Conto de Natal
Certa vez, num orfanato triste, sem condições, sem espírito para o Natal que se aproximava, vivia uma menina, a Margarida. Vivia lá desde que se recordava, nem sabia ao certo o que significava a palavra "Natal", nem tão pouco o que era uma família unida. Tinha apenas um sonho, o sonho de sentir o calor da sua mãe a aconchegá-la, ouvir o seu pai a chamá-la... no fundo, conhecer alguém que gostasse realmente dela.Com o aproximar do Natal, os dias tornavam-se tão pesados, tão monótonos, a melancolia pairava no ar e ela não queria passar outro Natal assim. Mas os dias passavam-se, dias e dias, todos iguais, até que certo dia recebeu uma carta da assistente social. No seu interior dizia:" Exma. Margarida Rocha, recebemos a informação, de que os seus pais biológicos, que a entregaram no orfanato por não terem as condições necessárias para a constituição de uma família, finalmente conseguiram investir e reunir condições necessárias para que tal acontecesse.
Assim sendo, gostariam de a voltar a ter em casa. Aguardamos a sua resposta. Com os melhores cumprimentos, Anabela Raposo".
A felicidade e a sua alegria reflectia-se nos seus olhos e só pensava na sua resposta: "Sim!!!". E se o pensou melhor o fez, respondeu de imediato à carta recebida e o seu sonho por fim realizou-se, estava em casa com a sua família.
Os dias passaram-se e Margarida rapidamente se deu conta de que os seus pais tinham uma vida demasiado ocupada.
Era véspera de Natal e os seus pais ainda trabalhavam. Margarida ansiava pela sua chegada, sentada no tapete da sala. Quando chegaram já era demasiada tarde, mas mesmo assim Margarida ainda sorria com vontade de que o seu maior desejo, de passar um Natal em família, se concretizasse. Então os seus pais entregaram-lhe os presentes e dizendo que estavam cansados foram deitar-se.
Margarida desembrulhou todos os presentes, mas de repente, apercebeu-se de que o seu maior desejo ainda não se tinha concretizado, ainda não tinha passado um Natal em família.
Então tomou uma decisão de abandonar aquela família, preferia estar sozinha, pois sentia que não pertencia àquele lugar.
Quando os seus pais deram pela sua falta, correram desesperadamente à sua procura e rapidamente a encontraram.
Estava na praia, a olhar para as estrelas e a pensar como seria maravilhoso o Natal das estrelas todas unidas. Os seus pais chegaram à conclusão que por muitas prendas que lhe oferecessem, não lhe tinham oferecido o que de mais importante há, o Amor.
Então Margarida e os seus pais abraçaram-se e unidos, como as estrelas, passaram o Natal.
Joana Chaínho e Joana Campos, 8º A
Conto de Natal
Numa noite muito fria de Natal, a Maria, uma menina doente, estava no hospital, sozinha. Nem um barulho se ouvia. Os pais embora dissessem que se preocupavam com ela, viviam no estrangeiro e, certamente, estavam em casa com os seus amigos, a divertirem-se, mesmo sabendo que a filha estava sozinha no hospital, sem doces, sem prendas, sem amigos, sem nada!
A menina chorava, chorava, chorava mas ninguém aparecia. A sua única companhia eram os médicos e as enfermeiras, que apareciam, de vez em quando, para ver como ela estava e conversar com ela, que a tentavam confortar e falavam sobre os seus sentimentos. Os dias de natal eram sempre assim, sempre só e sem nada. Mas este ano, a tristeza dela aumentava e o seu sentimento de solidão cada vez era maior, sentia-se mal. Os dias dela eram passados numa cama a ver televisão. É triste, mas para muitos o Natal é assim! Nesse ano, nessa noite, um médico foi ao seu quarto e fez-lhe uma proposta: queria a Maria ir passar o natal a sua casa, com a sua família e amigos???
Maria, felicíssima, disse logo que sim, com grande entusiasmo.Já estava preparada mudou-se para uma cadeira de rodas e esperou pelo médico. Quando este chegou, a menina esboçou um grande sorriso, retribuído prontamente pelo médico.
