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ARQUIVO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS DOS GRUPOS
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ARQUIVOS DE PERGUNTAS E RESPOSTAS DOS GRUPOS

do catecumenato matrimonial

André Parreira

Sumário - Clique na pergunta e navegue direto para a resposta

1) 𝗘𝘀𝘁𝗲 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼 𝗮𝘁𝗲𝗻𝗱𝗲 𝗮𝗼 𝗻𝗼𝘃𝗼 𝗱𝗼𝗰𝘂𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗜𝘁𝗶𝗻𝗲𝗿á𝗿𝗶𝗼𝘀 𝗖𝗮𝘁𝗲𝗰𝘂𝗺𝗲𝗻𝗮𝗶𝘀 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝗩𝗶𝗱𝗮 𝗠𝗮𝘁𝗿𝗶𝗺𝗼𝗻𝗶𝗮𝗹 𝗽𝘂𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗮 𝗦é 𝗲𝗺 𝗝𝘂𝗻𝗵𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟮𝟮?

2) Recebemos de Kathleen de Manaus (AM) a seguinte pergunta:

“Nós, paróquia São Bento, Manaus, ainda estamos trabalhando forma antiga, só 8 palestras.   Quero ideia como trabalhar matrimônio livro novo ? Como tenho que fazer divulgação?

3) Recebemos de Patrícia Mártires, de Anápolis (GO) a seguinte pergunta:

“Gostaria de saber por que não fazem um documento para trabalhar com casais que já vivem juntos, uma vez que muitos casais desistem de casar na igreja por ter que fazer a preparação que é mais demorada. No meu ver poderia ser elaborado um material para trabalhar especificamente com esses casais para assim eles receberem o matrimônio e não desanimarem no caminho, pois sabemos que a realidade de um casal de noivos para um que já vivem juntos é diferente!”

4) Recebemos o comentário a seguir da Silvania Xavier de Busque (SC) pelo qual agradecemos e louvamos à Deus!

Na verdade não é pergunta e sim um comentário a uma pergunta feita no grupo de wattsap a respeito da preparação diferenciada para casais que vivem juntos. Têm sido uma experiência muito rica a partilha destes casais para os casais de noivos, todos saem muito enriquecidos. Louvo e agradeço a Deus pela inspiração deste livro, é realmente um presente de Deus para nossos tempos, uma preciosidade. Deus os abençoe ricamente.

5) Recebemos, de forma anônima,  a seguinte pergunta:

Como proceder se em nossa Diocese nosso bispo for contra a catequese Matrimonial? Já temos várias Paróquias com a catequese Matrimonial?

6) Recebemos de Gabriel Solino de Campos dos Goytacazes(RJ) a seguinte pergunta:

No documento feito pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida Itinerários Catecumenais para a vida matrimonial destaca-se a necessidade que o "novo catecumenato" anuncie desde as crianças e adolescentes essa vocação. Em seu livro retrata uma preparação mais imediata, já com casais de noivos, como formar então os jovens vocacionados ao matrimônio, estejam eles namorando, ou não?

7) Recebemos de José Valério, de Barretos (SP) a seguinte pergunta: A Diocese de Barretos implantou a catequese matrimonial, a qual tem dado ótimos resultados. A questão é que a CNBB optou pelo itinerário, sendo este um trabalho inferior. Como a Diocese continuará optando por um trabalho diferente ao que preconiza a CNBB?

8) Recebemos do Diácono Thiago de Sousa Ribeiro Neto, de Bacabal (MA) a seguinte pergunta:

Tem como enviar o material usado na formação que o André Parreira, foi assessor?

9)Recebemos do Edvaldo Gonçalves de Mutum (MG) a seguinte pergunta:

Quando entrei no grupo não vi qual o nome do livro para trabalhar com os noivos então se puder passar o nome do livro do mais antigo e do atual. Aqui na nossa paróquia nos trabalhamos com 9 encontros e 1 encontros final com várias palestras.

10) Recebemos do Luiz Sergio Pereira de Caçapava (SP) a seguinte pergunta:

Fazemos o nosso Encontro de Noivos em 8 encontros, um encontro por mês, com duração de 2 horas cada. Somos a única paróquia fazendo desta forma. Você  acha que no futuro próximo será desta maneira para todas as paróquias?  Está  dando certo aqui.

11) Em poucos dias teremos o livro disponível para venda. Vamos aqui revelando alguns detalhes, a começar pela apresentação do Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Dom Moacir Silva que,  com enorme dedicação, comenta cada um dos capítulos do livro, que agora são doze.

12) Apresento a sugestão de planejamento para a execução dos encontros previstos na nova edição do livro Matrimônio: Encontros de Preparação.

Uma das novidades é que forneceremos material extra para a continuidade dos encontros, para serem baixados na Internet.

13) Recebemos, de modo anônimo, uma série de 7 perguntas em uma única mensagem. Vamos às respostas.

Comento ainda que as respostas são curtas, mas podem ser complementadas com as respostas anteriores. Todas estão no link que tenho indicado periodicamente e também na descrição do grupo.

14) Recebemos de forma anônima a seguinte pergunta:

Se um casal de noivos não pertence ao setor da paróquia, e quer casar nessa paróquia, onde devem fazer a preparação matrimonial ? Na paróquia que vão casar ou na que pertencem?

15)Recebemos de Marina Gomes, de Cachoeiras de Macacu(RJ) a seguinte pergunta:

A nova edição do livro Matrimônio: Encontros de Preparação também tem o material de apoio, com perguntas, a serem realizadas pelos catequistas, e indicações de livros, vídeos, palestras, para envio no grupo de whatsapp, para a reflexão dos noivos entre os temas?

16) Recebemos de forma anônima a seguinte pergunta:

Realizamos o método de Encontros de Preparação para Vida Matrimonial através do livro, links, textos e demais temas propostos e também colocados pela Pastoral Familiar da CNBB, onde acompanhamos os casais individualmente. Sendo assim, nossa equipe pastoral conclui que a Catequese Matrimonial entra em conjunto com as demais Catequeses, pois em comunhão também orienta sobre demais Sacramentos e caminhada Cristã. Nossa pergunta é: a Pastoral dos Noivos, está alinhada somente com a Pastoral Familiar ? Não ê “correto” mencionar que também faz parte da Catequese em geral dentro de uma Comunidade/Paróquia?

17) Recebemos, de forma anônima, as perguntas em um só formulário:

Algumas dúvidas em relação ao EPVM e o Itinerário Matrimonial.

1. Quando um setor e Arquidiocesano da Pastoral Familiar, pede que se faça esse estilo de Preparação Matrimonial. Mas determinada Paróquia não quer fazer, pois achar que não é necessário?

2. Tendo em vista que os Arcebispos de determinada Arquidiocese, não falam nada a respeito dessa preparação Matrimonial que é pedida? Sendo que os mesmos já estão ciente.

3. É obrigatório fazer nesse estilo de acompanhamento o Encontro de preparação Matrimonial?

4. Como resolver essas questões?

18) Recebemos de Adalberto e Christiane Castro de Anápolis (GO) a seguinte pergunta:

Paz e bem

Que bom que você existe...

Como vocês foram nossos representantes no Encontro Mundial das Famílias, e teve o reconhecimento da edição Dinâmicas Paróquias ousamos perguntar se tem alguma informação sobre:

Há alguma possibilidade do Vaticano produzir alguma cartilha ou roteiro para o catecumenato dos EPVM que seja padrão para o mundo inteiro?

19) Recebemos de Vanessa Pietta, de Nova Prata do Iguaçu (PR) a seguinte pergunta:

Gostaria de sugestões do que trabalhar no acompanhamento de casais que  já realizaram os encontros de preparação para o matrimônio?

20) André, sabemos que houve umas mudanças no livro Matrimônio, pois havia essa necessidade. Porém, esse novo material não está disponível na Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF).

Como é do seu conhecimento que no estado de Goiás foram realizados formações e congresso regional (centro-oeste), temos trabalhado somente com o livro Matrimônio, encontro de preparação.

Tenho sido questionado de como iremos proceder em relação a aquisição do material que desde o ano de 2016 temos trabalhado tanto na formação dos agentes (com o livro a qual foi recomendado pelo Dicastério) bem como o livro MATRIMÔNIO.

21)Recebemos de José Valério, de Barretos (SP) a seguinte pergunta:

A Diocese de Barretos já adquiriu aproximadamente 1000 edições do Matrimônio: Encontros de Preparação, antes publicado pela CNBB. Desde então não tivemos nenhuma rejeição à catequese proposta. A minha pergunta e a seguinte: como pré-matrimonial o material que continuaremos a utilizar será esse devido ao crescimento de uma família cristã. Para que possamos dar continuidade, gostaria de saber se essa metodologia poderia ser criada na gestação e consequentemente ao batismo?

22)Recebemos, de forma anônima, a seguinte pergunta:

Qual a diferença dos livros dos Itinerários da CNBB e este Matrimonio do Andre Parreira e Karina, que está agora em outra editora?

23) Recebemos de forma anônima a seguinte pergunta:

_Como podemos falar nas celebrações para todos sobre a importância de buscar o Sacramento com 1 ano de antecedência.

E vc usa uma frase. Candidatos ao matrimônio.  fui falar isso com minha amiga ela não gostou achou estranho.

Outra coisa. Tem Um documento que fala que os noivos tem que entrar  com a documentação com 1 ano de antecedência.

Pergunto isso pois aqui chegam com 6 meses para baixo._

24)Recebemos a seguinte pergunta:

Vi a afirmação que nos itinerários não é necessário trabalhar com doutrina e seria um tempo mais vivencial e de contato com a Palavra de Deus. No livro Matrimônio há capítulos sobre sacramentos e outros pontos de doutrina. Pode falar sobre isso?

25)Recebemos de Marina Gomes, de Cachoeiras de Macacu (RJ) a seguinte pergunta: O livro Encontros de Preparação atende o itinerário do Dicastério para os leigos, a família e a vida?

26)Recebemos, sem identificação, a seguinte pergunta:

Andre, paz e bem! Agora com um novo subsídio de preparação para o matrimônio,  como ficam as paróquias com os vários livros (antigos) já compro? Perde todos?

