MESTRADO | CIÊNCIAS DOS MATERIAIS | UFMS
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TRADUÇÃO ABAIXO ↓
TRADUÇÃO (PORTUGUÊS)
Serviço Público Federal
Ministério da Educação Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
UFMS
Lista de Exercícios Cap. 2
Disciplina: Ciência dos Materiais I Prof. Dr. Heberton Wender
2.1 Cite a diferença entre massa atômica e peso atômico.
RESPOSTA: Massa atômica (A) de um átomo é a soma das massas de prótons (P) e nêutrons (n) no interior do núcleo de um átomo. Já o peso atômico de um elemento corresponde à média ponderada das massas atômicas dos isótopos do átomo que ocorrem naturalmente.
2.2 O silício tem três isótopos de ocorrência natural: 92,23% de 28Si, com um peso atômico de 27,9769 uma; 4,68% de 29Si, com um peso atômico de 28,9765 uma; e 3,09% de 30Si, com um peso atômico de 29,9738 uma. Com base nesses dados, confirme que o peso atômico médio do Si é de 28,0854 uma.
RESPOSTA: Sim, o peso atômico médio (ASi) do Si é de 28,0854 uma.
2.3 O zinco tem cinco isótopos de ocorrência natural: 48,63% de 64Zn, com um peso atômico de 63,929 uma; 27,90% de 66Zn, com um peso atômico de 65,926 uma; 4,10% de 67Zn, com um peso atômico de 66,927 uma; 18,75% de 68Zn, com um peso atômico de 67,925 uma; e 0,62% de 70Zn, com um peso atômico de 69,925 uma. Calcule o peso atômico médio do Zn.
RESPOSTA: AZn = 65,3961 uma.
2.4 O índio tem dois isótopos de ocorrência natural:
113In, com um peso atômico de 112,904 uma; e
115In, com um peso atômico de 114,904 uma.
Se o peso atômico médio (AIn) do In é de 114,818 uma, calcule a fração de ocorrência desses dois isótopos.
RESPOSTA:
Se,
X + Y = 100
X = 100 – Y
Logo,
AIn = ((X x 112,904)+(Y x 114,904))/100
114,818 = (((100-Y) x 112,904) + (Y x 114,904))/100
114,818 = ((11290,4-112,904 Y) + (114,904 Y))/100
114,818 = (11290,4-112,904 Y + 114,904 Y)/100
114,818 = (11290,4-112,904 Y + 114,904 Y)/100
114,818 = (11290,4+2Y)/100
114,818 x 100= 11290,4 + 2Y
11481,8 = 11290,4+2Y
2Y = 11481,8-11290,4
Y = 191,4/2
Y = 95,7% para o isótopo 115In.
Portanto,
X + Y = 100
X + 95,7 = 100
X = 100 – 95,7
X = 4,3% para isótopo 113In.
Prova real:
AIn = ((X% x 112,904)+(Y% x 114,904))/100
AIn = ((4,3 x 112,904)+(95,7 x 114,904))/100
AIn = 114,818 uma
Desta forma, pode-se concluir que,
O isótopo 113In possui frequência de ocorrência natural de 4,3%.
Já o isótopo 115In, possui frequência de ocorrência natural de 95,7%.
2.5
(a) Quantos gramas existem em 1 uma de um material?
RESPOSTA 1: 1,66 × 10–24 g/amu.
JUSTIFICATIVA: 1 u.m.a. ou unidade de massa atômica, é igual a 1/12 da massa do carbono 12, ou seja, corresponde a 1,66 x 10-24 g. Por convenção estabeleceu-se que a massa atômica do C12 é igual a 12 u.m.a., e é o padrão para a medida de massas atômicas de outros elementos.
OU
RESPOSTA 2:
Para determinar o número de gramas em uma amu de material, basta manipular adequadamente as relações amu/átomo, g/mol e átomo/mol, conforme necessário.
Portanto, 1 uma = 1,66 x 10-24 g/amu.
(b) Mol, no contexto deste livro, é considerado em termos de unidades de grama-mol. Nessa base, quantos átomos existem em uma libra-mol de uma substância?
RESPOSTA: 2,73 × 1026 átomos/lb-mol
2.6
(a) Cite dois conceitos quântico-mecânicos importantes que estão associados ao modelo atômico de Bohr.
