“MISTÉRIO NUPCIAL - INSTITUCIONALIZAÇÃO DA SEXUALIDADE HUMANA”, Dewet Virmond Taques Jr.- 2020 - Comunidade de Aliança Água Viva, aborda a sexualidade humana sob uma perspectiva personalista e social, defendendo a necessidade de sua institucionalização para evitar a desintegração pessoal e social.
Os pontos principais incluem:
- Sexualidade como força social: A sexualidade não é apenas individual, mas se abre ao "nós", tornando-se um comportamento social que requer institucionalização para sua humanização e realização.
- Harmonia dos componentes sexuais: É crucial manter a harmonia entre os aspectos biológico, sociológico e cultural da sexualidade. A institucionalização não deve ser vista como algo opressor, mas como um auxílio para a realização personalista da sexualidade.
- Matrimônio e mistério nupcial: O matrimônio não é primariamente uma instituição sexual, mas do mistério nupcial emana uma harmonização socioespiritual da sexualidade. O impulso sexual não comanda a vida matrimonial, e a liberdade sexual extraconjugal é uma ameaça à fidelidade.
- Significado da sexualidade no amor conjugal: A sexualidade é essencial para a comunhão plena entre os cônjuges, como expresso em Gênesis ("uma só carne") e Cântico dos Cânticos. Historicamente, a Igreja priorizou a procriação, mas o Concílio Vaticano II enfatizou o amor conjugal, a ajuda mútua e o compromisso da aliança.
- Evolução da visão eclesiástica: A Encíclica "Casti Connubii" (1930) e a Constituição Pastoral "Gaudium et Spes" (Vaticano II, 1968) marcaram uma mudança, reconhecendo o matrimônio como uma comunhão de vida e amor, com a sexualidade integrada na totalidade da vida conjugal. O Concílio defende que o amor conjugal é eminentemente humano, capaz de enobrecer corpo e alma, superando a mera inclinação erótica.
- A "doutrina do débito conjugal": O documento discute a tradição cristã de entender o "dever" conjugal (1 Cor 7,4) como um "débito" sexual para a procriação ou como "remédio para a concupiscência". Essa doutrina, que considerava atos sexuais sem fim procriador como imorais, é hoje vista como arcaica e sem fundamentação jurídica religiosa.
- Ética da sexualidade conjugal: A sexualidade humana é parte do projeto da pessoa, submetida à liberdade e regulada por critérios éticos. A moral sexual conjugal deve brotar de dentro, alicerçada no amor conjugal e na castidade.
- Castidade: Definida como a sexualidade integrada no nível da pessoa, a castidade é uma virtude que representa a plenitude da sexualidade, não uma mutilação. Ela é a capacidade de colocar as energias da sexualidade a serviço do amor, exigindo liberdade interior.
- Linguagem do corpo e integração pessoal: O amor conjugal é erótico, expresso no corpóreo, e o corpo possui um caráter "esponsal". A sexualidade deve ser personalizada e exige educação afetiva para uma verdadeira comunhão.
- Apoio à educação: É fundamental que os cônjuges recebam apoio educativo para uma melhor comunicação e uma intimidade mais profunda e harmoniosa, destacando o papel das Pastorais Familiares.
- Harmonia sexual e desafios: A busca da harmonia sexual é um valor imprescindível. A falta de comunicação pode levar a silêncios ou confrontos. O ciúme é apresentado como uma ameaça séria à estabilidade conjugal, um sentimento patológico que pode gerar violência e desconfiança.
Em resumo, o documento defende uma compreensão madura e integral da sexualidade humana no matrimônio, baseada no amor personalista, na comunicação e na castidade como virtude de integração, superando visões reducionistas e focadas apenas na procriação.
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