27)Recebemos a seguinte pergunta: Porque a Pastoral Familiar da CNBB não vai mais publicar o livro de vocês?

28)Recebemos de Vanízia, de Santo Antônio de Padua (RJ) a seguinte pergunta:

Temos poucos casais pra fazer os encontros, durante o ano, pois só os que irão se casar dentro dos semestres, podem fazer, devido a validade da preparação

O nosso pároco, colocou como validade de 6 meses. Com isso, temos que fazer  2 catequeses durante o ano.

Qual tempo de validade, seria ideal essa catequese?

29)Recebemos, de forma anônima, esta pergunta:

qual a obrigação da paroquia usar o material oficial da CNBB/pastoral familiar nacional? pode-se usar outro que consideramos melhor,  como este livro de vocês?

30)Recebemos, de forma anônima, esta pergunta:

_Quem define o tempo da preparação, é o bispo ou o pároco? Na minha diocese em algumas paróquias já se faz o catecumenato matrimonial, mas na minha paróquia ainda é a preparação de um final de semana._

31)Recebemos de José Bezerra do Nascimento, de Garanhuns, PE a seguinte pergunta: _Os temas são abordados da mesma forma tanto para casais de namorados (noivos), como para quem já tem 10 anos de convivência e com vários filhos?_

32)*Recebemos de José Valério, de São José do Rio Preto, SP a seguinte pergunta: _Na outra edição, continha um modelo de certificado, mas nesse novo foi extraído. Não seria ideal um modelo de certificado para que os noivos possam inserir na documentação junto a Igreja ?_*

33)Recebemos de Adalberto e Christiane Castro, de Anápolis, GO, a seguinte pergunta: _O que contém no itinerário matrimonial do documento 68 de novidade para a preparação?_

34) Recebemos, de forma anônima,  a seguinte pergunta:

_Coordenação do regional insiste que devemos mudar o material da diocese, que atualmente é o livro Matrimônio para o livro Itinerário Vivencial, que é publicado pela Pastoral Familiar do Brasil-CNBB. Não conisderamos que seja uma boa troca. Como podemos argumentar para manter como está?_

35) Recebemos, de forma anônima esta pergunta que é de um tema recorrente:

Existe um material oficial da Igreja no Brasil que seja obrigatório para os encontros de preparacao (catequese matrimonial)?

36) Recebemos, de Ana Cláudia, de São Paulo-SP a seguinte pergunta:

Vi no livro (ainda não utilizamos, mas vamos começar) que tem tema de métodos naturais. Nossa paróquia não tem pessoas para ensinar o Método Billings. Como fazer?

37) Recebemos, de Josiana Botelho, de São Paulo-SP a seguinte pergunta:

_Um casal que fez todo o catecumenato matrimonial, e ao final do curso decidiram não se casar. Futuramente , quando encontrarem outra pessoa e decidirem pelo matrimônio, deverão fazer a preparação novamente? O parceiro ou parceira fará sozinho a preparação para o matrimonio? Como fica uma situação como essa? Obrigado pela atenção_

38) *Recebemos, de Ivone Valda, de Caldas Novas, GO, participante do Encontro de casais OVISA, a seguinte pergunta:*

_Quantos encontros serão necessários para a preparação com os noivos ?_

39) *Recebemos, de Lílian dos Santos e Silva Wotkosky, de Palmas, TO, a seguinte pergunta:*

_Está metodologia, já experimentada e avaliada como a melhor forma de preparação para o Sacramento do Matrimônio já foi levada para CNBB como a melhor metodologia para catequizar casais? Pois as Arquidioceses precisam definir está metodologia como prioridade._

40) *Recebemos, de forma anônima, mas identificada a cidade de Rondonópolis, MT, a seguinte pergunta:*

_Olá, aqui na minha diocese não existe a catequese matrimonial, creio que seja desconhecido de muitos padres pois as paróquias que tem pastoral familiar são poucas e só algumas trabalham com curso de final de semana as outras nem isto. Minha pergunta é: o Itinerário para preparação para o matrimônio pode ser usado com casais que já vivem juntos a um bom tempo e pretendem se casar? O casal catequista pode ser alguem proximo a eles? O casal catequista tem que fazer algum curso para poder trabalhar com os casais?_

1) 𝗘𝘀𝘁𝗲 𝗹𝗶𝘃𝗿𝗼 𝗮𝘁𝗲𝗻𝗱𝗲 𝗮𝗼 𝗻𝗼𝘃𝗼 𝗱𝗼𝗰𝘂𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗜𝘁𝗶𝗻𝗲𝗿á𝗿𝗶𝗼𝘀 𝗖𝗮𝘁𝗲𝗰𝘂𝗺𝗲𝗻𝗮𝗶𝘀 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝗩𝗶𝗱𝗮 𝗠𝗮𝘁𝗿𝗶𝗺𝗼𝗻𝗶𝗮𝗹 𝗽𝘂𝗯𝗹𝗶𝗰𝗮𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗦𝗮𝗻𝘁𝗮 𝗦é 𝗲𝗺 𝗝𝘂𝗻𝗵𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟮𝟮?

RESPOSTA

Sim, ele foi construído a partir da vivência dos Encontros de Preparação para o Matrimônio na forma de acolhimento dos noivos. Esta modalidade está em sintonia com as orientações da Igreja conforme os Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial, publicado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida em 15/06/2022. Ele não é a totalidade do catecumenato, mas um subsídio para a Etapa Próxima, a etapa obrigatória que ainda é conhecida como Encontros ou Cursos de Noivos.  O novo documento da Igreja propõe a ampliação da preparação, para que todas as dioceses possam atender as 3 etapas, mas não alterou a etapa próxima, já contemplada pelo livro, tanto em sua versão anterior quanto a nova versão.

Mas reforçamos que estes encontros não devem ser uma oferta isolada na vida paroquial. O ideal é que estejam dentro de uma estrutura ampla na paróquia, onde também aconteçam diversas iniciativas da Preparação Remota e que também exista a Preparação Imediata.

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2) Recebemos de Kathleen de Manaus (AM) a seguinte pergunta:

“Nós, paróquia São Bento, Manaus, ainda estamos trabalhando forma antiga, só 8 palestras.   Quero ideia como trabalhar matrimônio livro novo ? Como tenho que fazer divulgação?  

RESPOSTA

Temos aí duas perguntas:

A) - Na primeira, digo que o trabalho do novo livro tem a mesma estrutura do atual (Matrimônio: Encontros de Preparação), que são encontros de um único tema, feitos com o intervalo mínimo de 1 semana (pode ser até de um mês, eu prefiro a cada 15 dias), com tempo para o casal refletir bastante cada tema, Importante que seja sempre com o mesmo casal de catequistas (agentes). Para compreender a estrutura, sugiro um de meus livros que está recomendado pela Santa Sé/Vaticano através do Dicastério para a Família e pode ser baixo em pdf ou pode ser adquirida a versão impressa pela Editora Pius.

Site do dicastério com o livro:

http://www.laityfamilylife.va/content/dam/laityfamilylife/amoris-laetitia/Dalmondo/EPVMDP-2021.pdf

B) - A divulgação deve ser muito bem feita. Toda a paróquia deve saber que os EPVM existem e não somente os casais quando vão à secretaria paroquial marcarem o casamento. Sobre isso, temos um breve vídeo: https://youtu.be/EPb7MDZZEHQ

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3) Recebemos de Patrícia Mártires, de Anápolis (GO) a seguinte pergunta:

 

“Gostaria de saber por que não fazem um documento para trabalhar com casais que já vivem juntos, uma vez que muitos casais desistem de casar na igreja por ter que fazer a preparação que é mais demorada. No meu ver poderia ser elaborado um material para trabalhar especificamente com esses casais para assim eles receberem o matrimônio e não desanimarem no caminho, pois sabemos que a realidade de um casal de noivos para um que já vivem juntos é diferente!”

 

RESPOSTA

Esta é uma pergunta que, de vez em quando, recebemos. Obrigado por enviá-la, pois tenho certeza de que vai esclarecer a muitas pessoas!

Minha resposta é que não existe um documento específico para se preparar casais que já vivem juntos porque o sacramento é o mesmo e a preparação deve ser a mesma, ou seja, deve abordar os mesmos conteúdos.

Quando um casal, que vive junto há anos, demonstra muita consciência e é ativo na vida paroquial, compete ao pároco sugerir uma formação diferenciada. Mas isso é uma EXCEÇÃO, não uma regra.

São João Paulo II já nos disse que “esta catequese renovada de TODOS os que se preparam para o matrimônio cristão é absolutamente necessária” (FC66). Não é algo exclusivo de noivos na forma tradicional, mas a todos os “candidatos ao matrimônio” (este é o termo usado nos documentos recentes).

 

Na pergunta, a Patrícia diz que “a realidade de um casal de noivos para um que já vivem juntos é diferente”. De fato, há razão nisto e há algumas particularidades, mas tudo isso se ajusta pela abordagem pastoral e não pela exclusão de temas da formação.

Por exemplo, pode-se colocar um casal de catequistas com mais vivência para acompanhar os grupos onde tenham casais que coabitam há anos.

Sobre o desânimo dos casais, abreviar a formação não é uma boa solução. Se vivem juntos há anos e SE realmente desejam o Matrimônio, o fato de se prepararem por alguns meses não será um problema.

Também se supera o desânimo com adequada abordagem dos agentes/catequistas, oferecendo apoio e mostrando que a preparação é uma grande oportunidade, um grande presente da Igreja para que contraiam o sacramento de modo consciente. Ou seja, *também é papel dos agentes/catequistas trabalhar na motivação dos casais! *

Nossa experiência de acolher casais de noivos (muitos sem mesmo marcar o casamento) junto com casais que coabitam há anos tem sido positiva.

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No livro que indiquei na resposta anterior também abordo este ponto.

E escrevi um artigo sobre Casamentos Comunitários, mas que aborda também a preparação dos casais que já vivem juntos. Recomendo sua leitura, especialmente da seção: “É preciso diferenciar os temas para os dois perfis de noivos?”  O artigo está disponível aqui>>

https://diocesedesaojoaodelrei.com.br/casamentos-comunitarios-e-preparacao-para-o-matrimonio/

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4) Recebemos o comentário a seguir da Silvania Xavier de Busque (SC) pelo qual agradecemos e louvamos à Deus!

