Published using Google Docs
APRENDENDO A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS.doc
Updated automatically every 5 minutes

ESCOLA ESTADUAL MARIA DA GLÓRIA MUZZI FERREIRA

                     

                                                           Ângela Lili Heidrich dos Santos

                               Simone Nogueira de Oliveira

                                                           Vera Lucia Yassuda

                                                          Yuriko Sato de Vasconcelos

                             

APRENDENDO A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

DOURADOS/MS, 2008


ESCOLA ESTADUAL MARIA DA GLÓRIA MUZZI FERREIRA

                                                         Angela Lili Heidrich dos Santos

                           Simone Nogueira de Oliveira

                                                         Vera Lucia Yassuda

                                                         Yuriko Sato de Vasconcelos

                             

APRENDENDO A LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Projeto apresentado ao Curso: Uso de Novas Tecnologias na Educação Especial, ministrado no NTE – Núcleo de Tecnologia Educacional, sob orientação da professora multiplicadora Lucimeire.

                                DOURADOS/MS, 2008


  1. INTRODUÇÃO

Seguindo as tendências mundiais, a partir da Conferencia Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade (Declaração de Salamanca) 1994, que dispõe sobre a obrigatoriedade das escolas de acolher todas as crianças, independentemente de suas condições pessoais, o Ministério da Educação desenvolveu a política da educação inclusiva que pressupõe a transformação do Ensino Regular e da Educação Especial, implementando diretrizes e ações que reorganizam os serviços de atendimento educacional especializado oferecido no Brasil aos alunos com deficiências e/ou altas habilidades/superlotação visando à complementação da sua formação:

(...) colocar para o sistema de ensino e para as escolas o desafio de construir coletivamente condições para atender bem a diversidade de seus alunos. Concretamente, esse construir junto requer, disposição para dialogar, aprender, compartilhar e trabalhar de maneira integrada no processo de mudança de gestão e da prática pedagógica. Isso quer dizer que o caminho da mudança também deve ser inclusivo, não se restringindo às instâncias educacionais da União, Estados, Distritos Federais e Municípios, tampouco aos setores responsáveis pela educação nas diferentes esferas. Além da articulação em nível de governo, toda comunidade escolar – alunos que apresentam ou não necessidades especiais, professores, família, direção da escola, funcionários – bem como as entidades de pessoas com deficiência, as instituições de ensino superior, e de pesquisa... e outros segmentos da sociedade devem interagir nesse processo (BRASIL, 2001, p.6).

        Além de envolver todos esses segmentos ainda é necessária a implantação de políticas públicas que garantam o acesso, à permanência e o sucesso do aluno com necessidades educacionais especiais. Na sua trajetória é fundamental que o ensino regular busque “(...) compromisso de viabilização de uma educação de qualidade, como direito da população, que impõe aos sistemas escolares a organização de uma diversidade de recursos educacionais.” (SOUSA & PRIETO, 2002, p. 124).

        A garantia do direito de todos à educação, à propagação das idéias de inclusão das pessoas com necessidades especiais no ensino regular, fizeram com que muitos surdos se matriculassem nas escolas regulares.

        Essa garantia de acesso à escola regular e a garantia de terem direitos de cidadãos como: o respeito à Língua de Sinais, a um ensino de qualidade, acesso aos meios de comunicação (legendas e uso do SURTEL) e serviços de intérpretes de LIBRAS e ainda uso nas escolas da Filosofia de Educação Bilíngüe, demonstra que o Brasil abraçou a inclusão.

        Nós, professores, como sujeitos atuantes no processo educativo, precisamos ajudar a quebrar as barreiras lingüísticas e pedagógicas que interferem na inclusão escolar dos alunos com surdez.

                

II-JUSTIFICATIVA

Diante das grandes dificuldades que deparamos com a educação dos surdos no Brasil, ainda temos muito a pesquisar, estudar e resolver.

        Em relação à educação pública no Brasil, é muito raro encontrarmos escolas que utilizem a língua de sinais em sala de aula apesar da oficialização da LIBRAS. O que ocorre em muitos casos é que os alunos conversam entre si pela Língua de Sinais, mas as aulas são ministradas em Língua Portuguesa e quase não há intérpretes em sala de aula (Dourados é exceção). Os professores ouvintes na sua grande maioria não conhecem a LIBRAS o que impossibilita a comunicação entre professores e alunos surdos. Muitos alunos surdos brasileiros e seus familiares também não conhecem a LIBRAS e, por conseguinte não participam da comunidade surda.

        O sujeito surdo que não consegue se comunicar com a sociedade de um modo geral, se sente isolado e discriminado pelas outras pessoas.

