa e fosca, era muito feia. Dessa luz apareceu a figura  estranha de  um feiticeiro que era a única ameaça que tínhamos, pois não se conformava com nossa felicidade e sabíamos que mais dia, menos dia, ele iria nos prejudicar. Ele era o feiticeiro mais cruel daquele tempo. Alem de cruel, era invejoso, pois como já falei, nossa paz o incomodava.

- E aí, o que aconteceu? – Quis saber Ricardo.

- Ele enfeitiçou o meu povo. A partir daquele dia nunca mais tivemos alegria. Como alguém poderia ser feliz sem a música? Toda nossa terra ficou no escuro e nunca mais vimos a luz abençoada do sol.

- Caramba, isso é muito triste – falou Ricardo. E depois, o que aconteceu?

- Passaram-se muitos anos e o povo de meu reino continuou sem sorrir e sem cantar – Disse o velhinho, com tristeza.

- É uma história muito triste – Comentou Ricardo. Realmente esse velho não está batendo bem da cuca – pensou - Rei, reinado, feiticeiro, isso é coisa de ficção, coitado - Quem será ele realmente?

- O senhor pode me explicar uma coisa? - Perguntou Ricardo.

- Claro meu rapaz, desde que pare de pensar que estou ficando doido.

- Tudo bem, o senhor disse que mora num lugar onde tem um rei e que foram todos enfeitiçados. Disse também que era jovem e agora está velho. Então já faz muitos anos isso?

- Exatamente cem anos, meu rapaz.

- Pronto, enlouqueceu de vez – pensou Ricardo. O senhor pode me dizer onde fica essa sua terra?

- Está difícil de conversar com você, o seu pensamento é apenas que estou louco. Não acredita em mim.

- Me desculpe – disse Ricardo – mas na verdade estou até acreditando.

- Bom, dizer a você onde é minha terra é um pouco difícil, não sei se entenderia.

- Então me explica como chegou aqui depois de cem anos – Falou Ricardo.

- Acontece filho que aquele feiticeiro disse que para quebrar o feitiço, era preciso que um de nós procurasse outro mundo e trouxesse dele alguém que cantasse. Somente o canto de alguém de outro mundo poderia nos devolver a luz e a alegria.

- Ah! Então é por isso que está aqui? - Perguntou Ricardo.

- Sim, é por isso que estou aqui – Respondeu ele.

- E como chegou aqui? - Insistiu Ricardo.

- O feiticeiro disse também que ao completar cem anos de escuridão, iria aparecer uma luz e que um de nós poderia entrar nela que chegaria num outro mundo.

- Ah! Entendi, o senhor foi escolhido para entrar na luz e chegou até aqui. Bem, senhor, a conversa está muito boa, mas tenho que ir para casa, logo tenho que ensaiar com meu grupo porque temos uma apresentação a fazer.

- Espere meu rapaz. Você tem um grupo musical? - Perguntou o velhinho.

- Sim, com alguns colegas da escola – Confirmou Ricardo.

- Então você gosta de cantar? - Indagou o velho.

- Claro, adoro cantar e todo meu grupo também – Falou Ricardo.

- Então você precisa nos ajudar – Pediu o senhor.

- Como eu poderia ajuda-los? - Quis saber Ricardo.

- Sente novamente aqui que te explico. Eu disse a você que é preciso levar daqui alguém que goste de cantar para quebrar o feitiço do meu povo. É para isso que estou aqui. Acontece que ninguém acreditou em mim até agora, todos assim como você pensou que estou louco, o que não é verdade. Minha história é real e posso provar te levando lá. Está disposto a nos ajudar? -Perguntou o velho.

- Sim, gostaria de ajudar, mas o senhor sabe que realmente é muito difícil de acreditar numa história dessa.

- Compreendo meu filho, mas no final verá que estou falando a verdade.

- Tudo bem, como o senhor vai me levar para seu mundo? - Quis saber Ricardo.

- Te levar não, levar todo seu grupo - Afirmou o velho.

- Mas eles não vão acreditar nisso, vão pensar que estou maluco.

- É possível que pensem, mas você precisa convencê-los a ir.