Na verdade não é pergunta e sim um comentário a uma pergunta feita no grupo de wattsap a respeito da preparação diferenciada para casais que vivem juntos. Têm sido uma experiência muito rica a partilha destes casais para os casais de noivos, todos saem muito enriquecidos. Louvo e agradeço a Deus pela inspiração deste livro, é realmente um presente de Deus para nossos tempos, uma preciosidade. Deus os abençoe ricamente.

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5) Recebemos, de forma anônima,  a seguinte pergunta:

Como proceder se em nossa Diocese nosso bispo for contra a catequese Matrimonial? Já temos várias Paróquias com a catequese Matrimonial?

RESPOSTA

É verdade que há muitas dioceses onde há resistências para a migração de um modelo de “cursos de noivos” para a “catequese matrimonial”.

Entendo que o caminho é apresentar ao bispo experiências de dioceses que já implantaram há mais tempo, mas também levar à ele os documentos da Igreja que pedem que seja desta forma. Há muitos documentos sobre isso! A Igreja pede a catequese matrimonial há mais de 40 anos!!

E quanto à pergunta se há muitas paróquias com a catequese matrimonial, a resposta é sim. Há muitas e por todo o mundo.  No Brasil há muitas experiências e há dioceses que aboliram e até proibiram os “cursos” de fim de semana na década de 90.

Agora, com o documento recente do Dicastério da Família, o apelo pela migração ao catecumenato é ainda mais forte!

Sugiro uma palestra, que foi parte de uma formação que dei na Dioceses de Campos de Goytacazes em 2019. Nela aposento vários documentos sobre as recomendações da Igreja para os encontros de preparação (etapa próxima) que não mudaram com o novo documento, mas foram reforçadas: https://youtu.be/AO9zRoR0lsk

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6) Recebemos de Gabriel Solino de Campos dos Goytacazes(RJ) a seguinte pergunta:

 

No documento feito pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida Itinerários Catecumenais para a vida matrimonial destaca-se a necessidade que o "novo catecumenato" anuncie desde as crianças e adolescentes essa vocação. Em seu livro retrata uma preparação mais imediata, já com casais de noivos, como formar então os jovens vocacionados ao matrimônio, estejam eles namorando, ou não?

 

RESPOSTA

Esta pergunta é muito oportuna, pois abre a oportunidade de reforçarmos que os Encontros de Preparação para a Vida Matrimonial constituem apenas uma das etapas da preparação.

 

O documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial, Publicado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, aponta algumas novidades mas, em sua maior parte, reúne as orientações da Igreja dos últimos 40 anos. Nem mesmo a expressão “catecumenato matrimonial” é novidade, pois ela já era usada pelo Papa São João Paulo II e também no Doc 12 da CNBB do ano de 1978.

 

A necessidade de se falar da vocação matrimonial desde a infância também não é uma novidade. Isso já estava indicado na Familiaris Consortio, no ano de 1981, do Papa São João Paulo II: A preparação remota tem início desde a infância... (66).  Neste documento estão indicados os 3 momentos: remoto, próximo e imediato.  Depois, em 1996, no doc Preparação para o Sacramento do Matrimônio, do Pontifício Conselho para a Família, elas são mais detalhadas. No Guia de Implantação da Pastoral Familiar (CNPF), eles também estão explicados.

 

E me permita apontar uma correção em uma afirmação de sua pergunta: Os Encontros de Preparação não são da etapa imediata, mas sim da etapa próxima. A etapa imediata é outra etapa focada na celebração do matrimônio.

 

Outra questão que comumente entendida de maneira errada é que os encontros sejam somente para noivos na forma tradicional. Não é assim, eles são indicados para candidatos ao matrimônio, isto é namorados firmes, noivos e também amasiados sem impedimentos ao matrimônio.

 

Então, o livro que estamos relançando, é um instrumento para a etapa próxima, mas não para toda a preparação. Para as outras etapas não é possível ter um único instrumento, pois são feitas de várias iniciativas e momentos. Sugiro que a Pastoral Familiar aprofunde nestas etapas em seus núcleos de formação diocesanos.

 

Para ajudar na reflexão, apresento um artigo que é o resumo de uma palestra que dei no VI Congresso da Pastoral Familiar do Regional Centro Oeste  https://andreparreira.com.br/pastoral-familiar-a-preparacao-para-o-matrimonio-na-amoris-laetitia/

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7) Recebemos de José Valério, de Barretos (SP) a seguinte pergunta: A Diocese de Barretos implantou a catequese matrimonial, a qual tem dado ótimos resultados. A questão é que a CNBB optou pelo itinerário, sendo este um trabalho inferior. Como a Diocese continuará optando por um trabalho diferente ao que preconiza a CNBB?

RESPOSTA

Agradeço pela importante pergunta, pois este pode ser o questionamento de muitos agentes da Pastoral Familiar que desejam trabalhar em sintonia com a Igreja. Parabéns por esta intenção!

 

Antes de tudo, devo comentar que a Comissão Nacional da Pastoral Familiar tem feito um excelente trabalho na articulação da pastoral e na oferta de materiais. Nestes mais de 20 anos de apostolado, sempre a tivemos como referência, cuja tarefa é importantíssima e é feita por casais, sacerdotes e bispos muito comprometidos. Nos consideramos verdadeiros divulgadores e promotores de todos os materiais e iniciativas da CNPF.

 

Como agentes da Pastoral Familiar e também como autores do livro, (eu, André e minha esposa, Karina) temos a intenção de estarmos em plena comunhão com a Igreja. Por isto, sempre estivemos e estamos abertos à CNPF para ouvir  observações e sugestões de melhorias no livro e em nosso apostolado.

Mas, devemos considerar que a comunhão das dioceses com as recomendações da CNPF não se faz através do uso de um livro, mas sim através do acolhimento das orientações em relação aos conteúdos e estrutura da missão, que devem ser espelhos das recomendações da Igreja. É bom e necessário que a CNPF oferte materiais de referência, mas eles constituem opções e sugestões, mas não obrigações. As dioceses podem usar outros materiais, desde que a forma de trabalho e o conteúdo sejam fiéis ao Magistério da Igreja.

 

Isso tem sido dito até nos documentos da Santa Sé. Na Amoris Laetitia, o Papa Francisco diz que “Há várias maneiras legítimas de organizar a preparação próxima para o matrimônio e cada Igreja local discernirá a que for melhor”(AL207).

 

E o documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial, publicado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (15/06/20) nos diz: “corresponde a cada diocese elaborar ou repensar seu próprio itinerário de preparação para o matrimônio” (16).

 

Assim, não há necessidade de uma uniformidade nacional no uso de um livro, desde que os fundamentos sejam respeitados, isto é, que seja uma maneira legítima. Há várias dioceses que, há  muitos anos, produzem seus próprios materiais para a catequese matrimonial!

 

E, ainda, o documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial, pede que os materiais sejam “testados”(conf. 17) antes de serem amplamente utilizados. Também neste quesito, o livro traz segurança às dioceses, pois sua primeira versão – publicada pela CNPF durante 6 anos – já foi utilizado por dezenas de dioceses e por mais de 100.000 casais.

 

Para ilustrar, dou mais um exemplo. A CNBB publica também os folhetos de missa. Esta seria a única opção para que se tenha comunhão com a Igreja do Brasil? Certamente que não se pode pensar assim, pois há também outras boas edições, bem como há ainda edições próprias de dioceses.

 

Portanto, é lícito e natural que cada diocese faça seu discernimento em relação ao material a ser utilizado. Mas, repito: qualquer que seja o material, o fundamental é estar em comunhão com a Igreja em relação à essência da preparação que está na forma de trabalho (catecumenato/itinerário) e a fidelidade ao Magistério da Igreja.

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8) Recebemos do Diácono Thiago de Sousa Ribeiro Neto, de Bacabal (MA) a seguinte pergunta:

Tem como enviar o material usado na formação que o André Parreira, foi assessor?

RESPOSTA

Caro Diácono Thiago, posso enviar com todo prazer, mas preciso saber de qual formação o sr necessita.

De outro lado, há várias palestras e formações no canal do Youtube www.youtube.com/alparreira e muitos artigos em diversos sites e que estão, em sua maioria , reunidos no site www.andreparreira.com.br .

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9)Recebemos do Edvaldo Gonçalves de Mutum (MG) a seguinte pergunta:

Quando entrei no grupo não vi qual o nome do livro para trabalhar com os noivos então se puder passar o nome do livro do mais antigo e do atual. Aqui na nossa paróquia nos trabalhamos com 9 encontros e 1 encontros final com várias palestras.

RESPOSTA

Este grupo foi criado tendo em vista oferecer formação e dar respostas às dúvidas sobre o livro Matrimônio: Encontros de Preparação.  A nova versão, que estará à venda em poucos dias, tem o mesmo nome, mas é revista e ampliada. E parabéns por já fazerem o catecumenato matrimonial.

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10) Recebemos do Luiz Sergio Pereira de Caçapava (SP) a seguinte pergunta:

Fazemos o nosso Encontro de Noivos em 8 encontros, um encontro por mês, com duração de 2 horas cada. Somos a única paróquia fazendo desta forma. Você  acha que no futuro próximo será desta maneira para todas as paróquias?  Está  dando certo aqui.

RESPOSTA

Sim, eu acho que será assim. Será disso para mais! E será porque não é uma invenção particular mas um pedido da Igreja (há 40 anos pedido nos documentos do Magistério!!!) que é guiada pelo Espírito Santo e não nos pede nada impossível. E agora este pedido vem se tornando cada vez mais intenso. “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!” (Mt 13,9)

 

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11) Em poucos dias teremos o livro disponível para venda. Vamos aqui revelando alguns detalhes, a começar pela apresentação do Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Dom Moacir Silva que,  com enorme dedicação, comenta cada um dos capítulos do livro, que agora são doze.

Apresentação

 

                 Com alegria e gratidão recebi o convite do André Parreira e Karina Parreira para apresentar o livro “Matrimônio: Encontros de Preparação - Catecumenato Matrimonial”. Este livro é uma edição ampliada e revisada de “Matrimônio: encontros de preparação”.

