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Projeto II Festival CANJA
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2º Festival CANJA

Descrição

O Festival CANJA é um dos projetos do Enxame Coletivo, núcleo de comunicação e fomento cultural bauruense que realiza trabalhos em diversas áreas da cultura com fins de estimular a cadeia produtiva do setor, trabalhando numa perspectiva solidária. É realizado durante o mês de junho em Bauru (SP) e compreende atividades, como por exemplo: shows, espetáculos, intervenções artísticas e mostras de artistas e grupos independentes de São Paulo e de outros estados brasileiros, além de oficinas e debates, com ênfase na área da música, e interface com os segmentos de audiovisual, comunicação livre, artes visuais, literatura e economia solidária.

Todos os shows e mostras, peças e demais atividades ocorrem durante cinco dias (quarta à domingo), sendo a programação maior, gratuitamente, em praça aberta e outros espaços da cidade. O Festival é realizado ainda em casas noturnas e lugares situados em diferentes regiões a preços populares. O objetivo é consolidar os arranjos criativos locais, estabelecer parcerias com grupos e empresas atuantes na cadeia local da cultura, promovendo o fortalecimento destes empreendimentos econômicos, responsáveis por garantir palco aos artistas e grupos durante todo o ano.

Justificativa

A cada dia cresce em todo o globo o número de pessoas - principalmente em nichos específicos - que busca um estilo de vida mais consciente, responsável, sustentável, menos dependente de grandes sistemas de comércio. É uma população que já sofre os impactos do esgotamento ambiental. Indivíduos que têm vidas virtuais e usam da rede cibernética para melhorar a “vida real”. São pessoas que preferem fazer negócios com pessoas, que escolhem trocar ao invés de vender. São artistas e agentes que trabalham como pedreiros.

É um grupo que se interessa mais pelo que você faz e quem você é, ao invés do quanto você ganha e o que você tem. São grupos que se alimentam não somente para satisfazer o paladar ou matar a fome, é também para multiplicar a vida. É gente que propõe que o modo de vida alternativa seja o novo “modus operandi”.

Também é claro em todo o mundo que o mercado fonográfico já não é mais o mesmo. As diversas mudanças ocorridas com a cadeia produtiva da música na virada do século XX para o XXI construíram um novo cenário marcado por incertezas e dúvidas, principalmente para aqueles que já estavam acostumados com a indústria fonográfica. A música comercializada através de suporte físico (disco de vinil, CD, DVD) sofreu um grande abalo com as novas possibilidades trazidas pelo desenvolvimento tecnológico.

Diante deste novo cenário, um conjunto de novas ações capitaneadas pelo termo "independente" ganhou força, aproveitando-se justamente destas novas ferramentas e mecanismos proporcionados pelo desenvolvimento tecnológico. Desta forma, vimos no Brasil, sobretudo nos cinco últimos anos, uma ampliação vertiginosa dos chamados selos e festivais independentes, que passam a agregar um conjunto expressivo de artistas, produtores e jornalistas sob uma nova ótica: a ótica da cultura independente.

A construção deste novo paradigma ganhou contornos mais nítidos com a proliferação de ações agregadoras, que passaram a articular este novo cenário através de princípios e valores diferenciados. O ideário individualista, marcado pela competição e por relações verticais dentro da cadeia produtiva, vem sendo substituído por ações cada vez mais pautadas no associativismo e na cooperação.

O Enxame Coletivo é integrante do Circuito Fora do Eixo (FDE), uma rede nacional de coletivos culturais articulados em rede, baseada no intercâmbio de tecnologias aplicadas à cadeia produtiva da cultura. Atualmente integram o FDE mais de 70 Pontos, sendo 12 sediados em São Paulo, e sendo o Enxame é referência regional por liderar algumas frentes como: comunicação e planejamento. O Enxame Coletivo, portanto, é o responsável por inserir Bauru no contexto nacional e interior paulista, com trabalho pautado em ações em rede, na cooperação, na descentralização e na economia solidária. Por causa disso, com pouco mais de um ano de atividade, o coletivo já contribui significativamente para o crescimento e fortalecimento do cenário musical independente.