- Mesmo que eu os convença, como vai nos levar?

- Tudo funciona através da luz. Assim que encontrar alguém disposto a ir comigo, deveremos ficar juntos e no início da primeira noite aparecerá novamente a luz que entrando nela chegaremos ao meu mundo. Chegando lá, suas músicas quebrarão o encanto, devolverá a felicidade ao meu povo e outra luz trará vocês de volta. Fale com seus amigos e se eles aceitarem, me encontrem neste mesmo local assim que o sol se pôr – Falou o velhinho.

- Tudo bem – disse Ricardo – vou convencer meus amigos, afinal um pouco de aventura não faz mal para ninguém.

Ricardo despediu do velho e foi para casa, e após um tempo foi para casa de Camila e Letícia, local onde ensaiavam suas músicas. Chegando lá, ele aguardou a chegada de todos e comentou:

- Pessoal, antes de começar o  ensaio, tenho uma coisa para pedir a vocês – Falou Ricardo.

- O que você quer nos pedir Ricardo? – Perguntou Camila.

- Primeiro vou contar tudo que aconteceu hoje e peço que acreditem em mim embora saiba que é difícil.

- Tudo bem - falou Letícia – pode falar que estamos ouvindo.

- Lá vem o Ricardo com suas histórias – Falou Matheus.

- Pode falar – Disse Taynara.

Ricardo então contou toda a conversa que teve com aquele senhor e a cada palavra dele, percebia que ninguém estava acreditando, mas continuava até que terminou.

- Sabe o que eu acho – falou Camila – esse velho está lelé.

- E sabe o que eu acho – falou Matheus – o Ricardo também.

- Concordo com vocês, isso é impossível – Retrucou Jéssica.

- Deixe de brincadeira Ricardo – falou Brenda – vamos ensaiar que já perdemos muito tempo.

- Tudo bem pessoal, sei que é difícil de acreditar, eu também não acreditei no início, mas aquele velho, se vocês conhecerem,  acabariam convencidos.

- Tô fora – Disse Letícia.

- Eu também – Falou Taynara.

- Nem pensar – Retrucou Jéssica.

- Não conte comigo – Disse por fim Brenda.

- Idem – Falou Matheus.

Falou pessoal, não posso obrigar vocês a acreditar e nem a me acompanhar – Afirmou Ricardo.

- Quer dizer que você vai mesmo sem nós? - Perguntou Letícia.

- Claro que vou, quero ajudar esse povo.

- Gente o cara enlouqueceu de vez – Falou Taynara.

- Espere aí gente – interrompeu Camila – nós sabemos que o Ricardo não teria motivos para mentir. Acho que deveríamos ver isso de perto.

- Pronto, agora que não entendo mais nada, a loucura é contagiosa - Falou Brenda.

- Não quero ver nem de longe – Falou Jéssica.

- Calma gente – interrompeu Letícia – a Camila tem razão não adianta ficarmos discutindo a loucura do velho e do Ricardo. Não custa nada a gente ir até lá e conhecer esse senhor e aí tomaremos uma decisão.

- É isso aí Leticinha, é assim que se fala – Disse Ricardo.

- Então vamos ensaiar até a tarde e depois vamos lá, afinal é aqui perto mesmo.

- Tudo bem – Concordaram todos.

Iniciaram o ensaio e cantaram a tarde toda se preparando para uma apresentação próxima, mais próxima do que imaginavam.

Pouco antes de o sol desaparecer no horizonte, foram para o local indicado por Ricardo e chegando, lá estava o velhinho sentado sob a mesma árvore aguardando-os.

- Aqui estamos senhor, e estes são meus amigos – Apresentou Ricardo.

- Obrigado por aceitar nos ajudar – Falou o velho.

- Ainda não aceitamos nada, né pessoal – Falou Matheus.

- Apenas resolvemos conhecê-lo e aí decidir alguma coisa – Afirmou Camila.

- É compreensível meus jovens, na verdade não devemos acreditar em tudo que nos falam, principalmente sendo de um desconhecido. Acho que é assim que seus pais ensinam. Estou certo? - Perguntou ele.