                Em 2019 a Arquidiocese Ribeirão Preto adotou como catequese matrimonial o texto de André e Karina “Matrimônio: encontros de preparação” precedida de uma Carta Pastoral. Foi a melhor decisão de nossa Igreja Particular em relação a evangelização da família. Já estamos colhendo bons frutos da aplicação desta Catequese Matrimonial.

                “Matrimônio: Encontros de Preparação - Catecumenato Matrimonial” estrutura-se em 12 encontros de inspiração catecumenal. Encontros que além de formar os noivos para o matrimônio gera neles sentido de comunhão, de vida de comunidade, lançando base para catequese pós-matrimonial.

                Encontro 1: “O amor conjugal”. O Papa Francisco afirma na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia: “A opção pelo matrimônio expressa a decisão real e efetiva de transformar dois caminhos num só́, aconteça o que acontecer e contra todo e qualquer desafio” (AL 131).

                Encontro 2: “Conhecimento, diálogo e amizade: a harmonia conjugal” Este encontro reflete: ao se pensar em matrimônio, seu futuro cônjuge deve conhecer você de forma plena. Vocês serão uma só carne e que tipo de carne você está ofertando? Assim, não é necessário apenas conhecer seus pontos fracos, mas também se esforçar e buscar apoio para superá-los. Matrimônio é, também, um caminho em busca da perfeição!

                Encontro 3: “Os sacramentos”. Este encontro leva os participantes a compreender que Sacramento é um canal da graça de Deus. A Igreja, como portadora da abundante graça de Deus, a oferece de modo especial aos fiéis por meios de canais, ou seja, de sacramentos.

                Encontro 4: “O Sacramento do Matrimônio”. Neste encontro os noivos se debruçam sobre o Matrimônio, que como todo sacramento também é um canal da graça de Deus para aqueles que o contraem. E toda graça de Deus tem como objetivo a nossa santificação. Esse é o objetivo final dessa união criada por Deus, que une homem e mulher pelo Matrimônio não somente para viverem bem e desfrutar melhor dessa vida. Ele os torna uma só carne para chegarem juntos à Ele.

                Encontro 5: “O Matrimônio no Direito Canônico”. Este encontro busca compreender o aspecto jurídico-canônico do Matrimônio. O Código de Direito Canônico define o que é o Matrimônio, suas propriedades, o cuidado com sua preparação e questões afins, assim como aponta as condições que impedem a celebração de um Matrimônio. Essas condições são denominadas impedimentos. Para alguns impedimentos há dispensa pela autoridade competente e há também impedimentos para os quais não há dispensa.

                Encontro 6: “A celebração do Matrimônio”. “Num discurso para noivos o Papa Francisco disse: é bom que o vosso matrimônio seja sóbrio e permita salientar aquilo que é verdadeiramente importante. Algumas pessoas estão mais preocupadas com os sinais exteriores, com o banquete, com as fotografias, com as roupas e com as flores... Trata-se de elementos importantes numa festa, mas somente se forem capazes de indicar o motivo autêntico da vossa alegria: a bênção do Senhor sobre o vosso amor! Fazei com que, como no caso do vinho das bodas de Caná, os sinais exteriores da vossa festa revelem a presença do Senhor e vos recordem, tanto a vós como a todos os presentes, a origem e o motivo da vossa alegria” (14/02/14).

                Encontro 7: “Viver a fé no cotidiano da família”. Neste encontro os participantes aprofundam uma verdade muito importante: um casal católico não pode deixar que os momentos de oração aconteçam unicamente na igreja. Mesmo aqueles que têm a graça de participar da missa diariamente, precisam ter o encontro diário com Jesus Cristo dentro do lar. Isso pode acontecer pela oração em família, através da leitura da Bíblia – a Palavra de Deus –, da partilha, da abertura do lar para que nele aconteçam novenas, reuniões, orações do terço etc.

                Encontro 8: “Matrimônio e a administração do lar” Este encontro recorda que é importante que os casais planejem gastar de acordo com o que ganham. Isto é, com base nos rendimentos, devem ir distribuindo as despesas. Alguns fazem o contrário, querem ganhar para cobrir as despesas, daí o dinheiro nunca sobra.

                Encontro 9: “A sexualidade na vida matrimonial”. O Papa Francisco diz: “A sexualidade, o sexo, é um dom de Deus. Nenhum tabu. [...] É interessante que a sexualidade é o ponto mais belo da criação, no sentido que o homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus, e a sexualidade é a mais atacada pela mundanidade, pelo espírito do mal.

                Encontro 10: “Filhos: os mais belos frutos do Matrimônio” Este encontro lembra que pela geração dos filhos, o casal também se realiza. A humanidade, até meados do século passado, sempre viu na geração dos filhos o sinal da bênção de Deus e de saúde. A Bíblia está repleta de passagens em que o Senhor abençoa o casal dando-lhe filhos.

                Encontro 11: “Métodos Naturais em pleno século XXI? Aqui aprofunda-se a questão dos métodos naturais. Às vezes, até mesmo católicos praticantes são tentados a também dizer que a Igreja está ultrapassada, que esse “papo de natural” não funciona e que o melhor é usar preservativos e anticoncepcionais. Para compreender a posição da Igreja, devemos ter em conta que o matrimônio possui um duplo fim, a saber: colaborar com o Senhor na geração da vida e o bem dos cônjuges. Notemos bem: duplo fim não é a mesma coisa que dois fins. Quando se separa uma coisa da outra, a estrutura do Matrimônio fica seriamente comprometida.

                Encontro 12: “Reflexões sobre a Educação dos Filhos”. O último encontro lembra um elemento muito importante na comunidade familiar, ou seja, para uma boa educação, é necessário se doar aos filhos. Não se deve considerar somente coisas materiais, como casa, roupas e alimentação. Os pais devem buscar, principalmente, uma estrutura emocional e espiritual favorável ao desenvolvimento da criança.

                Tendo por base a rica experiência de catequese matrimonial na Arquidiocese de Ribeiro Preto, recomendo este livro para as dioceses do Brasil em vista do catecumenato matrimonial.

 

Dom Moacir Silva

Arcebispo Metropolitano de Ribeirão Preto - SP

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12) Apresento a sugestão de planejamento para a execução dos encontros previstos na nova edição do livro Matrimônio: Encontros de Preparação.

Uma das novidades é que forneceremos material extra para a continuidade dos encontros, para serem baixados na Internet.

Conheça o planejamento >>>

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13) Recebemos, de modo anônimo, uma série de 7 perguntas em uma única mensagem. Vamos às respostas.

Comento ainda que as respostas são curtas, mas podem ser complementadas com as respostas anteriores. Todas estão no link que tenho indicado periodicamente e também na descrição do grupo.

 

1. Quem fez esse material? Foi uma só pessoa ou teve uma comissão?

 

Este livro foi escrito por nós, André e Karina, há alguns anos e foi revisado por agentes e sacerdote de nosso regional, depois revisado pelo conselho editorial da primeira editora que o publicou (Paulinas). Quando foi a para publicação na CNPF/CNBB, passou pela revisão e análise da Comissão Nacional da época (casais, bispos e sacerdotes). Agora, depois de ter sido utilizado por mais de 100.000 casais, passou por nova revisão.

 

2. É obrigatório fazer o EPVM deste jeito que vocês falam.

 

É uma orientação da Igreja em seus documentos há algumas décadas, que também pede, expressamente, que não se faça os “cursos” de fim de semana. Há muitos documentos sobre isso. Veja o Papa falando sobre isso: https://youtu.be/1Bgdi2bRtj8

 

3. Porque esse estilo de Preparação Matrimonial não é feita em todo o Brasil? Ex. Arquidiocese e Paróquias, Pois se é pedido.

 

Acredito que seja, principalmente, por desconhecimento. Muitos agentes atuam na pastoral há anos e nunca leram ou tiveram formações sobre os documentos que orientam esta questão. Mas não podemos negar que há acomodação em certa medida. Contudo, há muitas dioceses que fazem, da forma adequada, há muitos anos!

 

4. Pois parece que não é uma recomendação da Igreja, e sim da Pastoral Familiar Nacional?

 

A recomendação é da Igreja, a Pastoral Familiar do Brasil segue as orientações da Santa Sé. Há diversos documentos sobre isso. Recomendo que busque o documento Preparação para o Sacramento do Matrimônio (Pontifício Conselho para a Família em 1996) e recentemente o Itinerários Catecumenais para o Matrimônio (Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, 2022).

O Papa São João Paulo II já fazia a preparação de um ano na Polônia em 1967.

Também tenho uma palestra onde reúno alguns documentos e explico: https://youtu.be/AO9zRoR0lsk

 

5. Porque, fazendo uma pesquisa, sobre os casais de noivos, 99% já vivem juntos? Pois olhando o conteúdo do Itinerário Matrimonial e do Matrimônio encontro de preparação Matrimonial, vemos que todo esse conteúdo é para somente casais de namorados.

 

É fato que há muitos casais que vivem juntos, mas dizer 99% é exagero. Não há comprovação destes dados. Se houver alguma pesquisa sobre este tema, ficaria grato em conhecê-la. Mas, mesmo que fosse assim, os temas não são para casais de namorados, mas para todos os candidatos ao matrimônio. E quem definiu os temas foi a própria Igreja. Pode-se completar com temas adicionais, mas estes temas constituem a base.

 

         6. Na realidade quem vai garantir que esse tipo de preparação Matrimonial é melhor do que a preparação de final de semana como vocês falam? Porque um relacionamento conjugal só se mantém se os dois viverem realmente um para com o outro e com a presença de Deus.

 

O que deve nos motivar na missão não são estas garantias, mas a certeza de fazer o que a Igreja nos pede. Contudo, não é difícil concordar que que uma formação paulatina, com mais tempo para reflexão e com vínculo entre os casais – um acompanhamento – é melhor que uma sequência de palestras em um fim de semana. SE somos pastoral e, ainda mais, SE somos católicos, desejamos caminhar com a Igreja.

 

7. Se é pedido fazer uma preparação Matrimonial desse jeito, se a Catequese que era de dois anos e agora está passando para menos de um ano? Fica a pergunta?

 

Não conheço sobre esta redução da catequese de primeira comunhão. O que temos visto é ampliação, passando para 3 e até 4 anos de duração. Se está havendo redução, é de lamentar.

