ARNEIROZ - CE
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GLOSSÁRIO
APRECE - Associação dos Municípios do Ceará
ARCE - Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Ceará
AVEF - Avaliação Econômica - Financeira
CadÚnico - Cadastro Único para Programa Sociais
CAGECE - Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará
COGERH - Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos
CPRM - Serviço Geológico do Brasil
CRSBAJ - Caderno Regional da Bacia do Alto Jaguaribe
DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra as Secas
ETA - Estação de Tratamento de Água
ETE - Estação de Tratamento de Esgoto
ETM - Equipe Técnica Municipal da Elaboração do Plano
FUNASA - Fundação Nacional de Saúde
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano
IDM - Índice de Desenvolvimento Municipal
IPECE - Instituto de Pesquisas do Estado do Ceará
LNSB - Lei Nacional do Saneamento Básico
MDS - Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome
MRS - Microrregião de Saúde
NUTEC - Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico
PIB - Produto Interno Bruto
PMSB - Plano Municipal de Saneamento Básico
PNRS - Plano Nacional de Resíduos Sólidos
PSF - Programa de Saúde da Família
SAA - Sistema de Abastecimento de Água
SCIDADES - Secretaria das Cidades
SDA - Secretaria de Desenvolvimento Agrário
SEDUC - Secretaria de Educação do Estado do Ceará
SES - Sistema de Esgotamento Sanitário
SESA - Secretaria de Saúde
SIAGAS - Sistema de Informações de Águas subterrâneas
SIGSisterna - Sistema de Informações de Cisternas
SISAR - Sistema Integrado de Saneamento Rural
SRH - Secretaría de Recursos Hídricos
A Lei Federal nº 11.445/2007, marco regulatório do setor de saneamento básico, estabelece as diretrizes nacionais do saneamento básico como sendo um conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Também determina que o titular do serviço é responsável por planejar a universalização do saneamento básico, permitindo o acesso a todos os domicílios ocupados.
Ainda, segundo a lei citada, o planejamento deverá estar consubstanciado no Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), cuja elaboração é requisito para a disponibilização e a liberação de orçamento destinado às melhorias e expansões necessárias ao alcance da universalização (inciso I, art. 2º). Ademais, o PMSB é fator condicionante para validar contratos, cujo objetivo envolva serviços públicos de saneamento básico.
Sendo assim, no cumprimento das determinações da Lei nº 11.445/2007, a Prefeitura Municipal de Arneiroz iniciou, em 02 de abril de 2018, a elaboração do seu PMSB que consubstanciará o planejamento do saneamento do município. Com este instrumento, o Poder Público assume a gestão para, de forma adequada, expandir a infraestrutura sanitária de saneamento básico do Município de Arneiroz rumo à universalização, para prevenção de doenças, melhoria de salubridade ambiental, proteção dos recursos hídricos e promoção da saúde pública.
O PMSB de Arneiroz segue o que dispõe a Lei Federal nº 11.445/2007, em seu art. 19. Portanto, seu conteúdo apresenta o diagnóstico situacional, os objetivos e as metas de curto, médio e longo prazos para a universalização; os programas, projetos e ações necessários para alcançá-la; as ações de emergência e contingência; além dos mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas para atendimento.
O plano apresenta horizonte de 20 anos, a partir da data de publicação em imprensa oficial pelo Município de Arneiroz ou aprovação por lei ou decreto, o que vier primeiro, com revisões periódicas que não ultrapassem 4 (quatro) anos, a serem realizadas antes da elaboração do Plano Plurianual (PPA).
A proposta metodológica, que propiciou o planejamento do setor de saneamento básico do Município de Arneiroz, iniciou com a formação de uma Equipe Técnica Municipal (ETM), responsável pela elaboração do PMSB. Principais atividades da ETM:
Ressalta-se que a elaboração do PMSB de Arneiroz contou, também, com a participação de algumas instituições atuantes no saneamento básico, permitindo às mesmas contribuírem para a formulação das políticas públicas no setor de saneamento básico do Município de Arneiroz. Algumas destas instituições puderam participar diretamente para o planejamento, tendo em vista o inegável expertise de seus técnicos, imprescindível na elaboração do PMSB. São elas:
A realização do diagnóstico constitui-se na avaliação do estado presente de cada componente do saneamento básico e de seus impactos, a fim de apontar as causas de deficiências detectadas. Sua elaboração compôs-se dos seguintes tópicos:
Foram definidos os pontos importantes para o levantamento das informações e das características do Município de Arneiroz quanto à saúde, educação, recursos hídricos, economia, saneamento básico, abrangendo todos os seus componentes e demais aspectos relevantes.
Ação executada pela ETM por meio do levantamento de dados nos distritos e respectivas localidades, com o auxílio de questionários previamente preparados pela ARCE, baseados em experiências de Convênios anteriores ARCE/APRECE/CAGECE/SCIDADES.
Nos dias 02 e 24 de abril de 2018, foram realizadas, nos Auditórios da ARCE e da APRECE, respectivamente, oficinas de treinamento para coletas de dados ministrada por técnicos da ARCE com a presença da CAGECE e destinada a ETM da prefeitura e a Empresa de Consultoria Técnica PROJESSAN ENGENHARIA LTDA, sob a coordenação da APRECE (Figura 1.1).
Fonte: ARCE / APRECE.
Os integrantes da ETM foram os responsáveis em obter informações sobre a situação do Município de Arneiroz, por meio de coleta de dados in loco, para a elaboração do diagnóstico. Além disso, o Município realizou reuniões com as comunidades para a obtenção de informações complementares, sob a coordenação dos representantes técnicos da Prefeitura (Figura 1.2).
Nesta etapa, foram coletadas informações técnicas e sócias econômicas referentes às zonas urbana e rural do Município para a elaboração do diagnóstico. Os dados foram obtidos nos sítios de instituições governamentais (IBGE, ANA, IPECE, MDS etc.), na Prefeitura de Arneiroz, nos relatórios de fiscalização da ARCE, e nos cadastros e projetos da CAGECE, entre outros.
De posse dos dados, informações e indicadores primários e secundários levantados, procedeu-se o tratamento das informações. A princípio, a análise envolveu aspectos gerais sobre demografia, saúde, investimentos, economia, entre outros. Posteriormente a análise foi complementada com a avaliação específica de cada componente do saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana.
O prognóstico abrange estudos prospectivos do saneamento básico e estabelece as metas e respectivos prazos, com a finalidade de sua universalização que será obtida por meio da implantação de programas, projetos e respectivas ações.
Os tópicos a seguir, apresentam o encadeamento das atividades para o desenvolvimento do prognóstico.
Apontados pelo diagnóstico, os pontos críticos das componentes do setor de saneamento básico foram objetos dos programas, projetos e ações.
Cada projeto teve seu impacto de curto, médio e longo prazos calculados. Com isto foi possível traçar as respectivas metas e prazos rumo à universalização de cada componente do setor.
Fonte: Consultoria/Município.
Posterior a Audiência Pública, a revisão do diagnóstico e do prognóstico possibilitou a inserção das novas informações obtidas, adequando-o a realidade do município.
Etapa de finalização do plano, a elaboração da AVEF contou com a valiosa colaboração e participação de engenheiros e economistas da ARCE e da CAGECE. O estudo desenvolvido principiou com determinação do custo estimativo dos projetos lançados no prognóstico, bem como das despesas de exploração, ao longo dos 20 anos de vigência do plano, obtendo-se ao final o Valor Presente Líquido (VPL) dos custos, mediante taxa de desconto de 12% a.a., para os serviços de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de resíduos sólidos urbanos. Em função da insuficiência de dados, o estudo de viabilidade não incluiu os serviços de drenagem de águas pluviais urbanas, que deverá ser realizado em revisões futuras do plano.
A Lei Federal 11.445/2007 ou Lei de Diretrizes Nacional de Saneamento Básico (LNSB) estabeleceu os princípios e diretrizes do saneamento básico e foi regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.217/2010[1].
A Constituição Federal de 1988 aborda em seu art. 225, que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
A Política Nacional de Meio Ambiente também constitui importante marco regulatório para a proteção ambiental e regulamentações de saneamento básico e proteção à vida ecológica e humana e foi recepcionada pela Constituição de 1988, dando efetividade ao artigo constitucional 225. Assim, na efetividade das garantias elencadas na Carta Magna, esse dispositivo legislativo determina o uso indiscriminado de determinado bem natural, quando sua utilização oferecer algum risco ao equilíbrio ambiental.
O objetivo da PNMA é regular as diversas atividades que envolvam o meio ambiente, afim de que possa haver preservação, melhorias e recuperação da qualidade ambiental, garantindo à população condições propícias para seu desenvolvimento social e econômico.
Para exemplificar, podemos destacar o art. 2°, caput, da Lei 6.938/81: “A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
Desta forma, a PNMA vem a estabelecer, por meio do seu corpo legislativo, o efetivo cumprimento dos direitos humanos e ecológicos, garantindo o desenvolvimento econômico e social em conformidade com o uso racional dos recursos naturais disponíveis, renováveis e não-renováveis, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida.
Observados os princípios estabelecidos no art. 2º da referida Lei, as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão engendradas em normas e planos, que deverão ser seguidos a rigor pelas empresas Públicas e Privadas que desenvolverem atividades no ramo ligado ao uso ambiental, e serão destinados a orientar a ação dos Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona com a preservação da qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico, conforme está disposto no art. 5° da Lei 6.938/81.
Os instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente são mencionados no art. 9° da Lei 6. 938/81 e definidos nas resoluções do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), discorrendo sobre os padrões de qualidade, o zoneamento ambiental, a avaliação de impacto ambiental, o licenciamento ambiental e a auditoria ambiental, sendo este último um instrumento de aferição financeira em relação ao controle ambiental.
A resolução n° 430 do CONAMA dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, sendo estas atividades vinculados ao licenciamento ambiental de ações efetivas ou potencialmente poluidoras. Assim, todas as técnicas e formas de planejamento de saneamento básico deverão obedecer às diretrizes estabelecidas por meio desta resolução, conforme está disposto na Seção III, no art. 21: “ Para o lançamento direto de efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários deverão ser obedecidas as seguintes condições de e padrões específicos: [...] e) substâncias solúveis em hexano (óleos e graxas) até 100 mg/l). Dentre outros.
A resolução aduz ainda no conceito de esgoto sanitário, trazendo como definição do referido termo, em seu art. 4°, inc. VII “Esgotos sanitários: denominação genérica para despejos líquidos residenciais, comerciais, águas de infiltração na rede coletora, os quais podem conter parcelas de efluentes industriais e influentes não domésticos).
Os objetivos estabelecidos nas legislações de cunho ambiental, para serem atingidos, devem ser orientados por princípios, fundamentais na busca da proteção ambiental.
Dentre os princípios fundamentais instituídos por estes regulamentos, dois foram considerados de suma importância na elaboração deste PMSB: a universalização e a integralidade da prestação dos serviços (art. 2º). Isto porque a universalização, segundo definição da LNSB, é a ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico. Vale destacar, entretanto, que este princípio basilar da LNSB deve ocorrer com integralidade, que é definido como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso aos mesmos em conformidade com suas necessidades e maximizando a eficácia das suas ações e resultados.
Ao Município de Arneiroz, titular dos serviços públicos de saneamento, a LNSB atribui a obrigatoriedade de formular a política de saneamento, devendo, para tanto, entre outras competências, elaborar o plano de saneamento (art. 9º), cuja estruturação básica mínima (art. 19) deve contemplar:
Diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas;
Objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;
Programas, projetos e ações necessários para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;
Ações para emergências e contingências;
Mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas.
Portanto, a política pública de saneamento básico do Município de Arneiroz será formulada visando, principalmente, à universalização e à integralidade da prestação dos serviços, tendo o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) como instrumento de definição de estratégias e diretrizes. Desta forma, o planejamento estabelecerá a premissa de investimentos contínuos, de modo a alcançar o acesso universal e a oferta integral aos serviços de saneamento básico, em conformidade com o contexto local da população atendida.
Conforme o art. 3º da LNSB, o saneamento básico é entendido como conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana, definidos como:
Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e os respectivos instrumentos de medição;
Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;
Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;
Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.
Para além do conteúdo mínimo, a elaboração e as revisões do PMSB devem garantir a ampla participação da população e da sociedade civil sobre os procedimentos de divulgação, em conjunto com os estudos, e a avaliação por meio de consulta ou audiência pública, como estabelecido no art. 51 da LNSB.
O art. 11 da LNSB assevera que a existência do PMSB é condição necessária à validade dos contratos de prestação dos serviços públicos de saneamento entre titular e prestador dos serviços. Estes contratos são dispositivos legais, onde o titular dos serviços públicos (no caso, o Município de Arneiroz) pode delegar tais serviços a prestadores (a CAGECE, por exemplo), por tempo determinado, para fins de exploração, ampliação e implantação.
Ademais, o art. 26 do Decreto nº 7.217/2010, regulamentador da Lei nº 11.445/2007, vinculou o acesso aos recursos públicos federais orçamentários ou financiados para o setor de saneamento à existência de PMSB elaborado pelo titular dos serviços, a partir do ano de 2014, prazo estendido até 31 de dezembro de 2020 (Decreto nº 9.254, de 29 de dezembro de 2017). Além disto, o art. 55 estabelece que a alocação destes recursos federais deverá estar em conformidade com o plano.
Outro requisito exigido pelo art. 11 da LNSB é a existência de estudo de viabilidade econômico-financeira da prestação universal e integral dos serviços, em conformidade com o respectivo plano, de forma a garantir a sustentabilidade econômico-financeira dos serviços prestados em regime de eficiência.[2]
Já a Lei Federal nº 12.305/2010, conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece, entre seus princípios norteadores, a visão sistêmica, envolvendo diversas variáveis, como a ambiental, a social, a econômica e de saúde pública. No seu art. 9º, são dispostas as diretrizes da gestão e do gerenciamento dos resíduos sólidos e traz, em ordem de prioridade, as seguintes ações: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final dos rejeitos de modo ambientalmente adequado.
Entre os objetivos basilares da PNRS, tem-se a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental. A saber, o art. 10 incumbe ao município a gestão dos resíduos gerados em seu território; o art. 8º incentiva a adoção de consórcios entre entes federados para elevar a escala de aproveitamento e reduzir custos como instrumentos da política de resíduos sólidos; e o art. 45 estabelece prioridade, na obtenção de incentivos do governo federal, aos consórcios públicos constituídos para viabilizar a descentralização e a prestação dos serviços relacionados aos resíduos.
Quanto à destinação ou disposição final dos resíduos a céu aberto (lixões), excetuando-se os derivados de mineração, a PNRS proíbe esta prática, em seu art. 47. Define, ainda, prazo para a extinção dos lixões, observando o ano de 2014 como prazo limite para implantação da disposição final ambientalmente adequada dos resíduos.
A Política Estadual do Meio Ambiente é regulada por meio da Lei 11.411/87 e compreende o conjunto de diretrizes administrativas e técnicas para orientar a ação governamental no campo da utilização racional, conservação e preservação do ambiente que, em consonância com a Política Nacional do Meio Ambiente, atenderá aos princípios estabelecidos na legislação federal e estadual que rege a espécie (art. 1°), e é considerada o marco regulatório no estabelecimento de medidas voltadas a proteção ambiental no estado do Ceará.
A Constituição do Estado do Ceará, promulgada em 1989, fixa no Capítulo VIII, exclusivamente, os direcionamentos destinados ao meio ambiente. No art. 259 da referida constituição, dispõe que são direitos inalienáveis do povo o meio ambiente equilibrado e uma sadia qualidade de vida, impondo-se ao estado e à comunidade o dever de preservá-los e defendê-los.
No tocante ao saneamento básico, a Constituição Estadual estabelece no art. 15, Inc. IX, como competências do Estado, exercidas em comum com a União, o Distrito Federal e os Municípios, promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.
Ainda, conforme dispõe o art. 252 da referida Constituição, o Estado estabelecerá política de saneamento, nos meios urbano e rural, obedecendo as respectivas realidades locais e regionais, constantes nos princípios da Constituição Federal, sendo estabelecidos por meio:
§1º Assegurar-se-á a participação das comunidades, das instituições e das três esferas do Governo no planejamento, na organização dos serviços e na execução das ações.
§2º Os padrões técnicos das obras e serviços de saneamento deverão ser adequados tanto ao meio físico quanto ao nível socioeconômico das comunidades, garantindo-se o mínimo de condições sanitárias.
§3º O Estado assegurará os recursos necessários aos programas de saneamento, com vistas à expansão e melhoramento do setor.
A Política Estadual de Recursos Hídricos também constituiu outra importante legislação ambiental e é regulamentada por meio da Lei nº 14.844/2010, que destaca no art. 2º, entre seus objetivos, planejar e gerenciar a oferta de água, os usos múltiplos, o controle, a conservação, a proteção e a preservação dos recursos hídricos de forma integrada, descentralizada e participativa; além de assegurar que esta possa ser ofertada, controlada e utilizada em padrões de qualidade e de quantidade satisfatórios, por seus usuários atuais e pelas gerações futuras, em todo o território do Estado do Ceará.
O art. 3º, Inc. III, da então citada Lei, direciona que o planejamento e a gestão dos recursos hídricos tomarão como base a bacia hidrográfica e deve proporcionar os usos variados.
Podemos citar a integração do gerenciamento dos recursos hídricos com as políticas públicas federais, estaduais e municipais de meio ambiente, saúde, saneamento, habitação, uso do solo e desenvolvimento urbano e regional e outras de relevante interesse social que tenham inter-relação com a gestão das águas como uma das principais diretrizes da Política Estadual de Recursos Hídricos (art. 4º, Inc. V).
A Política Estadual de Recursos hídricos tem como instrumento os comitês das bacias hidrográficas metropolitanas, que foram criados com a atribuição de proceder estudos, divulgar e debater os programas prioritários de serviços e obras a serem realizados no interesse da coletividade, definindo objetivos, metas, benefícios, custos e riscos sociais, ambientais e financeiros, de acordo com o disposto no artigo 20 da referida Lei, os quais serão encaminhados e deliberados pelo Conselho de Recursos Hídricos do Ceará - CONERH, órgão de coordenação responsável pela fiscalização, deliberação coletiva e de caráter normativo do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos - SIGERH, vinculado à Secretaria dos Recursos Hídricos – SRH ( artigo 41, incisos V e VI).
Outro importante instrumento de planejamento governamental no tocante às disposições de proteção ambiental, no âmbito da administração pública estadual, é a Lei nº 15.929/2015, que dispõe sobre o Plano Plurianual (PPA) do Estado para o período 2016-2019, direcionando as ações pertinentes de políticas públicas.
O Plano Plurianual (PPA) do Estado trata-se de um instrumento de planejamento que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública do Estado do Ceará, no tocante as despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duração continuada, conforme disposto no artigo 165 da Constituição Federal de 1988.
No tocante ao saneamento básico, os investimentos referentes estão estabelecidos no Eixo Ceará Saudável, tendo escopo “a garantia de direitos, a promoção da saúde, o fortalecimento das ações comunitárias, a criação de ambientes favoráveis, o desenvolvimento de habilidades pessoais e mudança de estilos de vida”. Nesse sentido, o Eixo Ceará Saudável aborda 03 temas estratégicos, os quais são: Saúde, Esporte e Lazer e Saneamento Básico.
Os programas de saneamento básico do PPA obedecem às diretrizes da política nacional para o setor, que preconizam a universalização, a equidade e a integridade dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana/manejo dos resíduos sólidos e drenagem/manejo das águas pluviais, garantindo assim a proteção do meio ambiente, adequada condição de saúde pública e a forte interação e controle social na gestão dos serviços de saneamento.
É importante ressaltar que o maior volume de recursos do PPA para o período de 2016-2019 está destinado para o Eixo Ceará Saudável com R$ 11.939.077.047,00 (34,2% do PPA). Dessa forma, foi previsto no Tema Estratégico Saneamento Básico o valor geral de R$ 1.755.191.026,00, que corresponde a cerca 15% da quantia estimada para o eixo.
No respectivo ao Saneamento Básico, os valores de investimentos previstos foram divididos em dois programas: I) Abastecimento de água, Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana e II) Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário no Meio Rural.
Os objetivos estabelecidos para o tema do Saneamento Básico do PPA, compreendidos para o período entre 2016-2019, almeja ampliar a cobertura da população urbana do estado com acesso aos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e macrodrenagem e para a população rural ampliar o acesso aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Concernente à regulação da prestação dos serviços, em 2009 foi sancionada a Lei nº 14.394, que define a atuação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce), relacionada aos serviços públicos de saneamento básico, além de dá outras providências.
Nessa perspectiva, de acordo com o art.1º, a Arce poderá celebrar convênios que lhe deleguem a regulação e fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico no âmbito do Estado do Ceará. Ainda, de acordo com o art. 4º, compete à Arce a regulação, fiscalização e monitoramento dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário prestados pela CAGECE, exceto se observado o disposto no art. 9º, inciso II, da Lei Federal nº11.445, de 5 de janeiro de 2007.
Relativo aos sistemas de esgotamento sanitário, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (SEMACE) publicou a Portaria de nº 154, de 22 de julho de 2002, que trata sobre padrões e condições para lançamento de efluentes líquidos gerados por fontes poluidoras, com vistas a Apoio técnico e institucional: promover a saúde e o bem-estar humano como também assegurar o equilíbrio ecológico dos ecossistemas aquáticos em decorrência da degradação da qualidade da água dos corpos receptores.
Ainda, temos na legislação estadual no tocante ao meio ambiente a Política Estadual de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado do Ceará, com fundamento no art. 23, inciso IX e parágrafo único, da Constituição Federal e no art. 252 da Constituição do Estado. Tal regulamentação tem por finalidade disciplinar a atuação do Estado no âmbito dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, obedecendo ao disposto na presente Lei Complementar, nas demais normas legais, regulatórias e pactuadas pertinentes.
O art. 2º da referida Lei traz os objetivos da Política Estadual de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário, os quais são: promover a universalização do acesso aos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, a melhoria das condições e a prestação adequada dos serviços e a aplicação das diretrizes nacionais aos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no âmbito do Estado do Ceará.
