Classe atribuída à perfil do solo com horizonte B textural assim como a classe Argissolo. A diferença mais importante é que a atividade da argila e a saturação por bases são altas. Isso resulta da atuação predominante do processo pedogenético de bissialitização conjugada a produção de óxido de ferro e a mobilização da fração argila da parte mais superficial do solo e sua acumulação em horizontes subsuperficiais. Dessa forma, a diferenciação dessa classe em relação às demais se dá pela presença do horizonte diagnóstico subsuperficial B textural que apresenta argila de atividade alta e saturação por bases alta.
A classe Luvissolo pode ser atribuída a solo bem até mal drenado, geralmente pouco profundo, mas que apresenta nítida diferenciação entre os horizontes A e B, fruto do contraste de textura, cor e estrutura. Geralmente aparece mudança textural abrupta, muitas vezes com pedregosidade na parte superficial. Em geral, o horizonte B textural possui coloração avermelhada ou amarelada, com estrutura em blocos ou prismática. O pH flutua em torno da neutralidade, com baixos teores de alumínio extraível, predominando argilominerais do tipo 2:1. A classe Luvissolo apresenta B textural abaixo de qualquer tipo de horizonte A, com exceção do A chernozêmico, que possui precedência taxonômica.
No segundo nível categórico a classe Luvissolo é subdividida em função da coloração do horizonte B.
No terceiro nível categórico toma-se em consideração aspectos como acumulação de carbonato de cálcio e a profundidade do solo.
Já no quarto nível categórico são avaliados aspectos relacionados a textura do horizonte A, a ocorrência de mudança textural abrupta, presença de sódio trocável e sais solúveis, condição do material subjacente (são ou parcialmente intemperizado), bem como atributos diagnósticos compartilhados como outras classes como Vertissolo, Planossolo, Plintossolo, e Cambissolo [1], [2].
[1] H. G. dos Santos et al., Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, 5o ed. Brasília, DF: Embrapa, 2018, p. 531 [Online]. Disponível em: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1094003
[2] IBGE, Manual Técnico de Pedologia, 3o ed. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2015, p. 430 [Online]. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf