LER, ESCREVER, INTERPRETAR E ORALIZAR
Poder conjugar esses verbos corretamente em todos os tempos, modos e por todas as pessoas é uma Utopia. Como nos diz Galeano (1979), para que serve mesmo a UTOPIA?. Isso mesmo, serve para caminhar. Melhor dizendo, serve para vislumbrar ao longe por onde é o caminho e seguir trilhando.
Mais do que um curso ou um concurso a OLP (Olimpíada de Portuguesa) traz em sua metodologia os pressupostos para a construção desse caminhar. Ler, escrever, interpretar expressar. Dizer o que se sabe e o que ainda não se sabe de todos os jeitos, de muitos jeitos utilizando-se dos gêneros do discurso, das tipologias textuais, que são criações humanas, portanto, dialógicas e contextuais como nos diz Bakthin.
Portanto, convido você professor e vocês professoras participantes da capacitação, da OLP para melhorar ainda mais a conjugação desses verbos, vamos conversar, ou melhor, vamos escrever sobre esse maravilhoso trabalho que vocês desenvolvem no seu cotidiano com os estudantes, quando ensinam os usos e saberes da Língua Portuguesa.
Recuperar as discussões e o entendimento que temos sobre COMO PODEMOS ENSINAR UTILIZANDO-SE DOS GÊNEROS DO DISCURSO E DAS TIPOLOGIAS TEXTUAIS EM SALA DE AULA PARA DAR SENTIDO AO ENSINO E APRENDIZAGEM DA ESCRITA é o nosso desafio.VAMOS LÁ...... (Cleusa)
Trabalhando esses gêneros estaremos trabalhando todos os conteúdos propostos para cada ano letivo, de forma mais criativa e atraente. Também, envolvendo a participação dos pais e familiares na construção do conhecimento e em sua amplitude (Professora Sirley)
Para mim trabalhar com Gêneros Textuais é bem gratificante instiga o aluno não só produzir um texto dissertativo por exemplo, mas, como se faz uma carta , um bilhete, textos esses que já se perderam no nosso cotidiano.(Professora: Juliane)
O momento conto de causos, é uma das formas de se conseguir o desenvolvimento da oralidade e a quebra da timidez de muitos estudantes. Fazê-los trazerem pequenas histórias contadas por seus pais, avós, tios e pessoas de seu relacionamento, dá-lhes segurança para escreverem dentro de um contexto bastante original e familiar. Surgem histórias sobre-naturais, crendices, fábulas e piadas que tornam a aula bastante dinâmica onde o professor deve ser o mediador evitando que todos falem ao mesmo tempo. Prof. Guilherme
A produção de textos é instigadora e curiosa, eu, quando trabalho com meus alunos tipos de textos, viajo! Não consigo parar e o tempo flui. Fazer análises, produzir cartas, identificar uma página de diário, um conto, uma fábula, um reconto é mergulhar no maravilhoso mundo da leitura.
Leio para eles, é muito engraçado, eles ficam esperando. Quando professora você vai continuar? No momento estou lendo para a 7ª série “O Pequeno Principe”, quanta informação. Eles adoram. Leio um pouco por semana. A experiência é muito positiva. (Ionara).
Olá Profs.!
Parece que pouca gente tem tempo para acessar o blog, temos que tirar um pouco de tempo para isto. Nossos alunos são importantes demais para que nos os deixemos curiosos, porem devemos auxiliá-los a se encontrarem nesses espaços. Acredito também no potencial de nossos mestres, devem estar um pouco assustados com as novas tecnologias, apesar de ela ainda estar uma....(Prof. Guilherme).
Esse é um dos desafios do cenário atual, como você bem destaca professor. Continuar conjugando o verbo escrever, só que utilizando-se não da lousa individual e da pedra de escrita, nem da pena e tinteiro como nossos avós e pais, mas dos recursos midiáticos da informatização da comunicação (Cleusa).
Penso que ensinar a conjugar estes verbos na prática é ensinar e aprender com os alunos a dar sentido ao que se faz e só assim querer fazer cada vez mais, pois, somente quando se compreende o que se está fazendo e se vê razão para fazê-lo é que nos dedicamos realmente e agimos de coração.
Também acredito que os professores ainda não se habituaram a utilizar o blog para registrar suas aulas, assim como as demais TICs, porque ainda não compreenderam o sentido e a importância disto. Mas os alunos já e quando são incentivados, produzem muito mais e refletem sobre o que fazem.
No dia 28 de abril defenderei meu TCC da pós em Mídias na Educação, cujo tema é o “o uso e aplicabilidades das mídias no ensino de línguas”, falando exatamente sobre isso.