Uma importante matriz de diretrizes da Política Estadual de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário é o acesso à água potável segura e limpa e ao esgotamento sanitário como direito humano essencial para o pleno gozo da vida e de todos os demais direitos e como fator de promoção da saúde, a interdependência dos serviços de outorga de água bruta e de abastecimento de água e a priorização do uso da água para consumo humano e dessedentação de animais, bem como a universalização dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, consubstanciada na equidade em seu acesso e a prestação adequada e sustentável dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, pela satisfação das condições de qualidade, regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
Nesta feita, a Política Estadual de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário consiste no apoio institucional e financeiro do Estado do Ceará para os serviços públicos de saneamento básico e tem por instrumentos: o Plano Estadual de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário PAAES; o Fundo Estadual de Saneamento Básico FESB e o Sistema de Informações em Saneamento do Estado do Ceará SISANCE.
A Lei Orgânica do Município de Arneiroz de 1990, estabelece no seu artigo 11, inciso IX, capitulo I, como competência do município, entre outras, a organização e prestação, direta ou sob regime de concessão, de serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e coleta domiciliar de resíduos sólidos e destinação final do lixo, além da execução de obras de drenagem pluvial.
No artigo 143, que trata da politica de saúde, explicita que deverá haver a promoção de condições dignas de saneamento.
No tocante aos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, o município de Arneiroz delegou sua prestação à CAGECE.
Arneiroz recebeu este nome de uma antiga freguesia de Portugal, no Conselho de Lamego, distrito de Viseu, Províncias de Traz-os-Montes e Alto Douro.
No início do século XVIII formou-se no sertão dos Inhamuns um agrupamento de índios da tribo Jucá, tendo como missionário o Padre José Bezerra da Costa, primeiro Cura dos Índios do “Lugar de Arneiroz”, porém, com resultados de tal maneira funestos, que se viu, mais tarde obrigados a fazer a transferência de parte dos índios para Baturité e Crato. E depois, também, para a Vila Arronches, atual Parangaba, em Fortaleza, onde havia outras missões.
Apesar da expulsão dos índios o aldeamento não se desfez totalmente e nele passaram a dominar, pessoas da família Feitosa que se tornaram senhores absolutos da região.
Os primeiros colonizadores das terras do Arneiroz foram os irmãos Francisco Alves Feitosa e Lourenço Alves Feitosa que se estabeleceram à margem direita do rio Jucá e ali fundaram a primeira fazenda de gado do “Alto Sertão dos Inhamuns”, por volta do ano de 1707.
Inicialmente, aldeia dos indígenas, depois fazenda de criar gado do coronel Eufrásio Alves Feitosa, mais tarde povoado e depois freguesia por provisão de 13 de novembro de 1783, inaugurada no ano seguinte a vila, pela lei n.º 1.128, de 21 de novembro de 1.864, desmembrada de Quixeramobim. A sede na vila de Arneiroz, com uma risonha situação geográfica, à margem esquerda do Rio Jaguaribe, principal rio do Estado; o seu horizonte torna-se encantador, devido a bela serra que serve de limites ao nascente, e que espontaneamente cedeu livre passagem a este rio de mais de cem léguas de curso. E’ verdadeiramente atraente a vista do enorme boqueirão que no outro século denominou-se boqueirão de Inhamuns, hoje de Arneiroz. Os rios do município são afluentes do Jaguaribe: rio de Jucá e rio Condado; riachos: Motta, Mucerino, Olho D'água, Favelas, Imburanas, Andreza e Craíbas.
Poucos anos depois, através da lei provincial nº 1.279, de 28.09.1869, foi criado o distrito de Cococi e anexado ao então município de Arneiroz.
Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 01.09.1920, o município aparece constituído de 4 distritos: Arneiroz, Bebedouro, Cococi e Santa Catarina.
Pelo decreto estadual nº 193, de 20.05.1931, é extinto o município de Arneiroz, sendo seu território anexado ao município de Tauá.
Elevado novamente à categoria de município com denominação de Arneiroz, pela lei estadual nº 3.554, de 14.03.1957, desmembrado de Tauá. Sede no antigo distrito de Arneiroz.
Pela divisão administrativa referente ao ano de 2013 o município apresenta a seguinte configuração territorial: Arneiroz/sede, Planalto e Cachoeira de Fora. Padroeira: Nossa Senhora da Paz.
Fonte: Site da prefeitura de Arneiroz (2018)
Figura 3.1 - Sede do Município de Arneiroz
O município de Arneiroz está localizado ao Sul do Estado do Ceará, a 385 km da capital Fortaleza, aproximadamente, situando se na macrorregião do Sertão dos Inhamuns, mesorregião dos Sertões Cearenses e microrregião do Sertão de Inhamuns. Possui área de 1.066,426 km² está a 337,94 m de altitude. Suas coordenadas geográficas são Latitude: 6° 19' 7'' Sul, Longitude: 40° 9' 44'' Oeste. Arneiroz faz limite com os seguintes municípios: Norte: Mombaça, Tauá Leste: Catarina, Sul: Aiuaba, Oeste: Parambu (Figura 3.2).
Fonte: Google Imagens (2018). figura Figura 3.2 – Localização do Município de Arneiroz no Estado do Ceará. |
O clima da região é Tropical Quente Semi-árido, caracterizando-se por
temperaturas médias entre 26º a 28º e pluviosidade média de 582,1 mm
concentrada nos meses de fevereiro a abril. No Quadro 3.1, podem-se verificar os demais componentes ambientais do Município de Arneiroz.
Relevo | Solos | Vegetação | Bacia Hidrográfica |
Maciço Residual, Depressão Sertaneja | Bruno não Cálcico, Solos Litólicos, Podzólico Vermelho-Amarelo | Caatinga Arbustiva Aberta, Floresta Caducifólia Espinhosa | Alto Jaguaribe |
Fonte: IPECE (2017).
Os dados da população do Município de Arneiroz somente foram contabilizados a partir do censo de 1970. Nos últimos dois censos, a população da zona urbana apresentou taxas de crescimento geométrico percentual de 29,53% de 1991 a 2000 e de 6,10% de 2000 a 2010. Ainda neste crescimento, a zona rural teve aumento na população, sendo de 22,19% no primeiro período, e decréscimo no segundo período de -3,51%. No total, o Município aumentou sua população nos dois períodos a taxas de 23,88% e 0,15%. A população urbana cresceu 361,2% no mesmo período, enquanto a população rural apresentou decréscimo de - 36,37%.
A população total, em 1970, era de 6,8 mil habitantes, sendo 12,43% residentes na zona urbana e 87,6% residentes na zona rural. No ano de 2000, a população urbana do município permanece inferior a rural, com 28,5% e 71,5%, respectivamente, em relação à população total de 7,5 mil habitantes. Já no ano de 2010, a população total alcançou 7,6 mil habitantes, sendo 50,7% residentes na zona urbana e 49,3% habitantes na zona rural.
Analisando a evolução populacional por situação do domicílio, segundo distritos (Quadro 3.2 e o Gráfico 3.1), observa que a exceção dos Distritos Sede, os demais distritos permanece com maioria da população habitando a zona rural do Município.
Municipio e distritos | Situação do domicílio | Ano¹ | Tx. Cresc. Geom. (%) | |||||
1970 | 1980 | 1991 | 2000 | 2010 | 1991-2000 | 2000-2010 | ||
Arneiroz -ce | Urbana | 841 | 1.047 | 1.382 | 2.146 | 3.879 | 5,01 | 6,10 |
Rural | 5.927 | 5.976 | 6.005 | 5.392 | 3.771 | -1,19 | -3,51 | |
Total | 6.768 | 7.023 | 7.387 | 7.538 | 7.650 | 0,23 | 0,15 | |
Sede | Urbana | - | - | - | - | 3.004 | - | - |
Rural | - | - | - | - | 1.768 | - | - | |
Total | - | - | - | - | 4.772 | - | - | |
Cachoeira de Fora | Urbana | - | - | - | - | 396 | - | - |
Rural | - | - | - | - | 1179 | - | - | |
Total | - | - | - | - | 1.575 | - | - | |
Planalto | Urbana | - | - | - | - | 479 | - | - |
Rural | - | - | - | - | 824 | - | - | |
Total | - | - | - | - | 1.303 | - | - |
Fonte: CENSO/2010 (IBGE, 2018).
Nota: 1 Em 1970 a 2000 só havia informações censitárias do município como um todo.
Fonte: IBGE (2018)
O Quadro 3.3 traz o detalhamento da distribuição dos dados de domicílios particulares e coletivos do município de Arneiroz, Segundo Censo/2010.
Municipio e Distritos | Situaçao do domicilio | Particular - ocupado | Particular - não ocupado | Coletivo | Média de moradores por domicílio particular ocupado (hab/dom) | Total Geral |
Arneiroz | Urbana | 1145 | 200 | 3 | 3,39 | 1348 |
Rural | 967 | 298 | 0 | 3,90 | 1265 | |
Total | 2112 | 498 | 3 | 3,62 | 2613 | |
Sede | Urbana | 894 | 142 | 2 | 3,36 | 1038 |
Rural | 451 | 115 | 0 | 3,92 | 566 | |
Total | 1345 | 257 | 2 | 3,55 | 1604 | |
Cachoeira de Fora | Urbana | 113 | 21 | 1 | 3,50 | 135 |
Rural | 296 | 99 | 0 | 3,98 | 395 | |
Total | 409 | 120 | 1 | 3,85 | 530 | |
Planalto | Urbana | 138 | 37 | 0 | 3,47 | 175 |
Rural | 220 | 84 | 0 | 3,75 | 304 | |
Total | 358 | 121 | 0 | 3,64 | 479 |
Fonte: IBGE (2018)
A partir dos dados sobre domicílios, pode-se inferir que há 19,1% de domicílios não ocupados no Município de Arneiroz, representando, em termos absolutos, 498 domicílios. O Distrito de Planalto apresenta maior medida relativa de desocupação de domicílios, 25,3%. Apesar do Distrito Sede possuir menor medida relativa de desocupação, em torno de 16%, seus 257 domicílios particulares não ocupados representam 51,6% do total de domicílios não ocupados do município que possui uma densidade demográfica de 7,17 hab/km² .
Os índices de desenvolvimento do Município de Arneiroz, em relação ao Estado e aos demais municípios cearenses, são explicitados no Quadro 3.4. Descreve-se tanto o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que considera informações sobre longevidade, educação e renda, como do Índice de Desenvolvimento do Município (IDM), que considera quatro conjuntos de indicadores: i) fisiográficos, fundiários e agrícolas (que incluem pluviometria e salinidade de água) ii) demográficos e econômicos, iii) de infraestrutura de apoio, e iv) sociais (que incluem mortalidade infantil e cobertura de abastecimento de água). O primeiro e o quarto conjunto de indicadores do IDM são os que trazem mais parâmetros associados aos serviços de saneamento básico ou aqueles são influenciados por estes serviços
Índices | Ano | Município | Estado | |
Valor | Ranking municipal | Valor | ||
Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) | 2014 | 14,67 | 169 | 24,75 |
2016 | 13,77 | 178 | 27,37 | |
Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) | 2010 | 0,618 | 72 | 0,682 |
2000 | 0,419 | 139 | 0,541 |
Fonte: IPECE (2011); IBGE (2010)
A avaliação do índice IDHM indicará maior desenvolvimento quanto mais próximo estiver de 1, conforme critérios do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), (Figura 3.xx).
Figura 3.xx - Faixas de Desenvolvimento Humano Municipal
O IDHM de 2010 do Município de Arneiroz é classificado como de nível médio, atingindo 0,618. A análise do IDHM desagregado revela que o IDHM-Longevidade (índice de 0,740) é o que mais contribui positivamente para o município, seguido do IDHM-Renda (índice de 0,565) e do IDHM-Educação (índice de 0,564).
Verificando informações sobre o IDHM, constata-se que sua amplitude, no ano de 2010, entre os estados brasileiros, ficou entre 0,631 a 0,824. Já a amplitude entre os municípios brasileiros foi de 0,418 a 0,862. Entre municípios cearenses, a amplitude do índice foi de 0,540 a 0,754. Ainda com relação ao IDHM, que apresenta média nacional de 0,659 (inferior ao índice estadual 0,682, mas superior ao do município), o Estado ocupa a décima sétima colocação entre as unidades federativas e o município ocupa a posição de número 3.735 no país (de 5.566 municípios com índice calculados).
Fonte: IPECE (2018)
O IDM é analisado nos anos 2014 e 2016. Em relação ao IDM, é verificada a diminuição no indicador no período considerado, ao contrário do aumento do índice do Estado, verifica-se tanto uma queda absoluta do IDM no período como uma queda de posição do município frente aos demais. Com relação ao IDM, de 2016, desagregado, verifica-se que a maior medida é dos indicadores sociais (49,21), seguido dos indicadores fisiográficos, fundiários e agrícolas (índice de 9,19), de infraestrutura de apoio (4,87) e demográficos e econômicos (índice de 3,15).
A amplitude do IDM, em 2016, no Ceará, foi de 9,17 a 76,71; e, no ano de 2014, foi de 6,39 a 68,51. Verifica-se, portanto, uma redução dos valores mínimo, porém, no valor máximo também houve diminuição e um aumento do índice médio no Estado (Tabela 3.4), demonstrando uma pequena melhoria das condições de vida da população, tomando como parâmetro o IDM. O índice, no município obteve diminuição de aproximadamente 6% (2014 – 2016), contribuindo para uma regressão de posição no ranking dos municípios, 169º a 178º.
No Município, o IDM é de classe 4 (intervalo 9,17 - 28,77) entre quatro classes que variam de 1 (um) a 4 (quatro). A avaliação do índice dá-se com maior desenvolvimento quanto mais próximo estiver de 100, conforme critérios do IPECE (Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará).
Portanto, espera-se que a universalização do saneamento básico, objeto deste PMSB, deverá contribuir fortemente para a melhoria dos índices de desenvolvimento do Município de Arneiroz.
Fonte: CENSO/2010 (IBGE, 2018).
Indicador que demonstra a evolução da economia municipal, o Produto Interno Bruto (PIB) do Município de Arneiroz apresentou aumento de 51,2% no período de 2010 – 2015. No mesmo período, o PIB per capita cresceu menos, alcançando 49%. Os maiores níveis de crescimento dos indicadores ocorreram no período 2010 - 2011, quando o PIB aumentou de 14,86%, enquanto o PIB per capita elevou-se em 14,83% no mesmo período. Os resultados encontram-se no Quadro 3.5 e no Gráfico 3.2, considerando valores nominais (preços correntes), ou seja, sem efeito inflacionário.
Ano | PIB a preços correntes | PIB per capita | ||
Valor (R$ mil) | Variação (%) | Valor (R$) | Variação (%) | |
2010 | 30.506,00 | - | 3.984 | - |
2011 | 35.038,00 | 14,86 | 4.575 | 14,83 |
2012 | 33.532,00 | -4,30 | 4.373 | -4,40 |
2013 | 35.319,00 | 5,33 | 4.548 | 3,99 |
2014 | 42.165,00 | 19,38 | 5.428 | 19,35 |
2015 | 46.124,00 | 9,39 | 5.935 | 9,35 |
Fonte: IBGE (2015)
Nota: (-) Dados(s) inexistente(s) por não haver variação
Fonte: Adaptado de IBGE (2018); IPECE (2018)
O resultado do PIB municipal de 46 milhões, aproximadamente, em 2015, teve maior participação do setor de serviços, com 82,97% do montante, superior a participação desta variável no PIB do Estado. Ainda no Município, os setores agropecuários e industriais , segundo e terceiro mais expressivos, respectivamente.
PIB | Município | Estado | |
PIB a preços de mercado (R$ mil) | 46.124 | 130.620.788 | |
PIB per capita (R$ 1,00) | 5.935 | 14.669 | |
PIB Setorial | Agropecuária (%) | 13,56 | 4,49 |
Indústria (%) | 3,47 | 19,56 | |
Serviços(%) | 82,97 | 75,95 |
Fonte: Adaptado de IBGE (2013) e IPECE (2015)
Comparativamente aos valores de PIB do Estado próximo de R$ 130,6 bilhões em 2015, o PIB municipal participa com 0,03% do montante estadual. Neste mesmo ano, o PIB per capita cearense foi de R$ 14.669, sendo o indicador do município (R$ 5.935), correspondente a 40% do indicador estadual. Isto demonstra fragilidade social e econômica. O valor do PIB per capita, relativamente reduzido, indica baixa capacidade de pagamento da população.
Esta condição ocorre, em especial, por 15,75% dos domicílios do município ter renda mensal per capita de até 1/8 de salário mínimo, com 1,95% dos domicílios que não apresentam rendimento. No acumulado, 63,01% atingem renda mensal per capita de até 1/2 salário mínimo em 2010 (valor de R$ 510,00), conforme dados do IBGE dispostos no Gráfico 3.3. Dentre os distritos, Planalto destaca-se por possuir a pior situação nesse quesito, haja vista que 21,01% da população possui renda mensal per capita de até 1/8 do salário mínimo, onde há ainda mais 2,80% sem rendimento (Gráfico 3.6)
Nota: 1 SM – Salário Mínimo.
O Quadro 3.7 demonstra, para o Município de Arneiroz, dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, que traz informações sobre famílias com renda mensal per capita de até 1/2 salário mínimo ou renda domiciliar mensal de até três salários mínimos. Tais famílias, com filhos entre idade de 0 (zero) a 17 anos, têm perfil para inclusão no Programa Bolsa Família. Pode-se aferir que 54,6% das famílias cadastradas no Cadúnico são beneficiadas pelo programa Bolsa Família, e 68,7% têm renda mensal por pessoa de até 1/2 salário mínimo (valor em 2018 de R$ 954,00).
Identificação | Quantidade |
Famílias cadastradas | 1.642 |
Famílias cadastradas com renda mensal per capita até 1/2 salário mínimo | 1.129 |
Famílias beneficiadas no Programa Bolsa Família | 897 |
Fonte: MDS (2018).
A situação das finanças municipais pode ser analisada pela observação das suas receitas e despesas (Quadro 3.8). As receitas correntes constituem o principal componente de entrada (99,72%), tendo as transferências correntes como maior fonte de receita (94,8%) nesta rubrica. Da mesma forma, as despesas correntes constituem a principal componente de saída (99,72%), tendo os gastos com pessoal e encargos sociais como as maiores despesas (4,3%) nesta rubrica.
Receitas | Valor | Despesas | Valor |
R$ mil | R$ mil | ||
Receita total | 19.827 | Despesa total | 19.827 |
--Receitas correntes | 19.770 | --Despesas correntes | 19.770 |
----Receita tributária | 849 | ----Pessoal e encargos sociais | 849 |
----Receita de contribuições | - | ----Juros e encargos da dívida | - |
----Receita patrimonial | 86 | ----Outras despesas correntes | 86 |
----Receita de serviços | - | --Despesas de capital | - |
----Transferências correntes | 18.741 | Investimentos | 18.741 |
----Outras receitas correntes | 94 | Inversões financeiras | 94 |
--Receitas de capital | 56 | Amortização da dívida | 56 |
Fonte: IPECE (2017).
Informações acerca de investimentos realizados ou previstos, por meio de convênios estabelecidos por entes da União com o Município de Arneiroz, estão descritos no Quadro 3.9, com dados até o ano de 2017. Estes dados foram obtidos do Portal da Transparência do Governo Federal. O montante total provém de várias fontes (Ministério da Saúde, Ministério da Integração, Ministro do Turismo, entre outras). O período correspondeu a valores conveniados da ordem de mais de 4,1 milhões de reais, para sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, melhorias sanitárias, drenagem e de resíduos sólidos. No entanto, deste total, apenas houve liberação de 780 mil, aproximadamente.
Convênio | Situação Convênio | Ano | Objeto Convênio | Componente | Nome Órgão Superior | Nome Concedente | Valor Convênio | Valor Liberado |
855366 | Em Execução | 2017 | Implantacao de Sistema de Abastecimento em Areas Rurais e Comunidades Tradicionais | Água | Ministerio da Saúde | MS/Fundação Nacional de Saúde/DF | 2.043.849,55 | 0,00 |
828478 | Em Execução | 2016 | Pavimentacao na Sede do Municipio de Arneiroz Ceara. | Drenagem | Ministério das Cidades | Caixa Econômica Federal - Programas Sociais | 245.056,60 | 147.650,00 |
796389 | Anulado | 2013 | Implantacao de Melhorias Sanitarias Domiciliares. | Esgoto | Ministerio da Saúde | MS/Fundação Nacional de Saúde/DF | 500.000,00 | 0 |
781527 | Anulado | 2012 | Urbanizacao da Avenida Duque de Caxias, Construcao de Pracas Publicas e execucao de obras de Pavimentacao no Municipio de Arneiroz Ceara. | Drenagem | Ministerio do Turismo | CEF/Ministerio do Turismo/MTUR | 243.750,00 | 0 |
649401 | Concluído | 2012 | Melhorias Sanitarias Domiciliares para Atender o Município de Arneiroz/Ce, no Programa de Aceleração do Crescimento - PAC/2008 | Esgoto | Ministerio da Saúde | Fundação Nacional de Saúde - DF | 500.000,00 | 0 |
747436 | Anulado | 2010 | Execucao de obras de Pavimentacao no Distrito de Planalto, no Municipio de Arneiroz. | Drenagem | Ministério das Cidades | Caixa Econômica Federal - Programas Sociais | 146.950,00 | 0,00 |
649406 | Concluído | 2008 | Sistema de Abastecimento de Água para Atenter o Municipio de Arneiroz /Ce, no Programa de Aceleração do Crescimento PAC/2008 | Água | Ministerio da Saúde | Fundação Nacional de Saúde - DF | 350.000,00 | 0,00 |
644436 | Concluído | 2008 | Sistema de Esgotamento Sanitario para Atenter o Municipio de Arneiroz /Ce, no Programa de Aceleração do Crescimento PAC/2008 | Esgoto | Ministerio da Saúde | Fundação Nacional de Saúde - DF | 1.400.000,00 | 0,00 |
598010 | Inadimplência Suspensa | 2007 | Cisternas: apoio a construção de cisternas de placas para armazenamento de água da chuva no município de Arneiroz/CE. | Água | Ministerio do Desenvolvimento Social | Secretaria Nacional de Seg.Alimen. e Nutricional | 350.700,00 | 350.700,00 |
550594 | Concluído | 2005 | Pavimentação Autorizado Pelo Oficio MTUR N°0641 2005 | Drenagem | Ministerio do Turismo | CEF/Ministerio do Turismo/MTUR | 100.000,00 | 100.000,00 |
587607 | Concluído | 2006 | Pavimentação | Drenagem | Ministério das Cidades | Caixa Econômica Federal - Programas Sociais | 136.500,00 | 0 |
449835 | Adimplente | 2003 | Execução de Melhorias Sanitarias Domiciliares (Projeto Alvorada) | Esgoto | Ministerio da Saúde | Fundação Nacional de Saúde - DF | 0,00 | 0 |
442854 | Inadimplência Suspensa | 2002 | Execução de Sistema de Abastecimento de Água | Água | Ministerio da Saúde | Fundação Nacional de Saúde - DF | 50.000,00 | 50.000,00 |
450102 | Adimplente | 2001 | Execução de Melhorias Sanitarias Domiciliares (Projeto Alvorada) | Esgoto | Ministerio da Saúde | Fundação Nacional de Saúde - DF | 0,00 | 0 |
443509 | Inadimplência Suspensa | 2001 | Execução de Melhorias Sanitarias Domiciliares | Esgoto | Ministerio da Saúde | Fundação Nacional de Saúde - DF | 92.615,39 | 92.615,39 |
412420 | Concluído | 2001 | Construção de Sistema de Abastecimento de Água | Água | Ministerio da Saúde | Fundação Nacional de Saúde - DF | 39.178,00 | 39.178,00 |
Total | 4.154.749,99 | 780.143,39 |
Fonte: Portal da Transparência da União (2018).
