ESCOLA ESTADUAL MARIA DA GLÓRIA MUZZI FERREIRA
Ângela Lili Heidrich dos Santos
Simone Nogueira de Oliveira
Vera Lucia Yassuda
Yuriko Sato de Vasconcelos
APRENDENDO A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
DOURADOS/MS, 2008
ESCOLA ESTADUAL MARIA DA GLÓRIA MUZZI FERREIRA
Angela Lili Heidrich dos Santos
Simone Nogueira de Oliveira
Vera Lucia Yassuda
Yuriko Sato de Vasconcelos
APRENDENDO A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Projeto apresentado ao Curso: Uso de Novas Tecnologias na Educação Especial, ministrado no NTE – Núcleo de Tecnologia Educacional, sob orientação da professora multiplicadora Lucimeire.
DOURADOS/MS, 2008
Além de envolver todos esses segmentos ainda é necessária a implantação de políticas públicas que garantam o acesso, à permanência e o sucesso do aluno com necessidades educacionais especiais. Na sua trajetória é fundamental que o ensino regular busque “(...) compromisso de viabilização de uma educação de qualidade, como direito da população, que impõe aos sistemas escolares a organização de uma diversidade de recursos educacionais.” (SOUSA & PRIETO, 2002, p. 124).
A garantia do direito de todos à educação, à propagação das idéias de inclusão das pessoas com necessidades especiais no ensino regular, fizeram com que muitos surdos se matriculassem nas escolas regulares.
Essa garantia de acesso à escola regular e a garantia de terem direitos de cidadãos como: o respeito à Língua de Sinais, a um ensino de qualidade, acesso aos meios de comunicação (legendas e uso do SURTEL) e serviços de intérpretes de LIBRAS e ainda uso nas escolas da Filosofia de Educação Bilíngüe, demonstra que o Brasil abraçou a inclusão.
Nós, professores, como sujeitos atuantes no processo educativo, precisamos ajudar a quebrar as barreiras lingüísticas e pedagógicas que interferem na inclusão escolar dos alunos com surdez.
Diante das grandes dificuldades que deparamos com a educação dos surdos no Brasil, ainda temos muito a pesquisar, estudar e resolver.
Em relação à educação pública no Brasil, é muito raro encontrarmos escolas que utilizem a língua de sinais em sala de aula apesar da oficialização da LIBRAS. O que ocorre em muitos casos é que os alunos conversam entre si pela Língua de Sinais, mas as aulas são ministradas em Língua Portuguesa e quase não há intérpretes em sala de aula (Dourados é exceção). Os professores ouvintes na sua grande maioria não conhecem a LIBRAS o que impossibilita a comunicação entre professores e alunos surdos. Muitos alunos surdos brasileiros e seus familiares também não conhecem a LIBRAS e, por conseguinte não participam da comunidade surda.
O sujeito surdo que não consegue se comunicar com a sociedade de um modo geral, se sente isolado e discriminado pelas outras pessoas.
Segundo VYGOTSKI, 1998 a linguagem permeia essa questão da comunicação, uma vez que é através dela que nos diferenciamos dos outros animais e também assumimos a condição de Seres Humanos, já que é a forma principal de expressão de pensamentos e o instrumento psicológico essencial à constituição das funções psicológicas superiores. Sendo assim, a linguagem tem um papel importante na constituição da identidade das pessoas surdas.
A inclusão de pessoas com surdez nas escolas comuns requer que se busquem meios para beneficiar sua participação e aprendizagem tanto na sala de aula como no atendimento educacional especializado. Conforme DORZIAT (1998), o aperfeiçoamento da escola comum em favor de todos os alunos é primordial. E que os professores precisam conhecer e usar a Língua de Sinais, entretanto, deve-se considerar que a simples adoção dessa língua não é suficiente para escolarizar o aluno com surdez. Assim, a escola comum precisa implementar ações que tenham sentido para os alunos em geral e que esse sentido possa ser compartilhado com alunos com surdez.
Sendo assim, considerando a necessidade de criarmos um ambiente educacional estimulador nesta Unidade Escolar que desafie o pensamento e que explore a capacidade de todos os alunos em todos os sentidos, preparamos este projeto que visa oportunizar a aprendizagem da LIBRAS aos alunos ouvintes ou não da turma do ......ano do ensino fundamental, turno vespertino, utilizando estratégias de ação voltadas para o desenvolvimento de interações sociais e de relações sociais estáveis do aluno surdo no contexto da sala de aula inclusiva
III. OBJETIVOS
Sensibilizar e conscientizar a importância da LIBRAS como forma de comunicar entre os alunos surdos e alunos ouvintes, promovendo a inclusão e a cidadania através de interações e relações sociais estáveis.
Oportunizar e incentivar o uso e o acesso a LIBRAS para o aluno surdo e/ou alunos ouvintes visando à comunicação entre eles e melhorando assim a prática pedagógica;
Proporcionar diferentes atividades que utilizam a LIBRAS na comunicação, informação e educação do surdo, seja dentro e/ou fora da escola.
O projeto de Educação Especial “aprendendo língua de sinais” acontecerá na E.E. Maria da Glória Muzzi Ferreira e será realizado pelos alunos do 2º ano A do ensino fundamental no período vespertino.
Em primeiro lugar o assunto abordado pelo projeto será explorado em sala de aula pelo curso do NTE e os alunos. Em seguida objetivando maior interação dos sinais, os alunos irão identificar os sinais com as palavras.
