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Atividade avaliativa e complementar de Sociologia: 3ºAno - Turma:

Professor: Willian Veron Garcia

Aluno (a):

O trabalho na  época  contemporânea

           Hoje,   com a  construção  de  um mundo  sem fronteiras  e  com a  globalização  da  economia, impõe-se  , revolucionariamente, a  microeletônica  e  a  robótica  trazendo  inovações  a  uma  velocidade meteórica. Porém, ainda  vivemos  uma  transitoriedade  para  as  novas  tecnologias, pois  o mundo  da  produção  ainda  convive  com os  paradigmas  tradicionais  do taylorismo /fordismo. Por  outro  lado, vivencia  também  a  automação, a  flexibilização  e  a  integração.

           De qualquer  maneira, o que  se  verifica  é  que  dos  anos  70  ( séc. XX) em diante, uma  inovação tecnológica  possuía  uma  duração  de  dois  anos, hoje,  não dura  seis  meses  e,  dependendo  da  área  do saber,  dura  alguns  dias, ou, às  vezes, horas.

           A ciência, que  era  dissociada  do trabalho, torna-se  força  produtiva  com as  novas  tecnologias. Várias  empresas, nos  dias  atuais, exigem  que  seus  funcionários        leiam  os  jornais  diariamente, justificando  que quem  não  se  informa  não consegue  acompanhar  ou resolver  os  problemas  colocados  pelo cotidiano.

           A bagagem de  conhecimento  que  um  profissional  recém –formado  adquiriu  na  universidade  estará  defasada  se ele  não estudar  constantemente. Em outras  palavras, o mundo  do trabalho  só absorverá  quem for  capaz  de  aprender  constantemente.

           

Perfil exigido do profissional hoje:

* Saber trabalhar em equipe;

* Ser estudioso;

* Ter uma  visão global das  coisas;

* Saber liderar mudanças;

* Ser flexível;

* Busca  aprendizado contínuo

           

           De uma  época  em que  se  cultuou  o trabalho  como meio  pelo qual o  homem  afirmava  sua  soberania  perante  a  natureza, dominando-a  e  construindo  um novo mundo – a  época  moderna -, chegou-se  a  um tempo  em que  o culto  não  é  mais  o do trabalho, mas  o do lazer, do tempo livre – a  época  contemporânea.

           Tudo  agora  é  interpretado  em termos  de  eficiência, de  eficácia, de  produtividade. O ideal  de qualidade  total, que  se  tornou  uma  das  divisas  da  contemporaneidade, significa  exatamente  isto:  nenhuma  atitude, nenhuma  ação, nenhum  gesto  que  possa  ser  substituído  por  um outro  em que  a  relação  entre  esforço  despendido  versus  resultado  alcançado  é  mais  favorável, deve  permanecer.

           Doravante  todas  as  escolhas  , seja  a  de  uma  opção  de investimento, seja  a  da  escola  de  um filho, seja  a  de  um médico, seja  a  de  uma  namorada, ou  de  uma  religião, ou mesmo  de  um representante  no  Congresso Nacional, devem  seguir  o mesmo  critério  que  orienta  a  escolha  de  um detergente  ou  sabão  em pó  nas  gôndolas  de  um supermercado, isto é,  a  relação  custo/benefício.

           Isso aconteceu e  acontece, entre  outros  motivos, pelo  transbordamento  da  racionalidade  técnica  do mundo  da  industrialização  para  todas  as  outras  instâncias  da  vida. No mundo  moderno, o homem  potencializou  o rendimento  do trabalho  pelo aprendizado  , pelo  conhecimento  das  forças  naturais  e  pela  multiplicação  da  capacidade  de  uso  dos  recursos  que  a  natureza  lhe  oferece. mas  os  problemas  daí advindos  são as  campainhas  de  um  alarme  que  não  cessa  de  soar, indicando  que  o sucesso obtido  pela  humanidade no plano  de  sua  ação material  de  transformação da  natureza  não pode  se  dissociar  da  reflexão  sobre  o homem  e  sobre  as  circunstâncias  e a  finalidade   de  sua  ação.

           A experiência  tem chamado a  atenção  para  o fato  de  que , talvez, tentar  alcançar  o objetivo da  maximização  do rendimento  do trabalho  em detrimento  da  reflexão  sobre  o conteúdo  humano  desse  processo  pode  levar a  humanidade  a  um malogro  que, contraditoriamente,  efetuar-se-ia  exatamente  no momento  em que  ela  chegasse  ao ponto mais  alto  de  domínio  da  natureza  vivenciado  em sua  história.

 

O DESEMPREGO NO BRASIL E NO MUNDO

 

O desemprego não é um problema só no Brasil; ele ocorre na Europa e em toda parte do mundo. Excetuando-se os Estados Unidos, onde a questão está minimizada pelo longo período de crescimento da economia durante o governo de Bill Clinton, nas demais partes do mundo o fenômeno é visto com preocupação. Na Europa, o problema é muito grave; no Japão, atualmente observa-se a diminuição do número de vagas no mercado de trabalho; a Coréia do Sul enfrenta a mesma situação. Nos países subdesenvolvidos, a situação não é diferente.

No Brasil, é grande a preocupação dos trabalhadores, dos sindicatos, das autoridades e dos estudiosos de problemas sociais, a despeito de não possuirmos dados precisos sobre o desemprego, isto porque, enquanto o IBGE fala em taxa de 12%, a Fundação Seade/Dieese fala em 18% na região metropolitana da Grande São Paulo. A verdade é que temos, hoje, em qualquer família alguém desempregado. Essa é uma realidade que está muito próxima de cada um de nós. O desemprego causa vários problemas: para o desempregado, para a família e para o Estado. Para o cidadão desempregado e sua família, o desemprego provoca insegurança, a indignidade, aquela sensação de inutilidade para o mundo social.