RESPOSTA:
1º) Modelo atômico de Bohr: considera que os elétrons circulam ao redor do núcleo atômico em orbitais discretos, e a posição de qualquer elétron particular está mais ou menos bem definida em termos do seu orbital.
2º) Energias quantizadas dos elétrons: isto é, aos elétrons só são permitidos valores de energia específicos. A energia de um elétron pode mudar, mas para fazê-lo o elétron deve realizar um salto quântico para um estado de energia permitido mais elevado (com a absorção de energia) ou para um estado de energia permitido mais baixo (com a emissão de energia).
(b) Cite dois importantes refinamentos adicionais que resultaram do modelo atômico mecânico-ondulatório.
RESPOSTA 1:
Em primeiro lugar, quanto menor o número quântico principal, menor o nível energético; por exemplo, a energia de um estado 1s é menor que a de um estado 2s, que por sua vez é menor que a de um estado 3s.
Em segundo lugar, dentro de cada camada a energia de uma subcamada aumenta com o valor do número quântico l. Por exemplo, a energia de um estado 3d é maior que a de um estado 3p, que por sua vez é maior que a de um estado 3s.
OU
RESPOSTA 2:
Dois refinamentos importantes resultantes do modelo atômico mecânico-ondulatório são:
1º) que a posição do elétron é descrita em termos de distribuição de probabilidade; e
2º) a energia eletrônica é quantizada em conchas e subcascas - cada elétron é caracterizado por quatro números quânticos.
2.7 Em relação aos elétrons e aos estados eletrônicos, o que especifica cada um dos quatro números quânticos?
1ª RESPOSTA:
1º número quântico (n): Definem as camadas dos elétrons.
as camadas são especificadas por um número quântico principal, n, que pode assumir valores inteiros a partir da unidade; algumas vezes essas camadas são designadas pelas letras K, L, M, N, O, e assim por diante, que correspondem, respectivamente, a n = 1, 2, 3, 4, 5, (…). Deve ser observado, ainda, que esse número quântico, e somente ele, se associa também ao modelo de Bohr. Esse número quântico está relacionado com o tamanho de um orbital eletrônico (ou com sua distância média até o núcleo).
2º número quântico ou azimutal (l): define a subcamada. Os valores de l estão restritos pela magnitude de n e podem assumir valores inteiros que variam entre l = 0 e l = (n – 1). Cada subcamada é designada por uma letra minúscula — um s, p, d ou f —, que está relacionada com os valores de l.
3º número quântico ou magnético (ml): determina o número de orbitais eletrônicos para cada subcamada; ml pode assumir valores inteiros entre –l e +l, incluindo 0. Quando l = 0, ml pode ter apenas um valor de 0, pois +0 e –0 são os mesmos. Isso corresponde a uma subcamada s, que pode ter apenas um orbital. Além disso, para l = 1, ml pode assumir os valores de –1, 0, e +1, e são possíveis três orbitais p. De maneira semelhante, pode-se mostrar que as subcamadas d têm cinco orbitais, e as subcamadas f têm sete. Na ausência de um campo magnético externo, todos os orbitais dentro de cada subcamada são idênticos em termos de energia. Contudo, quando se aplica um campo magnético, esses estados das subcamadas se dividem, e cada orbital assume uma energia ligeiramente diferente.
4º número quântico (ms): associado a cada elétron há um momento de spin (momento de rotação), que deve estar orientado para cima ou para baixo. O quarto número quântico, ms, está relacionado com esse momento de spin, para o qual existem dois valores possíveis: +1/2 (para o spin para cima) e –1/2 (para o spin para baixo). Dessa forma, o modelo de Bohr foi subsequentemente refinado pela mecânica ondulatória, em que a introdução de três novos números quânticos dá origem a subcamadas eletrônicas dentro de cada camada.
OU
2ª RESPOSTA:
1º número quântico n; designa a camada de elétrons.
2º número quântico l; designa a subcamada de elétrons.
3º número quântico ml; designa o número de estados de elétrons em cada subcamada de elétrons.
4º número quântico ms; designa o momento de rotação em cada elétron.
2.8 Para a camada K, os quatro números quânticos para cada um dos dois elétrons no estado 1s, na ordem nl, ml, ms, são 100 (½) e 100 (–½). Escreva os quatro números quânticos para todos os elétrons nas camadas L e M e destaque quais correspondem às subcamadas s, p e d.
RESPOSTA:
Para o estado L, n = 2, e oito estados de elétrons são possíveis.
Os possíveis valores de l são 0 e 1, enquanto os possíveis valores de ml são 0 e ± 1; e os possíveis valores de ms são ± 1.
Portanto, para os estados s, os números quânticos são 200 (1) e 200 (- 1);
Para os estados p, os números quânticos são 210 (½ ), 210 (- ½ ), 211 (½ ), 211 (- ½ ), 21 (−1)(½ ) e 21 (- 1) (- ½ );
Para o estado M, n = 3 e 18 estados são possíveis.
Os possíveis valores de l são 0, 1 e 2; os valores possíveis de ml são 0, ± 1 e ± 2; e os valores possíveis são ± 1.
2.9 Dê as configurações eletrônicas para os seguintes íons: P5+, P3–, Sn4+, Se2–, I– e Ni2+.
RESPOSTA:
P5+: 1s22s22p6
P3-: 1s22s22p63s23p6
Sn4+: 1s22s22p63s23p63d104s24p64d10
Se2-: 1s22s22p63s23p63d104s24p6
I-: 1s22s22p63s23p63d104s24p64d105s25p6
Ni2+: 1s22s22p63s23p63d8
2.10 O iodeto de potássio (KI) exibe uma ligação predominantemente iônica. Os íons K+ e I– têm estruturas eletrônicas que são idênticas às estruturas de quais gases inertes?
RESPOSTA:
O íon K+ é apenas um átomo de potássio que perdeu um elétron; portanto, possui uma configuração eletrônica igual à do argônio Ag .
O íon I- é um átomo de iodo que adquiriu um elétron extra; portanto, tem uma configuração eletrônica igual à do xenônio Xe .
2.11 Em relação à configuração eletrônica, o que todos os elementos no Grupo IIA da tabela periódica têm em comum?
RESPOSTA: Cada um dos elementos do Grupo IIA possui dois elétrons.
2.12 A qual grupo na tabela periódica um elemento com número atômico 112 pertenceria?
RESPOSTA: Grupo 2B
2.13 Sem consultar a Figura 2.8 ou a Tabela 2.2, determine se cada uma das configurações eletrônicas dadas abaixo corresponde a um gás inerte, um halogênio, um metal alcalino, um metal alcalino terroso ou um metal de transição. Justifique suas escolhas.
(a) 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p5.
RESPOSTA: A configuração do elétron 1s22s22p63s23p5 é a de um halogênio, porque é um elétron deficiente de ter uma subcamada p cheia.
(b) 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d7, 4s2.
RESPOSTA: A configuração eletrônica 1s22s22p63s23p63d74s2 é a de um metal de transição devido a um subconjunto d incompleto.
(c) 1s², 2s², 2p6, 3s2, 3p6, 3d10, 4s2, 4p6.
RESPOSTA: A configuração do elétron 1s22s22p63s23p63d104s24p6 é a de um gás inerte devido às sub-conchas 4s e 4p preenchidas.
(d) 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s1.
RESPOSTA: A configuração do elétron 1s22s22p63s23p64s1 é a de um metal alcalino devido a um único elétron s.
(e) 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d10, 4s2, 4p6, 4d5, 5s2.
RESPOSTA: A configuração de elétrons 1s22s22p63s23p63d104s24p64d55s2 é a de um metal de transição devido a um subconjunto d incompleto.
(f) 1s2, 2s2, 2p6, 3s2.
RESPOSTA: A configuração do elétron 1s22s22p63s2 é a de um metal alcalino-terroso por causa de dois elétrons s.
2.14
(a) Qual subcamada eletrônica está sendo preenchida nos elementos da série das terras raras na tabela periódica?
RESPOSTA: A subcamada 4f está sendo preenchido para a série de elementos de terras raras.
(b) Qual subcamada eletrônica está sendo preenchida na série dos actinídeos?
RESPOSTA: A subcamada 5f está sendo preenchido para a série de elementos actinídeos.
2.15 Calcule a força de atração (FA) entre um íon Ca2+ e um íon O2– cujos centros estão separados por uma distância de 1,25 nm.
RESPOSTA:
Para resolver esse problema para a força de atração entre esses dois íons, é necessário usar a Equação 2.13, que assume a forma da Equação 2.14, quando valores das constantes e e E0 são incluídos - isto é,
Se considerarmos o íon 1 como Ca2+ e o íon 2 como O2–, então Z1 = +2 e Z2 = -2; também, a partir da declaração do problema, r = 1,25 nm = 1,25 × 10-9 m. Assim, usando a Equação 2.14, calculamos a força de atração entre esses dois íons da seguinte maneira:
FA = 5.91 x 10-10 N
2.16 Os raios atômicos dos íons Mg2+ e F– são de 0,072 e 0,133 nm, respectivamente.
(a) Calcule a força de atração entre esses dois íons na sua separação interiônica de equilíbrio (isto é, quando os dois íons exatamente se tocam um no outro).
RESPOSTA: FA = 1,10 × 10–8 N
a) A força de atração FA é calculada usando a Equação 2.14, considerando a separação interiônica r como r0 a distância de separação de equilíbrio. Esse valor de r0 é a soma dos raios atômicos dos íons Mg2+ e F (de acordo com a Equação 2.15) - que é
r0 = rMg + rf-
r0 = 0.072 nm + 0.133 nm = 0.205 nm = 0.205 x 10-9 m
Podemos agora calcular FA usando a Equação 2.14. Se fosse assumido que o íon 1 é Mg2+ e o íon 2 é F, então as respectivas cargas nesses íons são Z1 = ZMg2+ = +2,
enquanto Z2 = ZF- = -1. Portanto, determinamos FA do seguinte modo:
FA = 1.10 x 10-8 N
(b) Qual é a força de repulsão nessa mesma distância de separação?
RESPOSTA: Na distância de separação do equilíbrio, a soma das forças atrativa e repulsiva é zero, de acordo com a Equação 2.4.
Portanto,
FR = FA
FR = 1.10 x 108 N
2.17 A força de atração entre um cátion divalente e um ânion divalente é de 1,67 × 10–8 N. Se o raio iônico do cátion é de 0,080 nm, qual é o raio do ânion?
RESPOSTA: 0,15 nm.
Solução:
Para começar, vamos reescrever a Equação 2.15 para ler da seguinte maneira:
R0 = RC + RA
em que rC e rA representam, respectivamente, os raios do cátion e do ânion. Portanto, esse problema exige que determinemos o valor de rA. Porém, antes que isso seja possível, é necessário calcular o valor de r0 usando a Equação 2.14 e substituindo o parâmetro r por r0. A resolução desta expressão para r0 leva ao seguinte:
Aqui ZC e ZA representam cargas no cátion e ânion, respectivamente. Além disso, na medida em que ambos os íons são divalentes, significa que ZC = +2 e ZA = -2.
O valor de r0 é determinado da seguinte forma:
r0 = 0.235 x 10-9 m
r0 = 0.235 nm
Usando a versão da Equação 2.15 dada acima, e incorporando esse valor de r0 e também o valor de rC fornecido na declaração do problema (0.080 nm), é possível resolver o rA.
rA = r0 - rC
rA = 0,235 nm - 0,080 nm
rA = 0.1555 nm
2.18 A energia potencial resultante entre dois íons adjacentes, EL, pode ser representada pela soma das Equações 2.9 e 2.11, isto é,
1. Derive EL em relação a r e, então, iguale a expressão resultante a zero, uma vez que a curva de EL em função de r apresenta um mínimo em E0.
RESPOSTA:
A diferenciação da equação 2.17 produz:
2. Resolva essa equação para r em termos de A, B e n, o que fornece r0, o espaçamento interiônico de equilíbrio.
RESPOSTA:
Agora, resolvendo para r (= r0):
ou
3. Determine a expressão para E0 pela substituição de r0 na Equação 2.17.
RESPOSTA:
Substituição de r0 na Equação 2.17 e resolução de E (= E0) produz:
2.19 Para um par iônico Na+ – Cl-–, as energias atrativa e repulsiva, EA e ER, respectivamente, dependem da distância entre os íons, r, de acordo com as seguintes expressões:
Nessas expressões, as energias são apresentadas em elétron-volt por par Na+ – Cl– e r é a distância em nanômetros. A energia resultante EN é simplesmente a soma das duas expressões acima.
a) Superponha em um único gráfico EN, ER e EA em função de r até a distância de 1,0 nm.
RESPOSTA:
As curvas de EA, ER e EN são mostradas na plotagem abaixo;
b) Com base nesse gráfico, determine
(i) o espaçamento de equilíbrio, r0, entre os íons Na+ e Cl– e (ii) a magnitude da energia de ligação E0 entre os dois íons.
RESPOSTA:
Desta trama:
r0 = 0.24 nm
E0 = 5.3 eV
c) Determine matematicamente os valores de r0 e E0 usando as soluções para o Problema 2.18 e compare esses resultados com os resultados gráficos obtidos para a parte (b).
RESPOSTA:
Da equação 2.17 para EN
A = 1.436
B = 7.32 x 106
n = 8
Portanto,
e
E0 = -5.32 eV
2.20 Considere um par iônico hipotético X+ – Y– para o qual os valores do espaçamento interiônico e da energia de ligação de equilíbrio são de 0,38 nm e 5,37 eV, respectivamente. Se for sabido que o valor de n na Equação 2.17 é igual a 8, usando os resultados para o Problema 2.18, determine expressões explícitas para as energias atrativa e repulsiva, EA e ER, nas Equações 2.9 e 2.11.
RESPOSTA:
Esse problema nos fornece, para um par hipotético de íons X+ - Y-, valores para r0 (0,38 nm), E0 (- 5,37 eV) e n (8), e pede que determinemos expressões explícitas para energias atraentes e repulsivas das Equações 2.9 e 2.11.
Em essência, é necessário calcular os valores de A e B nessas equações. As expressões para r0 e E0 em termos de n, A e B foram determinadas no Problema 2.18, que são as seguintes:
Assim, temos duas equações simultâneas com duas incógnitas (A e B). Após a substituição dos valores para r0 e E0 em termos de n, as duas equações acima se tornam
e
Agora, queremos resolver essas duas equações simultaneamente para os valores de A e B. Desde a primeira dessas duas equações, a solução para A / 8B leva a
Além disso, a partir da equação acima, A é igual a
A = 8B (0.38 nm)-7
Quando as duas expressões acima para A / 8B e A são substituídas na expressão acima para E0 ( 5.37 eV), os seguintes resultados
ou
A resolução de B a partir desta equação produz
Além disso, o valor de A é determinado a partir de uma das equações anteriores, da seguinte forma:
A = 2.34 eV-nm
Assim, as Equações 2.9 e 2.11 tornam-se
É claro que essas expressões são válidas para r e E em unidades de nanômetros e elétron-volts, respectivamente.
2.21 A energia potencial resultante EN entre dois íons adjacentes é, algumas vezes, representada pela expressão
na qual r é a separação interiônica e C, D e ρ são constantes cujos valores dependem de cada material específico.
a) Desenvolva uma expressão para a energia de ligação E0 em termos da separação interiônica de equilíbrio r0 e das constantes D e ρ usando o seguinte procedimento:
(i) Derive EL em relação a r e, então, iguale a expressão resultante a zero.
(ii) Resolva essa expressão para C em termos de D, ρ e r0.
(iii) Determine a expressão para E0 pela substituição de C na Equação 2.18.
RESPOSTA:
Solução:
Equação de diferenciação 2.18 em relação aos rendimentos r
Em r = r0, dE / dr = 0, e
Solução para rendimentos em C
A substituição desta expressão por C na Equação 2.18 produz uma expressão para E0 como
b) Desenvolva outra expressão para E0 em termos de r0, C e ρ usando um procedimento análogo ao descrito na parte (a).
RESPOSTA:
Agora resolvendo D da Equação 2.18a acima, obtemos
A substituição desta expressão por D na Equação 2.18 produz uma expressão para E0 como
LIGAÇÕES INTERMOLECULARES PRIMÁRIAS
2.22
(a) Cite sucintamente as principais diferenças entre as ligações iônica, covalente e metálica.
RESPOSTA:
Iônica: há atração eletrostática entre íons com carga oposta.
Covalente: há compartilhamento de elétrons entre dois átomos adjacentes, de modo que cada átomo assume uma configuração eletrônica estável.
Metálico: os núcleos de íons com carga positiva são protegidos um do outro e também "colados" pelo mar de elétrons de valência.
(b) Enuncie o princípio da exclusão de Pauli.
RESPOSTA: O princípio de exclusão de Pauli afirma que cada estado de elétron não pode conter mais do que dois elétrons, que devem ter rotações opostas.
2.23 Faça um gráfico da energia de ligação (eV) em função da temperatura de fusão (°C) para os metais listados na Tabela 2.3. Usando esse gráfico, faça uma estimativa para a energia de ligação (eV) do molibdênio, que possui uma temperatura de fusão de 2617 °C.
RESPOSTA:
Abaixo, é apresentada a energia de ligação versus a temperatura de fusão desses quatro metais. A partir deste gráfico, a energia de ligação do molibdênio (temperatura de fusão de 2617 °C) deve ser de aproximadamente 680 kJ / mol. O valor experimental é de 660 kJ / mol.
2.24 Explique por que o fluoreto de hidrogênio (HF) possui uma temperatura de ebulição mais elevada que o cloreto de hidrogênio (HCl) (19,4°C contra –85°C), apesar do HF ter um peso molecular mais baixo.
RESPOSTA:
A ligação intermolecular para HF é hidrogênio, enquanto que para HCl, a ligação intermolecular é van der Waals. Como a ligação de hidrogênio é mais forte que van der Waals, o HF terá uma temperatura de fusão mais alta.
2.25 Calcule os percentuais de caráter iônico %CI para as ligações interatômicas em cada um dos seguintes compostos: MgO, GaP, CsF, CdS e FeO.
RESPOSTA:
O percentual de caráter iônico é uma função das negatividades eletrônicas dos íons XA e XB de acordo com a Equação 2.16. As eletronegatividades dos elementos são encontradas na Figura 2.9.
As eletronegatividades dos elementos são encontradas na figura 2.9, a qual segue abaixo:
Para MgO, XO = 3.5 e XMg = 1.3, e portanto,
%IC = 70.1%
Para GaP, XGa = 1.8 e XP = 2.1, e portanto,
%IC = 2.2%
Para CsF, XCs = 0.9 e XF = 4.1, e portanto,
%IC = 92,3%
Para CdS, XCd = 1.5 e XS = 2.4, e portanto,
%IC = 18.3%
Para FeO, XFe = 1.7 e XO = 3.5, e portanto,
%IC = 55.5%
2.26
(a) Calcule o percentual de caráter iônico %CI para as ligações interatômicas no composto intermetálico Al6Mn.
RESPOSTA:
O percentual de caráter iônico é uma função das negatividades eletrônicas dos íons XA e XB de acordo com a Equação 2.16. As eletronegatividades para Al e Mn (Figura 2.9) são 1,5 e 1,6, respectivamente.
Portanto, o caractere iônico percentual é determinado usando a Equação 2.16 da seguinte maneira:
%IC = 0.25%
(b) Com base nesse resultado, qual tipo de ligação interatômica você esperaria encontrar no Al6Mn?
RESPOSTA:
Como o percentual de caráter iônico é extremamente pequeno (0,25%) e esse composto intermetálico é composto por dois metais, a ligação é completamente metálica.
2.27 Qual ou quais tipo(s) de ligação você esperaria para cada um dos seguintes materiais: xenônio sólido, fluoreto de cálcio (CaF2), bronze, telureto de cádmio (CdTe), borracha e tungstênio?
RESPOSTA:
Para o xenônio sólido, a ligação é Van der Waals, pois o xenônio é um gás inerte.
Para CaF2, a ligação é predominantemente iônica (mas com um leve caráter covalente) com base nas posições relativas de Ca e F na tabela periódica.
Para o bronze, a ligação é metálica, pois é uma liga metálica (composta de cobre e estanho).
Para CdTe, a ligação é predominantemente covalente (com algum leve caráter iônico) com base nas posições relativas de Cd e Te na tabela periódica.
Para borracha, a ligação é covalente com alguns Van der Waals. (A borracha é composta principalmente de átomos de carbono e hidrogênio.)
Para o tungstênio, a ligação é metálica, pois é um elemento metálico da tabela periódica.
2.1SS Gere uma planilha que permita ao usuário atribuir valores de A, B e n (Equações 2.17) e, em seguida, o seguinte:
a) Trace um gráfico da energia potencial versus separações interatômicas de dois átomos / íons, curvas para energias atrativas (EA), repulsivas (ER) e líquidas (EN).
b) Determina o espaçamento de equilíbrio (r0) e a energia de ligação (E0).
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