Entre janeiro de 2010 e abril de 2011, o Enxame Coletivo, por meio da realização e co-realização de quase 20 eventos em Bauru, colaborou na difusão do trabalho de mais de 40 bandas autorais, inclusive estrangeiras, além de movimentar o cenário audiovisual (através da SEDA - Semana de Audiovisual e Cine Ouro Verde).

A primeira edição do CANJA - Festival de Artes integradas, foi realizada em junho de 2010, alcançando amplo destaque na mídia local, sendo noticiada pelos principais veículos de rádio, TV, impresso e internet. No total foram 13 shows, 3 oficinas, uma palestra, mostras com debates na área de cinema independente, 2 espetáculos de teatro, 1 caproximadamente abaré de circo, feira de economia solidária, intervenções cênicas durante o festival, ação ambiental com plantio de mudas e palestra, cobertura colaborativa com produção de mais de 60 produtos (http://canjacolaborativa.blogspot.com/), entre fotos, textos e vídeos.

O público total do CANJA em 2010 foi de aproximadamente 2 mil pessoas que frequentaram os eventos no Vitória Régia, Centro Cultural, em casas noturnas e as atividades de oficina e formação.

Neste contexto, é de extrema relevância que se criem e recriem condições sustentáveis para a construção de uma estrutura que viabilize uma ação efetiva de promoção da cultura independente e integração de agentes da cadeia produtiva da música independente de Bauru, tendo como resultado uma ação cultural que possa ser apresentada democraticamente à população.

Daí a importância deste projeto, capaz de gerar visibilidade para a ação coletiva nas esferas da produção e da comunicação, mobilização de novas iniciativas coletivas na produção musical, para a integração com cenas locais, regionais e nacionais e para que toda esta movimentação seja visível e cativante a um público cada vez maior.

CANJA VERDE

Desde a sua primeira edição o Festival Canja tem uma preocupação com o Meio Ambiente e as relações do ser-humano com a natureza. Esse ano, com a linha editorial do Festival sendo conduzida pelo conceito de sustentabilidade ampliamos as ações do Canja Verde, que esse ano foi organizado pelo Grupo AGR. http://grupoagr.blogspot.com/

A ação consiste no trabalho de práticas de sustentabilidade ambiental e promove ações para trabalhar a conscientização e a manutenção/redução de impactos que causamos no meio ambiente. No #Canja2011 contaremos com a viabilização de coleta seletiva em todos os locais do evento, captação de lixo eletrônico, compensação de crédito de carbono, realização de oficinas e palestras ligadas ao desenvolvimento sustentável e a promoção de uma “Bicicletada”.

Nosso planeta clama por conscientização, práticas sustentáveis e respeito ao meio e aos outros seres vivos. A alimentação saudável, a postura e a ética estão inteiramente relacionadas a esses preceitos.

CONHEÇA MAIS AS AÇÕES

COLETA SELETIVA DE LIXO RECICLÁVEL

Esse tipo de coleta não só contribui para a redução da poluição causada pelo lixo, como também proporciona economia de recursos naturais – matérias-primas, água e energia – e, em alguns casos, pode representar a obtenção de recursos, advindos da comercialização do material.

A prática deste recolhimento será iniciada no Pré-Canja, noite de abertura do festival, e será mantida em todas as atividades do festival, noturnas e diurnas, nos locais a serem realizadas.

Serão colocados lixões adequados de coleta seletiva em lugares estratégicos dos ambientes. E, além disso, haverá alguns explicativos feito pelo grupo AGR, em dias do evento, ressaltando a importância dessa coleta.

CAPTAÇÃO DE LIXO ELETRÔNICO

Traga seu lixo eletrônico para gente!!!

Os resíduos eletrônicos que não são mais aproveitados como computadores, CD’S celulares, notebook, câmeras digitais, MP3 player e pilhas; além de artigos como geladeiras, microondas e outros materiais produzidos com substâncias nocivas, quando descartados de maneira incorreta em lixões e perto de lençóis freáticos criam enormes problemas ambientais.

Além dos materiais básicos que compõe um computador, podemos encontrar no produto, elementos como: chumbo, cádmio, mercúrio, etc., que são altamente nocivos não apenas ao meio ambiente, mas também à saúde de animais e seres humanos.

A reciclagem desse material trata-se de separar os materiais que compõem o objeto e prepará-los para que possam ser usados novamente como matéria-prima dentro do processo industrial, um computador reciclado pode gerar materiais que vão ser utilizados em outras indústrias.

Por essas razões a reciclagem e/ou reaproveitamento desses materiais são essenciais, porém em Bauru não há uma coleta regular e facilitada para que posteriormente o mesmo seja reciclado da melhor maneira. Pensando nisso, faremos o recolhimento do material durante os cinco dias de evento e a destinação adequada desse ao fim do festival.

BICICLETADA

Com o objetivo de incentivar o uso de meios de transporte não poluentes a Bicicletada e Caminhada Ecológica do Festival Canja  trata-se de uma atividade que reunirá aqueles dispostos a chegar no evento pedalando e fazer um pequeno circuito de bike organizado.

A idéia dessa atividade é servir de incentivo para o público praticar o esporte e também utilizar este meio de transporte visando a sustentabilidade. Para participar dessa ação é necessário apenas levar sua bicicleta ou acompanhar o trajeto a pé.

A Bicicletada também foi pensanda como um símbolo para mobilizar os ciclistas de Bauru para aos poucos conseguirmos desenvolver condições cada vez mais seguras, agradáveis e propícias para que utilizemos de bicicletas como nosso principal meio de transporte.

12 de Junho, Domingo, às 10h

Saída do Parque Vitória Régia

A “CANJA VERDE”

Aproveitem o sabor da nossa “Canja Verde”!

Dentro do modelo “moderno” de produzir, comercializar e consumir alimentos - plantios com agrotóxicos e sementes transgênicas, alimentos industrializados com todo tipo de aditivos químicos - o meio ambiente está cada vez mais contaminado e nossa saúde física e mental está comprometida.

Abordando o tema do 2º Festival Canja, a Sustentabilidade, queremos mostrar para o público do evento que temos a oportunidade de escolher nossos alimentos respeitando o meio ambiente e pensando que tudo o que consumimos irá incidir diretamente em nossas vidas. Assim, iremos fazer com que o público, literalmente, prove do sabor de nossa "Canja Verde" propondo a reflexão de como e o que usamos (material) ao nos alimentarmos.

Nossa alimentação também pode e deve ser sustentável, respeitando todo o ciclo, desde o plantio até o descarte dos materiais que utilizarmos para comer.

OFICINAS/PALESTRAS

OFICINA DE ECOBAGS

Com a intenção de incentivar as pessoas a mudarem o seu comportamento e a refletirem sobre seus         atos cotidianos, tendo como foco a preservação e a defesa do meio  ambiente, a oficina visa estimular nas pessoas o sentimento de pertencimento ao meio em que vivem, de  modo que possam associar o meio ambiente equilibrado a uma vida com mais qualidade.

As pessoas serão informadas da importância do plástico em nossas vidas, seus tipos, seu uso e a destinação correta. Aprenderão a reciclar sacolas e sacos plásticos transformando-os em materiais como: toalhas, jogo americano, ecobags e aventais.

A toda sociedade foi imposto o dever de defender e preservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações. Assim, o instituto Ambiental Vidágua junta-se ao SESC para auxiliar as pessoas a refletirem sobre seus hábitos, mudarem comportamentos e apreenderem novos conceitos sobre a preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida.

Com o conhecimento e a divulgação de algumas práticas sobre o uso adequado dos recursos naturais, conceitos ambientais e informações a respeito de sustentabilidade, pretende-se fazer com que as pessoas possam realizar ações de cidadania voltadas à preservação ambiental sem afetar seu modo de vida, começando pela sua casa, rua, bairro e assim por diante.