- Sim, é o que sempre diz minha mãe – Falou Camila.

- A minha também – Disse Jéssica.

- Mas vou mostrar que não estou enganando vocês. Peço que sentem todos aqui e fechem os olhos. Vou mentalizar o meu reino e transportar para mente de vocês tudo que estiver vendo, assim poderão visualizar o sofrimento de meu povo e saber que estou falando a verdade.

- E isso é possível? - Perguntou Camila.

- Olhe gente, hoje por várias vezes eu pensei que ele estava louco e soube que eu estava pensando, então acredito que possa transmitir seu pensamento para nós - Afirmou Ricardo.

- Bom, não custa tentar – Falou Taynara.

E assim fizeram, sentaram todos, fecharam os olhos, se concentraram e em pouco tempo começaram a visualizar uma cidade desconhecida para eles.

As pessoas vagavam por aquela cidade escura como se estivessem cansados e tristes. Parecia que tudo estava abandonado, a impressão era de um grande desolamento. Aos poucos surgiu o que um dia foi um bosque e florestas. as árvores estavam mortas, não existiam flores e o que deveria ser um verde, era cinza. Na verdade parecia que tudo estava abandonado e os poucos animais que conseguiram se adaptar mais pareciam mortos que vivos. Era realmente uma vida muito triste e alguma coisa precisava ser feito. As cenas visualizadas atingiu em cheio os sentimentos daqueles jovens.

Então voltaram à realidade e o velho perguntou o que acharam de tudo que viram.

- Caramba, que tristeza! - Disse Ricardo.

- Gente, nunca vi nada parecido – Disse Camila.

- Mais parecia um pesadelo – Argumentou Brenda.

- Precisamos fazer alguma coisa – Falou Jéssica.

- É isso aí pessoal – Disse Matheus.

- Então, o que devemos fazer para ajudar? - Perguntou Camila para o velho.

- Em pouco tempo irá aparecer a luz, entraremos nela, um por um e sairemos no meu mundo. Estão dispostos? - Perguntou ele.

- Sim – Disseram todos.

- Cara, isso parece filme – Ponderou Camila.

- É, e nós somos os personagens – Afirmou Ricardo.

- Estou adorando essa loucura gente – Falou Letícia.

De repente surgiu uma luz do nada e o velho pediu para que o seguissem e assim fizeram. Entraram por aquela luz e em pouco tempo estavam do outro lado. Num mundo completamente diferente.

- Nossa pessoal, vejam, estamos naquele lugar que vimos a pouco – Falou Ricardo.

- Meu Deus! Como é estranho. De repente me deu uma tristeza – Falou Camila.

- Eu também estou triste – Confirmou Taynara.

E assim, todos disseram estar tristes. Uma tristeza que começou logo que chegaram naquele lugar.

- Agora vocês estão entendendo o que sentimos – disse o velho – nós convivemos com essa tristeza há cem anos.

- Caramba, é muito tempo – Disse Matheus.

- Vamos direto para o palácio, é bom andarem todos juntos – Falou o velho.

- Por quê? Tem algum perigo? - Quis saber Camila.

- Tem algum animal que ataca? - Perguntou Brenda.

- Os animais daqui sempre foram pacíficos, vivíamos em harmonia, mas depois de certo tempo eles mudaram de comportamento e começaram a atacar. Por isso, todo cuidado é pouco – Falou o velho.

Começaram a andar, acompanhando aquele senhor que agora podia perceber nele um leve toque de alegria. É como se ele tivesse a certeza de que todo aquele pesadelo iria passar.

Após algum tempo de caminhada avistaram o palácio e chegando nele, muitas pessoas foram ao encontro deles e depois de muito tempo, ele sorriram. Do alto de uma escada surgiu a figura triste do velho rei que mais parecia um súdito e disse aos meninos:

- Aproximem-se meus queridos jovenzinhos.

Eles subiram a escada e notaram que não existia nenhum jovem, eram todos velhos e  ao se aproximar do rei, este falou:

- Obrigado por aceitar o pedido de nosso mensageiro. Temos a certeza de que suas músicas nos trará novamente a vida e verão como era bela essa vida. Vamos todos para o salão, pois não temos tempo a perder, principalmente por que vocês não terão muito tempo, daqui a uma hora, outra luz aparecerá e vocês deverão voltar para vosso mundo.