        Segundo VYGOTSKI, 1998 a linguagem permeia essa questão da comunicação, uma vez que é através dela que nos diferenciamos dos outros animais e também assumimos a condição de Seres Humanos, já que é a forma principal de expressão de pensamentos e o instrumento psicológico essencial à constituição das funções psicológicas superiores. Sendo assim, a linguagem tem um papel importante na constituição da identidade das pessoas surdas.

        A inclusão de pessoas com surdez nas escolas comuns requer que se busquem meios para beneficiar sua participação e aprendizagem tanto na sala de aula como no atendimento educacional especializado. Conforme DORZIAT (1998), o aperfeiçoamento da escola comum em favor de todos os alunos é primordial. E que os professores precisam conhecer e usar a Língua de Sinais, entretanto, deve-se considerar que a simples adoção dessa língua não é suficiente para escolarizar o aluno com surdez. Assim, a escola comum precisa implementar ações que tenham sentido para os alunos em geral e que esse sentido possa ser compartilhado com alunos com surdez.

Sendo assim, considerando a necessidade de criarmos um ambiente educacional estimulador nesta Unidade Escolar que desafie o pensamento e que explore a capacidade de todos os alunos em todos os sentidos, preparamos este projeto que visa oportunizar a aprendizagem da LIBRAS aos alunos ouvintes ou não da turma do ......ano do ensino fundamental, turno vespertino, utilizando estratégias de ação voltadas para o desenvolvimento de interações sociais e de relações sociais estáveis do aluno surdo no contexto da sala de aula inclusiva

III. OBJETIVOS

III. I - GERAL

 Sensibilizar e conscientizar a importância da LIBRAS como forma de comunicar entre os alunos surdos e alunos ouvintes, promovendo a inclusão e a cidadania através de interações e relações sociais estáveis.

III. II - ESPECIFICOS

 Oportunizar e incentivar o uso e o acesso a LIBRAS para o aluno surdo e/ou alunos ouvintes visando à comunicação entre eles e melhorando assim a prática pedagógica;

Proporcionar diferentes atividades que utilizam a LIBRAS na comunicação, informação e educação do surdo, seja dentro e/ou fora da escola.

 

IV.   METODOLOGIA

O projeto de Educação Especial “aprendendo língua de sinais” acontecerá na E.E. Maria da Glória Muzzi Ferreira e será realizado pelos alunos do 2º ano A do ensino fundamental no período vespertino.

Em primeiro lugar o assunto abordado pelo projeto será explorado em sala de aula pelo curso do NTE e os alunos. Em seguida objetivando maior interação dos sinais, os alunos irão identificar os sinais com as palavras.

Dando seqüência, as alunas do curso do NTE e os educandos na sala de tecnologia, farão usos dos recursos oferecidos principalmente pelo computador, onde o jogo ciranda da inclusão será utilizado para o jogo da memória e os números, e em outro momento utilizaremos o Power Point contribuirá significativamente para a produção de slide, os quais conterão os resultados e divulgação da pesquisa proposta pelo projeto.

As ações realizadas em cada etapa do projeto serão registradas, documentada e gravadas em CDS e pendrive.

V. RECURSOS E ORÇAMENTO

V.a. Humanos

Atividades

C. H

Local

Custo(R$) /Hora

Total (R$)

Aulas Teóricas

40h

NTE

    -

      -

Aulas Práticas

20h

Ambiente escolar

    -

      -

Total A

       -

V.b. Materiais

Itens

Quantidade

Custo Unitário (R$)

Custo Total

(R$)

Fotocópias

25

0,60

10,00

Computadores e seus aplicativos

07

    -

    -

Televisão

01

    -

    -

DVD

01

    -

    -

Câmera Digital

01

    -

    -

Pen drive

01

    -

    -

CD

02

    -

    -

Papel Manilha

3m

    -

    -

Linha

1

3,00

3,00

TNT

3

4,00

12,00

Costura

5,00

5,00

Cartolina

10

0,50

5,00

V.c. Total

Sub-Totais

Fotocópias

10,00

Linha

3,00

TNT

12,00

Costura

5,00

Cartolina

5,00

TOTAL

35,00

VI.  CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Temas abordados

Conteúdo

Professor responsável

Ensino da Libras

Música

Angela, Vera, Simone e Yuriko.

Jogo da Memória

Desenhos no Paint

Conhecendo os números

Identificando os sinais

  1. AVALIAÇÃO

A avaliação do projeto acontecerá de forma gradativa, sistemática e contínua, através da participação das atividades em cada etapa do trabalho.

