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Redação nas mídias convergentes
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Redação nas mídias convergentes

Dad Squarisi

O xis da questão não reside no que dizer, mas no como dizer.

Três fatores ditam a linguagem a ser usada: o veículo, a natureza do texto e o público.

O rádio exige coloquialismo. A tevê, agilidade.A web, síntese. O jornal, tudo isso e algo mais.

O editorial pede terno e gravata, nunca smoking.

Reportagens, entrevistas, perfis vão bem de blazer e calça jeans, mas nunca de bermuda e camiseta.

Colunas, crônicas e blogues podem aparecer de sunga e sandália ou traje de baile.

No exercício da profissão, somos poliglotas da nossa língua.

Mas seja qual for o veículo, o destinatário, a mensagem precisa atender a dez quesitos essenciais.

Os dez mandamentos comunicação eficaz:

Elementos do estilo

Os tempos são convergentes de mídias.

O redator desempenha funções no impresso, rádio, tevê e internet.

Além de conhecer as idiossincrasias de cada veículo, ele precisa dominar a linguagem.

A tarefa exige que se transite com desenvoltura pelas múltiplas possibilidades linguísticas:

A internet subverte a leitura e a escrita

Antes da web, o autor era dono e senhor do texto.

Depois, a história mudou de enredo.

Com o hipertexto, a ordem perdeu o rumo.

O leitor assume o protagonismo.

Além de escolher o que ler e quando, ele interfere no conteúdo, fazendo comentários.

O que era uma comunicação unilateral, agora é dialógica.

Em suma: o público rege os elementos da comunicação.

Este público é infiel, inconsistente, proativo, receptivo, crítico, exigente, visual, multimídia e apressado.

Trata-se de uma nova criatura.

Ora, novo paradigma implica nova forma de atuação.

Agora, autor e leitor se tornam colaboradores.

Comentários viram pauta, notícia e ampliação de conteúdo.

Fotos encaminhadas à redação ilustram matérias, ganham chamadas.

Vídeos e áudios são aproveitados.

Munido de celular (smartphone), o público apura a matéria, tira fotos, grava declarações, faz vídeos e escreve o texto na hora.

Se ninguém publicar, ele mesmo edita e posta nas suas redes sociais.

O redator, para atender às exigências desse novo mundo, precisa:

Exigências da notícia on-line:

Na internet, o lide impõe mudanças para atender às exigências de rapidez e economia, em cinco

mandamentos:

A atualização em tempo real desafia o redator.

Escrever uma notícia exibe bom texto e boa edição.

Isso impõe atenção plena para evitar as seguintes trombadas:

140 toques

O X-Twiter ensina a ser econômico e preciso nas mensagens.

Menos palavras e menos letras é sinônimo de mais informação.

Como economizar espaço sem comprometer a compreensão:

A dificuldade de cortar é um apego.

A qualidade de um texto não é medida por metro ou peso.

A limitação do X-Twitter serve de prova.

Corte o seguinte:

O jornal se reinventa

Há formas e formas de apresentar a notícia.

Textos, fotos, infográficos, tabelas, quadros, ilustrações são algumas.

Qual a melhor? A mais adequada e atraente para o leitor.

É importante pensar com cabeça hipermídia.

O jornal não se restringe a assinaturas ou vendas em banca, debandou também para a internet.

O mundo moderno e as tecnologias impõem uma nova forma textual.

O hipertexto, por exemplo, quebra a linearidade do texto.

Com poucas linhas, aprofunda o assunto em paralelo.

O leitor pode continuar a leitura ou interromper e voltar a ela.

São vários os novos impactos na mídia impressa:

Os jornais populares mudaram de conteúdo e exigem uma redação diferenciada:

Rádio e TV na web

A interação das mídias criou o jornalista eletrônico e digital.

O adjetivo engloba o jornalista de rádio, de tevê e de veículo impresso, agora simultaneamente na internet.

Polivalente, o profissional do século 21 produz conteúdo para a web.

Além das exigências universais (clareza, concisão, facilidade, precisão etc.), o redator desenvolve novas habilidades.

Ele escreve para o leitor e também fala para o telespectador e o ouvinte.

A palavra, proferida em tempo real, precisa ser captada no ato.

Habilidades linguísticas do novo redator:

SQUARISI, Dad. Manual de redação e estilo para mídias convergentes. Geração, 2011.