 

 

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14) Recebemos de forma anônima a seguinte pergunta:

Se um casal de noivos não pertence ao setor da paróquia, e quer casar nessa paróquia, onde devem fazer a preparação matrimonial ? Na paróquia que vão casar ou na que pertencem?

RESPOSTA

Os encontros de preparação devem ir além de prover conteúdo. Devem ser espaço de geração de vínculo e de acompanhamento. O adequado é que os encontros sejam realizados na paróquia em que o casal vai frequentar após o casamento, onde terão vida comunitária. Assim já estarão inseridos na vida paroquial e terão um casal como referência e apoio, bem como terão conhecimento para continuarem participando da Pastoral Familiar e de outros movimentos.

Se não for possível, a segunda opção é a paróquia onde frequentam atualmente, o que é também muito bom por serem conhecidos e fazerem parte desta comunidade.

E no caso de se casarem em uma paróquia que não é, nem a que frequentarão nem a que frequentam, a última opção a se pensar seria realizar os encontros nesta paróquia.

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15)Recebemos de Marina Gomes, de Cachoeiras de Macacu(RJ) a seguinte pergunta:

A nova edição do livro Matrimônio: Encontros de Preparação também tem o material de apoio, com perguntas, a serem realizadas pelos catequistas, e indicações de livros, vídeos, palestras, para envio no grupo de whatsapp, para a reflexão dos noivos entre os temas?

RESPOSTA

Sim, em breve ofertaremos, gratuitamente em pdf, o Material de Apoio.

Além disso, também ofereceremos gratuitamente novos encontros em pdf com temas adicionais e atuais, além dos 12 encontros do livro. Serão úteis para as equipes que desejam fazer mais do que 12 encontros o que queiram fazer mais encontros com seus casais mesmo após o encerramento oficial da etapa próxima.

Divulgaremos um encontro por semestre.

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16) Recebemos de forma anônima a seguinte pergunta:

Realizamos o método de Encontros de Preparação para Vida Matrimonial através do livro, links, textos e demais temas propostos e também colocados pela Pastoral Familiar da CNBB, onde acompanhamos os casais individualmente. Sendo assim, nossa equipe pastoral conclui que a Catequese Matrimonial entra em conjunto com as demais Catequeses, pois em comunhão também orienta sobre demais Sacramentos e caminhada Cristã. Nossa pergunta é: a Pastoral dos Noivos, está alinhada somente com a Pastoral Familiar ? Não ê “correto” mencionar que também faz parte da Catequese em geral dentro de uma Comunidade/Paróquia?

 

RESPOSTA

As atividades da Pastoral Familiar não podem ser atividades isoladas. Ela é uma pastoral transversal, de conjunto.

O ideal é que aconteçam momentos de planejamento em conjunto com toda a paróquia e que algumas atividades sejam realizadas em conjunto. Essa comunhão é necessária. Um exemplo é trabalhar juntos os momentos fortes como a Semana da Família, por exemplo. A Pastoral Familiar pode também auxiliar a catequese nos temas de família, não somente para os catequizandos, mas também na formação dos catequistas sobre questões do matrimônio (isso é muito importante!).

Deve haver grande sintonia e muitas reuniões compartilhadas, mas não acredito que a Pastoral Familiar ou “Pastoral dos Noivos” seja parte oficial da catequese, mesmo que trate de temas de catequese. Não há esta recomendação por parte da Igreja.

 

Mas, permita-me ainda um comentário: não faz sentido pensar em “Pastoral dos Noivos”. Naturalmente, essa “Pastoral dos Noivos” é Pastoral Familiar.

Não se deve “multiplicar” pastorais, não há “outra” pastoral que cuide de noivos nas orientações da Igreja. O que Igreja recomenda é a Pastoral Familiar onde um de seus setores é o Pré-Matrimonial. Além disso, há que se pensar bem ao usar “noivos”, pois o trabalho é aberto à todos os “candidatos ao matrimônio”,  sejam  namorados firmes, noivos na forma tradicional e também aqueles que coabitam (moram juntos seja há quanto tempo for!).

 

A Igreja pede um catecumenato matrimonial que é amplo no tempo e no envolvimento das pastorais. A etapa próxima, os encontros de preparação ou itinerário, é apenas uma etapa deste catecumenato.

17) Recebemos, de forma anônima, as perguntas em um só formulário:

 

Algumas dúvidas em relação ao EPVM e o Itinerário Matrimonial.

1. Quando um setor e Arquidiocesano da Pastoral Familiar, pede que se faça esse estilo de Preparação Matrimonial. Mas determinada Paróquia não quer fazer, pois achar que não é necessário?

2. Tendo em vista que os Arcebispos de determinada Arquidiocese, não falam nada a respeito dessa preparação Matrimonial que é pedida? Sendo que os mesmos já estão ciente.

3. É obrigatório fazer nesse estilo de acompanhamento o Encontro de preparação Matrimonial?

4. Como resolver essas questões?

 

 RESPOSTAS

 

1 - A questão de paróquias que não atendem pedidos da diocese precisa ser discutida com o bispo. Há realidades em que o bispo pede, sugere, mas não determina. Há outras em que há uma clara determinação e até decreto que proíbe que seja diferente e invalida os encontros que não forem da forma determinada. Não podemos aqui dizer o que deve ser feito, pois é uma questão diocesana relacionada à comunhão eclesial e que deve ser tratada internamente, pois não é uma questão sobre o livro ou sobre a metodologia.

2 - Acredito que deva intensificar a oração por eles e o diálogo, principalmente fornecendo material (livros e documentos) e exemplos de outras dioceses. Sempre considerando que pode não ser uma negativa da proposta, mas pode ser ainda não tenham entendido ou não tenham apoio do clero. É preciso estar próximo com amizade, oração e disponibilidade.

3 - É uma orientação clara da Igreja que seja feito de forma paulatina, como uma catequese/itinerário. Há documentos da Igreja que até proíbem cursos compactos em poucos dias. Tenho uma palestra em que aponto alguns documentos sobre essas questões: https://youtu.be/AO9zRoR0lsk

18) Recebemos de Adalberto e Christiane Castro de Anápolis (GO) a seguinte pergunta:

Paz e bem

Que bom que você existe...

Como vocês foram nossos representantes no Encontro Mundial das Famílias, e teve o reconhecimento da edição Dinâmicas Paróquias ousamos perguntar se tem alguma informação sobre:

Há alguma possibilidade do Vaticano produzir alguma cartilha ou roteiro para o catecumenato dos EPVM que seja padrão para o mundo inteiro?

RESPOSTA

Devo dizer que possibilidade existe, pois o Espírito Santo sopra onde quer e a Santa Sé com o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida têm sido bem inovadores no suporte à família.

Mas acredito que isso não aconteceria por agora, pois eles acabaram de publicar o documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial que apresenta orientações claras e detalhadas que recomenda que as dioceses escolham seus materiais.   No parágrafo 16 diz “corresponde a cada diocese elaborar ou repensar seu próprio itinerário de preparação para o matrimônio”  e no 17  pede que os materiais sejam “testados”(conf. 17) antes de serem amplamente utilizados.

19) Recebemos de Vanessa Pietta, de Nova Prata do Iguaçu (PR) a seguinte pergunta:

Gostaria de sugestões do que trabalhar no acompanhamento de casais que  já realizaram os encontros de preparação para o matrimônio?

RESPOSTA

A partir de sua pergunta, me ficou a dúvida se menciona para os casais que concluíram a etapa próxima (encontros/itinerário) e ainda não se casaram OU os recém casados. Vou comentar os dois casos.

Para aqueles que concluíram os encontros/itinerário e não se casaram, é adequado que sejam acompanhados para que o vínculo que foi criado seja mantido. Este é um dos pontos fortes da catequese matrimonial. Sugerimos que os agentes/catequistas estejam próximos dos casais, criando momentos de convívio e formação, como a leitura de um texto com partilha e oração, que podem ser mensais ou bimestrais. Também criem momentos na paróquia para envolver estes casais, como adorações, missas, tardes de formação, palestras, participação em novenas etc. Além disso, a tecnologia atual favorece estar próximos com envio de mensagens e textos formativos.

Para a formação e partilha, usem textos de boas fontes e relacionados à vida conjugal. *Esta é também uma proposta de nosso novo livro e oferecemos encontros de temas complementares grátis para download.*

Contudo, após a etapa próxima (encontros/itinerário) há a etapa imediata para aqueles que marcaram  casamento. Esta etapa, embora não seja obrigatória, é muito importante. Procurem se informar sobre esta etapa.

E, para os casais casados, especialmente os recém-casados, o mesmo que sugeri acima pode ser feito, mas a CNPF tem um bom material para fazer os encontros de recém casados, o *Itinerário para recém-casados*.

20) André, sabemos que houve umas mudanças no livro Matrimônio, pois havia essa necessidade. Porém, esse novo material não está disponível na Comissão Nacional da Pastoral Familiar (CNPF).

Como é do seu conhecimento que no estado de Goiás foram realizados formações e congresso regional (centro-oeste), temos trabalhado somente com o livro Matrimônio, encontro de preparação.

Tenho sido questionado de como iremos proceder em relação a aquisição do material que desde o ano de 2016 temos trabalhado tanto na formação dos agentes (com o livro a qual foi recomendado pelo Dicastério) bem como o livro MATRIMÔNIO.

RESPOSTA

Entendo que esteja falando da logística/estrutura para a aquisição.

De fato, são muitas as dioceses que utilizam o livro.

Para garantir facilidade na aquisição, a editora tem um canal direto por email, telefone e whats app para atendimento bem simplificado. Recomendo fazer contato com o @Marlon Derosa da Pius Edições, pois há planos especiais de venda para paróquias, dioceses e regionais.

Além disso, o livro estará à venda na Internet por todas as lojas, como Amazon, Mercado Livre e Americanas e também será distribuído pela Loyola e Vozes através de suas muitas lojas físicas em todo o Brasil.