Os investimentos realizados ou previstos, por meio de convênios do Estado com o Município, estão descritos no Quadro 3.9.1, com dados em um intervalo de 2010 a 2018. Essas informações foram obtidas do Portal da Transparência do Governo Estadual. O período correspondeu a valores empenhados da ordem de mais de 770 mil reais, para sistemas de abastecimento de água e drenagem. Ressaltamos que o valor empenhado foi totalmente pago.
Data de assinatura | Nº Convênio | Unidade | Convenente | Objeto | Componente | Valor atualizado | Valor empenhado | Valor pago |
05/07/2018 | 170/CIDADES/2018 | SCIDADES | PREF MUNIC DE ARNEIROZ06.748.297/0001-54 | PAVIMENTAÇÃO EM DIVERSAS RUAS NA SEDE... | DRENAGEM | 550.000,00 | 200.000,00 | 200.000,00 |
04/07/2012 | 001/2012-SRH | SRH | PREF MUNIC DE ARNEIROZ06.748.297/0001-54 | CONSTRUÇÃO DE AÇUDES COMUNITÁRIOS NAS... | ÁGUA | 575.000,00 | 575.000,00 | 575.000,00 |
TOTAL | 1.125.000,00 | 775.000,00 | 775.000,00 |
Fonte: Portal da Transparência do Estado (2018)
O Governo do Ceará promove o Programa de Combate à Pobreza Rural, no qual se insere o Projeto São José, financiador de obras hídricas, inclusive sistemas de abastecimento, para comunidades rurais e distritais do semiárido. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA, 2018), os projetos de abastecimento de água conveniados com recursos do Projeto São José contemplaram 223 famílias em diversas comunidades do Município de Arneiroz, ao longo do período de 2003 a 2011, totalizando investimentos da ordem de R$ 305.425,78 (Quadro 3.10).
Projeto São José - Projetos Liberados (2003 – 2011) | ||||||
Projeto | Convênio | Ano | Comunidade | Associação | Família | Valor Total |
1711 | 2003/0252 | 2003 | Cachoeira de fora | Associação Comunitaria de Cachoeira de Fora | 123 | 114.440,21 |
3820 | 2008/0002 | 2008 | Lagoa dos Rodrigues | Associação Comunitaria de Cachoeira de Fora | 20 | 91.627,17 |
5674 | 2011/0044 | 2011 | Macauim | Associação Comunitária de Macauim | 80 | 99.358,40 |
Total | 223 | 305.425,78 |
Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Agrário, agosto 2018.
A gigantesca parcela da população que não recebe o serviço de saneamento básico está suscetível a muitas categorias de doenças, podendo ser identificadas em função da forma de transmissão (FUNASA, 2006), pela precariedade dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. A exposição a vírus, bactérias e condições insalubres aumenta a incidência de doenças como as listadas no Quadro x.x.
Doenças | Água contaminada | Ausência de esgotamento sanitário | Resíduos sólidos | Drenagem/ inundações |
Amebíase | x | x | ||
Animais peçonhentos | x | |||
Ascaridíase | x | x | ||
Cisticercose | x | |||
Cólera | x | x | x | |
Dengue | x | |||
Disenteria bacilar | x | x | ||
Esquistossomose | x | x | ||
Febre tifóide | x | x | ||
Febre paratifóide | x | |||
Filariose | x | |||
Gastroenterites | x | |||
Giardíase | x | x | x | |
Hepatite viral tipo A | x | x | x | |
Leishmaniose | x | |||
Leptospirose | x | x | x | |
Meningites | x | |||
Meningoencefalite | x | |||
Peste | x | |||
Poliomielite | x | x | ||
Rubéola | x | |||
Salmonelose | x | |||
Sarampo | x | |||
Shigueloses | x | |||
Tétano acidental | x | |||
Toxoplasmose | x | |||
Tracoma | x | |||
Triquinose | x |
Fonte: Adaptado da FUNASA, 2006.
O município não registrou nenhuma morbidade ou mortalidade no período de 2017 por doenças ligadas a falta do saneamento básico, verificado via DATASUS.
Os sistemas de serviços de saúde propiciam a melhoria das condições de saúde da população através de ações de vigilância e de intervenções governamentais, assegurando promover, proteger e recuperar a saúde.
As unidades de saúde permitem e facilitam o acesso mais rápido à resolução dos problemas de saúde da população. Ao todo, até 2014, existiam 10 (dez) unidades de serviços de saúde. O Quadro 3.11 apresenta o tipo e o quantitativo de cada unidade existente no município.
Tipo de Estabelecimento | Público | Total |
Academia da saúde | 1 | 1 |
Hospital geral | 1 | 1 |
Posto de saúde | 7 | 7 |
Secretaria de saúde | 1 | 1 |
TOTAL | 10 | 10 |
Fonte: DATASUS, 2018.
Nota: Utilizados dados de dezembro de 2014 por ter discriminado o tipo de prestador.
O Município de Arneiroz contava, em 2016, com uma equipe de 47 multiprofissionais da saúde, entre médicos, enfermeiros, dentistas, entre outros, alocados em unidades básicas de saúde. A maioria é agente comunitário que faz parte do Programa de Saúde da Família (PSF). Este programa é uma estratégia voltada para o atendimento primário no município, com o objetivo de prestar assistência à população local na promoção da saúde, com prevenção, recuperação e reabilitação. Desta forma, os agentes realizam visitas domiciliares em torno da unidade, obtendo informações capazes de permitir o dimensionamento dos problemas de saúde que afetam a comunidade e levando até a população difusa soluções destes problemas (Quadro 3.12).
Discriminação | Quantidade |
Médicos | 5 |
Dentistas | 3 |
Enfermeiros | 6 |
Outros profissionais de saúde/nível superior | - |
Agentes comunitários de saúde | 14 |
Outros profissionais de saúde/nível médio | 19 |
Total | 47 |
Fonte: IPECE (2017)
Nota: Profissionais de saúde cadastrados em unidades de entidades públicas e privadas.
Como dito, o Programa de Saúde da Família confere ênfase às ações de promoção e prevenção da saúde da população. No Município de Arneiroz, aproximadamente 97,26% das crianças com menos de dois anos, acompanhadas pelo programa, estão com suas vacinas em dia. Na avaliação geral do Quadro 3.13, de seis indicadores avaliados comparativamente com os do Estado do Ceará, em três deles o Município de Arneiroz apresentou desempenho inferior: De 0 a 11 meses subnutridas (1); De 12 a 23 meses subnutridas (1) e peso < 2,5 Kg ao nascer.
Crianças acompanhadas pelo programa agentes de saúde (%) | Município | Estado |
Até 4 meses só mamando | 73,33 | 68,71 |
De 0 a 11 meses com vacina em dia | 96,92 | 95,18 |
De 0 a 11 meses subnutridas (1) | 1,55 | 1,03 |
De 12 a 23 meses com vacina em dia | 97,26 | 94,74 |
De 12 a 23 meses subnutridas (1) | 4,29 | 1,81 |
Peso < 2,5 kg ao nascer | 11,76 | 8,23 |
Fonte: IPECE (2017)
Nota: (1) Crianças com peso inferior a P10.
Segundo o IPECE (2016), não foi disponibilizado dado de mortalidade infantil por diarréia ou taxa de mortalidade infantil no Município de Arneiroz por mil nascidos vivos, conforme Quadro 3.14, entretanto o Quadro 3.15 indica que o Município de Arneiroz possui três de quatro indicadores com valores melhores do que os estaduais.
Indicadores de saúde | Município | Estado |
Nascidos vivos | 82 | 125.387 |
Óbitos infantis | - | 1.591 |
Taxa de mortalidade infantil/1.000 nascidos vivos | - | 12,69 |
Fonte: IPECE (2017)
Indicadores | Município (%) | Estado (%) |
População coberta pelo programa | 93,7 | 82,7 |
Mortalidade infantil por diarréia (1) | - | 1,3 |
Prevalência de desnutrição (2) | 1,8 | 3,4 |
Hospitalização por pneumonia (3) | 2 | 17 |
Hospitalização por desidratação (3) | 10,1 | 9,6 |
Fonte: DATASUS (2018).
Nota: (1) por 1.000 nascidos vivos; (2) em menores de 2 anos, por 100; (3) em menores de 5 anos, por 1000; menores de 5 anos na situação do final do ano;
(-) Dado(s) não disponível(eis) ou inexistente(s) no sítio do DATASUS.
A taxa de incidência de dengue por 100.000 hab, depois de grande elevação de 2008, manteve-se praticamente estacionária no Município de Arneiroz. Em 2012, as taxas do Município de Arneiroz e da Microrregião de Saúde - Tauá foram distintas, porém foram inferior a taxa do Ceará.
Ano | Arneiroz | MRS - Tauá | Estado |
2008 | 1587,30 | 787,06 | 531,28 |
2009 | 0,00 | 342,29 | 71,14 |
2010 | 418,30 | 1818,21 | 197,92 |
2011 | 65,28 | 319,11 | 482,44 |
2012 | 156,51 | 377,23 | 482,51 |
Fonte: DATASUS ( 2018)
Nota: (-) Dado(s) não disponível(eis) ou inexistente(s).
Fonte: DATASUS (2018)
A taxa de incidência de doenças infecciosas e parasitárias do Município de Arneiroz encontra-se em patamar inferior entre a apresentada pelo Estado e as da MRS - Tauá. Nos anos de 2008 e 2009, houve uma redução nas taxas do Município, apresentando-se abaixo da taxa do Estado. Assim como o Estado que continuou reduzindo sua taxa, o Município de Arneiroz e a sua microrregião de saúde tiveram redução no indicador.
Ano | Arneiroz | MRS -Taúa | Estado |
2008 | 5,55 | 4,39 | 7,29 |
2009 | 0,00 | 1,91 | 6,12 |
2010 | 1,49 | 9,82 | 6,15 |
2011 | 0,23 | 1,72 | 6,12 |
2012 | 0,55 | 2,03 | 4,50 |
Fonte: DATASUS ( 2018)
Os dados, informações e indicadores de saúde e de epidemiologia do Município de Arneiroz denotam que os esforços, neste setor, empreendidos até o momento sob a ótica curativa, não são suficientes para se alcançar índices satisfatórios. Entretanto, pela comprovada correlação entre saúde e saneamento, é necessário aliar as ações em ambos os setores de forma conjunta e concomitante, adicionando-se às atividades feitas na área de saúde o papel preventivo das ações de saneamento, por meio da universalização das quatro componentes deste setor.
A educação é o mecanismo pelo qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades e atitudes que estabelecem vínculos entre a cidadania e a qualidade ambiental. A Lei N° 9.795/1999 – Lei da Educação Ambiental, em seu art. 2°, afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal”. Portanto, a educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente.
No Município de Arneiroz, em 2016, havia 1.695 alunos (Quadro 3.18), representando um público passível de formação visando o desenvolvimento sustentável, com potencial para desenvolver ideias inovadoras, principalmente no que se refere à preservação dos recursos naturais. A rede de ensino municipal concentra 83,82% dos alunos matriculados em todo o Município de Arneiroz.
A rede escolar possui 170 professores, distribuídos em escolas estaduais, municipais e particulares, dos quais 90,42% são da esfera municipal, dados de 2016, segundo a SEDUC. Toda esta rede educacional é um mecanismo potencial para a disseminação do conhecimento.
Dependência administrativa | Professores | Matrícula inicial |
Estadual | 18 | 327 |
Municipal | 170 | 1.695 |
Particular | - | - |
Total | 188 | 2022 |
Fonte: IPECE(2017)
De acordo com os indicadores divulgados pela Secretaria de Educação do Ceará (SEDUC, 2016), relativos ao ano de 2016, o Município de Arneiroz apresentou desempenho superior em relação ao Estado observando o rendimento no ensino fundamental. Já em relação ao Ensino médio, o Município de Arneiroz apresentou desempenho inferior os indicadores estaduais de rendimento escolar (Quadro 3.19).
Discriminação | Ensino Fundamental(%) | Ensino médio(%) | ||
Município | Estado | Município | Estado | |
Aprovação | 96,3 | 93,1 | 88,9 | 84,6 |
Reprovação | 0,9 | 5,4 | 4,3 | 6,8 |
Abandono | 2,8 | 1,4 | 6,8 | 8,7 |
Fonte: SEDUC (2016).
Um fator que impacta diretamente nos recursos hídricos é a estiagem, segundo mapa do Monitor de Secas do Nordeste (figura x), da ANA, 33,6% do território nordestino apresentava em dezembro de 2017, seca nível 4, o mais alto da escala e classificado como seca excepcional. Em 2015, esse índice chegou a 47% e, em 2016, a 65%. Em 2014, ano com maior volume de chuva desde 2012, só 6% do território teve seca excepcional.
No estado do Ceará, ocorreu uma expansão da seca extrema no sul do estado na divisa com a Paraíba, e da seca moderada para norte do estado. Todo o estado se encontra com condições de seca que varia de fraca no norte, até seca extrema no sul. Os impactos permanecem de curto prazo no norte do estado e de curto e longo prazo no centro e sul. A região do centro, em vermelho escuro, tem seca excepcional com impactos de curto e longo prazo.
Fonte: FUNCEME (2018)
Apesar da melhoria no cenário hídrico, o Ceará ainda tem 101 açudes com volume abaixo dos 30% de sua capacidade total. O Castanhão, por exemplo, está com 5,08% do seu volume máximo.
Como forma de diminuir os efeitos da estiagem na vida da população e prolongar a vida útil das reservas hídricas cearenses, o Governo do Estado vem intensificando a realização de ações como a construção de adutoras de montagem rápida, cisternas de placas e chafarizes, instalação de dessalinizadores e perfuração de poços profundos, campanhas educativas, dentre outras.
Foram avaliadas diversas fontes: FUNCEME, MONITOR DE SECAS, SRH (PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS DE RECURSOS HÍDRICOS DO CEARÁ) , COGERH e SOHIDRA entre outras fontes de informações.
No Estado do Ceará são monitorados pela Cogerh 155 açudes, com capacidade de armazenamento de 18,636 bilhões de m³. O Estado iniciou o semestre com um volume acumulado de 2,258 bilhões de m³ (12,12%), estando hoje com 1,245 bilhão de m³ (6,68%), que corresponde a uma redução de 1,013 bilhão de m³.
Na Bacia do Alto Jaguaribe são monitorados 24 açudes, com capacidade de armazenamento de 2,778 bilhões de m³. Iniciou o semestre com um volume acumulado de 270,062 milhões de m³ (9,72%), estando hoje com 175,560 milhões de m³ (6,32%), que corresponde a uma redução de 94,501 milhões de m³.
Fonte: COGERH (2018)
O Município de Arneiroz está totalmente inserido na região hidrográfica da Bacia do Alto Jaguaribe (Figura 3.3), na porção sudoeste do Estado, a qual possui área de drenagem de 24.538 km² e abrange 27 municípios, dos quais 23 estão totalmente inseridos na Bacia citada. Segundo o CRSBAJ (2009), a Bacia do Alto Jaguaribe tem como recurso hídrico principal o açude Orós, com extensão de 325 km.
Fonte: Sistema de Informações dos Recursos Hídricos do Ceará (2018)
Os dados de pluviometria do Município de Arneiroz são caracterizados pela grande variação nos seus índices, por vezes de grande amplitude como a observada entre os anos de 2012 e 2015. De fato, enquanto a pluviosidade considerada normal é de 582,10 mm, nestes quatro anos foram observadas precipitações abaixo do esperado. (Quadro 3.20).
Precipitação pluviométrica (mm) | |||||||||||
2012 | 2013 | 2014 | 2015 | ||||||||
Normal | Observada | Anomalia | Normal | Observada | Anomalia | Normal | Observada | Anomalia | Normal | Observada | Anomalia |
582,10 | 232,6 | -349,5 | 582,10 | 417,2 | -164,9 | 582,10 | 558,5 | -23,6 | 582,10 | 360,9 | -221,2 |
Fonte: IPECE - Anuário Estatístico do Ceará 2016 (2018)
A gestão dos recursos hídricos na Sub Bacia do Alto Jaguaribe é executada pela COGERH, em parceria com o DNOCS, e com a participação do Comitê de Bacia.
Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA, 2012), Arneiroz utiliza 1 manancial superficial, sendo esse o açude Mucuim, situado na localidade Assentamento Mucuim a 11km da sede do município de Arneiroz. (Figura 3.4).
Fonte: Atlas Brasil, ANA (2018)
Conforme o CRSBAJ (2009), a gestão dos recursos hídricos da Bacia do Alto do Jaguaribe compreende um conjunto de ações planejadas pela Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) no âmbito da Política Estadual de Recursos Hídricos e executadas pela COGERH, na condição de responsável pelo gerenciamento destes recursos, em parceria com o DNOCS e com a participação do Comitê de Bacia.
Os recursos hídricos da Bacia dependem das influências morfoestruturais e climáticas da região em que se localizam. Segundo o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS) do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o seu banco de dados tem 97 poços tubulares cadastrados até 2018. Deste total, consta que apenas 2 poços estavam bombeando com vazão total de 4,6 m³/s.
Uso da Água | Situação do Poço Tubular | |||||||||||||||
Abandonado | Bombeando | Equipado | Fechado | Não instalado | Seco | Não Indicado | Total geral | |||||||||
Quant. | ∑ Q (m³/h) | Quant. | ∑ Q (m³/h) | Quant. | ∑ Q (m³/h) | Quant. | ∑ Q (m³/h) | Quant. | ∑ Q (m³/h) | Quant. | ∑ Q (m³/h) | Quant. | ∑ Q (m³/h) | Quant. | ∑ Q (m³/h) | |
Abastecimento doméstico | 3 | 7,5 | 2 | 1,2 | 3 | 9,7 | 8 | 18,4 | ||||||||
Abastecimento múltiplo | 1 | 0 | 2 | 4,6 | 20 | 69,2 | 6 | 6,7 | 10 | 1014,9 | 13 | 39,3 | 52 | 1134,7 | ||
Abastecimento urbano | 1 | 3,2 | 6 | 0 | 13 | 39,1 | 20 | 42,3 | ||||||||
Abastecimento industrial | 1 | 0 | 1 | 0 | ||||||||||||
Irrigação | 0 | 0 | ||||||||||||||
Pecuária | 1 | 0 | 1 | 0 | ||||||||||||
Não Indicado | 1 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 2 | 0,5 | 3 | 13,5 | 5 | 0 | 2 | 10 | 15 | 32,8 |
Total geral | 2 | 0 | 2 | 4,6 | 24 | 76,7 | 10 | 8,4 | 14 | 1031,6 | 11 | 0 | 32 | 98,1 | 97 | 1228,2 |
Fonte: CPRM (2018).
Uma vez que o Município de Arneiroz tem sua área territorial inserida na Bacia do Alto Jaguaribe, este deve ter objetivos, programas, projetos e ações no PMSB compatíveis com as diretrizes estabelecidas nos demais planos elaborados para a região.
De acordo com os planos citados no item 3.8.1, os principais problemas ambientais com impactos no saneamento básico encontrados no Estado são os seguintes:
Portanto, para compatibilizar o PMSB do Município de Arneiroz, serão adotadas diretrizes, envolvendo os 4 (quatro) componentes do serviço de saneamento básico, as quais contribuirão para o alcance dos objetivos e das ações previstas nos demais planos da bacia. As principais diretrizes a serem adotadas no PMSB do Município de Arneiroz, relacionadas ao Plano da Bacia são:
Ressalte-se que estas diretrizes servirão como orientação no estabelecimento dos programas, projetos e ações deste PMSB.
O diagnóstico busca retratar a situação do saneamento básico do Município de Arneiroz, considerando sua infraestrutura e possibilitando um planejamento adequado à realidade do Município. Os itens seguintes abordarão a situação do saneamento básico do Município de Arneiroz, compreendendo os quatro componentes do setor.
O diagnóstico seguiu as unidades territoriais de análise e planejamento, conforme definido no próximo item. Isto significa que cada distrito foi tratado individualmente, analisando-se as zonas urbanas e rurais, separadamente. Ao final, todos os dados foram agregados, obtendo-se os indicadores de cobertura e atendimento para cada distrito e para todo o território municipal, conforme exigido na LNSB.