Dando seqüência, as alunas do curso do NTE e os educandos na sala de tecnologia, farão usos dos recursos oferecidos principalmente pelo computador, onde o jogo ciranda da inclusão será utilizado para o jogo da memória e os números, e em outro momento utilizaremos o Power Point contribuirá significativamente para a produção de slide, os quais conterão os resultados e divulgação da pesquisa proposta pelo projeto.
As ações realizadas em cada etapa do projeto serão registradas, documentada e gravadas em CDS e pendrive.
V.a. Humanos
Atividades | C. H | Local | Custo(R$) /Hora | Total (R$) |
Aulas Teóricas | 40h | NTE | - | - |
Aulas Práticas | 20h | Ambiente escolar | - | - |
Total A | - |
V.b. Materiais
Itens | Quantidade | Custo Unitário (R$) | Custo Total (R$) |
Fotocópias | 25 | 0,60 | 10,00 |
Computadores e seus aplicativos | 07 | - | - |
Televisão | 01 | - | - |
DVD | 01 | - | - |
Câmera Digital | 01 | - | - |
Pen drive | 01 | - | - |
CD | 02 | - | - |
Papel Manilha | 3m | - | - |
Linha | 1 | 3,00 | 3,00 |
TNT | 3 | 4,00 | 12,00 |
Costura | 5,00 | 5,00 | |
Cartolina | 10 | 0,50 | 5,00 |
V.c. Total
Sub-Totais | |
Fotocópias | 10,00 |
Linha | 3,00 |
TNT | 12,00 |
Costura | 5,00 |
Cartolina | 5,00 |
TOTAL | 35,00 |
Temas abordados | Conteúdo | Professor responsável |
Ensino da Libras | Música | Angela, Vera, Simone e Yuriko. |
Jogo da Memória | ||
Desenhos no Paint | ||
Conhecendo os números | ||
Identificando os sinais |
A avaliação do projeto acontecerá de forma gradativa, sistemática e contínua, através da participação das atividades em cada etapa do trabalho.
Após o desenvolvimento e execução do projeto os resultados obtidos serão apresentados à comunidade através da comunicação presente no ambiente escolar.
ATIVIDADES | Jun./08 | Jul./08 | Ago./08 | Set./08 |
1- Curso presencial no NTE | (04/06-09/07) | |||
2- Elaboração do Projeto | (09/07-23/07) | |||
3- Apresentação do Projeto aos orientadores do NTE | (02-08) | |||
4- Desenvolvimento do Projeto em ambiente escolar | X | x | ||
5- Apresentação dos resultados ao NTE | X (19/09) | |||
6- Apresentação do relatório dos resultados ao NTE | X (19/09) |
ATIVIDADES | Responsáveis | conteúdo | Local | Data | C.H |
1-Elaboração do projeto | NTE | 12h | |||
2- Apresentação do projeto para a Direção escolar e a professora regente | Escola Maria da Glória | 28/07/08 | 30m | ||
2- Aula teórica sobre Língua de Sinais. | Yuriko | Língua de Sinais | Sala de aula | 05/08/08 | 1h |
3- Jogo da memória e conhecer os números. | Yuriko e Angela | Língua de Sinais | STE | 13/08/08 | 1h |
4- Apresentação da música Borboletinha no DVD. | Yuriko | Língua de Sinais | Sala de aula | 17/08/08 | 30m |
5- Ensaio da Música “Borboletinha”. | Yuriko | Língua de Sinais | Sala de DVD | 1508/08 | 1h |
6- Desenho no Paint. | Yuriko e Vera | Língua de Sinais | STE | 19/08/08 | 2h |
7- Identificar as palavras da música através dos sinais. | Yuriko | Língua de Sinais | Sala de aula | 27/08/08 | 1h |
8- Apresentação da música para a escola. | Yuriko e Vera | Língua de Sinais | Pátio da escola | 04/09/08 | 1h |
Parceiros, colaboradores e Orientadores. | ||||
Nº | Nome Completo | Função | Telefone (s) | |
1 | Ângela Lili Heidrich dos Santos | Educadora | 34264899 | angelaheidrich@hotmail.com |
2 | Simone Nogueira de Oliveira | Educadora | 92810713 | Si_23nogueira@yahoo.com.br |
3 | Vera Lucia Yassuda | Educadora | 34222033 | verayassuda@hotmail.com |
4 | Yuriko Sato de Vasconcelos | Educadora | 34214316 | Yurikosato38@hotmail.com |
O Projeto “Aprendendo Língua brasileira de Sinais” foi realizado na Escola Estadual Maria da Glória Muzzi Ferreira durante os meses de agosto e setembro de 2008, com a turma do 2º ano A vespertino num total de 20 alunos, sendo 11 meninos e 09 meninas. Quatro (4) deles são educandos com necessidades educacionais especiais, Surdez (DA), Hidrocefalia com deficiência física necessitando de andador para se locomover, Hiperatividade com deficiência intelectual leve e ainda um aluno com colonostomia.
A média de idade dos alunos é de 07 à 10 anos e as atividades propostas foram bem aceitas pela turma com resultados positivos.
A falta de adequações físicas no calçamento do pátio da escola dificultou as idas e vindas de alguns alunos da sala de aula para a sala de tecnologia, pois no percurso existem degraus e barrancos, tornando assim visivel a falta de acessibilidade naquela área especifica do pátio escolar.
Sugerimos que o acesso à sala de tecnologia educacional seja providenciado o mai breve possível tornando viável que maior número de alunos possa usufluir desse recursoexistente na escola.
1. DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo, Atendimento Educacional.
Especializado – Pessoa com Surdez, São Paulo: MEC/SEESP,
2007. 52 p.