Horizonte de constituição predominantemente mineral apresentando maior conteúdo de argila do que a porção superficial do perfil, sendo o seu conteúdo de argila superior à 150 g/kg. O maior conteúdo de argila pode ser de uma ou mais de diversas origens, exceto pela ocorrência de descontinuidade, como perda da argila da porção superior do perfil por destruição ou erosão seletiva ou translocação para as porções inferiores do perfil (processos de eluviação e iluviação), formação in situ, e herdada do material de origem. O conteúdo de argila nas porções subjacentes do perfil podem ou não ser superior. Dependendo da origem do maior conteúdo de argila, é possível observar filmes de argila cobrindo as diferentes faces das unidades estruturais, ao que se chama cerosidade. A espessura do horizonte B textural é dependente da espessura e textura dos horizontes pedogenéticos sobrejacentes A e E, bem como da combinação daqueles com o horizonte pedogenético B, geralmente com um limite inferior de 7,5 ou 15 cm.
Quanto maior o conteúdo de argila nos horizontes pedogenéticos superficiais, menor precisa ser o incremento de argila no horizonte pedogenético B. Da mesma forma, quando maior for o conteúdo de argila e o grau de desenvolvimento da estrutura no horizonte pedogenético B, maior precisa ser o grau de revestimento das faces das unidades estruturais com filmes de argila.
O horizonte diagnóstico B textural está presente numa seção do solo quando [1], [2]:
O diagrama abaixo mostra a sequência de passos para avaliar a presença do horizonte diagnóstico B textural numa seção do solo.
[1] H. G. dos Santos et al., Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, 5o ed. Brasília, DF: Embrapa, 2018, p. 531 [Online]. Disponível em: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1094003
[2] IBGE, Manual Técnico de Pedologia, 3o ed. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2015, p. 430 [Online]. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf