Horizonte de constituição predominantemente mineral, definido a partir de horizontes pedogenéticos e camadas Ac, Ec, Bc ou Cc, apresenta mais da metade de seu volume composto de material grosseiro, predominando petroplintita na forma de nódulos ou concreções de ferro ou de ferro e alumínio. A matriz terrosa pode apresentar composição granulométrica variada. A espessura mínima requerida é de 30 cm.
É possível que horizontes pedogenéticos apresentem atributos que satisfaçam, ao mesmo tempo, os requisitos para identificação de outros horizontes diagnósticos além do horizonte concrecionário. Nesse caso, para fins de classificação taxonômica, o horizonte concrecionário possui precedência diagnóstica -- exceto quando o horizonte B plânico apresentar elevado conteúdo de Na+.
São horizontes normalmente característicos de solos de zonas tropicais do planeta, encontrados, tanto em solos de boa drenagem, onde, via de regra se tratam de resquícios de um clima pretérito diferenciado, como em solos de drenagem restrita de baixadas, planícies, terraços, depressões, etc., onde quase sempre têm formação atual e ocupam as posições de drenagem mais favorecida no perfil do solo. Nesta última situação, é comum ocorrerem sobrejacentes a horizontes plínticos. A presença excessiva de petroplintita constitui limitação forte ao desenvolvimento de raízes.
O horizonte diagnóstico concrecionário está presente numa seção do solo quando [1], [2]:
O diagrama abaixo mostra a sequência de passos para avaliar a presença do horizonte diagnóstico concrecionário numa seção do solo.
[1] H. G. dos Santos et al., Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, 5o ed. Brasília, DF: Embrapa, 2018, p. 531 [Online]. Disponível em: http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1094003
[2] IBGE, Manual Técnico de Pedologia, 3o ed. Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2015, p. 430 [Online]. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95017.pdf