Foram para o salão e todos pediam para que cantassem as suas músicas.

- Hei turma, temos um problema – Falou Ricardo.

- Que tipo de problema – Quis saber Camila.

- Esquecemos os instrumentos – Disse Ricardo.

- É mesmo, e o que vamos fazer? - Perguntou Letícia.

O velho se aproximou e disse a eles: Não se preocupem, temos aqui um instrumento de cordas que deve ser parecido com o que usam e passou para eles o instrumento.

- É pessoal, igual nosso violão – Falou Brenda.

- Então vamos começar logo e resolver esse problema – Afirmou Ricardo.

Subiram numa espécie de palco, e ao se prepararem, notaram no olhar de cada um dos presentes, uma grande ansiedade. Terminando os preparos, escolheram uma música que eles adoravam cantar e começaram.

Antes de chegar à metade da canção, uma luz muito forte surgiu no alto e tudo começou a clarear. As pessoas começaram a gritar e a rir de felicidade e ao mesmo tempo aplaudiam o grupo. Aos poucos começou acontecer uma transformação nas pessoas, seus corpos idosos se transformavam em jovens. Era uma coisa fantástica e eles quase que automáticos continuavam a cantar. Nunca cantaram com tanto sentimento. Perceberam também que o velho que os trouxe se transformou num jovem e que chorava de tanta felicidade.

Terminando a música, todos aplaudiram o grupo e agradeceram. O rei, agora bem mais novo, se aproximou e abraçou a cada um deles e disse em voz alta:

Meus queridos jovens, vocês devolveram a vida a todos os seres desta terra, jamais poderemos pagar o que fizeram. Acreditaram num desconhecido, o que não é normal e finalmente numa história que mais parecia uma loucura. Acreditaram e nos salvaram. Quero agradecer em nome de todo meu reino e quando digo meu reino, me refiro também aos animais, as plantas, os pássaros e a todo tipo de vida dessa terra, pois eles são tão importantes como são as pessoas. Esperamos daqui para frente reconstruir o que perdemos e continuar a viver em paz e harmonia, pois estes sempre foram nossos objetivos. Peço também que nunca deixem de cantar, pois a vossa música é bela.

Agora preparem-se jovens que a luz deve aparecer a qualquer momento e deverão entrar nela assim como fizeram para vir.

Quero que tenham a certeza de que nunca os esqueceremos e quando chegarem ao seu mundo, lembrem-se de que a música pode transformar tristeza em felicidade, violência  em paz, ódio em amor. Enfim, ela pode transformar as pessoas e consequentemente, o mundo.

Ao terminar o discurso do rei, os garotos que notaram com mais clareza toda a mudança que havia acontecido. Nunca tinham visto um lugar tão lindo como aquele, era um mundo maravilhoso que para eles só existia em filmes. As pessoas estavam agora felizes e cantavam sem parar. Como a música era importante para eles – Pensavam os jovens – como foi bom ajudar alguém.

De repente a luz que eles já conheciam, apareceu e então despediram de todos e entraram nela e quando perceberam estavam no mesmo lugar onde tudo começou. Perto de suas casas.

- Gente, estou bobo com tudo que aconteceu – Disse Ricardo.

- Será que aconteceu mesmo ou sonhamos – Falou Letícia.

- Fantástico, se foi um sonho, adorei – Falou Taynara.

- Caramba! que lugar legal, eu queria morar lá – Falou Matheus.

- Ora, por que você não ficou? – Brincou Jéssica.

- Pessoal, vamos combinar uma coisa. Não vamos contar isso a ninguém, é um segredo nosso.

- Até parece que alguém iria acreditar numa história doida dessa – Falou Ricardo.

Todos riram e assim se despediram e cada um voltou para sua casa e todos tinham um único pensamento. Como a música é importante para as pessoas. Só a música espanta qualquer tristeza. E aí vale aquele ditado: “Quem canta os males espanta”.

FIM