As fontes de dados e informações utilizadas foram as do tipo primárias, obtidas por meio de visitas em campo e de dados e informações brutos dos sistemas fornecidos pelos operadores (Ex: Prefeitura, operadores, associação, etc.) e as secundárias, disponíveis em sítios da Internet (Ex: IBGE, MDS, etc.) e também fornecidos pelos operadores.
Ressalte-se, porém, que a análise de cada fonte demonstra que as mesmas possuem lógicas distintas, devido às diferenças verificadas nos números de domicílios cobertos ou atendidos apresentados por cada uma delas, cujos valores fornecem diferentes dimensões do déficit, tanto urbano como rural. Além disso, como apresentado na análise, algumas informações colhidas não permitem avaliação dos aspectos qualitativos, restringindo-se, em geral, à dimensão quantitativa da oferta e da demanda. Entretanto, a expectativa é que, futuramente, a gestão do saneamento produza dados e informações consistentes que favoreçam a realização de avaliações quantitativas e qualitativas do saneamento básico do município.
Desta forma, para expressar os índices finais de cobertura e atendimento de cada componente do saneamento básico, foi necessário analisar de forma crítica os diversos dados, informações e indicadores apresentados pelas diversas fontes, a fim de evitar superposições de valores de uma mesma variável fornecida por mais de uma fonte.
Para efeito do presente diagnóstico, adotou-se o distrito como a unidade territorial de análise e planejamento. Desta forma, mesmo quando existiam dados, informações ou indicadores por localidade, estes foram agregados e analisados em nível de distrito para, ao final, obter-se o índice global do município. O Município de Arneiroz possui três distritos: Arneiroz (Distrito Sede), Cachoeira de Fora e Planalto (Figura 4.1).
O Município de Arneiroz possui diversas formas de abastecimento de água, compreendendo soluções coletivas e individuais.
O diagnóstico das soluções coletivas compreendeu os sistemas públicos de abastecimento de água operados pela concessionária - Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE) e demais sistemas públicos alternativos de abastecimento de água - operados por associações comunitárias, pela prefeitura e pelo Sistema Integrado de Saneamento Rural (SISAR).
Para as soluções individuais, levantou-se o abastecimento unitário por meio de água de chuva armazenada em CISTERNAS, água canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL (açude, lago, lagoa, nascente, etc.), água canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO (poço, cacimba, cacimbão, etc.) ou abastecimento composto por qualquer combinação destes tipos de abastecimentos individuais. Os domicílios que não estão contemplados com uma destas soluções foram considerados como desabastecidos, ou seja, não possuem cobertura por abastecimento de água.
Fonte: IBGE(2018)
Figura 4.1 – Mapa Distrital do Município de Arneiroz
A análise do diagnóstico de abastecimento de água objetivou levantar os índices de cobertura e avaliar como se dá o tratamento da água, tanto para as soluções coletivas quanto para as soluções individuais, a partir dos dados e informações dos prestadores de serviços e do Programa de Saúde da Família, respectivamente. No caso de solução individual, cabe esclarecer que a responsabilidade do tratamento é do próprio indivíduo que habita o domicílio e a solução considerada adequada para efeito deste diagnóstico foi a filtração, cloração ou fervura. A avaliação incluiu, ainda, quando possível, a situação da infraestrutura das soluções coletivas.
Segundo o Censo/2010, a zona urbana do Distrito Sede é atendida por rede geral, poço e outras formas de abastecimento. O levantamento dos domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento estão apresentados no Quadro 4.1. Ao todo, tem-se 870 domicílios atendidos com rede geral de abastecimento de água.
Distrito | Rede geral | Poço ou nascente na propriedade | Poço ou nascente fora da propriedade | Carro-pipa | Água da chuva armazenada em cisterna | Água da chuva armazenada de outra forma | Rio, açude, lago ou igarapé | Poço ou nascente na aldeia | Poço ou nascente fora da aldeia | Outra | Total Geral |
Sede | 870 | - | 1 | - | 2 | - | 2 | - | - | 12 | 887 |
Fonte: Censo/2010 (2018).
A zona urbana do Distrito Sede é o maior aglomerado populacional do Município de Arneiroz. Seu sistema público de abastecimento de água é operado pela CAGECE. Este sistema é composto por captação, adução de água bruta e tratada, tratamento, reservação e rede de distribuição. Os itens, a seguir, trazem detalhamentos específicos dos elementos que compõem o sistema do Distrito Sede, conforme croqui apresentado na Figura 4.3.
A captação de água bruta do sistema funciona sob gestão da COGERH e operacionalização da CAGECE. É feita superficialmente na barragem do rio Jaguaribe e ocorre através de flutuante fornecendo água para o SAA da Sede de Arneiroz (Quadro 4.2). Para ilustrar, a Figura 4.2 presenta imagem da captação no rio Jaguaribe.
Manancial | Município | Manancial Formador | Capacidade m³ | Volume Julho/2018 (%) | Vazão Regul.(L/s) |
Rio Jaguaribe | Arneiroz | Rio Jaguaribe | - | - | 9,17 |
Fonte: Prefeitura de Ararneiroz(2018)
Existem 02 (duas) adutoras que transferem a água da captação com destino a diversos Reservatórios com extensão, diâmetro e material conforme Quadro 4.3.
Adutora | Trecho | Ext. (m) | Diâm.(mm) | Material |
ACS-01 | EECS-01 / REGISTRO | 20 | 100 | PEAD |
REGISTRO / TORRE DE NÍVEL | 90 | 100 | FERRO FUNDIDO | |
ACS-02 | CS-02 / CLORO GASOSO | 50 | 100 | PEAD |
CLORO GASOSOS / ETA | 50 | 100 | DEF°F° |
Fonte: RASO/Maio de 2017- CAGECE (2018).
ETA com filtração direta Ascendente (Quadro 4.4).
Informações Técnicas | Descrição | ||
Tipo de Tratamento | Sistema de Simples Desinfecção | ||
Produtos químicos | Cloreto de Polialumínio (PAC23 - Gavião), Cloreto de Sódio, Cloro Gasoso, Demox, Dicloroisocianurato de Sódio, Fluossilicato de Sódio, Hipoclorito de cálcio. | ||
Capacidade SSD | 30 m³/h | ou | 8,33 l/s |
Vazão de produção | 30,15 m³/h | ou | 8,38 l/s |
Per capita projeto | 150 l/hab/dia | ||
Per capita fornecido | 118,7 l/hab/dia | ||
Horas de funcionamento | 17,39 h/dia |
Fonte: RADOP 12/2017 - RASO 05/2017 - CAGECE (2018).
O Quadro 4.4 indica uma vazão de produção de 8,38 L/s, com funcionamento de 17,39 horas por dia com sistema produtor e de distribuição em Arneiroz. A avaliação foi feita considerando-se as seguintes premissas:
As demandas obtidas com base nas premissas citadas vão de 10,17 L/s em 2018 até 12,40 L/s em 2038. Nestas condições, a produção não atende a demanda atual da área urbana e deverá ser acrescida para suprir a demanda já a curto prazo.
O sistema possui 2 (duas) adutoras de água tratada, com extensões que variam de 100m a 12.000m (Quadro 4.5).
Adutora | Trecho Ext.(m) | Ext. (m) | Diâm.(mm) | Material |
AAT-01(ETA-01) | EEAT-01 / REL-01 | 12.000 | 100 | FERRO FUNDIDO |
AAT-01(ETA-02) | EEAT-01 / REL-01 | 730 | 100 | DEF°F° |
REL-01 / PONTO A | 150 | 100 | F°F° | |
PONTO A / RDA ARNEIROZ | 100 | 100 | PVC |
Fonte: RASO/Maio de 2017- CAGECE (2018).
O sistema do Distrito Sede é composto de 3 (três) reservatórios que recebem água tratada e repassam para rede de distribuição: 1 (um) reservatório elevado de distribuição (REL-01) e 2 (dois) reservatórios apoiados (RAP-01 e 02) sendo um de distribuição/lavagem e dois de distribuição com capacidade descritas no Quadro 4.6.
Nome | Localização | Tipo | Cap. (m³) | Função/Utilização |
RAP-01 (ETA2) | ETA - 02 | Apoiado | 30 | Distribuição / Lavagem |
RAP-02 | PRÓX. RDA ARNEIROZ 2 | Apoiado | 5 | Distribuição |
REL-01 | RDA - ARNEIROZ | Elevado | 150 | Distribuição |
Fonte: RASO/Maio de 2017- CAGECE (2018).
No que diz respeito à capacidade de reservação, verificou-se a capacidade dos reservatórios do sistema, por meio do indicador obtido pela razão entre a capacidade de reservação em m³ e população projetada na área urbana da sede .
Conforme cálculo, considerando uma capacidade de reservação atual de 185m³ e população de 3.253 habitantes, per capita de 150 L/hab/dia (projeto) e coeficientes k1=1,2 (dia de maior consumo). Verificou-se que a reservação mínima necessária seria de 195m³ em 2018 e 238m³ em 2038, portanto não atende a demanda atual devendo ser ampliada em 53,15m³ até 2038.
A rede de distribuição de Arneiroz é composta de 9.956,00m de extensão em PVC nos diâmetros de 50 a 150mm. Verifica-se que o investimento mais significativo em expansão da rede de abastecimento de água ocorreu no ano de 2014 (Quadro 4.7).
Data | Extensão (m) |
2017 | 9.956,00 |
2016 | 9.901,00 |
2015 | 9.856,00 |
2014 | 9.776,00 |
2013 | 8.569,00 |
Fonte: CAGECE (2018).
Fonte: CAGECE (2018).
No gráfico x.x pode ser observado um resumo das reclamações registradas pela CAGECE durante o ano de 2017 para o distrito sede.
Fonte: CAGECE, 2018.
Em 2017 foram registradas 50 (cinquenta) reclamações no geral. Das Solicitações, 64,0% foram referentes a vazamentos, 2,0% em relação a falta d’água no imóvel e as demais reclamações com 34,0%.
Água Tratada
Segundo relatórios de fiscalização da ARCE, tem-se que:
Relatório RF/CSB/0011/2014 – Os resultados dos laudos bacteriológicos produzidos pelo Laboratório Regional da UN-BAJ e pelo SISÁGUA, provenientes de amostras coletadas da rede de distribuição, no período de junho/2013 a novembro/2013, apresentaram as seguintes não conformidades com os padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria MS 2.914/2011 (Anexo A, item 2-IV-1):
Coliformes totais: o mês de jan/14 apresentou 50,0% de resultados não conformes para amostras da UN-BAJ; os meses de out/13, nov/13 e dez/13 apresentaram, respectivamente, 40,0%, 20,0% e 70,0% de resultados não conformes para amostras da UN-BAJ e do SISÁGUA.;
E. coli: os meses de out/13, nov/13 e dez13 apresentaram, respectivamente 10,0%, 10,0% e 20,0% de resultados não conformes para amostras da UN-BAJ e do SISÁGUA.
Segundo a Cagece (2018), são realizadas coletas de amostras de água bruta e tratada. Elencamos os resultados dos principais parâmetros (turbidez, cor aparente, cloro residual livre, coliformes totais e E. coli) de qualidade da água distribuída da Sede do município, no ano de 2017.
No Gráfico 5.1 é apresentado o histórico das análises do parâmetro cloro residual livre (mg/L) na rede de distribuição. Esse parâmetro indica a quantidade de cloro adicionado no processo de desinfecção e remanescente na água.
Fonte:CAGECE (2018).
Foi constatado que ao longo do período avaliado, os resultados das análises de cloro residual livre na rede de distribuição de água estiveram de acordo com os padrões estabelecidos pela Portaria nº 2.914/2011 e atualizada pela Portaria de consolidação nº 05 de 28 de setembro de 2017 do Ministério da Saúde.
Nas análises de cor aparente (uH), que indicam se há substâncias dissolvidas na água, os resultados estão demonstrados no Gráfico 5.2.
Fonte:CAGECE (2018).
As análises de cor aparente no ano de 2017 indicam que todos os resultados ultrapassaram o valor máximo permitido. Isso pode ter ocorrido
devido à estiagem que atinge a região, comprometendo o volume e a qualidade do
manancial.
Com relação a Turbidez, que indicam se há presença de partículas
em suspensão na água, podem ser vistos no Gráfico 5.3.
Fonte:CAGECE (2018).
Percebe-se que a grande maioria dos resultados não obedeceram ao padrão estabelecido na Portaria. Esse parâmetro é interligado diretamente ao anterior.
No parâmetro Escherichia coli, grupo mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença de organismos patogênicos.
Fonte:CAGECE (2018).
Foi detectada uma amostra contaminada em janeiro e no restante, as amostras na rede de distribuição, no ano de 2017, estavam isentas de contaminação, de acordo com o Gráfico 5.3 .
Em se tratando das análises de Coliformes Totais, que representam o grupo de bactérias que habitam o intestino de homens e animais, sua presença na água pode indicar contaminação por fezes e portanto risco de transmissão de doenças.
Fonte:CAGECE (2018).
Percebe-se que apenas no mês de outubro não houve amostra em desacordo e apresentou um pico de seis amostras contaminadas em janeiro e fevereiro. A Cagece afirma que nesses casos, a Unidade responsável realiza a descarga de rede no local e em seguida é feita a recoleta de amostra para nova análise bacteriológica.
De acordo com o relatório de fiscalização da ARCE, RF/CSB/0011/2014, a distribuição de água da zona urbana do Distrito Sede apresentou descontinuidade, conforme medições instantâneas de pressão disponível na rede no dia 04/02/2014, em pontos, mais especificamente, nos cavaletes das ligações de água, adequadamente espaçados. Os resultados demonstram que das 3 (três) medições efetuadas, 1 (uma) situou-se fora da faixa de 10 a 50 mca, e em 2 (dois) pontos a medição não foi executada por falta d’água no endereço.
O sistema de abastecimento de água do Distrito Sede, segundo a CAGECE (2018), tem 100% de suas ligações ativas hidrometradas.
O INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, recomenda que os hidrômetros sejam substituídos a cada 5 anos, tempo de vida útil do equipamento, depois deste período pode ocorrer desvios na medição. A quantidade de hidrômetro de acordo com o diâmetro e idade de instalação estão dispostas no Quadro x.x.
A maioria dos hidrômetros já ultrapassou o prazo recomendado pelo INMETRO para substituição.
DIÂMETRO DO HIDRÔMETRO | ||||||||||
Setor | 1/2" | 3/4" | 1" | 1 1/2" | 2" | 3" | 4" | 6” | >6” | SEM HID |
1 | 0 | 1352 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 204 |
IDADE MÉDIA | ||||||||||
Setor | 1/2" | 3/4" | 1" | 1 1/2" | 2" | 3" | 4" | 6” | >6” | SEM HID |
1 | 0 | 5 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Fonte: CAGECE 2018
O abastecimento de água no Distrito Sede atingiu índice total de cobertura de 99,63%, enquanto que os níveis de atendimento real e ativo de água foram respectivamente, 90,18% e 81,68%. Levando-se em conta o nível de cobertura, significa que 17,95% da população não está utilizando o serviço de abastecimento de água da empresa, mesmo tendo-o disponível.
ANO | Índice Ativo de Água | Índice Real de Água | Índice de Cobertura de Água | População Ativa de Água | População Real de Água | População Coberta de Água |
2013 | 91,27 | 96,57 | 99,67 | 3.276 | 3.466 | 3.577 |
2014 | 91,49 | 95,62 | 99,68 | 3.485 | 3.642 | 3.797 |
2015 | 91 | 95,38 | 99,69 | 3.154 | 3.306 | 3.455 |
2016 | 86,45 | 95,48 | 99,7 | 3.707 | 4.094 | 4.275 |
2017 | 81,68 | 90,18 | 99,63 | 3.717 | 4.103 | 4.533 |
Fonte: CAGECE (2018).
Segundo a CAGECE (2018), existem 1.199 ligações ativas no município em dezembro de 2017 (Quadro x.x), podemos também observar o histórico do crescimento do número de ligações. Na Sede o número de ligações ativas do SAA, entre os anos de 2013 a 2017, registrou um aumento de 0,33%. É importante destacar ainda que a quantidade de ligações cortadas e suprimidas ampliaram no mesmo período, com aumento de 64% e 161%, respectivamente.
Ano / Situação | ATIVA | CORTADA | FACTÍVEL | FATURADA POR OUTRO IMÓVEL | LIG.SEM FATURAMENTO | POTENCIAL | SUPRIMIDA | SUSPENSA |
2013 | 1195 | 85 | 50 | 0 | 0 | 11 | 44 | 2 |
2014 | 1232 | 64 | 54 | 0 | 0 | 11 | 62 | 3 |
2015 | 1269 | 69 | 57 | 0 | 0 | 11 | 65 | 3 |
2016 | 1269 | 69 | 57 | 0 | 0 | 11 | 65 | 3 |
2017 | 1199 | 140 | 86 | 0 | 0 | 13 | 115 | 3 |
Fonte: CAGECE (2018)
O serviço de abastecimento de água em 2013, no Distrito Sede, abrangia 1.376 economias cobertas, e em 2017, alcançou 1.569, apresentando crescimento de cerca de 14,03%. A variação da quantidade de economias ativas de água foi de 2,43% (Quadro 4.8).
O índice de cobertura de abastecimento de água das economias residenciais do Distrito Sede atingiu 99,14%, em 2017. No entanto, apenas 80,10% estavam ativos, ou seja, 19,90% da população têm o serviço disponível, mas não o usufrui (Quadro 4.8).
ANO | CATEGORIAS DE ECONOMIAS | ||||||||||||||
COMERCIAL | INDUSTRIAL | MISTA | PÚBLICA | RESIDENCIAL | |||||||||||
ATIVA | COBERTA | TOTAL | ATIVA | COBERTA | TOTAL | ATIVA | COBERTA | TOTAL | ATIVA | COBERTA | TOTAL | ATIVA | COBERTA | TOTAL | |
2013 | 45 | 94 | 94 | 0 | 1 | 1 | 2 | 2 | 2 | 35 | 43 | 44 | 1.113 | 1.236 | 1.246 |
2014 | 47 | 98 | 98 | 1 | 2 | 2 | 1 | 1 | 1 | 36 | 44 | 45 | 1.147 | 1.270 | 1.280 |
2015 | 53 | 103 | 103 | 1 | 4 | 4 | 3 | 3 | 3 | 53 | 62 | 63 | 1.181 | 1.314 | 1.324 |
2016 | 51 | 107 | 107 | 3 | 6 | 6 | 7 | 7 | 7 | 53 | 62 | 63 | 1.145 | 1.341 | 1.352 |
2017 | 55 | 113 | 113 | 3 | 13 | 13 | 0 | 0 | 0 | 51 | 63 | 64 | 1.115 | 1.380 | 1.392 |
Fonte: CAGECE (2018).
No Quadro x.x estão apresentados os valores do Índice de Utilização da
Rede de Água (Iura) da Sede, utilizando como base a competência de dezembro de cada ano. Este indicador é de caráter setorial utilizado para monitorar o alcance dos serviços de abastecimento de água.
Ano | IURA Município(%) | IURA Estado(%) |
2015 | 88,03 | 81,60 |
2016 | 83,74 | 80,21 |
2017 | 78,98 | 77,82 |
Podemos constatar no Quadro x.x que em 2017 cerca de 21% da população que dispõe de infraestrutura de rede de água não a utiliza, logo, buscando outras alternativas como fonte de abastecimento por meio de poços ou cacimbas. Dessa forma, deve-se atentar para a possibilidade de contaminação a partir da ingestão de água tratada de forma inadequada ou até mesmo sem tratamento.
Outra informação a ser destacada no Quadro x.x é que no ano de 2015 o município registrou seu maior índice (88,03%), maior que o registrado no Estado no mesmo período (81,60%). A cobertura dos serviços de abastecimento de água refere-se aos domicílios que possuem serviço de abastecimento a disposição, podendo ou não estar interligados à rede.
Para a Cagece o volume de água faturado é aquele debitado para fins de
faturamento. Enquanto o volume consumido está relacionado ao consumo medido
por leitura em hidrômetro. No Gráfico x.x são demonstrados os valores dos volumes faturado e consumido nos anos de 2013 a 2017.
Fonte: CAGECE (2018).
Entre os anos de 2013 a 2017, os valores anuais do volume faturado de
água estiveram entre 159.426 e 178.449 m³, sendo que os volumes consumidos oscilaram entre 105.175 e 116.809 m³. Em síntese, o volume consumido representou 65,28% do faturado.
Essa diferença nos valores podem ser justificados pelo fato da estrutura tarifária da Cagece adotar o volume de 10 m³ como o mínimo para faturamento. Assim, uma família que consome abaixo de 10 m³, pagará a tarifa mínima associada a este volume.
Segundo a IWA (Associação Internacional da Água), definem-se perdas como “toda perda real ou aparente de água ou todo o consumo não autorizado que determina aumento do custo de funcionamento ou que impeça a realização plena da receita operacional”.
De acordo com o Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água (PNCDA, 2003), as perdas são agrupadas em reais (ou físicas) e aparentes (ou não físicas) e portanto, podem comprometer o equilíbrio financeiro das companhias prestadoras de serviços de abastecimento de água. Visando que em praticamente todos os sistemas de abastecimento de água apresentam perdas, dependendo da extensão, essas podem ser consideradas aceitáveis ou não.
Os índices reais médios do IANF para o município de Arneiroz, em comparação com o Estado do Ceará, entre os anos de 2014 a 2017, estão representados no Gráfico x.x.
Índice de Água não Faturada (IANF), Município e Estado, 2014 - 2017.
Fonte: CAGECE, 2018.
No período de 2014 a 2017, percebe-se que os valores do IANF no Município estiveram predominantemente menores que os do Estado. No ano de 2017 a média ficou em torno de -3% em Arneiroz e 23% no Ceará.
No Gráfico x.x são apresentados os resultados dos Índices de Perdas (IDP) para o município de Arneiroz em comparação com o Estado do Ceará no período de 2014 a 2017.
Índice de Perdas (IPD), Município e Estado, 2014 - 2017.
Fonte: CAGECE, 2018.
Observa-se que os resultados de IPD do município não variaram muito nesse período, em geral, abaixo dos valores do Estado, que por sua vez praticamente se mantiveram constantes. Observa-se que em 2017 a média de IPD foi de 34,06% em Arneiroz, inferior a IPD do Estado (42,16%).
Na cobrança dos serviços de abastecimento de água, são adotadas categorias de consumo, conforme Quadro x.x a seguir.
CATEGORIA | FAIXA DE CONSUMO (M3) | Tarifa (R$/m³) | Valor da Conta (R$) | QUANTIDADE DE ECONOMIAS | % ACUMULADA | |
RESIDENCIAL | SOCIAL (COM SUB) | 0-10 | 1,13 | 11,3 | 5 | 0,41% |
POPULAR (COM SUB) | 0-10 | 2,31 | 23,1 | 799 | 66,17% | |
POPULAR (SEM SUB) | 11-15 | 3,94 | 42,8 | 190 | 81,81% | |
16-20 | 4,27 | 64,15 | 59 | 86,67% | ||
21-50 | 7,34 | 284,35 | 33 | 89,38% | ||
> 50 | 13,08 | - | 1 | 89,47% | ||
NORMAL (COM SUB) | 0-10 | 3,29 | 32,9 | 19 | 91,03% | |
NORMAL (SEM SUB) | 11-15 | 4,27 | 54,25 | 5 | 91,44% | |
16-20 | 4,62 | 77,35 | 3 | 91,69% | ||
21-50 | 7,91 | 314,65 | 0 | 91,69% | ||
> 50 | 13,97 | - | 0 | 91,69% | ||
Total Residencial | 1114 | 91,69% | ||||
COMERCIAL | POPULAR | 0-13 | 3,94 | 51,22 | 36 | 2,96% |
NORMAL | 0-50 | 8,25 | 412,5 | 13 | 4,03% | |
> 50 | 13,08 | - | 0 | 4,03% | ||
Total Comercial | 49 | 4,03% | ||||
INDUSTRIAL | NORMAL | 0-15 | 7,29 | 109,35 | 2 | 0,16% |
16-50 | 8,65 | 412,1 | 0 | 0,16% | ||
> 50 | 13,44 | - | 0 | 0,16% | ||
Total Industrial | 2 | 0,16% | ||||
PÚBLICA | NORMAL | 0-15 | 4,81 | 72,15 | 38 | 3,13% |
16-50 | 7,16 | 322,75 | 9 | 3,87% | ||
> 50 | 11,49 | - | 3 | 4,12% | ||
Total Pública | 50 | 4,12% | ||||
ENTIDADE FILANTRÓPICA | 0-10 | 2,31 | 23,1 | 0 | 0,00% | |
11-15 | 3,89 | 42,55 | 0 | 0,00% | ||
16-20 | 4,18 | 63,45 | 0 | 0,00% | ||
21-50 | 7,16 | 278,25 | 0 | 0,00% | ||
> 50 | 12,63 | - | 0 | 0,00% | ||
Total Filantrópica | 0 | 0,00% | ||||
TOTAL GERAL | 1215 | 100,00% |
Fonte: CAGECE, 2018.
De acordo com os dados apresentados, o maior número de economias está relacionado à categoria residencial popular, com faixa de consumo de até 10 m3 , tarifa de R$ 2,31/m3 e valor final de R$ 23,10 cobrado na conta de água.
A zona rural do Distrito Sede possui 55 localidades nominadas pelo IBGE que são atendidas por rede geral, poço, cisterna e outras formas de abastecimento, conforme levantamento do Censo/2010. Ao todo foram levantados pelo IBGE 450 domicílios, porém, segundo esta fonte de informação, ao contrário do verificado na zona urbana, a quantidade de domicílios com rede geral de abastecimento de água é bem reduzida, totalizando somente 192. O levantamento dos domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento estão apresentados no Quadro 4.9.
Rede geral | Poço ou nascente na propriedade | Poço ou nascente fora da propriedade | Carro-pipa | Água da chuva armazenada em cisterna | Água da chuva armazenada de outra forma | Rio, açude, lago ou igarapé | Poço ou nascente na aldeia | Poço ou nascente fora da aldeia | Outra | Total Geral | |
192 | 25 | 3 | 144 | 4 | 2 | 73 | - | - | 7 | 450 |
Fonte: Censo/2010 (2018).
O SISAR opera dois sistemas de abastecimento coletivos, nas localidades: Boqueirão e Macauim (Quadro 4.10 e 4.11). Os SISAR’s são auto-sustentáveis, porém, sua coordenação e fiscalização são de responsabilidade da CAGECE.
Localidade | Lig. Totais | Lig. Ativas | Índice de Hidrometração | População Coberta Total | População Abastecida | Atendimento Real |
Boqueirão | 44 | 37 | 100% | 176 | 148 | 100% |
Macauim | 75 | 60 | 100% | 300 | 240 | 100% |
Fonte: Sisar (2018)
Localidade | Tipo Captação | Extensão da Rede (m) | Capac. REL (m³) | Tipo Tratamento | Horas de Funcionamento | Volume médio (m³/mês) |
Boqueirão | Poço | - | 25 | Clorador | 20 | 480 |
Macauim | Poço | - | 25 | ETA | 12 | 296 |
Fonte: Sisar (2018)
A Tabela x.x apresenta o levantamento das soluções individuais feito pela Prefeitura Municipal para a zona rural do Distrito Sede. No total, segundo a Prefeitura Municipal, existem 691 domicílios com soluções individuais, dos quais:
Em relação ao tratamento da água, segundo o informado pela prefeitura, nas soluções individualizadas, 349 recebem orientação do PSF e cloro para tratamento da água. Ou seja, 50,5% dos domicílios com soluções individualizadas possuem tratamento adequado, para efeito deste diagnóstico.
Já a Tabela x.xx, traz os dados do Sistema de Informações de Cisternas (SigCisterna) do MDS. O levantamento dá conta de 141 cisternas distribuídas em 35 localidades.
QUANTIDADE DE DOMICÍLIOS | LEGENDA: I - Cisterna de Água de Chuva; II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.); III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.). | |||||||||
LOCALIDADES (IBGE) | Total | Abastecidos por um ÚNICO sistema INDIVIDUAL | Abastecidos por MAIS DE UM sistema INDIVIDUAL (I+II; I+III; II+III ou I+II+III) | Com solução individual que faz o tratamento da água | ||||||
I | II | III | I+II | I+III | II+III | I+II+III | Recebe orientação do PSF e cloro para tratamento da água | |||
Abismo | 6 | 5 | - | - | - | 1 | - | - | 8 | |
Alto da Laranjeira | 4 | 4 | - | - | - | - | - | - | 4 | |
Areias | 3 | 2 | - | - | - | 1 | - | - | 3 | |
Arneiroz | 4 | 4 | - | - | - | - | - | - | - | |
Assentamento Mucuim 2 | 240 | 120 | - | - | - | - | - | 120 | 120 | |
Balsa | 3 | 3 | - | - | - | - | - | - | 4 | |
Bandeira | 14 | 12 | - | - | - | 2 | - | - | - | |
Boa Vista | 2 | 2 | - | - | - | - | - | - | - | |
Buie | 4 | 4 | - | - | - | - | - | - | 7 | |
Cachoeira de Fora | 7 | 7 | - | - | - | - | - | - | 7 | |
Cachoeira Grande | 9 | - | 9 | - | - | - | - | - | - | |
Canto Alegre | 10 | - | - | - | 1 | 2 | - | 7 | - | |
Cardoso | 3 | 3 | - | - | - | - | - | - | 6 | |
Carnauba | 4 | 1 | - | - | - | 3 | - | - | 6 | |
Chatinho | 108 | 108 | - | - | - | - | - | - | 108 | |
Condado | 20 | 8 | - | 2 | - | 10 | - | - | - | |
Coroado | 20 | 8 | - | 2 | - | 10 | - | - | - | |
Estrada para o Buie | 1 | 1 | - | - | - | - | - | - | - | |
Figueredo 1 | 20 | 1 | - | - | - | 9 | - | 10 | 21 | |
Havai | 16 | 16 | - | - | - | - | - | - | - | |
Intans | 22 | 2 | - | - | - | 19 | - | 1 | - | |
Ladera do L | 1 | 1 | - | - | - | - | - | - | - | |
Lagoa da Legua | 4 | 3 | - | 1 | - | - | - | - | - | |
Lagoa do Junco | 1 | 1 | - | - | - | - | - | - | - | |
Lagoa do Pessoa | 30 | 30 | - | - | - | - | - | - | - |
Lagoa Seca | 1 | - | - | - | - | 1 | - | - | 2 | LEGENDA: I - Cisterna de Água de Chuva; II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.); III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.). |
Mandacaru | 4 | 3 | - | 1 | - | - | - | - | 4 | |
Mangericão | 11 | - | - | - | 11 | - | - | - | - | |
Monte Castelo | 6 | 5 | - | - | - | 1 | - | - | 6 | |
Munlugu | 4 | 4 | - | - | - | - | - | - | - | |
Olho da Água do Condadu | 12 | 5 | - | - | - | 7 | - | - | - | |
Poço da Cruz | 2 | 1 | - | - | - | 1 | - | - | - | |
Poço de Sangue | 11 | 2 | - | 3 | 1 | 5 | - | - | 14 | |
Recanto | 8 | 5 | - | - | - | 3 | - | - | - | |
Riacho da Onça | 1 | 1 | - | - | - | - | - | - | - | |
Riacho do Meio | 1 | 1 | - | - | - | - | - | - | - | |
Riacho dos Caibros | 4 | 4 | - | - | - | - | -- | - | - | |
Sanharol | 4 | 3 | 1 | - | - | - | - | - | 12 | |
Serra | 3 | 3 | - | - | - | - | - | - | - | |
Serrote Pelado | 7 | 7 | - | - | - | - | - | - | 5 | |
Sítio Caiçarinha | 3 | 3 | - | - | - | - | - | - | - | |
Trapia | 6 | 2 | - | - | - | 4 | - | - | - | |
Trincheiras | 30 | 30 | - | - | - | - | - | - | - | |
Várzea da Cobra | 3 | - | - | - | - | 3 | - | - | - | |
Várzea do Forno | 5 | 2 | - | - | - | - | 3 | - | - | |
Várzea Redonda | 9 | 7 | - | - | - | 2 | - | - | 12 | |
TOTAL | 691 | 434 | 10 | 9 | 13 | 84 | 3 | 138 | 349 |
Fonte: Prefeitura Municipal de Arneiroz, 2018
Localidade | Total |
ABISMO | 5 |
BALSA | 2 |
BANDEIRA | 4 |
BUIE | 1 |
CACHOEIRA GRANDE | 2 |
CACHOEIRA GRANDE/ATERRO | 1 |
CANTO ALEGRE | 4 |
CARDOSO | 1 |
CARNAUBA | 3 |
CHATINHO | 46 |
CONDADO | 14 |
COROADO | 6 |
FAZENDA 7 POLOS | 1 |
FAZENDA NINCHO | 1 |
FAZENDA NOVA | 1 |
FIGUEIREDO | 6 |
FORMOSO | 4 |
INTANS | 8 |
LAGOA DO PESSOA | 4 |
LAGOA SECA | 1 |
MONTE CASTELO | 1 |
MORADA NOVA | 4 |
MULUNGU | 1 |
PAU FERRO | 2 |
RECANTO | 3 |
RIACHO DO MEIO | 1 |
RIACHO DO SABIÁ | 1 |
RIACHO DOS CAIBROS | 1 |
SERROTE PELADO | 3 |
SITIO BRANQUINHAS | 1 |
SITIO CAIÇARINHA DO PADRE | 1 |
SITIO VARZEA DO FORNO | 1 |
TRAPIÁ | 1 |
VARZEA DA COBRA | 3 |
VÁRZEA REDONDA | 2 |
Total Geral | 141 |
Fonte: MDS (2018)
Segundo o Censo/2010, a zona urbana do Distrito de Cachoeira de Fora é atendida, principalmente, por rede, com 105 domicílios, mas há outros tipos de soluções como poço, por exemplo. O levantamento totalizou 113 domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento, os quais estão apresentados no Quadro 4.14.
Distrito | Rede geral | Poço ou nascente na propriedade | Poço ou nascente fora da propriedade | Carro-pipa | Água da chuva armazenada em cisterna | Água da chuva armazenada de outra forma | Rio, açude, lago ou igarapé | Poço ou nascente na aldeia | Poço ou nascente fora da aldeia | Outra | Total Geral |
Cachoeira de Fora | 105 | - | 6 | - | - | - | - | - | - | 2 | 113 |
Fonte: Censo/2010 (2018).
O SISAR opera um sistema de abastecimento coletivo, na localidade: Cachoeira de Fora(Quadro 4.15 e 4.16). Os SISAR’s são auto-sustentáveis, porém, sua coordenação e fiscalização são de responsabilidade da CAGECE.
Localidade | Lig. Totais | Lig. Ativas | Índice de Hidrometração | População Coberta Total | População Abastecida | Atendimento Real |
Cachoeira de Fora | 184 | 163 | 100% | 736 | 652 | 100% |
Fonte: Sisar (2018)
Localidade | Tipo Captação | Extensão da Rede (m) | Capac. REL (m³) | Tipo Tratamento | Horas de Funcionamento | Volume médio (m³/mês) |
Cachoeira de Fora | Poço | - | 30 | Clorador | 12 | 1630 |
Fonte: Sisar (2018)
O Quadro 4.17, traz os dados do Sistema de Informações de Cisternas (SigCisterna) do MDS. O levantamento dá conta de 5 cisternas distribuídas em uma localidade.
Localidade | Total |
CACHOEIRA DE FORA | 5 |
Total Geral | 5 |
Fonte: MDS (2018)
A zona rural do Distrito Cachoeira de Fora possui 59 localidades nominadas pelo IBGE que são atendidas por rede geral, poço, carro pipa e outras formas de abastecimento, conforme levantamento do Censo/2010. Ao todo foram levantados pelo IBGE 294 domicílios, porém, segundo esta fonte de informação, ao contrário do verificado na zona urbana, a quantidade de domicílios com rede geral de abastecimento de água é bem reduzida, totalizando somente 1. O levantamento dos domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento estão apresentados no Quadro 4.18.
Rede geral | Poço ou nascente na propriedade | Poço ou nascente fora da propriedade | Carro-pipa | Água da chuva armazenada em cisterna | Água da chuva armazenada de outra forma | Rio, açude, lago ou igarapé | Poço ou nascente na aldeia | Poço ou nascente fora da aldeia | Outra | Total Geral | |
1 | 27 | 16 | 181 | 19 | - | 42 | - | - | 8 | 294 |
Fonte: Censo/2010 (2018).
A Tabela x.x apresenta o levantamento das soluções individuais feito pela Prefeitura Municipal para a zona rural do Distrito Cachoeira de Fora. Entretanto, observa-se que nem todas as 59 localidades, identificadas pela Prefeitura, tiveram seus domicílios contabilizados. No total, segundo a Prefeitura Municipal, existem 342 domicílios com soluções individuais, dos quais:
Em relação ao tratamento da água, segundo o informado pela prefeitura, nas soluções individualizadas, 196 recebem orientação do PSF e cloro para tratamento da água. Ou seja, 57,31% dos domicílios com soluções individualizadas possuem tratamento adequado, para efeito deste diagnóstico.
Já a Tabela x.x, traz os dados do Sistema de Informações de Cisternas (SigCisterna) do MDS. O levantamento dá conta de 83 cisternas distribuídas em 33 localidades.
QUANTIDADE DE DOMICÍLIOS | LEGENDA: I - Cisterna de Água de Chuva; II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.); III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.). | |||||||||
LOCALIDADES (IBGE) | Total | Abastecidos por um ÚNICO sistema INDIVIDUAL | Abastecidos por MAIS DE UM sistema INDIVIDUAL (I+II; I+III; II+III ou I+II+III) | Com solução individual que faz o tratamento da água | ||||||
I | II | III | I+II | I+III | II+III | I+II+III | Recebe orientação do PSF e cloro para tratamento da água | |||
Açude Novo | 6 | 1 | 4 | 1 | ||||||
Alegre | 3 | 3 | ||||||||
Assentamento Poço da Lama | 8 | 8 | ||||||||
Balsamo | 11 | 11 | ||||||||
Balseiro | 10 | 10 | ||||||||
Bananas | 13 | 13 | ||||||||
Barra da Aroeira | 13 | 13 | ||||||||
Barra do Trapiar | 12 | 12 | ||||||||
Barra do Urubu | 5 | 5 | ||||||||
Betânia | 1 | 1 | ||||||||
Boa Vista | 4 | 1 | 3 | 3 | ||||||
Cachoeira de Fora | 7 | 7 | ||||||||
Caiçarinha | 3 | 3 | 3 |
Carro Quebrado | 3 | 3 | 3 | LEGENDA: I - Cisterna de Água de Chuva; II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.); III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.). | ||||||
Delgado | 8 | 6 | 1 | 1 | ||||||
Divisão | 8 | 8 | 8 | |||||||
Estreito | 8 | 8 | 8 | |||||||
Exu | 4 | 4 | ||||||||
Fazenda Betânia | 1 | 1 | ||||||||
Fazenda Pau Ferro | 3 | 3 | 3 | |||||||
Fazenda Ricarte | 8 | 8 | ||||||||
Gangorra | 9 | 9 | 9 | |||||||
Irapuã | 10 | 10 | 8 | |||||||
Jordão | 6 | 2 | 4 | 6 | ||||||
Juá | 5 | 5 | ||||||||
Lagoa dos Rodrigues | 34 | 26 | 8 | 34 | ||||||
Novo Oriente | 1 | 1 |
Pedra Vermelha | 21 | 21 | 21 | LEGENDA: I - Cisterna de Água de Chuva; II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.); III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.). | ||||||
Poço dos Cavalos | 4 | 4 | 4 | |||||||
Remanescente | 3 | 2 | 1 | 5 | ||||||
Riacho das Ovelhas | 4 | 4 | 4 | |||||||
Riacho do Meio | 5 | 5 | ||||||||
Saco da Serra | 13 | 13 | 13 | |||||||
Sanharol | 12 | 12 | ||||||||
Santa Rita | 4 | 4 | 4 | |||||||
São Luis | 9 | 9 | ||||||||
São Pedro | 6 | 6 | 6 | |||||||
Serra Verde | 15 | 15 | 15 | |||||||
Serrote Branco | 23 | 20 | 3 | 20 | ||||||
Sítio Novo | 5 | 5 | 5 | |||||||
Várzea do Boi | 14 | 3 | 10 | 1 | 14 | |||||
TOTAL | 342 | 207 | 5 | 1 | 39 | 89 | 1 | 0 | 196 |
Fonte: Prefeitura Municipal de Arneiroz, 2018
Localidade | Total |
AÇUDINHO | 1 |
BALSAMO | 2 |
BARRA DA AROEIRA | 2 |
BARRA DO TRAPIA | 1 |
BARRA DO URUBU | 5 |
BOA VISTA | 3 |
BOQUEIRÃO | 6 |
BOQUEIRÃO DA SERRA | 1 |
CAIÇARINHA | 6 |
CAMPO PRETO | 10 |
DELGADO | 3 |
ESCONDIDO | 3 |
ESTREITO | 1 |
FAZENDA DO EXU | 1 |
IRAJÁ | 1 |
IRAPUÁ | 4 |
LAGOA DE DENTRO | 2 |
LAGOA DOS RODRIGUES | 4 |
MATA PASTO | 2 |
PEDRA COMPRIDA | 1 |
PEDRA VERMELHA | 4 |
POÇO DA CRUZ | 1 |
POÇO DA LAMA | 2 |
POÇO DO NOVILHO | 1 |
RIACHO DO MEIO / CACHOEIRA | 1 |
RIACHO SALGADO | 1 |
SACO DA ROÇA | 1 |
SACO DA SERRA | 5 |
SANTA RITA | 1 |
SANTO ANTÔNIO | 1 |
SÃO JOÃO | 1 |
SERRA BRANCA | 2 |
VÁRZEA DO BOI | 3 |
Total Geral | 83 |
Fonte: MDS (2018)
Segundo o Censo/2010, a zona urbana do Distrito de Planalto é atendida, principalmente, por poço, com 63 domicílios, mas há outros tipos de soluções como rede geral, por exemplo. O levantamento totalizou 137 domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento, os quais estão apresentados no Quadro 4.21.
Distrito | Rede geral | Poço ou nascente na propriedade | Poço ou nascente fora da propriedade | Carro-pipa | Água da chuva armazenada em cisterna | Água da chuva armazenada de outra forma | Rio, açude, lago ou igarapé | Poço ou nascente na aldeia | Poço ou nascente fora da aldeia | Outra | Total Geral |
Planalto | 21 | - | 63 | 20 | 8 | 2 | 23 | - | - | - | 137 |
Fonte: Censo/2010 (2018).
Em relação ao tratamento da água, segundo o informado pela prefeitura, nas soluções individualizadas, nenhum recebe orientação do PSF e cloro para tratamento da água. Ou seja, nenhum dos domicílios com soluções individualizadas possuem tratamento adequado, para efeito deste diagnóstico.
QUANTIDADE DE DOMICÍLIOS | LEGENDA: I - Cisterna de Água de Chuva; II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.); III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.). | |||||||||
LOCALIDADES (IBGE) | Total | Abastecidos por um ÚNICO sistema INDIVIDUAL | Abastecidos por MAIS DE UM sistema INDIVIDUAL (I+II; I+III; II+III ou I+II+III) | Com solução individual que faz o tratamento da água | ||||||
I | II | III | I+II | I+III | II+III | I+II+III | Recebe orientação do PSF e cloro para tratamento da água | |||
Planalto | 244 | 244 | ||||||||
TOTAL | 244 | 244 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 | 0 |
Fonte: Prefeitura Municipal de Arneiroz, 2018
O Quadro 4.22, traz os dados do Sistema de Informações de Cisternas (SigCisterna) do MDS. O levantamento dá conta de 81 cisternas distribuídas em uma localidade.