Quanto à leitura de livros, sempre escolho um para ler pra turma e eles gostam (eu também sempre gostei e fazer isso me traz boas lembranças, me sinto realmente professora).
Esta semana que passou, li o “Agora estamos em paz”. A reação dos alunos do ensino médio me fez compreender a realidades de algumas de suas famílias e o comportamento deles em sala. Isso é o que eu chamo de ensino-aprendizagem.
Eu gosto também de fazer aula de ouvir, na qual eu os deixo bem à vontade e ligo um CD com uma interpretação de um gênero literário. No começo do ano eles odeiam, mas com o tempo aprendem a gostar e pedem para fazer mais vezes. Acredito que nossos adolescentes estejam pouco acostumados a realmente ouvir e que fazer esta atividade, além de ajudar no desenvolvimento do seu cérebro, também ajuda a ensiná-los que ouvir pode ser bom, interessante, importante e produtivo. Talvez eles respeitem um pouco mais aos outros e ouçam com mais atenção quando alguém fala (Profª Alice Cavagnoli).
ATÉ O MOMENTO EU ESTAVA LENDO E PENSANDO “QUANTAS IDEIAS TEMOS PARA CONTRIBUIR?!” VOLTEI AO TÍTULO DESTE TEXTO E A PRIMEIRA PALAVRAS ESCRITA É “LER” FOI O QUE CADA UM FEZ E NA SEQUÊNCIA ESCREVEU. PENSANDO O QUE EU ESCREVERIA PERCEBI O QUANTO É IMPORTANTE A SOCIALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO E, A BASE É A LEITURA... (NOELI T. K.)
A leitura é fundamental, uma vez na semana fizemos aula de leitura. Para esta aula propus aos meus alunos um calendário, que fica localizado ao lado do quadro. Toda semana um aluno é responsável por um texto para a socialização com os colegas. O texto pode ser de qualquer tipo; notícia, conto, receita, informe, classificados. Os alunos ficam ansiosos para que chegue logo sua vez. É maravilhoso perceber a participação e empenho deles. Temos agendado o calendário até o fim do 1º semestre, depois outra equipe fará parte do calendário. Ah! para lembrar, eu estou lendo “O Pequeno Principe” para eles e este momento é reservado com muito cuidado e carinho. A prática da leitura faz com que sejam bons escritores. (Ionara).
No início do ano letivo eu combino com os alunos para haver uma apresentação inicial seguindo a ordem de chamada, um, dois ou até três alunos (dependendo do número de alunos por turma) preparam uma leitura de seu agrado (mensagens, fábulas, crônicas,...) no 1º bimestre, para o 2º bimestre realizam contações de histórias, no 3ºbimestre declamações de poesias e no 4°bimestre a oratória onde é determinado um tempo, geralmente entre 3 a 5 minutos, e o assunto é livre do interesse do aluno, sugere-se biografias, profissões, curiosidades,... (Noeli T)
LER, ESCREVER, INTERPRETAR E ORALIZAR De fato, conjugar todos esses verbos na língua, não é coisa para poucos. Exige diálogos, interação, conhecimento, circulação de saberes e leituras, muitas leituras, de variados sabores, cores e aromas. Para cada situação, para cada contexto comunicativo, intenções comunicativas, existem situações de comunicação que exigem graus de formalidade diferentes, Vou dissertar sobre um dos verbos que ultimamente tenho refletido: A oralização. Com o devido cuidado para que não se crie a falsa ideia de que a fala se opõe a escrita e de que ambas são diferentes. Elas guardam diferenças sim, mas muitas singularidades também. Somos sabedores das problemáticas que o ensino da língua sempre tem enfrentado. Pouco se lê, pouco se escreve, mal se interpreta e a oralidade? Percebo que a maioria de nossos interlocutores tem dificuldade para posicionar-se de maneira critica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o dialogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas. Percebo que quando o nosso interlocutor busca se expressar pensando nas diferentes esferas sociais, considerando a situação que seu texto vai circular, ele precisará articular construções orais que precisam tanto ou mais de raciocínio, de argumentos para se fazer ouvido.Venho refletindo sobre isso e, timidamente propondo mais atividades de oralidade orientada.(Clecir)
Leitura, interpretação e produção de texto,ainda considero a mais importante atividade para ser trabalhada em sala de aula,o aluno acima de tudo precisa conhecer as diversidades textuais, e para isso é necessário muita leitura, conhecer textos diferentes e saber interpretá-los. Com uma boa leitura o aluno também terá um conhecimento mais amplo e fará uma melhor interpretação e isso o levará automaticamente a uma melhor produção textual. (Nair)
A leitura tem o poder de transformar nossas palavras mais sofisticadas e atraentes, ela faz com que que cada palavra posta de uma maneira correta transmita mais confiança e harmonia a quem lê. Sabe-se que, quem lê consegue ter o mundo em suas mãos, porque interpretar o que se lê são poucos os que detém esse poder. Por isso sem leitura não temos como interpretar e produzir. Assim na escola, quanto mais despertamos a vontade de ler aos nossos alunos maior será a capacidade de nos tornarmos professores realizados com o que almejamos,(Tânia Taffarel)
Constatamos por vários depoimentos e práticas que muitos são os professores que já absorveram vários conceitos de estudos linguísticos recentes que apontam para uma nova metodologia de ensino ao considerar a escrita de boa qualidade não como um dom, mas como resultado de um processo que exige prática e estudo. Assim como a leitura e a escrita têm funções sociais e que sua apropriação possibilita a constituição de habilidades essenciais para que os alunos se tornem cidadãos, diversos professores buscam no ensino das particularidades de inúmeros gêneros textuais, produzidos nos diferentes tipos de interações trabalhar/empregar cada vez mais orientações claras e precisas a fim de que seus alunos escrevam bem.Clecir)
A leitura nos cerca, diariamente, que bom; podemos usar isso a nosso favor... Gosto de ouvir o que meus alunos estão lendo, assistindo, fazendo.