A tecnologia, que vem desde a revolução industrial na Inglaterra em 1750, traz problemas, e certamente é uma das principais causas do desemprego mundial. Uma máquina substitui o trabalho de 10, 20, 40 ou mais pessoas. Já foi dito que a revolução industrial provocou insatisfação dos trabalhadores, mas pouco desemprego, porquanto, na época, as vagas fechadas numa empresa eram supridas pela abertura de outras empresas. Além disso, houve a redução da jornada de trabalho para 8 horas e a semana de 5 dias. Todavia, hoje, com a globalização, a informatização, as novas tecnologias, nós temos efetivamente um problema de desemprego estrutural. Vejam o exemplo do banco já citado, onde diminuem em menos da metade os postos de trabalho. Tudo é informatizado, as pessoas não precisam do caixa humano, elas vão direto ao caixa eletrônico. Esses funcionários perdem o emprego e não têm outra oportunidade, porque todos os ramos de atividade estão se modernizando, não só os bancos, mas as indústrias estão sendo robotizadas. Estão desaparecendo muitas profissões e atividades profissionais, porque têm o robô fazendo o trabalho de muitas pessoas. Isso realmente gera desemprego e tanto o governo quanto a sociedade têm que contribuir para encontrar uma solução.

Talvez a solução momentânea seja a requalificação profissional. Os profissionais que perdem seus postos de trabalho devem passar por treinamentos e reciclagens. Só assim poderão encontrar outra atividade e assumir uma nova vaga no concorrido mercado de trabalho moderno. O desempregado não pode ficar esperando nova oportunidade para ocupar a mesma vaga que ocupava antes da demissão, mesmo porque aquela vaga, ou melhor, aquela função pode deixar de existir. Aquele que deseja voltar ao mercado de trabalho deve se reciclar, buscando uma colocação em outra área ou ramo de atividade; para isso, ele deve estar preparado.

                O governo, através dos Fundos de Amparo ao Trabalhador, tem oferecido recursos para treinamentos e reciclagens aos desempregados. Essa iniciativa ajuda, pois o trabalhador, sem essa reciclagem não vai conseguir uma recolocação no mercado de trabalho, mas não resolve o problema.

De modo que a questão do emprego é, hoje, a principal preocupação do movimento sindical, do Estado e, principalmente, da família, a que mais sofre com a falta de trabalho e queda da renda, agravando todos os problemas sociais. Sendo assim, a reforma sindical e trabalhista tem que ter como prioridade a procura de caminhos para impor aos governantes a execução de programas de desenvolvimento que resultem em geração de empregos.

Porém, essa não é a única saída para abrir postos de trabalho no mercado. Haja visto o que se passa no setor automobilístico, por exemplo, onde investimentos maciços e duplicação da capacidade produtiva não resultaram em geração de novos empregos. Ao contrário, com os investimentos feitos as empresas puseram em prática um amplo programa de modernização e automação, cortando milhares de postos de trabalho. Para se ter uma idéia do estrago ocorrido neste setor, basta dizer que, na década de 80 do século passado, para uma capacidade de produção de um milhão e quinhentos mil veículos, as montadoras empregavam 140 mil empregados. Hoje, para uma capacidade de produção de três milhões de veículos, as montadoras empregam apenas 90 mil trabalhadores.

Só este exemplo mostra que, além de investimentos e programas de crescimento econômico, são necessárias outras medidas para gerar mais empregos. Hoje temos linhas completas, sistemas produtivos completos, operados por robôs. Os processos tecnológicos empregados na atualidade e mais a presença crescente da mulher no mercado de trabalho exigem uma redução drástica da jornada de trabalho, para dar emprego às centenas de milhões de pessoas no mundo inteiro que precisam trabalhar.

Mas, a redução da jornada não pode ser um ato isolado e unilateral de um só país ou dois. É preciso estabelecer uma nova jornada de trabalho de caráter universal, algo como uma resolução da Organização das Nações Unidas para ser cumprida por todos os países e para ser fiscalizada a sua aplicação por um órgão tipo OIT, a Organização Internacional do Trabalho, para que não haja um desequilíbrio nos custos de produção e quebra da eqüidade competitiva entre os países no mercado mundial. E, também, para que não haja redução de salários. Aqui fica a sugestão para o governo brasileiro levar essa questão à Assembléia Geral da ONU, que se instala todos os anos no mês de setembro.

 

                A partir do texto responda:

 

1) Diante das exigências do mercado de Trabalho, qual o perfil exigido dos profissionais de hoje?

 

2) Qual é o principal vilão do desemprego? Quais ações vem sendo feitas pelos Estados?

 

3) pesquise em jornais, revistas ou  sites,  uma profissão de seu interesse e destaque os seguintes intens:

a) Qual   curso ou faculdade é necessário para exercê-la?

b)Quanto tempo é a sua duração ?

c) É integral ou meio período ?

d) Quais os locais possíveis para sua realização ?

e) Qual é o valor médio de gastos que terá durante a realização do curso ? (alimentação, moradia, mensalidade, se for o caso...)

f) Qual é a área de atuação possível dessa profissão ? ( o que pode fazer?)

g) Como está atualmente o mercado de trabalho? Qual é a perspectiva para os próximos anos ?            ( concorrência, locais para atuação)

h) Qual é o salário médio ?

i) Qual é a carga-horária média desse profissional ?