Localidade | Total |
PLANALTO | 81 |
Total Geral | 81 |
Fonte: MDS (2018)
A zona rural do Distrito Planalto possui 36 localidades nominadas pelo IBGE que são atendidas por rede geral, poço, rio e outras formas de abastecimento, conforme levantamento do Censo/2010. Ao todo foram levantados pelo IBGE 220 domicílios, porém, segundo esta fonte de informação, ao contrário do verificado na zona urbana, a quantidade de domicílios com rede geral de abastecimento de água é bem reduzida, totalizando somente 2. O levantamento dos domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento estão apresentados no Quadro 4.23.
Distrito | Rede geral | Poço ou nascente na propriedade | Poço ou nascente fora da propriedade | Carro-pipa | Água da chuva armazenada em cisterna | Água da chuva armazenada de outra forma | Rio, açude, lago ou igarapé | Poço ou nascente na aldeia | Poço ou nascente fora da aldeia | Outra | Total Geral |
Planalto | 2 | 12 | 6 | 73 | 18 | - | 100 | - | - | 9 | 220 |
Fonte: Censo/2010 (2018).
A Tabela x.x apresenta o levantamento das soluções individuais feito pela Prefeitura Municipal para a zona rural do Distrito Planalto. No total, segundo a Prefeitura Municipal, existem 174 domicílios com soluções individuais, dos quais:
Em relação ao tratamento da água, segundo o informado pela prefeitura, nas soluções individualizadas, 164 recebem orientação do PSF e cloro para tratamento da água. Ou seja, 94,3% dos domicílios com soluções individualizadas possuem tratamento adequado, para efeito deste diagnóstico.
Já a Tabela x.x, traz os dados do Sistema de Informações de Cisternas (SigCisterna) do MDS. O levantamento dá conta de 66 cisternas distribuídas em 23 localidades.
QUANTIDADE DE DOMICÍLIOS | LEGENDA: I - Cisterna de Água de Chuva; II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.); III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.). | |||||||||
LOCALIDADES (IBGE) | Total | Abastecidos por um ÚNICO sistema INDIVIDUAL | Abastecidos por MAIS DE UM sistema INDIVIDUAL (I+II; I+III; II+III ou I+II+III) | Com solução individual que faz o tratamento da água | ||||||
I | II | III | I+II | I+III | II+III | I+II+III | Recebe orientação do PSF e cloro para tratamento da água | |||
Agrovila | 1 | 1 | ||||||||
Alívio | 3 | 1 | 2 | 3 | ||||||
Altamira | 7 | 1 | 1 | 5 | 7 | |||||
Bige Bem | 1 | 1 | ||||||||
Cajarana | 16 | 8 | 1 | 1 | 6 | 16 | ||||
Caraibas | 7 | 1 | 6 | 7 | ||||||
Dinamarca | 8 | 5 | 3 | 8 | ||||||
Favelas | 18 | 4 | 1 | 9 | 4 | 18 | ||||
Fazenda Caiçarinha | 8 | 6 | 2 | 11 | ||||||
Fazenda Pita | 3 | 2 | 1 | 3 | ||||||
Lagoa dos Veados | 3 | 1 | 1 | 1 | 3 | |||||
Mansinho | 3 | 1 | 2 | 3 |
Massapê | 3 | 1 | 2 | 3 | LEGENDA: I - Cisterna de Água de Chuva; II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.); III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.). | |||||
Morada Nova | 5 | 5 | 5 | |||||||
Olho da Água | 12 | 5 | 3 | 4 | 12 | |||||
Planalto | 13 | 3 | 1 | 2 | 5 | 2 | 10 | |||
Poço da Roça | 2 | 2 | ||||||||
Raiz | 1 | 1 | ||||||||
Ramada | 8 | 6 | 2 | 8 | ||||||
Riacho dos Pereiros | 4 | 4 | 4 | |||||||
Sítio Santana | 15 | 9 | 2 | 4 | 15 | |||||
Tapera | 13 | 5 | 2 | 6 | 13 | |||||
Trapia | 4 | 4 | ||||||||
Umburana | 9 | 6 | 3 | 9 | ||||||
Zumbi | 7 | 5 | 1 | 1 | 6 | |||||
TOTAL | 174 | 84 | 1 | 5 | 14 | 63 | 0 | 7 | 164 |
Fonte: Prefeitura Municipal de Arneiroz, 2018
Localidade | Total |
AGROVILA | 5 |
ALIVIO | 1 |
ALTAMIRA | 1 |
BIG BEM | 1 |
CAIÇARA | 3 |
CAIÇARA DO ABEL | 1 |
CAJARANA | 6 |
DINAMARCA | 3 |
FAVELAS | 8 |
FAZENDA RAIZ | 1 |
JUÁ | 4 |
JUÁ DOS MOTA | 1 |
MANCINHO | 1 |
MOTA | 4 |
NOVA CAIÇARA | 2 |
OLHO D'ÁGUA | 3 |
OLHO D'ÁGUA DAS FLORES | 2 |
RAMADA | 5 |
RIACHO DOS PEREIROS | 2 |
SANTANA | 4 |
SITIO SÃO PAULO | 1 |
UMBURANA | 3 |
ZUMBI | 4 |
Total Geral | 66 |
Fonte: MDS (2018)
A prefeitura não apresentou nenhum dado de sistemas futuros.
O Quadro 4.26 apresenta os índices de cobertura e de atendimento por abastecimento de água do Município de Arneiroz. Estes índices foram calculados a partir dos dados de várias fontes, conforme visto nos itens anteriores. Foram elas: CAGECE (2018), SISAR (2018), MDS (2018), PREFEITURA DE ARNEIROZ (2018) e Censo IBGE/2010 (IBGE, 2018). O cálculo dos índices foi feito embasado nas seguintes considerações:
Conforme explicado anteriormente, o objetivo principal dos critérios elencados foi evitar sobreposições de uma mesma variável no cálculo. Ao final, o abastecimento de água no Município de Arneiroz atingiu índices totais de cobertura de 93,75% e de atendimento de 82,60% (Quadro 4.26).
Município/ Distrito/ Localidade | Situação e localização da área | ABASTECIMENTO DE ÁGUA - Número de Domicílios Particulares Ocupados(Unidades) | ||||
Número de Domicílios | Índices | |||||
Total | Coberto | Ativo | Cobertura (%) | Atendimento (%) | ||
Arneiroz - CE | Urbana | 1.497 | 1.497 | 1.443 | 100,00 | 96,36 |
Rural | 1.264 | 1.092 | 838 | 86,35 | 66,30 | |
Total | 2.762 | 2.589 | 2.281 | 93,75 | 82,60 | |
Sede | Urbana | 1.170 | 1.170 | 1.115 | 100,00 | 95,34 |
Rural | 590 | 470 | 238 | 79,74 | 40,34 | |
Total | 1.760 | 1.640 | 1.353 | 93,21 | 76,90 | |
Cachoeira de Fora | Urbana | 148 | 148 | 148 | 100,00 | 100,00 |
Rural | 387 | 383 | 362 | 98,95 | 93,53 | |
Total | 535 | 531 | 510 | 99,24 | 95,32 | |
Planalto | Urbana | 180 | 180 | 180 | 100,00 | 100,00 |
Rural | 287 | 238 | 238 | 82,93 | 82,93 | |
Total | 467 | 418 | 418 | 89,51 | 89,51 |
Fontes: IBGE/CAGECE/SISAR/MDS/PREFEITURA DE ARNEIROZ
O diagnóstico desta componente do saneamento básico levantou todas as soluções existentes no Município de Arneiroz, tanto coletiva quanto individual. Entretanto, para efeito de solução adequada, foram consideradas as soluções que atendem ao disposto na ABNT que, neste caso, resumiram-se em apenas duas: sistema coletivo por rede com tratamento e sistema individual por fossa séptica e sumidouro, em especial, os módulos sanitários implantados pela FUNASA. Estes últimos, inclusive, foram levantados em separado.
Não há solução coletiva de esgotamento sanitário que atenda a zona urbana do Distrito Sede. No caso de solução individual, vale ressaltar que cabe ao proprietário do domicílio a responsabilidade por sua manutenção e operação. Entretanto, isto não exime as obrigações do poder público de exigir e cobrar dos habitantes a utilização de soluções individuais que atendam a legislação em vigor. Afinal, do ponto de vista da engenharia Sanitária e da saúde pública, trata-se de uma situação preocupante, visto que a disposição inadequada de esgoto, a céu aberto ou por meio de fossa rudimentar, por exemplo, atrai vetores, contamina o solo e os corpos aquáticos e dissemina doenças.
Por meio dos dados do Censo/2010, foi identificada a existência de várias alternativas de solução utilizadas para o esgotamento sanitário no Distrito Sede como rede, fossas sépticas, fossas rudimentares, rio, lago ou mar, vala e outros escoadouros. O Censo/2010 contabilizou 318 domicílios com rede geral de esgoto ou pluvial na zona urbana do Distrito Sede. Entretanto, os mesmos dados informam que na zona urbana há 327 domicílios, fazendo uso de fossas rudimentares (Quadro 4.27).
Rede geral de esgoto ou pluvial | Fossa séptica | Fossa rudimentar | Vala | Rio, lago ou mar | Outro tipo | Não tinham | Total Geral |
318 | 188 | 327 | 8 | 2 | 8 | 36 | 887 |
Fonte: Censo/2010 (2018).
A precariedade dos serviços, cuja cobertura, tanto da solução coletiva (que não existe) quanto da individual, não abrange todos os domicílios e termina por comprometer a qualidade de vida da zona urbana do Distrito Sede, com a ocorrência de lançamento de esgoto a céu aberto no município (Figura 4.4).
A Prefeitura contabilizou 2444 domicílios da zona urbana do Distrito Sede, dos quais 98,24% tem solução individual do tipo fossa rudimentar e em 1,76% não existem banheiros nem sanitários.
Localidades | Quantidade de domicílios | Existe lançamento de esgoto a céu aberto? | |||||
Total | não atendida por sistema público de esgotamento sanitário, por tipo de solução individual? | ||||||
Módulo Funasa | Fossa Séptica + sumidouro | Fossa Rudimentar | Outro Escoadouro | Não tem banheiro | |||
Arneiroz | 2444 | 2401 | 43 | ||||
Total | 2.444 | 0 | 0 | 2.401 | 0 | 43 | - |
Fonte: Prefeitura (2018)
Os dados do Censo/2010 identificam apenas a existência de solução individualizada para o esgotamento sanitário da zona rural do Distrito Sede do Município de Arneiroz. Do ponto vista sanitário, a situação é preocupante, já que as soluções domiciliares encontradas estão quase todas distribuídas em 274 fossas rudimentares e 147 que não tinham banheiros nem sanitários, e mais alguns com lançamento em vala e outros escoadouros (Quadro 4.28).
Rede geral de esgoto ou pluvial | Fossa séptica | Fossa rudimentar | Vala | Rio, lago ou mar | Outro tipo | Não tinham | Total Geral |
- | 12 | 274 | 10 | - | 7 | 147 | 450 |
Fonte: Censo/2010 (2018).
A Prefeitura informa que, dos 485 domicílios da zona rural do Distrito Sede, dos quais 45,15% tem solução individual do tipo fossa rudimentar e em 14,43% não existem banheiros nem sanitários.
Localidades | Quantidade de domicílios | Existe lançamento de esgoto a céu aberto? | |||||
Total | não atendida por sistema público de esgotamento sanitário, por tipo de solução individual? | ||||||
Módulo Funasa | Fossa Séptica + sumidouro | Fossa Rudimentar | Outro Escoadouro | Não tem banheiro | |||
Abismo | 9 | 4 | 5 | ||||
Areias | 3 | 1 | 2 | ||||
Balsa | 4 | 4 | |||||
Bandeira | 23 | 12 | 11 | ||||
Boa Vista | 3 | 2 | 1 | ||||
Buie | 7 | 7 | |||||
Cachoeira de Fora | 7 | 7 | |||||
Cachoeira Grande | 10 | 8 | 2 | ||||
Canto Alegre | 10 | 10 | |||||
Cardoso | 3 | 3 | |||||
Carnauba | 6 | 4 | 2 | ||||
Chatinho | 108 | 108 | |||||
Condadu | 23 | 23 | |||||
Coroado | 31 | 8 | 1 | 22 | |||
Figueredo 1 | 21 | 21 | |||||
Havai | 16 | 14 | 2 | ||||
Intans | 16 | 11 | 5 | ||||
Lagoa do Pessoa | 21 | 11 | 10 | ||||
Mandacaru | 4 | 2 | 2 | ||||
Mangericão | 11 | 3 | 8 | ||||
Monte Castelo | 6 | 4 | 2 | ||||
Munlugu | 10 | 4 | 6 | ||||
Olho da Água do Condado | 12 | 12 | |||||
Poço de Sangue | 14 | 14 | |||||
Recanto | 8 | 3 | 5 | ||||
Riacho dos Caibros | 24 | 8 | 8 | 8 | |||
Sanharol | 12 | 6 | 6 | ||||
Serra | 3 | 2 | 1 | ||||
Serrote Pelado | 13 | 1 | 12 | ||||
Trapia | 6 | 6 | |||||
Trincheiras | 20 | 15 | 5 | ||||
Várzea da Cobra | 3 | 3 | |||||
Várzea do Forno | 6 | 6 | |||||
Várzea Redonda | 12 | 12 | |||||
Total | 485 | 0 | 8 | 219 | 188 | 70 |
Fonte: Prefeitura (2018)
A análise dos dados do Censo/2010 não identifica existência de rede na zona urbana do Distrito de Cachoeira de Fora. Portanto, ainda não há solução coletiva de esgotamento sanitário. Destacam-se outras formas de esgotamento sanitário a exemplo de fossas rudimentares, vala, fossas sépticas e outros escoadouros utilizados como alternativas de solução individualizada. Segundo o Censo (2010), a zona urbana do Distrito de Cachoeira de Fora tem 100 domicílios fazendo uso de fossas rudimentares (Quadro 4.30).
Rede geral de esgoto ou pluvial | Fossa séptica | Fossa rudimentar | Vala | Rio, lago ou mar | Outro tipo | Não tinham | Total Geral |
0 | 0 | 100 | 5 | 0 | - | 8 | 113 |
Fonte: Censo/2010 (2018).
A análise dos dados do Censo/2010 não identifica existência de rede na zona rural do Distrito de Cachoeira de Fora. Portanto, ainda não há solução coletiva de esgotamento sanitário. Destacam-se outras formas de esgotamento sanitário a exemplo de fossas rudimentares, valas e outros escoadouros utilizados como alternativas de solução individualizada. Segundo o Censo (2010), a zona rural do Distrito de Cachoeira de Fora tem 108 domicílios fazendo uso de fossas rudimentares (Quadro 4.31).
Rede geral de esgoto ou pluvial | Fossa séptica | Fossa rudimentar | Vala | Rio, lago ou mar | Outro tipo | Não tinham | Total Geral |
- | - | 108 | 3 | - | 19 | 164 | 294 |
Fonte: Censo/2010 (2018)
A Prefeitura informa que, dos 358 domicílios da zona rural do Distrito Cachoeira de Fora, dos quais 69,27% tem solução individual do tipo fossa rudimentar e em 14,53% não existem banheiros nem sanitários.
Localidades | Quantidade de domicílios | Existe lançamento de esgoto a céu aberto? | |||||
Total | não atendida por sistema público de esgotamento sanitário, por tipo de solução individual? | ||||||
Módulo Funasa | Fossa Séptica + sumidouro | Fossa Rudimentar | Outro Escoadouro | Não tem banheiro | |||
Açude Novo | 6 | 1 | 5 | ||||
Assentamento Poço da Lama | 8 | 8 | |||||
Balsamo | 11 | 4 | 4 | 3 | |||
Balseiro | 11 | 11 | |||||
Bananas | 13 | 5 | 6 | 2 | |||
Barra da Aroeira | 16 | 6 | 10 | ||||
Barra do Trapiar | 12 | 12 | |||||
Barra do Urubu | 7 | 1 | 2 | 4 | |||
Boa Vista | 4 | 2 | 2 | ||||
Cachoeira de Fora | 7 | 7 | |||||
Caiçarinha | 3 | 1 | 1 | 1 | |||
Campo Preto | 48 | 6 | 42 | ||||
Carro Quebrado | 3 | 3 | |||||
Delgado | 8 | 1 | 1 | 6 | |||
Divisão | 8 | 8 | |||||
Estreito | 8 | 8 | |||||
Exu | 4 | 2 | 2 | ||||
Fazenda Ricarte | 8 | 8 | |||||
Gangorra | 6 | 3 | 3 | ||||
Irapuã | 10 | 5 | 5 | ||||
Jordão | 6 | 6 | |||||
Juá | 5 | 2 | 3 | ||||
Lagoa dos Rodrigues | 26 | 4 | 22 | ||||
Pedra Vermelha | 21 | 19 | 2 | ||||
Poço dos Cavalos | 4 | 2 | 2 | ||||
Remanescente | 5 | 1 | 1 | 3 | |||
Riacho das Ovelhas | 4 | 1 | 3 | ||||
Riacho do Meio | 5 | 2 | 3 | ||||
Saco da Serra | 13 | 11 | 2 | ||||
Sanharol | 12 | 6 | 6 | ||||
Santa Rita | 4 | 4 | |||||
São Luis | 9 | 5 | 4 | ||||
São Pedro | 9 | 6 | 3 | ||||
Serra Verde | 15 | 14 | 1 | ||||
Sítio Novo | 5 | 3 | 2 | ||||
Várzea do Boi | 14 | 14 | |||||
Total | 358 | 48 | 0 | 248 | 10 | 52 | - |
Fonte: Prefeitura (2018)
A análise dos dados do Censo/2010 não identifica existência de rede na zona urbana do Distrito de Planalto. Portanto, ainda não há solução coletiva de esgotamento sanitário. Destacam-se outras formas de esgotamento sanitário a exemplo de fossas rudimentares, fossas sépticas, vala e outros escoadouros utilizados como alternativas de solução individualizada. Segundo o Censo (2010), a zona urbana do Distrito de Planalto tem 127 domicílios fazendo uso de fossas rudimentares (Quadro 4.33).
Rede geral de esgoto ou pluvial | Fossa séptica | Fossa rudimentar | Vala | Rio, lago ou mar | Outro tipo | Não tinham | Total Geral |
- | 1 | 127 | 1 | - | - | 8 | 137 |
Fonte: Censo/2010 (2018).
A Prefeitura informa que, dos 244 domicílios da zona urbana do Distrito Planalto, dos quais 100% tem solução individual do tipo fossa rudimentar.
Localidades | Quantidade de domicílios | Existe lançamento de esgoto a céu aberto? | |||||
Total | não atendida por sistema público de esgotamento sanitário, por tipo de solução individual? | ||||||
Módulo Funasa | Fossa Séptica + sumidouro | Fossa Rudimentar | Outro Escoadouro | Não tem banheiro | |||
Planalto | 244 | 244 | |||||
Total | 244 | 0 | 0 | 244 | 0 | 0 | - |
Fonte: Prefeitura (2018)
A análise dos dados do Censo/2010 não identifica existência de rede na zona rural do Distrito de Planalto. Portanto, ainda não há solução coletiva de esgotamento sanitário. Destacam-se outras formas de esgotamento sanitário a exemplo de fossas rudimentares, valas, fossas sépticas e outros escoadouros utilizados como alternativas de solução individualizada. Segundo o Censo (2010), a zona rural do Distrito de Planalto tem 162 domicílios fazendo uso de fossas rudimentares (Quadro 4.35).
Rede geral de esgoto ou pluvial | Fossa séptica | Fossa rudimentar | Vala | Rio, lago ou mar | Outro tipo | Não tinham | Total Geral |
- | 3 | 162 | 1 | 1 | 7 | 46 | 220 |
Fonte: Censo/2010 (2018).
A Prefeitura informa que, dos 231 domicílios da zona rural do Distrito Planalto, dos quais 47,62% tem solução individual do tipo fossa rudimentar e em 22,08% não existem banheiros nem sanitários.
Localidades | Quantidade de domicílios | Existe lançamento de esgoto a céu aberto? | |||||
Total | não atendida por sistema público de esgotamento sanitário, por tipo de solução individual? | ||||||
Módulo Funasa | Fossa Séptica + sumidouro | Fossa Rudimentar | Outro Escoadouro | Não tem banheiro | |||
Agrovila | 19 | 19 | |||||
Alívio | 3 | 1 | 1 | 1 | |||
Altamira | 7 | 1 | 4 | 2 | |||
Boqueirão | 18 | 6 | 6 | 6 | |||
Branquinhas | 5 | 1 | 4 | ||||
Cajarana | 16 | 11 | 3 | 2 | |||
Caraibas | 7 | 5 | 2 | ||||
Dinamarca | 8 | 1 | 3 | 4 | |||
Favelas | 18 | 10 | 7 | 1 | |||
Fazenda Caiçara | 18 | 14 | 4 | ||||
Fazenda Caiçarinha | 11 | 2 | 3 | 6 | |||
Fazenda Pita | 3 | 2 | 1 | ||||
Lagoa dos Veados | 3 | 2 | 1 | ||||
Mansinho | 3 | 1 | 2 | ||||
Massapê | 3 | 3 | |||||
Morada Nova | 5 | 4 | 1 | ||||
Olho da Água | 12 | 6 | 6 | ||||
Planalto | 3 | 1 | 2 | ||||
Ramada | 8 | 2 | 6 | ||||
Riacho dos Pereiros | 4 | 4 | |||||
São Paulo | 13 | 2 | 10 | 1 | |||
Sítio Santana | 15 | 1 | 8 | 6 | |||
Tapera | 13 | 10 | 2 | 1 | |||
Umburana | 9 | 1 | 8 | ||||
Zumbi | 7 | 2 | 5 | ||||
Total | 231 | 59 | 2 | 110 | 9 | 51 | - |
Fonte: Prefeitura (2018)
A prefeitura não apresentou nenhum dado de sistemas futuros.
O Quadro 4.37 apresenta os índices de cobertura e de atendimento por esgotamento sanitário do Município de Arneiroz que foram calculados a partir dos dados do Censo/2010 (IBGE, 2018). A análise estabeleceu os seguintes critérios para o cálculo dos índices:
Com estes critérios, buscou-se evitar que o mesmo dado fosse contabilizado mais de uma vez nos cálculos dos índices. Por fim, o esgotamento sanitário do Município de Arneiroz atingiu índices totais de cobertura e atendimento de 4,24% (Quadro 4.37).