21)Recebemos de José Valério, de Barretos (SP) a seguinte pergunta:

A Diocese de Barretos já adquiriu aproximadamente 1000 edições do Matrimônio: Encontros de Preparação, antes publicado pela CNBB. Desde então não tivemos nenhuma rejeição à catequese proposta. A minha pergunta e a seguinte: como pré-matrimonial o material que continuaremos a utilizar será esse devido ao crescimento de uma família cristã. Para que possamos dar continuidade, gostaria de saber se essa metodologia poderia ser criada na gestação e consequentemente ao batismo?

 

RESPOSTA

Caro Valério, é uma grande alegria ter este retorno: em torno de 1.000 livros, que significam 1.000 casais e sem qualquer rejeição! Mas isto é fruto do trabalho sério da Pastoral Familiar da diocese (que teve você e esposa na coordenação) e do apoio do bispo. Aliás, o trabalho foi feito de forma estruturada. Estive lá colaborando na formação, onde as bases e as justificativas (do Magistério) bem como o livro foram apresentados em detalhes ao clero com o bispo presente todo o tempo. Depois, o mesmo foi feito para os agentes. E, como suporte, a coordenação da pastoral se manteve visitando as paróquias e dando todo o apoio necessário.

São muitas dioceses do Brasil (e também algumas paróquias no exterior) que têm retornos assim. Louvado seja Deus!

 

Sobre sua pergunta de se utilizar a mesma metodologia no apoio à gestação e consequentemente no batismo, acredito que sim. Já há iniciativas assim como, por exemplo, na arquidiocese de Florianópolis onde a preparação para o batismo também acontece em vários encontros em pequenos grupos. Sugiro procurar informações sobre estas experiências.

22)Recebemos, de forma anônima, a seguinte pergunta:

Qual a diferença dos livros dos Itinerários da CNBB e este Matrimonio do Andre Parreira e Karina, que está agora em outra editora?

RESPOSTA

Os dois livros são destinados à etapa próxima do catecumenato matrimonial, isto é,  encontros de reflexão e formação que acontecem durante meses. Ambos tem o objetivo de promover uma visão/vivência aprofundada do matrimônio e permitir o discernimento. A forma de trabalho de ambos (catequese/itinerários) está de acordo com as orientações mais recentes da Igreja.

Há diferenças que não tornam um melhor ou pior que outro, mas são opções metodológicas a serem avaliadas segunda cada realidade pastoral.

Para não deixar esta pergunta sem resposta (faço questão de responder todas), apresentarei três diferenças. Mas isso não é uma avaliação, mas apresentação objetiva de diferenças metodológicas.

1) O livro Matrimônio: Encontros de Preparação sugere pequenos grupos, também podendo ser personalizado, com 1 casal. O livro Itinerários sugere que seja sempre 1 casal.

O livro Itinerários é uma orientação/instrução para os catequistas/agentes preparem os encontros. O livro Matrimônio oferece os encontros prontos para serem realizados, como um guia dos encontros, no estilo de novena de Natal, Hora da Família, Campanha da Fraternidade etc, com o objetivo de tornar possível que mais casais colaborem nesta etapa. Portando, o livro Itinerários é de uso dos agentes/catequistas e o Matrimônio também é de uso dos agentes, mas principalmente dos noivos (candidatos ao Matrimônio).

Como exemplo, o próprio material da CNPF para recém-casados (Itinerário para recém-casados) foi construído no mesmo estilo do livro Matrimônio: Encontros de Preparação, com leituras partilhadas, momentos de reflexão, oração, tarefas etc.

2) O Matrimônio sugere encontros na casa do casal formador/catequista ou em sala da paróquia. Sugere que em alguns encontros os grupos sejam reunidos para uma reunião maior com o pároco. O Itinerários sugere encontros na casa do casal formador e também na casa do noivo e da noiva, com a presença do padre.

3) O livro itinerário tem foco nos aspectos bíblicos, pastorais e de convivência. O livro Matrimônio também propõe estes aspectos e propõe também temas como sexualidade, paternidade responsável e tópicos sobre educação dos filhos, o que é um pedido também do novo documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial no parágrafo 53 (…devem ser devidamente explorados: a dinâmica humana da sexualidade conjugal, a ideia correta sobre a paternidade-maternidade responsável, a educação dos filhos…).

O ideal é que cada diocese ou paróquia escolha seu material com base em seus critérios e realidade pastoral. Além destes dois livros há outros, como aqueles publicados nas próprias dioceses. Particularmente, eu considero que seja importante ter opções de escolha, sendo todas frutos da ação do Espírito Santo e fiéis às orientações da Igreja.

23) Recebemos de forma anônima a seguinte pergunta:

_Como podemos falar nas celebrações para todos sobre a importância de buscar o Sacramento com 1 ano de antecedência.

E vc usa uma frase. Candidatos ao matrimônio.  fui falar isso com minha amiga ela não gostou achou estranho.

 

Outra coisa. Tem Um documento que fala que os noivos tem que entrar  com a documentação com 1 ano de antecedência.

Pergunto isso pois aqui chegam com 6 meses para baixo._

 

RESPOSTA

É importante que a preparação para o Matrimônio seja constantemente divulgada na paróquia até se tornar um costume que os namorados firmes, noivos e coabitantes/amasiados busquem a preparação como discernimento, com antecedência. Em vários locais do país e também aqui na minha paróquia essa situação já se consolidou e temos recebido casais que nem marcaram o casamento, que é o ideal.

É um trabalho constante de divulgação com avisos, folhetos, mensagens de Internet etc.

 

E “candidatos ao matrimônio” é o termo oficial utilizado no documento 79 da CNBB do ano de 2004, que é o Diretório da Pastoral Familiar. Já não se fala nem em “curso” nem em “noivos”, mas sim em catequese/catecumenato matrimonial no qual a etapa próxima (Encontros/Itinerários) é especial aos candidatos ao matrimônio que são os casais que tem em vista o matrimônio: namorados firmes, noivos e coabitantes/amasiados.

 

Tenho um breve comentário, menos de 3min, sobre o tema de se divulgar a preparação nas paróquias em https://youtu.be/EPb7MDZZEHQ

Em complementação à resposta anterior, me faltou comentar que o termo candidatos ao matrimônio também é utilizada no recente documento (Junho/22) do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida: Itinerários catecumenais para a vida matrimonial. Portanto, é necessário rever as denominações ainda utilizadas como Cursos de Noivos ou mesmo  Encontros de Noivos.

24)Recebemos a seguinte pergunta:

Vi a afirmação que nos itinerários não é necessário trabalhar com doutrina e seria um tempo mais vivencial e de contato com a Palavra de Deus. No livro Matrimônio há capítulos sobre sacramentos e outros pontos de doutrina. Pode falar sobre isso?

 

RESPOSTA

De fato, há uma certa “confusão” sobre este tema. Devemos buscar as respostas no Magistério pois há muitas opiniões próprias que, embora pareçam boas e até convincentes, podem não refletir a orientação da Igreja. Os documentos dizem que é sim necessário apresentar a doutrina como parte da preparação próxima, que são os encontros de preparação/itinerários.

 

Eu poderia citar diversos documentos sobre isso, mas somente como exemplo, citarei dois deles. Começo citando o documento Preparação para o Sacramento do Matrimônio, do ano de 1996, do Pontifício Conselho da Família. No parágrafo 48, dentro da seção destinada à Preparação Próxima, está: “Os conteúdos, sem esquecer aspectos vários da psicologia, da medicina e de outras ciências humanas, devem ser centrados sobre a doutrina natural e cristã do matrimônio.”

 

E cito também o recente documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial que, no parágrafo 53, dentro da seção que trata da Primeira Etapa da Fase Catecumenal, a etapa próxima, nos diz que: devem ser devidamente explorados: a dinâmica humana da sexualidade conjugal, a concepção correta da paternidade-maternidade responsável, a educação dos filhos.

No parágrafo 55 há que a etapa explorará não somente a teologia do matrimônio, mas também.... Aí vemos que a teologia, ou seja, a doutrina, deve ser explorada, mas não somente ela.

Outros temas devem ser trabalhados como, no parágrafo 57, é pedido para se abordar a virtude da castidade.

 

E repito que aqui não se trata de temas para namorados ou somente noivos, mas para todos os candidatos ao matrimônio na etapa próxima.

 

Portanto, é recomendado pela Igreja que seja trabalhada a doutrina do Matrimônio nesta etapa. Por isto, estes temas estão incluídos em nosso livro Matrimônio: Encontros de Preparação e, segundo muitos testemunhos, fazem muita diferença no discernimento dos casais.

25)Recebemos de Marina Gomes, de Cachoeiras de Macacu (RJ) a seguinte pergunta: O livro Encontros de Preparação atende o itinerário do Dicastério para os leigos, a família e a vida?

RESPOSTA:

Sim, atende perfeitamente. Temos que notar que o documento do Dicastério orienta as 3 etapas da preparação. Há muito com que se trabalhar nas três etapas - remota, próxima e imediata - pois a preparação não se faz apenas de uma etapa. Acredito que este seja o novo desafio das dioceses: a estruturação da preparação como um grande programa, um catecumenato que trabalhe as três fases e envolva diversas pastorais e movimentos.

O livro Matrimônio: Encontros de Preparação é um instrumento para a etapa próxima, mas não para toda a preparação. Por nosso ponto de vista, é a etapa mais urgente a ser trabalhada uma vez que é o momento em que deve ocorrer o discernimento vocacional - a decisão final do casal – além de ser a etapa que já está estruturada, com equipes de agentes formadas, na maioria das paróquias brasileiras, necessitando somente a adequação da metodologia.

O livro está em sintonia com o documento, tanto nos temas trabalhados como a proposta de ser uma catequese mais próxima dos casais e que dure cerca de um ano.  E perceba que o próprio documento diz que “corresponde a cada diocese elaborar ou repensar seu próprio itinerário de preparação para o matrimônio” (parágrafo 16)

26)Recebemos, sem identificação, a seguinte pergunta:

Andre, paz e bem! Agora com um novo subsídio de preparação para o matrimônio,  como ficam as paróquias com os vários livros (antigos) já compro? Perde todos?

RESPOSTA:

Não, isso não deve ser feito! Não há nada de errado com o livro atual, ele não precisa ser descartado. A nova edição é uma melhoria, um avanço. É algo natural que acontece até com materiais didáticos. E não seria justo deixar de fazer uma melhoria para se evitar o processo de substituição de material. Aliás, já fazem 6 anos da primeira edição!