 Após o desenvolvimento e execução do projeto os resultados obtidos serão apresentados à comunidade através da comunicação presente no ambiente escolar.

VIII. CRONOGRAMA DO CURSO

ATIVIDADES

Jun./08

Jul./08

Ago./08

Set./08

1- Curso presencial no NTE

 (04/06-09/07)

2- Elaboração do Projeto

(09/07-23/07)

3- Apresentação do Projeto aos orientadores do NTE

(02-08)

4- Desenvolvimento do Projeto em ambiente escolar

X

x

5- Apresentação dos resultados ao NTE

X

(19/09)

6- Apresentação do relatório dos resultados ao NTE

X

(19/09)

IX. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO PROJETO

ATIVIDADES

Responsáveis

conteúdo

Local

Data

C.H

1-Elaboração do projeto

NTE

12h

2- Apresentação do projeto para a Direção escolar e a professora regente

Escola Maria da Glória

28/07/08

30m

2- Aula teórica sobre Língua de Sinais.

Yuriko

Língua de Sinais

Sala de aula

05/08/08

1h

3- Jogo da memória e conhecer os números.

Yuriko e Angela

Língua de Sinais

STE

13/08/08

1h

4- Apresentação da música Borboletinha no DVD.

Yuriko

Língua de Sinais

Sala de aula

17/08/08

30m

5- Ensaio da Música “Borboletinha”.

Yuriko

Língua de Sinais

Sala de DVD

1508/08

1h

6- Desenho no Paint.

Yuriko e Vera

Língua de Sinais

STE

19/08/08

2h

7- Identificar as palavras da música através dos sinais.

Yuriko

Língua de Sinais

Sala de aula

27/08/08

1h

8- Apresentação da música para a escola.

Yuriko e Vera

Língua de Sinais

Pátio da escola

04/09/08

1h

X. DIVULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO

X.I. CONTATOS

Parceiros, colaboradores e Orientadores.

Nome Completo

Função

Telefone (s)

e-mail

1

Ângela Lili Heidrich dos Santos

Educadora

34264899

angelaheidrich@hotmail.com

2

Simone Nogueira de Oliveira

Educadora

92810713

Si_23nogueira@yahoo.com.br

3

Vera Lucia Yassuda

Educadora

34222033

verayassuda@hotmail.com

4

                             Yuriko Sato de Vasconcelos

Educadora

34214316

Yurikosato38@hotmail.com

XII. RELATÓRIO FINAL.

O Projeto “Aprendendo Língua brasileira de Sinais” foi realizado na Escola Estadual Maria da Glória Muzzi Ferreira durante os meses de agosto e setembro de 2008, com a turma do 2º ano A vespertino num total de 20 alunos, sendo 11 meninos e 09 meninas. Quatro (4) deles são educandos com  necessidades educacionais  especiais, Surdez (DA), Hidrocefalia com deficiência física necessitando de andador para se locomover, Hiperatividade com deficiência intelectual leve e ainda um aluno com colonostomia.

A média de idade dos alunos é de 07 à 10 anos e as atividades propostas foram bem aceitas pela turma com resultados positivos.

A falta de adequações físicas no calçamento do pátio da escola dificultou as idas e vindas de alguns alunos da sala de aula para a sala de tecnologia, pois no percurso existem degraus e barrancos, tornando assim visivel a falta de acessibilidade naquela área especifica do pátio escolar.

Sugerimos que o acesso à sala de tecnologia educacional seja providenciado o mai breve possível tornando viável que maior número de alunos possa usufluir  desse recursoexistente na escola.

 

XII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo, Atendimento Educacional.

               Especializado – Pessoa com Surdez, São Paulo: MEC/SEESP,

               2007. 52 p.

  1. DUK, Cynthia – EDUCAR NA DIVERSIDADE: material de formação docente, 3. edição – Brasília: (MEC, SEESP), 2006. 266 p.

  1. Experiências Educacionais Inclusivas II: Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade / Organizadora, Berenice Weissheimer Roth, - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2008. 168 p.

  1. HONORA, Márcia e Mary Lopes Esteves Frizanco – CIRANDA DA INCLUSÃO – Deficiência Auditiva.  Ed. Ciranda Cultural – São Paulo – SP, 120p. 

  1. PAULON, Simone Mainieri: Educação Inclusiva: Documento Subsidiário à Política de Inclusão. Simone Mainieri Paulon, Lia Beatriz de Lucca Freitas, Gerson Smiech Pinho. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005. 48 p.

  1. SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO: Desenvolvendo Competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos. – Brasília, 2005. 116 p.