Município/ Distrito/ Localidade | Situação e localização da área | ESGOTAMENTO SANITÁRIO - Número de Domicílios Particulares Ocupados(Unidades) | ||||
Número de Domicílios | Índices | |||||
Total | Coberto | Ativo | Cobertura (%) | Atendimento (%) | ||
Arneiroz - CE | Urbana | 1497 | 0 | 0 | 0,00 | 0,00 |
Rural | 1264 | 117 | 117 | 9,25 | 9,25 | |
Total | 2762 | 117 | 117 | 4,24 | 4,24 | |
Sede | Urbana | 1170 | 0 | 0 | 0,00 | 0,00 |
Rural | 590 | 8 | 8 | 1,36 | 1,36 | |
Total | 1760 | 8 | 8 | 0,45 | 0,45 | |
Cachoeira de Fora | Urbana | 148 | 0 | 0 | 0,00 | 0,00 |
Rural | 387 | 48 | 48 | 12,40 | 12,40 | |
Total | 535 | 48 | 48 | 8,97 | 8,97 | |
Planalto | Urbana | 180 | 0 | 0 | 0,00 | 0,00 |
Rural | 287 | 61 | 61 | 21,25 | 21,25 | |
Total | 467 | 61 | 61 | 13,06 | 13,06 |
Fontes: IBGE/CAGECE/SISAR/MDS/PREFEITURA DE ARNEIROZ
Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do Município de Arneiroz tem como órgão gestor a Secretaria de Obras e Infra-estrutura do Município e são realizados pela prefeitura.
Ao todo, em 2018, são 30 trabalhadores da prefeitura nos serviços de coleta e limpeza pública assim distribuídos: 10 na Sede, 10 em Cachoeira de fora e 10 em Planalto.
Os dispêndios da Prefeitura com os serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos do Município de Arneiroz são de R$ 26.511,77/mês. Este total corresponde às despesas mensais com coleta domiciliar e comercial de R$ 16.600,00 e com varrição de vias e logradouros públicos de R$ 9.911,77.
O sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos do Município de Arneiroz dispõem dos serviços de coleta, varrição, limpeza, capinação de logradouros e outros. A seguir, detalham-se os principais aspectos de sua operacionalização.
O acondicionamento dos resíduos sólidos fica a cargo da população, sendo utilizados sacolas plásticas e outros recipientes, mas que somente deve ser disposto no logradouro público em dias de coleta (Figura 4.5).
Considerando os resíduos sólidos do Município de Arneiroz, segundo o Censo/2010, 1.231 domicílios têm seus resíduos sólidos coletados, enquanto que 870 dão destino inadequado, queimando-os, enterrando-os ou dispondo-os em locais indevidos(Quadro 4.38).
Tendo por base o ano de 2018, a Prefeitura do Arneiroz informa que os resíduos sólidos são coletados em 2.340 de domicílios urbanos (Quadro 4.39).
Segundo estas duas fontes de informações, a prestação dos serviços de resíduos sólidos contempla todos os distritos do Município (Quadros 4.38 e 4.39).
Distrito | Coletado | Não coletado | Total geral | |||||||
Em caçamba de serviço de limpeza | Por serviço de limpeza | Total | Enterrado (na propriedade) | Jogado em rio, lago ou mar | Jogado em terreno baldio ou logradouro | Outro destino | Queimado (na propriedade) | Total | ||
Cachoeira de Fora | 0 | 102 | 102 | 3 | 2 | 79 | 0 | 221 | 305 | 407 |
Rural | 0 | 0 | 0 | 3 | 2 | 79 | 0 | 210 | 294 | 294 |
Urbana | 0 | 102 | 102 | 0 | 0 | 0 | 0 | 11 | 11 | 113 |
Planalto | 130 | 9 | 139 | 1 | 2 | 88 | 0 | 127 | 218 | 357 |
Rural | 0 | 8 | 8 | 1 | 2 | 88 | 0 | 121 | 212 | 220 |
Urbana | 130 | 1 | 131 | 0 | 0 | 0 | 0 | 6 | 6 | 137 |
Sede | 134 | 856 | 990 | 2 | 0 | 150 | 0 | 195 | 347 | 1337 |
Rural | 106 | 0 | 106 | 2 | 0 | 150 | 0 | 192 | 344 | 450 |
Urbana | 28 | 856 | 884 | 0 | 0 | 0 | 0 | 3 | 3 | 887 |
Total geral | 264 | 967 | 1231 | 6 | 4 | 317 | 0 | 543 | 870 | 2101 |
Fonte: Censo/2010 (IBGE, 2018).
Zona | Distrito | |||
Arneiroz | Cachoeira de Fora | Planalto | Total | |
Urbano | 1.750 | 250 | 340 | 2.340 |
Rural | - | - | - | - |
Total | 1.750 | 250 | 340 | 2.340 |
Fonte: Prefeitura de Arneiroz, 2018.
Ainda, segundo dados da Prefeitura (2018), a coleta dos resíduos domiciliares é realizada diariamente em todos os distritos com serviço. Não existe cobrança específica pelo serviço por meio de taxa ou tarifa. Tanto na Sede Municipal como nos demais distritos, há coleta diferenciada dos resíduos de serviço de saúde e de construção e demolição. São coletadas, o total de 30 toneladas por mês de resíduos domiciliares, de saúde, de construção civil, entre outros.
O Município de Arneiroz ainda não realiza coleta seletiva em nenhum de seus distritos.
A coleta e o transporte dos resíduos são realizados em caminhões de carroceria e basculantes (Figura 4.5), apresentando estado de conservação regular.
Fonte: Prefeitura de Arneiroz (2018).
Estamos fornecendo como índice de composição os dados encontrados na Proposta de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do Ceará, tendo em vista que a prefeitura nos forneceu apenas os os dados sobre plásticos(10%) e metais(5%), então usamos os dados da Região Sertão dos Inhamuns na qual o Município de Arneiroz está inserido.
Componente | Percentual em peso (%) |
Matéria Orgânica | 46,4 |
Papel/Papelão | 7 |
Plástico duro | 3,8 |
Plástico mole | 4,2 |
PET | 3,5 |
Metal ferroso | 2,8 |
Metal não ferroso | 1,8 |
Vidro | 2,6 |
Construção/Demolição | 16,5 |
Outros | 11,4 |
Fonte: Proposta de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Estado do Ceará/2012
O município não possui sistema de tratamento dos resíduos sólidos urbanos.
Os resíduos coletados no município são dispostos no vazadouro a céu aberto (lixão), localizado na zona rural Fazenda Sete Polos (Figura 4.6).
Fonte: Prefeitura de Arneiroz (2018).
Segundo informações da do município, o mesmo ainda não aderiu ao consórcio para destinação final.
A Lei Federal nº 12.305/2010, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), dispõe no seu art. 9º sobre diretrizes da gestão e do gerenciamento dos resíduos sólidos e traz, em ordem de prioridade, as seguintes ações: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final dos rejeitos de modo ambientalmente adequado.
O art. 8º desta lei incentiva à adoção de consórcios entre entes federados para elevar a escala de aproveitamento e reduzir custos como instrumentos da política de resíduos sólidos. Como meio de fortalecimento dessa forma de gestão, o art. 45 estabelece prioridade na obtenção de incentivos do governo federal aos consórcios públicos constituídos, para viabilizar a descentralização e a prestação dos serviços relacionados aos resíduos.
O art. 26 estabelece que o titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos é o responsável pela organização e prestação direta ou indireta desses serviços, em conformidade com o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e a Política Nacional de Saneamento Básico.
Quanto à destinação ou disposição final dos resíduos a céu aberto (lixões), excetuando-se os derivados de mineração, a PNRS proíbe esta prática, em seu art. 47. Define, ainda, prazo para a extinção dos lixões, observando o ano de 2014 como prazo limite para implantação da disposição final ambientalmente adequada dos resíduos. Desta forma, considerando as obrigações, incentivos e os prazos da Lei nº 12.305, os consórcios são a melhor forma de gestão para os resíduos sólidos.
Desta forma, o Governo Estadual, por meio de estudo financiado pelo Ministério do Meio Ambiente, está incentivando a regionalização da gestão integrada dos resíduos sólidos com o objetivo de permitir ganhos de escala e promover sua sustentabilidade como um todo na área de abrangência do consórcio, o que permitirá o alcance das metas propostas, em especial, as de encerramento de lixões, implantação de aterros sanitários e implementação da coleta seletiva, com participação de catadores.
Seguindo a orientação do Governo Federal e visando proporcionar uma base de referência para os municípios do Estado do Ceará quanto à implantação de consórcios intermunicipais, a Secretaria das Cidades do Ceará realizou estudo, abrangendo todos os municípios do Estado, visando identificar e agrupar municípios que poderiam formar consórcios intermunicipais em potencial, caracterizando uma regionalização.
O planejamento adotou o modelo básico de implantação de consórcios intermunicipais, onde os investimentos concentram-se no aterro sanitário, prevendo ainda a necessidade de investimentos em estruturas de adicionais de apoio, como nas estações de transbordo (Figura 4.7).
O modelo adotado traz como responsabilidade do Município a coleta regular e seletiva dos resíduos e seu transporte até a estação de transferência (transbordo). Para o consórcio, recai o transporte dos resíduos dispostos nas estações de transbordo ao aterro, além da operação e manutenção deste, devido à inviabilidade da implantação de aterro em cada município.
Assim, o estado foi dividido em 14 regiões para construção de aterros sanitários, dentre as quais a região do Sertão dos Inhamuns que compreende 5 municípios, tendo como polo o Município de Tauá, com uma população de 141.333 habitantes e geração de 37,9 t/d de resíduos domiciliares. Para essa região estão previstos, ainda, 5 usinas de compostagem, entre outros equipamentos, como a necessidade de 3 unidades de transbordo, levando se em conta a distância média de transporte de 73,05 Km. O custo total médio resultante para a região foi estimado em R$ 9.475.097,46 (Quadro 4.41).
Arneiroz está inserido na do Sertão dos Inhamuns (Figura 4.8), como um dos 5 (cinco) municípios constituintes do Consórcio do Aterro de Tauá que são: Aiuaba, Arneiroz, Parambu, Quiterianópolis, Tauá, no qual Tauá sediará o aterro sanitário.
CARACTERIZAÇÃO | DESCRIÇÃO |
Região | 9 - Sertão dos Inhamuns |
Município-Sede | Tauá |
Municípios Integrados | Aiuaba, Arneiroz, Parambu, Quiterianópolis, Tauá |
Área (Km2) | 10.864 |
Distância Média à Sede (Km) | 73,05 |
POP. Total estimada para 2032 | 141.333 |
Geração de RSD estimada t/dia | 37,9 |
Geração de RCD estimada t/dia | 15,2 |
Geração de RSS estimada t/dia | 0,4 |
Fonte: Proposta de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Estado do Ceará (2012).
Relacionamento com a sociedade
Segundo o município é realizado um trabalho de conscientização das pessoas que moram as margens do rio jaguaribe para que as mesmas evitem a contaminação da agua e é todo lixo das margens um mes antes da quadra chuvosa. Entretanto, alguns problemas são acarretados pela disposição irregular de resíduos sólidos com lançamentos de lixo em vias públicas e logradouros e terrenos baldios que terminam por causar poluição de recursos hídricos. As principais reclamações que chegam à Prefeitura são de lixo em terrenos baldios e acumulo de material reciclavel por alguns catadores.
O Quadro 4.42 apresenta os índices de cobertura e de atendimento pelo sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos do Município de Arneiroz que foram calculados a partir dos dados das seguintes fontes: PREFEITURA DE ARNEIROZ (2018) e Censo/2010 (IBGE, 2018). A análise estabeleceu os seguintes critérios para o cálculo dos índices:
Ao final, os resíduos sólidos no Município de Arneiroz atingiram índices urbanos de cobertura e/ou de atendimento de 100%. Portanto, conclui-se que o Município de Arneiroz atingiu a universalização da limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos em relação às atividades de coleta, como determina a Lei Federal no 11.445/2007. Não obstante, verifica-se que 46,2% dos resíduos sólidos rurais, também, estão sendo coletados.
Município/ Distrito/ Localidade | Situação e localização da área | LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS - Número de Domicílios Particulares (Unidades) | ||||
Número de Domicílios | Índices | |||||
Total | Coberto | Ativo | Cobertura | Atendimento | ||
Arneiroz - CE | Urbana | 1497 | 1497 | 1497 | 100,0 | 100,0 |
Rural | 1264 | 843 | 843 | 66,7 | 66,7 | |
Total | 2762 | 2340 | 2340 | 84,7 | 84,7 | |
Sede | Urbana | 1170 | 1170 | 1170 | 100,0 | 100,0 |
Rural | 590 | 580 | 580 | 98,4 | 98,4 | |
Total | 1760 | 1750 | 1750 | 99,5 | 99,5 | |
Cachoeira de Fora | Urbana | 148 | 148 | 148 | 100,0 | 100,0 |
Rural | 387 | 102 | 102 | 26,4 | 26,4 | |
Total | 535 | 250 | 250 | 46,7 | 46,7 | |
Planalto | Urbana | 180 | 180 | 180 | 100,0 | 100,0 |
Rural | 287 | 160 | 160 | 55,7 | 55,7 | |
Total | 467 | 340 | 340 | 72,8 | 72,8 |
Fontes: IBGE/PREFEITURA DE ARNEIROZ
O órgão responsável pelos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas no Município de Arneiroz é a Secretaria de Obras e Serviços Públicos.
A Prefeitura não informou dados sobre o sistema de microdrenagem.
O Censo/2010 do IBGE contabilizou apenas 30 domicílios que contam com bocas-de-lobo em seu entorno (Quadro 4.43).
Características do entorno | Existência de características do entorno | Total |
Pavimentação | Existe | 983 |
Não existe/Não declarado | 154 | |
Total | 1137 | |
Calçada | Existe | 970 |
Não existe/Não declarado | 167 | |
Total | 1137 | |
Meio-fio/guia | Existe | 1017 |
Não existe/Não declarado | 120 | |
Total | 1137 | |
Bueiro/boca de lobo | Existe | 30 |
Não existe/Não declarado | 1107 | |
Total | 1137 |
Fonte: Censo/2010 (IBGE, 2018)
Em termos de pavimentação de ruas, o Quadro 4.44 traz os quantitativos e percentuais em que se encontram os distritos. Exemplos de ruas sem pavimentação na Sede podem ser vistas na Figura 4.9. O IBGE levantou a existência de 983 domicílios com pavimentação em seu entorno de um total de 1.137 (Quadro 4.43).
Extensão (km) | Percentual | |
Arneiroz | 12 | 90% |
Cachoeira de Fora | 2 | 100% |
Planalto | 3 | 80% |
Fonte: Prefeitura Municipal, 2018. |
Fonte: Prefeitura Municipal, 2018.
A Prefeitura não nos informou dados sobre a rede de macrodrenagem do município e nem sobre os problemas enfrentados por ela.
Na Sede a ocupação não é intensa, mas é desordenada. São exigidos para a implantação de um loteamento ou abertura de rua os seguintes critérios mínimos, segundo informou a Prefeitura:
Quanto aos principais problemas que causam dificuldades na ocupação do solo, destacam-se os seguintes:
Fonte: Prefeitura de Arneiroz (2018) Fonte: Prefeitura de Arneiroz (2018)
Figura 4.9 – Erosão de via pública Figura 4.10 – Flagrante de ocupação das margens do
não pavimentada.. Rio Jaguaribe na rua Duque de Caxias.
Segundo o Portal da Transparência do Estado, para a zona urbana do Distrito Sede, está previsto um investimento por meio de convênio estadual no valor de R$ 586.727,14 em pavimentação, com previsão de término em julho de 2019.
Com base nos dados de pavimentação enviados pela Prefeitura, calculou-se o déficit de pavimentação necessária nas zonas urbanas do município (Quadro 4.45). O indicador utilizado foi deduzido a partir dos próprios dados enviados pela Prefeitura e da população urbana do IBGE/2010. No total, a necessidade de pavimentação foi estimada em mais 2 Km.
Distrito | Dom. Urb. (IBGE/2010) | Ruas Pavimentadas | Extensão de pavimentação por domicílio (Km/dom.) | Ruas não pavimentadas | |||
Dados Prefeitura (Quadro 4.94) | Número Domicílios Urbanos | Número Domicílios Urbanos | Extensão (Km) | ||||
Extensão (km) | % | ||||||
Arneiroz | 887 | 12 | 90 | 798 | 0,015 | 89 | 1,34 |
Cachoeira de Fora | 113 | 2 | 100 | 113 | 0,018 | 0 | 0,00 |
Planalto | 137 | 3 | 80 | 110 | 0,027 | 27 | 0,73 |
Fonte: Elaboração própria, 2018.
Diretriz pode ser definida como “norma, indicação ou instrução que serve de orientação”[2], enquanto as estratégias “o que se pretende fazer e quais os objetivos que se querem alcançar”[3]. Ambas visam assegurar o alcance das metas estabelecidas e sua gradual tradução nas ações programáticas e nos objetivos que se pretende concretizar com a implementação do PMSB. A seguir, são elencadas as diretrizes e estratégias propostas para o PMSB de Arneiroz, que foram estabelecidas com base no Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB).
As diretrizes deverão orientar, em nível geral, a execução do PMSB de Arneiroz e o consequente cumprimento das metas estabelecidas e estão organizadas em três blocos temáticos:
Das diretrizes expostas decorrem as estratégias, que deverão ser observadas na execução da política municipal de saneamento básico de Arneiroz durante a vigência deste PMSB, tanto na execução dos programas, projetos e ações, como no cumprimento das metas estabelecidas. As estratégias são apresentadas a seguir, agrupadas nos três blocos temáticos, relativos às diretrizes:
C. Relativas ao investimento público e cobrança dos serviços de saneamento básico:
A caracterização adotada, segundo a proposta do PLANSAB (2014), para atendimento e déficit dos serviços de saneamento básico está apresentada no Quadro 5.1, o qual apresenta o objetivo final do PMSB de Arneiroz, uma vez que para o cálculo da cobertura atual dos serviços foram considerados os sistemas correspondentes à realidade do município cearense. Esta caracterização é referência para redução do déficit no saneamento básico de Arneiroz.
Componente (1) | Atendimento adequado | Déficit | |
Atendimento precário | Sem atendimento | ||
Abastecimento de água | – Fornecimento de água potável por rede de distribuição, com ou sem canalização interna, ou por poço ou nascente ou cisterna, com canalização interna, em qualquer caso sem intermitência prolongada ou racionamentos. | – Dentre o conjunto com fornecimento de água por rede, a parcela que: | Todas as situações não enquadradas nas definições de atendimento e que se constituem em práticas consideradas inadequadas (³) |
– recebe água fora dos padrões de potabilidade; | |||
– tem intermitência prolongada ou racionamentos; | |||
– Dentre o conjunto com fornecimento de água por poço ou nascente, a parcela cujos domicílios não possuem canalização interna de água, que recebem água fora dos padrões de potabilidade e, ou, que têm intermitência prolongada; | |||
– Uso de cisterna para água de chuva, que forneça água sem segurança sanitária e, ou, em quantidade insuficiente para a proteção à saúde. | |||
– Uso de reservatório ou caixa abastecidos por carro pipa. | |||
Esgotamento sanitário | – Coleta de esgotos, seguida de tratamento (²); | – Coleta de esgotos, não seguida de tratamento; | |
– Uso de fossa séptica. | – Uso de fossa rudimentar. | ||
Manejo de resíduos sólidos | – Coleta direta, com frequência, para a área urbana, diária ou dias alternados e com ausência de vazadouro a céu aberto como destino final; | Dentre o conjunto com coleta, a parcela: | |
– Coleta direta ou indireta, na área rural, com ausência de vazadouro a céu aberto como destino final. | – na área urbana com coleta indireta ou direta, cuja frequência não seja pelo menos em dias alternados; | ||
– e, ou, cujo destino final dos resíduos constitui-se em vazadouro a céu aberto. |
Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB (2014)
Nota: (¹) Em função de suas particularidades, o componente drenagem e manejo de águas pluviais urbanas teve abordagem distinta;
(²) As bases de informações do IBGE, no entanto, adotam a categoria “rede geral de esgoto ou pluvial” e, portanto, os valores apresentados no texto incluem o lançamento em redes de águas pluviais;
(³) A exemplo de ausência de banheiro ou sanitário; coleta de água em cursos de água ou poços a longa distância; fossas rudimentares; lançamento direto de esgoto em valas, rio, lago, mar ou outra forma pela unidade domiciliar; coleta indireta de resíduos sólidos em área urbana; ausência de coleta, com resíduos queimados ou enterrados, jogados em terreno baldio, logradouro, rio, lago ou mar ou outro destino pela unidade domiciliar.
O prognóstico para o setor de saneamento básico tomará como base a projeção do crescimento da população para que as diversas intervenções atendam plenamente o objetivo da universalização das zonas urbana e rural de Arneiroz para o horizonte de 20 anos.
Para atingir a universalização do saneamento básico do Município de Arneiroz, ao longo de 20 anos, é necessário atender às demandas atuais e acompanhar o seu crescimento, fazendo-se indispensável visualizar a projeção de crescimento populacional do município.
Partindo dos dados populacionais obtidos no IBGE, calculou-se o incremento médio anual das populações rural, urbana e total, cujas taxas encontram-se dispostas no Quadro 3.2 (ver diagnóstico). A seguir, fez-se a estimativa de crescimento populacional para os próximos 20 anos, com base na taxa de:
Foi utilizada a taxa de crescimento de cada zona dos distritos para projeção dos mesmos, em termos populacionais e imóveis ocupados, com essa taxa específica de cada zona buscamos uma maior precisão na projeção dessas variáveis, exceto onde existia sistema CAGECE que dispunhamos de dados atualizados de imóveis e a população dessa zona foi calculada com base nas economias e média de moradores por imóvel do último censo, com isso amenizamos distorções por conta da projeção e tivemos maior precisão ao calcular as demandas do sistema . O resultado apontou que a população total de Arneiroz, no ano de 2038, será de 10.108 habitantes, aproximadamente (Quadro 6.1).