O médico transportou-a para o seu carro e levou-a directamente para sua casa. Quando chegaram, Maria ficou abismada com a casa, estava toda decorada com enfeites de natal, muito bonita, havia doces, prendas e toda a família estava presente. A felicidade da menina era imensa. Os primeiros a falar com ela foram a Penélope e Salvador, os filhos do doutor, que de imediato a convidaram para ir brincar e ela, com muita satisfação, foi. Sentia--se tão feliz! Para ela aquele Natal estava a ser tão maravilhoso! De certeza o melhor Natal da vida dela! Mas ainda havia uma surpresa maior, Maria tinha uma prenda linda para receber, e quando a recebeu ficou tão contente que começou a chorar de felicidade.
E assim acaba a nossa história.
Esta história ensina-nos uma lição de vida muito importante: a bondade de uns é a felicidade de outros.
Catarina, Margarida e Mafalda,
8º B
Pobre natal
No dia 20 de Dezembro, Inês, uma menina simpática com os seus cabelos dourados que brilhavam como ouro, com o seu aspecto simples, as suas roupas gastas, e que todos os colegas gozavam com ela, vê uma colega de turma aproximar-se. Sem saber porquê Inês estremece, como que receando um mal invisível.
A colega aproxima-se e pergunta-lhe:
- Já sabes o que é que vais pedir aos teus pais no Natal?
- Não, e tu vais pedir o quê?
- Um computador lindo de morrer e uma Playstation.
Ela diz com uma cara triste:
- Eu adorava ter isso tudo, mas os meus pais não têm dinheiro para essas coisas.
- Já eu tenho tudo o que quero.
No dia seguinte, Inês chega a escola e senta-se na cadeira ao fundo na sala a ouvir a explicação que a professora estava a dar:
-Meninos, vamos fazer troca de prendas, tragam prendas para trocar entre vocês.
Ela pensou para si própria: o que é eu irei comprar com 2€ para dar à rapariga mais finória da sala, ela nunca gosta de nada!
Inês vai para casa, janta e lava os seus dentes e deita-se na sua cama, e de imediato adormece profundamente.
No dia 22 de Dezembro, Inês passa pelo MiniPreço pois tinha visto lá um ursinho tão fofinho que custava mesmo 2€. Entrou, comprou o ursinho e foi logo para a escola.
A professora diz:
- Metam todas as prendas em cima da mesa para podermos chamar os alunos correctos.
A professora entrega as prendas e a finória da turma diz:
- Mas o que é que é isto?
Ela joga a prenda directamente para o lixo e diz:
- Que porcaria!
Inês sente-se triste e com vontade de chorar.
Acabaram a aulas e Inês senta-se no largo ao pé do jardim, passa um mendigo que a vê chorar e vai ter com ela.
Ele pergunta-lhe:
- Porque chorará uma menina tão bonita?
- Nada, nada.
- Nada não, alguma coisa se passa para estares a chorar, conta-me, quem sabe eu posso ajudar-te.
- Eu não tenho dinheiro. O pouco dinheiro que tinha foi para comprar uma prenda para uma colega, e ela insultou-me. Eu queria ter-lhe dado algo melhor mas nunca tenho dinheiro.
- O dinheiro não é tudo. Eu também não tenho dinheiro e sou feliz.
- Eu sei e agradeço-te por me teres ouvido, obrigado.
Ela foi para casa.
No dia 23, Inês vai para a escola com outra cara, cara de quem é feliz com o que tem. Os insultos não lhe importam. A vida dela era melhor do que a vida de algumas pessoas que tinham dinheiro.
Acabaram as aulas, Inês foi para o bosque cortar um pinheiro para a sua árvore de natal.
Chegou a casa enfeitou a árvore com fitas de tecido velho e pinhas que faziam de bolas. Ficou simples mas bonita.
No dia 24, as férias já tinham começado e era véspera de natal. Ela ajudou a mãe a fazer doces e a limpar a casa.
Ela não tinha prendas, mas a melhor prenda que ela podia ganhar e dar era um beijo com amor, carinho e alegria.
No dia 25 de Dezembro, dia de Natal, Inês acordou alegre e vai a correr directamente para a porta, para olhar o dia.
Chega ao pé dos pais e diz:
- Feliz Natal!
Ela dá-lhe a sua prenda de Natal, um beijo e um grande abraço e pensa não há melhor prenda de Natal que a dela. Afinal a sua família pode ser pobre mas o amor de uma família é fundamental.
E assim acaba a historia de uma menina pobre e bela que no dia de Natal dá a sua família muito amor e muito carinho.
Soraia Jerónimo Nº 25
Anabela Esquina Nº 1
8º B