Basta que a paróquia administre a transição. Use seu estoque ou até compre mais dele (que ainda está à venda) para completar alguma necessidade. E vá planejando a substituição com as novas turmas ou em um momento que seja oportuno.

27)Recebemos a seguinte pergunta: Porque a Pastoral Familiar da CNBB não vai mais publicar o livro de vocês?

 

RESPOSTA

O livro Matrimônio: Encontros de Preparação foi inicialmente publicado na Editora Paulinas em 2015.  No ano de 2016 recebemos o convite para publicar com a CNPF, onde esteve até agora.

A nós não foram apontados erros ou problemas no livro, pois eles já teriam sido apontados nos anos anteriores e pelo uso de mais de 100 mil casais.

A justificativa que recebemos é que a CNPF agora tem seu projeto de Itinerário Vivencial.

Respeitamos a decisão editorial e continuamos admiradores e colaboradores, sempre que possível, do trabalho da Comissão Nacional.

Mas, nesta resposta, é oportuno lembrar que há vários materiais de preparação no Brasil. Conhecemos 8 materiais diferentes em uso e aprovados pelos bispos. E possivelmente há outros. Em um país tão grande como o nosso é natural haver muitas iniciativas. A Igreja é rica em boas iniciativas! O que importa é que estejam em sintonia com as orientações do Magistério da Igreja. Aliás, o documento recente do dicastério diz que cada diocese pode escolher seu material, desde que seja fiel, validado pelo bispo e testado com bom número de pessoas antes de amplo uso.

28)Recebemos de Vanízia, de Santo Antônio de Padua (RJ) a seguinte pergunta:

Temos poucos casais pra fazer os encontros, durante o ano, pois só os que irão se casar dentro dos semestres, podem fazer, devido a validade da preparação

O nosso pároco, colocou como validade de 6 meses. Com isso, temos que fazer  2 catequeses durante o ano.

Qual tempo de validade, seria ideal essa catequese?

RESPOSTA

Infelizmente, há essa cultura de validade dos encontros, que não tem NENHUM RESPALDO no Magistério da Igreja.

No Doc 79 da CNBB (diretório da Pastoral Familiar) é pedido que os encontros sejam realizados (concluídos) com o mínimo de 6 meses. Se fala em mínimo, mas não se fala em máximo!  O novo documento do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, de junho/22, pede que a etapa próxima (encontros) tenha a duração de um ano.

Não faz sentido alguma estabelecer uma validade! É um momento de discernimento e o ideal é que seja feita antes mesmo de se marcar o casamento ou antes de se oficializar o noivado. Se o casal faz os encontros e depois levam 1, 2 ou mais anos para se casarem, que problema há nisso?

Tenho um livro que foi citado pelo Dicastério (Santa Sé) e que tem um tópico que explica isso. Este livro está em pdf diretamente no site do Dicastério (http://www.laityfamilylife.va/content/dam/laityfamilylife/amoris-laetitia/Dalmondo/EPVMDP-2021.pdf ).  Baixe o livro e leia o tópico 4.4 na pág 42.

Paz e bem!

29)Recebemos, de forma anônima, esta pergunta:

qual a obrigação da paroquia usar o material oficial da CNBB/pastoral familiar nacional? pode-se usar outro que consideramos melhor,  como este livro de vocês?

 

*RESPOSTA*

Não há esta obrigação. É importante sempre, na medida do possível, buscar comunhão com a Comissão Nacional da Pastoral Familiar, que faz um belo trabalho e tem visão global. Contudo, como já respondi em outras perguntas, a comunhão se faz na forma de atuar e não no uso deste ou daquele material.  Há vários materiais no Brasil.  O material da CNPF é sugestivo, não obrigatório.  É o magistério da Igreja (documentos da Santa Sé) que necessariamente precisam ser seguidos.

 

O bispo tem a liberdade de escolher o material para sua diocese ou deixar que as paróquias o escolham.

 

Os próprios documentos falam isso, como o documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial, publicado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (15/06/20) que nos diz: “corresponde a cada diocese elaborar ou repensar seu próprio itinerário de preparação para o matrimônio” (16).

 

Contudo, devemos lembrar que a preparação para o Matrimônio é uma ação pastoral e deve estar em plena comunhão com o pastor que na paróquia é o pároco, mas que deve buscar comunhão com o bispo e este, comunhão com o Papa e seu magistério.

 

Então, o material deve ser de autorização dos pastores e em sintonia com o Magistério da Igreja.

30)Recebemos, de forma anônima, esta pergunta:

_Quem define o tempo da preparação, é o bispo ou o pároco? Na minha diocese em algumas paróquias já se faz o catecumenato matrimonial, mas na minha paróquia ainda é a preparação de um final de semana._

*RESPOSTA*

A Igreja orienta que seja mesmo um catecumenato. No mais recente documento, publicado em Junho (Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial) está que a Preparação Próxima (os encontros ou itinerários) devem chegar a um ano de duração. Nos documentos anteriores também era pedido neste formato. Há 40 anos a Igreja recomenda que seja assim! O Papa diz que os encontros de 3 ou 4 reuniões (como os de fim de semana) é "fingir uma preparação:  https://youtu.be/1Bgdi2bRtj8).

Contudo, na Diocese a decisão deve ser do bispo. Se ele não determina, as paróquias ficam perdidas e cabe aos agentes estudarem e mostrarem aos párocos as orientações da Igreja e as boas experiências vividas em outras paróquias e dioceses. Tenho um livro (que foi indicado pelo Dicastério da Família) que orienta como a paróquia pode organizar (https://www.pius.com.br/loja/2-livros-epvm-especial-encontro-de-preparacao-para-vida-matrimonial-edicao-especial-andre-parreira/)

31)Recebemos de José Bezerra do Nascimento, de Garanhuns, PE a seguinte pergunta: _Os temas são abordados da mesma forma tanto para casais de namorados (noivos), como para quem já tem 10 anos de convivência e com vários filhos?_

*RESPOSTA*

Sim, a preparação para o matrimônio é praticamente a mesma, pois os temas necessários para se contrair o matrimônio são os mesmos.

Quando buscamos orientações no Magistério e nas orientações pastorais oficiais da Igreja sobre o Matrimônio de casais que coabitam há vários anos, não encontramos referências diretas ao assunto dos casamentos comunitários. E isso faz sentido, pois, no final das contas, são casamentos como os outros e, por isto, já são objeto da doutrina que é enfática ao falar da necessidade de se preparar para o Matrimônio. A primeira pergunta pode ter sua resposta na Familiaris Consortio, quando São João Paulo II se referia à etapa Próxima, que são os encontros ou cursos de noivos, não deixando dúvidas ao afirmar que “esta catequese renovada de todos os que se preparam para o matrimônio cristão é absolutamente necessária, para que o sacramento seja celebrado e vivido com retas disposições morais e espirituais”(FC66).

No diretório da Pastoral Familiar, Doc 79 da CNBB, no parágrafo 268 está claro que “Os candidatos ao matrimônio deveriam participar do encontro com pelo menos seis meses de antecedência em relação à data do casamento. “Aí se tem que são todos os candidatos ao matrimônio, independentemente da situação deles, se são noivos e se já coabitam. Todos que desejam se casar são candidatos ao matrimônio.

Note que, do ponto de vista da necessidade de preparação, não há distinção se o casal já constitui um lar mesmo antes do casamento ou se segue o caminho do noivado da dentro do projeto de Deus. É algo “absolutamente necessário” para todos os que se preparam para o Matrimônio e não somente para aqueles que não vivem juntos ou não possuem filhos. Desta forma, todos os que se preparam para o Matrimônio são considerados noivos nos documentos que se referem à preparação para o Matrimônio. É desta forma que a Igreja procura se certificar que o sim dado no altar seja consciente, muito mais como compromisso vocacional do que uma regularização de situação.

Além disso, através de uma preparação para o Matrimônio, se bem estruturada, os casais podem adquirir novos conhecimentos, reavaliar conceitos e práticas de suas vidas. Nenhum casal, nem mesmo os agentes da própria preparação, são tão instruídos e experientes a ponto de não existir nada a ser acrescentado.

*Seria preciso diferenciar os temas para os dois perfis de noivos?*

*Se houver possibilidade, é interessante que o atendimento de casais maduros seja feito por agentes também maduros, mediante disponibilidade da equipe. Este aspecto já permite abordagens diferentes de alguns temas.* Mas, de modo geral, os temas são os mesmos. Não podemos considerar, por exemplo, que um casal que já tenha passado a idade fértil não tenha que discutir paternidade responsável e métodos naturais. O acesso à bela doutrina da Igreja é fundamental para a formação católica e, além de tudo, é direito do casal conhecê-la.

Os documentos da Igreja não apontam diferenças de conteúdos para as diferentes situações dos noivos, como o documento Preparação do Sacramento do Matrimônio que cita os temas que precisam ser tratados com aqueles que se encaminham para o Matrimônio: “…deverão ser instruídos sobre as exigências naturais ligadas ao relacionamento interpessoal homem-mulher no plano de Deus sobre o matrimónio e sobre a família: o conhecimento em ordem à liberdade de consentimento como fundamento da sua união, a unidade e indissolubilidade matrimonial, a reta concepção de paternidade-maternidade responsável, os aspectos humanos da sexualidade conjugal, o ato conjugal com as suas exigências e finalidades, a reta educação dos filhos.”(PSM35)

*Um curso especial para os casais que já vivem juntos?*

Não há motivos para que existam dois grupos ou duas estruturas de preparação para o Matrimônio. Se todos precisam da preparação e os temas são os mesmos, separar aqueles que se preparam para o Matrimônio em função da forma como vivem poderia ser entendido como uma segregação e, além disso, a fragmentação e criação de estruturas não terminaria nunca. Primeiro separaríamos os casais que coabitam dos que não coabitam. Depois iríamos separar os que coabitam sem filhos e os que possuem filhos. Depois, os que têm filhos adultos dos que têm filhos crianças etc.