Sempre oportunizo a todos um espaço, um momento especial para que haja interação, conversa sobre o que fizeram no fim de semana, por exemplo. Eles precisam de oportunidade primeiramente, para expor aquilo que dominam bem, ou seja, têm conhecimento, depois, a partir daí, é possível propor uma redação, relato escrito, apresentação de um livro.
Faço leituras também de diversos gêneros e solicito que a cada semana, eles também participem, trazendo exemplos e atividades que eles sintam prazer em apresentar. Depois, é feito um painel com várias tipologias e gêneros. Torna-se uma atividade prazerosa e diferente. (Cláudia Stolarski)
Observando os registros teóricos da literatura que orienta o ensino da língua portuguesa e concordando com os pensadores Bakthin e Vygotski, vê-se que “Escrever não é um talento natural. É uma habilidade que pode ser desenvolvida, mas que exige do autor um trabalho artesanal, resultado de sucessivas versões , de muitas idas e vindas”. ( In: Revista na Ponta do lápis nº 09, Ano 2011). Também, Graciliano Ramos metaforiza sobre o processo da escrita, ele nos diz que ao escrever devemos seguir o exemplo das “lavadeiras de Alagoas”. Elas primeiro molham a roupa para a primeira lavada, ensaboam e torcem. Molham novamente e voltam a torcer. Ensaboam e passam anil, torcem uma, duas e até três vezes. Depois enxaguam, dão mais uma molhada e batem, torcem até não sair mais um pingo. Somente depois de tudo isso elas penduram a roupa no varal. “Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa”, diz o autor. Portanto, escrever exige trabalho, dedicação, persistência, reflexão, intenção e conhecimento; idéia que comungo plenamente. (Cleusa)
A leitura e a escrita são habilidades que precisam ser desenvolvidas pelo aluno. A escola deve proporcionar as várias formas de aprendizagem para que obtenha resultados positivos. O prazer pela leitura deve ser despertado nos primeiros anos da vida escolar. (Neila Zimmermann)
A leitura faz com que os alunos desenvolvam suas habilidades como a compreensão e a interpretação, além de desenvolver a criatividade, despertando sua consciência crítica e facilitando sua participação na sociedade. Portanto, ela oportuniza e melhora as competências intelectuais do leitor, sendo fundamental para seu desenvolvimento social e pessoal. (Vanete D.)
Olá profes.
Para mim está sendo muito importante cada momento do curso e principalmente os contatos com os professores de português, pois estou trabalhando a disciplina, mas não tenho habilitação. Fiz magistério e estou no penúltimo semestre em Artes Visuais. É muito gratificante pra mim, poder trabalhar esta disciplina, pois a cada planejamento é uma hora de estudo, onde estudo para que eu possa passar o conteúdo da melhor forma possível e com muita clareza. E, em relação a produção de textos, trabalho muito com meus alunos, pois acredito que a partir do momento em que saibam escrever conseguem desenvolver outras habilidades. (Veridiana).
Concluindo, percebo que tanto eu, como muitos de nós professores, precisamos praticar mais a conjugação dos verbos ler, escrever e comunicar. O desafio educacional é que todos tenhamos esse domínio e o façamos com muita propriedade. A educação e o mundo serão melhores quando EU FAÇO, TU FAZES, ELE/ELA FAZ, NÓS FAZEMOS, VÓS FAZEIS, ELES FAZEM; TODOS FAZEMOS.