Tamara Quinteiro,

Instituto Vidágua

12 de Junho, Domingo, às 16h

Parque Vitória Régia

PALESTRA “PERMACULTURA”

Permacultura surge como uma ciência que busca estudar, experimentar e difundir práticas que tornme nossa existência o menos nossiva possível. A permacultura apresenta-se como um meio de reorganização social - estruturas, alimento, economia e saúde – que dá outras perspectivas e possibilidades de enfrentamentos desses problemas que se tornam cada vez mais urgentes.

Com a intenção de trazer conhecimentos sobre a relação do indivíduo com a preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida foi proposta uma palestra para esclarecer os conceitos e práticas que envolvem a Permacultura. A palestra deve incentivar as pessoas a mudarem de comportamento e refletirem sobre seus atos cotidianos, tendo como foco a preservação e a defesa do meio ambiente por meio do sentimento de pertencimento e equilíbrio com o meio.
A Permacultura é uma ciência que implica numa cultura holística e permanente do ambiente. Ou seja, relaciona-se a princípios éticos que envolvam a responsabilidade pela sua vida e pelo meio, buscando-se a integração e harmonia entre indivíduo, plantas, animais, construções, comunidades, etc. Além disso, pressupõe o estabelecer em nossa rotina diária, hábitos e costumes de vida simples e ecológicso, construindo um estilo de cultura e de vida em integração direta e equilibrada com o meio ambiente. A permacultura, além de ser um método para planejar sistemas de escala humana, proporciona uma forma sistêmica de se visualizar o mundo e as correlações entre todos os seus componentes.
Flávia Toqueti
11 de Junho, Sábado, às 18h
Duração: 2 horas
USP
PALESTRA “VEGETARIANISMO E MEIO AMBIENTE”
Na perspectiva de trazer conhecimentos sobre o conceito e a importância do consumo sustentável do indivíduo para a preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida a palestra sobre Vegetarianismo e Meio ambiente irá esclarecer os motivos e motivações que levam à opção de uma alimentação vegetariana e as implicações que essa prática acarreta para o meio ambiente.
Entender as implicações do consumo consciente não significa fazer “apologia” a uma forma de alimentação em detrimento da outra. Mas, em uma sociedade democrática, faz-se necessário que as pessoas tenham acesso às informações a respeito da origem do que consomem e das conseqüências para o meio onde vivem.
Fernando Perri
10 de Junho, Sexta-Feira, às 16h
Duração: 2 horas
USP
OFICINA DE PUFF/SOFÁ DE GARRAFA PET
Pufs confeccionados com garrafa pet, retalhos de pano, papelão e espuma de travesseiro. São resistentes, leves, ecológicos e bonitos. Aprenda a reciclar e decorar sua casa.Reaproveitando materiais que iriam para o lixo, você contribui com a diminiução de resíduos nos Aterros Sanitários e no Meio Ambiente.
Mas atenção, observe a seqüência lógica da filosofia dos 3 Rs: primeiro, reduzir, para depois pensar em reutilizar e reciclar. Não aumente o consumo só para ter mais material para reutilizar e reciclar!
Tamara Quinteiro,
Instituto Vidágua
12 de Junho, Domingo, às 14h
Parque Vitória Régia
O Grupo AGR
http://grupoagr.blogspot.com/
Formado desde março de 2009, o Grupo AGR, “Ação, Gestão e Responsabilidade”, é composto por alunos do quarto ano do curso de Comunicação Social: Relações Públicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp, Bauru. O Grupo tem como missão aplicar os conhecimentos teóricos e práticos de Relações Públicas e Comunicação para contribuir na transformação da sociedade, através da elaboração de projetos capazes de promover a cultura, o bem estar social e o equilíbrio ambiental. Já trabalhou nas áreas de pesquisa, assessoria de comunicação, eventos ligados à sustentabilidade, dentre outras atividades.