São os jardins que plantei
As flores que consegui colher
São os amores que não vivi
E os poucos que tive.
São meus momentos de solidão
A dor expressada em cores e formas,
Meu meio de sobreviver
É meu amor pelo mundo
Minha devoção a Deus
E a tudo que é sagrado,
Minhas mandalas, bênçãos da minha floresta,
Trazem a cura para minha alma viajante, buscadora.
Ilusões, sonhos e esperanças,
Minha criança alegre, minha velha sábia,
Mandalas amigas, confidentes, terapeutas e guardiães
Sabem tudo de mim, de mim, dizem tudo!
Meus segredos, meu passado, presente e futuro.
Falam da minha fé, do meu amor, do meu ser entregue à Maria
Masculino e feminino em mim,
Minhas galáxias internas, meus buracos mais profundos, sucessos e fracassos.
Presentes divinos, saudades, prazer!
Meu self,
Meu nada
Simone Bichara