FICA O DESAFIO E O CONVITE DE PERSEVERAR NESSE PROPÓSITO; PORQUE A UTOPIA ALÉM DE SERVIR PARA CAMINHAR, ELA É O CAMINHO. (Cleusa).
Saber e ensinar através da análise das marcas de gêneros textuais, para mim, é como o ovo de Colombo. Caminhando nessa direção temos tudo o que precisamos para as nossas aulas de uma maneira fácil, diversificada, atrativa e que promete resultados. (Profe Luíza)
Assim como a população,os alunos leem pouco ou quase nada. Nós como educadores devemos “cativar” o gosto pelas leituras, escritas, palavras... Mostrar que através das letras podemos sonhar e imaginar lugares até impossíveis de serem reais. Tendo sempre esta ideologia: quem lê: escreve bem, fala bem, critica e argumenta com fundamentação através de qualquer assunto. (Profe Lúcia)
LER, ESCREVER, INTERPRETAR E ORALIZAR...que carga enorme nos é dada não é??!! Sabemos da grande importância, na vida escolar e em todas as fases da vida do nosso aluno, a ‘conjugação’ desses verbos. “Vamos conjugar?” disse a Cleusa no inicio desse debate... então tentaremos, ou melhor...é o que tentamos todos os dias e mesmo assim, como foi dito no nosso curso de capacitação, é uma tarefa nada, mas nada fácil. Nunca podemos esquecer que a produção de texto do nosso aluno tem que ter um propósito, um objetivo além da nota do professor ou por ser a tarefa da semana. Ele precisa aprender a ler, escrever, interpretar e oralizar também na vida social dele. Saber que o papel da oralidade, por exemplo, vai muito além dele expor um assunto em sala de aula, saber que precisará dessa oralidade para se defender, e sabemos que o domínio da “palavra” hoje é tudo. E é nesse sentido que os gêneros do discurso e das tipologias textuais, em sala de aula, nos ajudam a dar sentido ao ensino e aprendizagem ao nosso aluno(Carmen)
Nosso aluno muitas vezes até lê corretamente, muitos tem como costume devorar livros, mas, na verdade o que falta é o comprometimento com a leitura, memorizar aquilo que esta lendo, para que faça uma boa interpretação. O bom leitor sente-se tocado com a leitura feita e isso sim fará dele um bom escritor, e terá uma melhor oralidade saindo- se bem em todos os sentidos porque um bom texto depende de uma boa interpretação e tudo isso o aluno descobrirá com o hábito da leitura. Cabe a nos professores cativar nossos alunos não somente ler. e sim viver o que esta lendo.(Iraci).
Para mim, a atividade mais prazerosa é a produção de textos. E mais ainda, a correção com a turma toda. Gosto tanto que acabo transmitindo aos alunos sem muito esforço.Faço da seguinte maneira: Recolho os textos, pego um e faço uma cópia para cada aluno. Juntos e oralmente fazemos a correção. No início eles não participam muito, depois do segundo texto eles não me deixam falar. O resultado é visto nas proximas produções.
Por meio dessas produções é possível perceber aquele que não lê diariamente, então é importante proporcionar momentos de leitura em sala de aula, de várias maneiras. Coloquei um armário em minha sala com vários sugestões: livros de contos, poesias, gibis, muitas revistas, jornalzinho “Fonte do Saber”,e jornais, de vez em quando. A leitura é cobrada, ou não de muitas maneiras. E tem melhorado bastante. (Professora Tania F. De Rocco.)
Também gosto de produzir textos com meus alunos e muito.Nesta semana ainda trabalhei com o texto não verbal.Os alunos receberam um livro ( infanto juvenil ) com somente imagens e eles deveria olhar as imagens e criar a sua própria história. Nossa , eles nos surpreendem com a sua imaginação. O gosto pela leitura é algo que deve ser despertado com os alunos aos poucos.Outra atividade é de os alunos compartilhar de suas leituras fazendo seminários.Pode até ser difícil para eles , temos ainda alguma resistência quanto a esta atividade, mas depois de um tempo o gosto vai surgindo e eles mesmo pedem para fazer mais vezes essa atividade. Prof Maria Helena)
Que bacana ISSO! VER TODOS OS ALUNOS/AS ESCREVENDO, FAZENDO A TAREFA.
VAMOS DEIXAR O TEXTO COLABORATIVO EM ABERTO PARA QUE VOCÊS POSSAM IR COMPARTILHANDO SUAS EXPERIÊNCIAS E ATIVIDADES (CLEUSA)