Apresentação
De todas as áreas da vida do cidadão a política tem sido uma em que muitos cristãos não têm sido bem sucedidos. Por não se conduzirem de maneira digna diante de Deus, e da sociedade. Muitos atribuem a política contrária aos ensinos bíblicos, chegam a dizer que política é coisa do Diabo, coisa de corrupto, ou seja, todo aquele que enreda por esse caminho também é ou será corrompido. O bem da verdade, esse pensamento distorcido é fato, por vários escândalos por parte daqueles que deveriam ser luz, e também por falta de entendimento sobre o assunto. Na realidade, porém, a política é atividade necessária ao bom ordenamento e desenvolvimento da vida de uma nação, na qual a Igreja está inserida.
Nosso interesse, é levá-lo a uma compreensão no fato de que tanto a política (Estado), quanto a Igreja, exercem um papel importante no mundo e que a ausência tanto de uma, como de outra, traria problemas, talvez até de continuidade da própria sociedade. Queremos ressaltar também, que o ser humano é um todo: político, religioso, sociável etc. Assim, pode-se dizer, que o envolvimento saudável seria aquele em que nenhuma das partes perca a sua função ou identidade. Nem que uma procure se beneficiar da outra de uma forma desonesta ou ilegal.
O Cristão e a Política: Uma análise histórico-teológica
"Eu sei das muitas maldades e dos graves erros que são cometidos. Maltratam as pessoas honestas, aceitam dinheiro para torcer a justiça e não respeitam os direitos dos pobres" Amós 5: 12.
O homem, resultado evidente da criação de Deus, teve o privilégio de receber como presente do seu Criador, utilizando do seu próprio corpo, a mulher. Após isto, Deus institui a família, abençoando o casamento, e, estabeleceu o Seu Plano Cultural, constante de quatro pré-requisitos basilares: crescer, multiplicar, povoar toda a terra, e, governar! Adão era justo, filho e servo do Deus Altíssimo e, por esta razão cabia a ele, e, tão somente a ele o direito de governar.
Mas, infelizmente Adão, usando da faculdade do arbítrio, resolveu bandear-se paia o time do Diabo e, entregou à Satanás, o seu direito inalienável, consagrado numa Cláusula Pétrea da Constituição do Governo de Deus, a Bíblia, o Governo do Planeta Terra! Satanás, astuto, mentiroso, falso, trambiqueiro, corrupto e corruptor, e vendedor de ilusões, conseguiram infiltrar-se na Igreja do Senhor Jesus.
Cristo, através do joio e incutiu na cabeça de alguns "lideres" evangélicos que política é do Diabo, muitos deles não só concordaram com o maligno, mas, também, se tornaram instrumentos do Inferno para disseminar essa falsa semente.
Política não é do Diabo. Política é de Deus! Do Diabo é a politicagem e a politicalha chã, rasteira, degradante, deprimente, sórdida, malévola, infernal, revanchista, dominadora, difamatória, caluniadora, denuncista, falsa, corrupta e corruptora, clientelista, nepotista, nefasta e nefanda, baseada no brocardo de Alexandre Magno: "Nenhuma cidade fortificada resiste a um burro carregado de ouro". O Deus da Bíblia criou a Política e criou o Político (observe que as iniciais são maiúsculas, como Maiúsculo é o Criador).
Definindo os Termos
Política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa). Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.
A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas européias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência do governo dos Estados".
O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade- Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.
Francisco Veloso em seu livro ( Descubra agora como fazer politica. p.9) ao tentar definir politica, diz que “ ser politico é tomar uma posição... declarar-se apolítico, em verdade é a expressão de uma vontade de não participar de vida social”. Ainda vai dizer que a politica é o “ conjunto de ações pelas quais os homens e mulheres buscam uma forma de convivência entre os indivíduos, grupos e nações que ofereçam condições paea a realização do bem comum, ou que é um instrumento para vivenciar a solidariedade” (p.10)
De acordo com essas definições, o ser humano se envolve, diariamente, com a política. Sua atuação no condomínio, no colégio, na igreja, na vizinhança, no trabalho, em assembleias, associações e em órgãos diversos, possui, implicitamente, uma dimensão política. No caso dos evangélicos, muitos se envolvem e se filiam a partidos políticos, chegando alguns a postularem um cargo eletivo e outros até a se elegerem à um mandato parlamentar (em Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional) e também executivo. Existem vários prefeitos, Brasil afora, que são evangélicos e até governadores de Estado.