Além disso, há bons motivos para que todos participem juntos, como a riqueza das partilhas. Em alguns temas, os casais que coabitam há anos podem auxiliar os mais jovens como, por exemplo, educação de filhos e as finanças do lar. Por outro lado, os jovens que vivem a castidade podem mostrar que isso não é utopia, mas real possibilidade.

Então, todos os casais que desejam contrair o Matrimônio, independentemente de suas histórias de vidas e tempos de convivência, podem ser encaminhados à equipe do Setor Pré-Matrimonial para a participação nos Encontros de Preparação.

32)*Recebemos de José Valério, de São José do Rio Preto, SP a seguinte pergunta: _Na outra edição, continha um modelo de certificado, mas nesse novo foi extraído. Não seria ideal um modelo de certificado para que os noivos possam inserir na documentação junto a Igreja ?_*

*RESPOSTA*

Na edição anterior havia um termo em que os catequistas atestavam a conclusão para depois a paróquia emitir o certificado. Contudo, percebemos que era muito pouco utilizado uma vez que as paróquias possuem seus registros próprios. Se for necessário para a sua realidade, sugerimos que os catequistas atestem a conclusão no início ou final do livro de seus casais, o que pode ainda se tornar uma recordação.

33)Recebemos de Adalberto e Christiane Castro, de Anápolis, GO, a seguinte pergunta: _O que contém no itinerário matrimonial do documento 68 de novidade para a preparação?_

*RESPOSTA*

Contém algumas novidades, especialmente uma fase intermediária e a duração da preparação próxima. Gravei um video com um resumo (no meu youtube.com/alparreira), mas também temos um curso completo sobre o Catecumenato em www.pius.com.br

34) Recebemos, de forma anônima,  a seguinte pergunta:

_Coordenação do regional insiste que devemos mudar o material da diocese, que atualmente é o livro Matrimônio para o livro Itinerário Vivencial, que é publicado pela Pastoral Familiar do Brasil-CNBB. Não conisderamos que seja uma boa troca. Como podemos argumentar para manter como está?_

*RESPOSTA*

Cada diocese tem liberdade de escolher o material ou deixar que as paróquias façam suas escolhas, se assim o determinar. O novo documento da Santa Sé - Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial - afirma que *“corresponde a cada diocese elaborar ou repensar seu próprio itinerário de preparação para o matrimônio”* (Parágrafo 16).

Além disso, o mais recente subsídio da CNPF para o Setor Pré-Matrimonial (Pastoral Familiar - Setor Pré-Matrimonial) sugere um livro mas afirma (parágrafo 107, pág 39) que podem ser usados também outros materiais.

Há várias opções e, inclusive, algumas produzidas por dioceses.

35) Recebemos, de forma anônima esta pergunta que é de um tema recorrente:

Existe um material oficial da Igreja no Brasil que seja obrigatório para os encontros de preparacao (catequese matrimonial)?

RESPOSTA

Não há um material de uso obrigatório.

Cada diocese tem liberdade de escolher o material ou deixar que as paróquias façam suas escolhas, se assim o determinar. Há várias opções e, inclusive, algumas produzidas por dioceses. O mais recente subsídio da CNPF para o Setor Pré-Matrimonial (Pastoral Familiar - Setor Pré-Matrimonial) diz exatamente isso, pois sugere um livro mas afirma (parágrafo 107, pág 39) que podem ser usados também outros materiais.

Conheço 8 materiais diferentes em uso e aprovados pelos bispos no Brasil. E possivelmente há outros. Em um país tão grande como o nosso é natural haver muitas iniciativas. O bispo tem a liberdade de escolher o material para sua diocese ou deixar que as paróquias o escolham.

A Igreja é rica em boas iniciativas!  Repito: o que importa é que estejam em sintonia com as orientações do Magistério da Igreja (documentos da Santa Sé).

 

Os próprios documentos da Santa Sé falam isso, como o documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial, publicado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (15/06/20) que nos diz: “corresponde a cada diocese elaborar ou repensar seu próprio itinerário de preparação para o matrimônio” (16).

 

Contudo, devemos lembrar que a preparação para o Matrimônio é uma ação pastoral e deve estar em plena comunhão com o pastor que na paróquia é o pároco, mas que deve buscar comunhão com o bispo e este, comunhão com o Papa e seu magistério.

Ao escolher um material para uma paróquia ou diocese, o  ideal seria ter por base o mais recente documento da Santa Sé e avaliar se atende aos seus requisitos básicos. Portanto, é necessário conhecer bem este novo documento da Igreja: Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial. Assim, se faz urgente seu estudo e disseminação para que conheçamos o que a Igreja espera de nossa ação pastoral.

36) Recebemos, de Ana Cláudia, de São Paulo-SP a seguinte pergunta:

Vi no livro (ainda não utilizamos, mas vamos começar) que tem tema de métodos naturais. Nossa paróquia não tem pessoas para ensinar o Método Billings. Como fazer?

*RESPOSTA*

Esta é uma dúvida frequente. A Igreja pede, e isso está reforçado no recente documento Itinerários Catecumenais para a Vida Matrimonial, que é necessário tratar com os casais os temas relacionados à paternidade-maternidade responsável. Por isso, os casais devem saber os motivos da doutrina apontar como imorais os métodos que não respeitam os ritmos naturais, ou seja, a natureza do ser humano (daí o nome métodos naturais).  De forma resumida, esta é a abordagem. Os agentes de preparação - os catequistas matrimoniais - não precisam conhecer o funcionamento dos métodos e nem mesmo devem ser (ou terem sido) usuários de um dos métodos. É claro que seria ideal, mas não é uma prerrogativa.

Não é necessário ter um especialista, a abordagem deste tema é simples e está bem detalhada no livro. Note que o livro foi estruturado para ser simples e permitir que muitos casais sejam catequistas, sem a necessidade de elaborar materiais adicionais.

Os  encontros de catequese matrimonial não são um local para ensinar um método. A abordagem é de aspecto espiritual e se algum casal se interessar, indicá-los a quem possa ensinar. Importante ter contato com instrutores de métodos naturais na dioceses para fazer esta "ponte".

No material de apoio ao livro, grátis na internet, tem mais informações sobre isso. Acesse em https://www.pius.com.br/material-apoio-mep/

37) Recebemos, de Josiana Botelho, de São Paulo-SP a seguinte pergunta:

_Um casal que fez todo o catecumenato matrimonial, e ao final do curso decidiram não se casar. Futuramente , quando encontrarem outra pessoa e decidirem pelo matrimônio, deverão fazer a preparação novamente? O parceiro ou parceira fará sozinho a preparação para o matrimonio? Como fica uma situação como essa? Obrigado pela atenção_

*RESPOSTA*

A catequese matrimonial não é apenas um processo de instrução, mas de *discernimento do casal*. Diferente das outras catequeses (primeira comunhão e crisma, por exemplo),  na catequese matrimonial é sempre necessário que o casal participe junto. Isso porque todas as reflexões e tarefas envolvem o diálogo, são processos de partilha e conhecimento. Assim, deve haver somente um certificado de participação em nome do casal e não dois certificados, um para o homem e outro para a mulher.

Se o relacionamento se rompe e há novo relacionamento com outra pessoa, deve-se fazer novamente a catequese com esta pessoa.

38) *Recebemos, de Ivone Valda, de Caldas Novas, GO, participante do Encontro de casais OVISA, a seguinte pergunta:*

_Quantos encontros serão necessários para a preparação com os noivos ?_

*RESPOSTA*

Temos um artigo no site da Pius Edições que responde esta questão, que é recorrente. Aqui destaco que não existe um número exato de encontros, mas há um tempo de acompanhamento que a Igreja passou a recomendar a partir de 2022, que é o mínimo de 01 ano de acompanhamento na Etapa Próxima. E alguns princípios devem ser observados como:

Tendo em vista os temas necessários previstos, entendo que não seja possível abordá-los em menos de 10 encontros. Nosso livro sugere 12 encontros, pois alguns temas são tratados em mais de um capítulo. Mas lembre-se que a catequese matrimonial (a Etapa Próxima) não se resume aos encontros formativos, é necessário mais que isso.

Para entender esta questão, leia o artigo, mas também leia os outros que estão no portal de Preparação para o Matrimônio da Pius Edições:

https://www.pius.com.br/a-igreja-recomenda-um-ano-de-catequese-matrimonial-e-verdade-isso/

39) *Recebemos, de Lílian dos Santos e Silva Wotkosky, de Palmas, TO, a seguinte pergunta:*

_Está metodologia, já experimentada e avaliada como a melhor forma de preparação para o Sacramento do Matrimônio já foi levada para CNBB como a melhor metodologia para catequizar casais? Pois as Arquidioceses precisam definir está metodologia como prioridade._

*RESPOSTA*

A metodologia de catequese matrimonial é recomendada pela Igreja há várias décadas. Independente do material, esta é a metodologia que a Igreja recomenda em seus documentos.  

Vemos que a CNBB tem feito esforços para também disseminar a metodologia mas, de fato, ainda não é uma das prioridades de diversas dioceses. Talvez seja por desconhecimento. O  lado positivo é que está avançando e cada vez mais dioceses tomam consciência.

40) *Recebemos, de forma anônima, mas identificada a cidade de Rondonópolis, MT, a seguinte pergunta:*

_Olá, aqui na minha diocese não existe a catequese matrimonial, creio que seja desconhecido de muitos padres pois as paróquias que tem pastoral familiar são poucas e só algumas trabalham com curso de final de semana as outras nem isto. Minha pergunta é: o Itinerário para preparação para o matrimônio pode ser usado com casais que já vivem juntos a um bom tempo e pretendem se casar? O casal catequista pode ser alguem proximo a eles? O casal catequista tem que fazer algum curso para poder trabalhar com os casais?_

*RESPOSTA*

Sim,  a catequese matrimonial é também adequada para os casais que coabitam. Não há necessidade de um grande curso para o atendimento dos casais, mas eles devem ser de conhecimento e aprovação do pároco. Devem ser católicos, unidos em matrimônio e dispostos a fazerem uma breve preparação através do estudo do material que será utilizado.

Tenho um artigo sobre a questão da preparação de quem já coabita com os demais casais e abordo ainda a quest        ão do casamento comunitário: https://diocesedesaojoaodelrei.com.br/casamentos-comunitarios-e-preparacao-para-o-matrimonio/