Projeção da população do Município de Arneiroz a partir dos dados do Censo – 1991 a 2010.
Município e Distritos | Situação do domicílio | População | |||
1991 | 2000 | 2010 | 2038 | ||
Arneiroz - CE | Urbana | 1.382 | 2.146 | 3.879 | 5.125 |
Rural | 6.005 | 5.392 | 3.771 | 4.983 | |
Total | 7.387 | 7.538 | 7.650 | 10.108 | |
Sede | Urbana | - | - | 3.004 | 3.969 |
Rural | - | - | 1.768 | 2.336 | |
Total | - | - | 4.772 | 6.305 | |
Cachoeira de Fora | Urbana | - | - | 396 | 523 |
Rural | - | - | 1179 | 1.558 | |
Total | - | - | 1.575 | 2.081 | |
Planalto | Urbana | - | - | 479 | 633 |
Rural | - | - | 824 | 1.089 | |
Total | - | - | 1.303 | 1.722 |
Fonte: CENSO/IBGE (2010).
Como dito no diagnóstico, os dados, informações e indicadores apontaram deficiências no saneamento básico do município. Ressalte-se que, como foram consultadas diversas fontes (IBGE, MDS, SDA, Prefeitura, CAGECE, etc.), houve necessidade de operar com estimativas. Notadamente, isto incorrerá em análises e ajustes futuros para melhor adequação de seus valores e orientar a consolidação dos indicadores ao longo do tempo, com as revisões previstas a cada 4 anos, no máximo.
Entretanto, o diagnóstico possibilitou estabelecer valores de referência para a cobertura e o atendimento, a partir dos quais definiram-se as metas, relativas à universalização das componentes do setor, classificadas como de curto (de 0 a 4 anos), médio (de 5 a 12 anos) e longo (de 13 a 20 anos) prazos. As metas de cobertura e de atendimento estabelecidas, e seus respectivos prazos, encontram-se organizadas no Quadro 6.2.
Destarte, as metas de cobertura do Quadro 6.2 são fundamentais para o acompanhamento da execução da política ao longo dos próximos 20 anos, por meio do monitoramento e avaliação, tendo em vista a implantação dos programas, projetos e ações necessários para o seu alcance, cuja abordagem encontra-se no subitem a seguir. O Gráfico 6.1 permite visualizar a evolução da cobertura para o alcance da universalização do saneamento básico no município, ao longo dos 20 anos, considerando sua totalidade territorial.
Ressalte-se que as metas do Quadro 6.2 e Gráfico 6.1 foram consolidadas a partir das metas específicas de cada projeto estabelecido neste PMSB, consoante o impacto incremental de cada um. Com isso, a universalização do abastecimento de água e da coleta dos resíduos sólidos urbanos ocorrerá em 2022, enquanto o esgotamento sanitário está previsto para o final do plano, em 2038. Já para a componente drenagem, as metas de universalização não foram definidas em função da indefinição de índice relativo à sua cobertura no PLANSAB.
Fonte: Elaboração própria.
Indicador | Fórmula / Variáveis | Município/ Distritos | Índices Atuais - TOTAIS | Metas de Cobertura e Atendimento/Prazo | ||
Curto | Médio | Longo | ||||
2019-2022 | 2023-2030 | 2031-2038 | ||||
Cobertura de água | Percentagem do número de domicílios ou da população com cobertura de abastecimento de água no município. | Arneiroz - CE | 93,75 | 100,00 | 100,00 | 100,00 |
Sede | 93,21 | 100,00 | 100,00 | 100,00 | ||
Cachoeira de Fora | 99,24 | 100,00 | 100,00 | 100,00 | ||
Planalto | 89,51 | 100,00 | 100,00 | 100,00 | ||
Cobertura de esgoto | Percentagem do número de domicílios ou da população com cobertura de esgotamento sanitário no município. | Arneiroz - CE | 4,24 | 38,65 | 71,67 | 100,00 |
Sede | 0,45 | 36,23 | 70,55 | 100,00 | ||
Cachoeira de Fora | 8,97 | 24,89 | 73,07 | 100,00 | ||
Planalto | 13,06 | 44,30 | 74,28 | 100,00 | ||
Cobertura de coleta de resíduos sólidos urbanos | Percentagem do número de domicílios ou da população com cobertura de coleta de resíduos urbanos no município. | Arneiroz - CE | 84,73 | 92,66 | 100,00 | 100,00 |
Sede | 99,46 | 99,74 | 100,00 | 100,00 | ||
Cachoeira de Fora | 46,72 | 74,40 | 100,00 | 100,00 | ||
Planalto | 72,81 | 86,93 | 100,00 | 100,00 |
Fonte: Elaboração própria.
Nota: ¹ Estes índices encontram-se nas Tabelas 4.30 , 4.44 e 4.58.
O diagrama esquemático do Quadro 6.3 exprime a visão de gestão que se pretende dar para o setor de saneamento básico, tendo em vista os princípios da Lei nº 11.445/2007, em especial, a integralidade. Trata-se de uma visão coadunada dos programas, projetos e ações rumo à universalização do saneamento básico.
Assim, de forma a atender as demandas referentes aos serviços de saneamento básico, traduzindo as diretrizes e as estratégias para alcance dos objetivos e metas estabelecidos, foram propostos três programas para o Município de Arneiroz, com seus respectivos projetos e ações a serem executados ao longo do plano. Desta forma, os programas possuem escopo abrangente e delineamento geral dos diversos projetos a serem executados, cujo escopo é mais reduzido e nos quais deverão estar agregadas as ações que, por sua vez, são atividades em um nível mais focado de atuação.
De acordo com o PLANSAB (2014), um número reduzido de programas permite a busca da máxima convergência das ações dos diversos atores institucionais com atuação em saneamento básico, a fim de que se tornem fortes, reconhecidos e, principalmente, perenes e possam garantir eficiência e estabilidade na execução da Política.
Dos 3 (três) programas estabelecidos, 2 (dois) são classificados como estruturais[6] e 1 (um) é classificado como estruturante[7], com objetivos e metas de curto, médio e longo prazo, dentro do horizonte de planejamento, para cada um dos componentes do saneamento básico. Nestes três programas, identificados a seguir, distribuem-se todos os projetos e respectivas ações para a universalização do abastecimento de água e do esgotamento sanitário. Os três programas são:
Este programa engloba os projetos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas e sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, com respectivas ações, destinados a ampliação da cobertura das componentes do setor e melhorias dos índices de atendimento, no intuito de se atingir a universalização. O plano prevê a implantação de 08 (oito) projetos neste programa, cujos detalhamentos encontram-se no Apêndice A deste PMSB.
Programa que abrange os projetos, com suas respectivas ações, voltados para o incremento de melhorias operacionais e da qualidade das componentes do setor. Para este programa, foi estabelecido a implantação de 5 (cinco) projetos, que se encontram detalhados no Apêndice B deste PMSB.
Este programa contempla os projetos, com suas respectivas ações, objetivando o fortalecimento da gestão e dos recursos institucionais do titular dos serviços de saneamento básico. Foram estabelecidos 3 (três) projetos a serem implantados no curto prazo, cujo detalhamento encontra-se no Apêndice C deste PMSB.
GESTÃO | ||
Programa de acessibilidade ao Saneamento Básico - PASB | Abastecimento de Água | PR/PASB/01/2018: Ampliação do SAA operado pela CAGECE no distrito Sede - urbano |
PR/PASB/02/2018: Ampliação do SAA operado pela SISAR nos distritos: Sede rural (Boqueirão e Macauim) e Cachoeira de Fora urbano (Cachoeira de Fora). | ||
PR/PASB/03/2018: Cobertura e atendimento do abastecimento de água por soluções individuais por meio de cisternas de água de chuva no município de Arneiroz | ||
Esgotamento Sanitário | PR/PASB/04/2018: Instalação do SES operado pela CAGECE no distrito Sede | |
PR/PASB/05/2018: Universalização da cobertura e atendimento do esgotamento sanitário por soluções individuais para domicílios SEM banheiros1 | ||
PR/PASB/06/2018: Universalização da cobertura e atendimento do esgotamento sanitário por soluções individuais para domicílios COM banheiros1 | ||
Resíduos Sólidos | PR/PASB/07/2018: Ampliação da coleta dos resíduos sólidos do município de Arneiroz | |
Drenagem Urbana | PR/PASB/08/2018: Ampliação da pavimentação de vias do município de Arneiroz |
Programa de qualidade do Saneamento Básico - PQSB | Abastecimento de Água | PR/PQSB/01/2018: Implantação de tratamento adequado no distrito de Novo Horizonte abastecidas por solução coletiva |
Resíduos Sólidos | PR/PQSB/02/2018: Eliminação do lixão e recuperação da área degradada | |
PR/PQSB/03/2018: Implantar as Coletas Seletivas Múltiplas e a Central Municipal de Resíduos – CMR, para segregação e reaproveitamento dos resíduos sólidos*. | ||
PR/PQSB/04/2018: Adequação do transporte dos resíduos sólidos de Arneiroz | ||
Drenagem Urbana | PR/PQSB/05/2018: Elaboração de projetos executivos do sistema de drenagem urbana |
Programa de Gestão de Saneamento Básico - PGSB | Todos os componentes do Saneamento Básico | PR/PGSB/01/2018: Fortalecimento Institucional |
PR/PGSB/02/2018: Fortalecimento da Gestão dos Serviços | ||
PR/PGSB/03/2018: Implantação de Sistema de Informações |
Fonte: Elaboração própria.
De acordo com orientações do governo federal e no sentido de oferecer maior segurança institucional ao Plano de Saneamento Básico de Arneiroz, é necessária a aprovação do mesmo por meio de lei municipal.
Entretanto, para além da execução do Plano e de sua aprovação, importa também a sua garantia de continuidade. Assim, para que o plano seja sustentável torna-se importante, dentre outros aspectos, no mínimo:
Diante do exposto, foi elaborado projeto de lei que se encontra no Anexo C, objeto do Projeto PR/PGSB/01/2018, Programa de Gestão do Saneamento Básico.
A Lei Federal 11.445, inciso VI do caput do art. 9º, prevê o estabelecimento de sistema de informações sobre os serviços, articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento. Já inciso IX do caput do art. 2º da mesma lei prevê a transparência das ações, baseada inclusive em sistemas de informações. Diversos outros artigos versam sobre a necessidade de sistema informatizado para o acompanhamento dos índices de qualidade e serviços prestados, bem como das ações estabelecidas no PMSB.
Importante ressaltar que o sistema de informações, a ser implantado, deve ser estruturado e voltado para absorver os dados e informações das soluções individuais e não apenas dos prestadores de serviços, que certamente serão as principais fontes para a alimentação do sistema (CAGECE, SISAR, associações, etc.) ou do titular, quando este presta diretamente os serviços
O sistema de informações é uma ferramenta de gestão integrada, com foco no acompanhamento dos programas, projetos e ações do Plano. O objetivo é reunir todas as informações de Arneiroz, provendo interfaces para cadastro e manipulação de tais dados, além de consultas e análises posteriores, por meio de indicadores.
Este capítulo apresenta um painel de indicadores que servirá para avaliação objetiva de desempenho dos objetivos e metas de curto, de médio e de longo prazos para alcance da universalização dos serviços, entendida como a ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico. O painel compõe-se de indicadores divididos em nível político e estratégico, voltados para a avaliação dos programas e/ou projetos, doravante denominados apenas de indicadores de primeiro e segundo níveis, respectivamente. O acompanhamento das ações de cada projeto será feito diretamente em cadastro próprio com atualizações periódicas.
Os indicadores de primeiro e segundo níveis foram definidos, em sua maioria, a partir do Sistema Nacional de Informações em Saneamento (SNIS). Os indicadores de primeiro nível são voltados para avaliação direta dos índices de cobertura e de atendimento dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e de resíduos sólidos urbanos (Quadro 7.1). Aliados a estes indicadores, foram definidos “indicadores de segundo nível” que serão utilizados de forma complementar para avaliação indireta da universalização, em termos de qualidade e melhoria dos serviços prestados, envolvendo apenas os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário (Quadro 7.2). Por enquanto, não foram estabelecidos indicadores de 2º nível para a componente resíduos sólidos urbanos e de 1º e 2º níveis para a componente drenagem, o que deverá ser feito no futuro.
Vale ressaltar que o Município de Arneiroz ainda não possui um sistema de indicadores para acompanhamento que compreenda o seu território integralmente. A implantação de um sistema está prevista até 2022, objeto do Projeto PR/PGSB/03/2018 do Programa de Gestão do Saneamento Básico. O desenvolvimento do sistema para acompanhamento do PMSB, no qual se insere o plano de Arneiroz, deverá adotar as normas do Decreto Estadual nº 29.255, de 09/04/08, que trata, entre outros, da padronização do desenvolvimento de sistemas de informação na utilização de software livre e que está em sintonia com as diretrizes do Governo Federal. Desta forma, serão disponibilizados vários cadastros por meio de sistema interligado, gerando consultas estatísticas para avaliação e acompanhamento do Plano nas suas diversas componentes.
Em relação aos indicadores adotados neste PMSB, o diagnóstico propiciou somente a determinação dos valores para os índices de cobertura e de atendimento, estabelecendo metas apenas para estes dois. Para os demais, caberá à ARCE estabelecer metas progressivas, consoante o artigo 23, inciso III da Lei nº 11.445/2007, as quais deverão ser incluídas nas futuras revisões deste plano.
PROGRAMA: Acessibilidade aos Serviços | ||||||||
Componente | Objetivos e Metas Estratégicos | Parâmetro ou Setor | Indicador | Conceito | Objetivo | Expresso em | Fórmula e Variáveis | Referência |
ÁGUA | Garantia do acesso ao abastecimento de água | Cobertura | Cobertura de água | Percentagem do número de domicílios ou da população com cobertura de abastecimento de água no município. | Avaliar o nível de acessibilidade ao abastecimento de água, em relação à possibilidade de ligação da população total. | % | Domicílios ou população do município com abastecimento de água disponível (nº) / Total de domicílios ou população total do município (nº) | AA01b (IRAR) adaptado |
Atendimento | Índice de atendimento urbano de água | Percentagem da população urbana do município com abastecimento de água disponível e interligado. | Avaliar o nível de acessibilidade efetivo ao abastecimento de água, ou seja, o percentual da população urbana interligada. | % | População urbana atendida com abastecimento de água (nº) / População urbana do município (nº) | I023 (SNIS) adaptado | ||
Índice de atendimento total de água | Percentagem da população total do município com abastecimento de água disponível e interligado. | Avaliar o nível de acessibilidade efetivo ao abastecimento de água, ou seja, o percentual da população total interligada. | % | População total atendida com abastecimento de água (nº) / População total do município (nº) | I055 (SNIS) adaptado | |||
ESGOTO | Garantia do acesso ao esgotamento sanitário | Cobertura | Cobertura de esgoto | Percentagem do número de domicílios ou da população com cobertura de esgotamento sanitário no município. | Avaliar o nível de acessibilidade de esgotamento sanitário, em relação à possibilidade de ligação da população total. | % | Domicílios com esgotamento sanitário disponível (nº) / Total de domicílios (nº) | AR01a (IRAR) adaptado |
Atendimento | Índice de atendimento urbano de esgoto | Percentagem da população urbana do município com esgotamento sanitário disponível e interligado. | Avaliar o nível de acessibilidade efetivo ao esgotamento sanitário, ou seja, o percentual da população urbana interligada. | % | População urbana atendida com esgotamento sanitário (nº) / População urbana total do município (nº) | I024, I047 (SNIS) adaptado | ||
Índice de atendimento total de esgoto | Percentagem da população total do município com esgotamento sanitário disponível e interligado. | Avaliar o nível de acessibilidade efetivo do esgotamento sanitário, ou seja, o percentual da população total interligada. | % | População total atendida com esgotamento sanitário (nº) / População total do município (nº) | I056 (SNIS) adaptado | |||
RESÍDUOS SÓLIDOS | Garantia do acesso à coleta dos resíduos sólidos urbanos | Taxa de Cobertura | Cobertura da coleta de resíduos sólidos urbanos | Percentagem do número de domicílios urbanos ou da população urbana com coleta de resíduos sólidos no município. | Avaliar o nível de acessibilidade da coleta dos resíduos sólidos urbanos, em relação à população total urbana. | % | Domicílios com coleta de resíduos sólidos urbanos (nº) / Total de domicílios urbanos (nº) | I016 (SNIS) adaptado |
Indicadores de 2º Nível para avaliação do Programa de Qualidade do Saneamento Básico (PQSB)
PROGRAMA: Melhorias Operacionais e de Qualidade dos Serviços | ||||||||
Componente | Objetivos e Metas Estratégicos | Parâmetro ou Setor | Indicador | Conceito | Objetivo | Unidade | Fórmula e Variáveis | Referência |
ÁGUA
| Redução de Perdas e combate aos desperdícios | Micromedição | Índice de hidrometração | Percentagem do número de ligações ativas no município que possuem hidrômetros. | Avaliar o nível de sustentabilidade da infraestrutura, em relação à medição do consumo real dos usuários. | % | Ligações ativas de água micromedidas (nº) / Ligações ativas de água (nº) x100 | I009 (SNIS) |
Macromedição | Índice de macromedição | Percentagem do volume de água produzido que é macromedida. | Avaliar o nível de sustentabilidade da infraestrutura dos serviços, em relação à existência de capacidade de medição da produção. | % | [Volume de água macromedido (m³) - Volume de água tratado exportado (m³)] / [Volume de água produzido (m³) +Volume de água tratada importado (m³) - Volume de água tratado exportado (m³)] x100 | I011 (SNIS) | ||
Ligação | Índice de perdas por ligação | Volume diário de água perdido, por ligação. | Avaliar o nível de sustentabilidade da infraestrutura dos serviços, em relação às perdas. | (L/dia)/ ligação | Volume de água produzido (L/dia) + Volume de água tratado importado (L/dia) - Volume de água de serviço (L/dia) - Volume de água consumido (L/dia)] / Ligações ativas de água (nº). | I051 (SNIS) | ||
Rede de distribuição | Densidade de vazamentos na rede de distribuição | Número de vazamentos na rede de distribuição, por unidade de comprimento. | Avaliar o nível de sustentabilidade operacional, em relação à existência de um número reduzido de vazamentos na rede de distribuição | nº/100 km/ano | Vazamentos na rede de distribuição (nº/ano) / Comprimento total da rede de distribuição (km) x100 | AA16 (IRAR) | ||
Otimização, Economia e Uso racional dos recursos | Consumo de energia | Índice de consumo de energia elétrica em sistemas de abastecimento de água | Consumo de energia por unidade de volume de água tratado. | Avaliar o nível de sustentabilidade ambiental dos serviços, em relação à utilização adequada dos recursos energéticos. | Kwh/m³ | Consumo total de energia elétrica em sistemas de abastecimento de água (Kwh) / [Volume de água produzido (m³)+ Volume de água tratado importado (m³)] | I058 (SNIS) | |
Capacidade Operacional | Reservação | Capacidade de reserva de água | Autonomia de fornecimento de água tratada pelos reservatórios de adução e distribuição. | Fornece indicação, em termos médios, de por quanto tempo é possível assegurar o fornecimento de água aos consumidores em caso de falha de alimentação. | dias | Capacidade de reserva de água na adução e na distribuição (m³) / Água entrada no sistema (m³/ano) x 365 | AA13 (IRAR) |
Continuação Quadro 7.2.
PROGRAMA: Melhorias Operacionais e de Qualidade dos Serviços (Continuação) | ||||||||
Componente | Objetivos e Metas Estratégicos | Parâmetro ou Setor | Indicador | Conceito | Objetivo | Unidade | Fórmula e Variáveis | Referência |
ÁGUA | Adequar qualidade da água | Cloro residual | Incidência das análises de cloro residual fora do padrão | Percentagem do número total de análises de cloro residual realizadas na água tratada não conforme com a legislação aplicável. | Avaliar o nível de qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento de parâmetros legais de qualidade da água fornecida. | % | Amostras para análises de cloro residual com resultado fora do padrão (nº) / Amostras analisadas para aferição de cloro residual (nº) x 100 | I075 (SNIS) |
Índice de conformidade da quantidade de amostras - cloro residual | Percentagem de análises de cloro residual requeridas pela legislação aplicável que foram realizadas. | Avaliar a qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento das exigências legais de monitoramento da qualidade da água fornecida. | % | Amostras analisadas para aferição de cloro residual (nº) / Mínimo de amostras obrigatórias para análises de cloro residual (nº) x 100 | I079 (SNIS) | |||
Coliformes totais | Incidência das análises de coliformes totais fora do padrão | Percentagem do número total de análises de coliformes totais realizadas na água tratada não conforme com a legislação aplicável. | Avaliar o nível de qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento de parâmetros legais de qualidade da água fornecida. | % | Amostras para análises de coliformes totais com resultado fora do padrão (nº) / Amostras analisadas para aferição de coliformes totais (nº) x100 | I084 (SNIS) | ||
Índice de conformidade da quantidade de amostras - coliformes totais | Percentagem de análises de coliformes totais requeridas pela legislação aplicável que foram realizadas. | Avaliar a qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento das exigências legais de monitoramento da qualidade da água fornecida. | % | Amostras analisadas para aferição de coliformes totais (nº) / Mínimo de amostras obrigatórias para coliformes totais (nº) x100 | I085 (SNIS) | |||
Atendimento | Serviços | Duração média dos serviços executados | Tempo médio gasto para execução dos serviços de água. | Avaliar o nível de sustentabilidade dos serviços, em relação à capacidade de solução das demandas reclamadas e/ou solicitadas pelos usuários. | hora/ serviço | Tempo de execução dos serviços de água (hora) / Quantidade de serviços de água executados (n°) | I083 (SNIS) adaptado | |
Serviços | Reclamações dos usuários | Avaliação da percepção do usuário a respeito da qualidade da prestação dos serviços de água. | Avaliar o nível de sustentabilidade dos serviços, em relação às demandas reclamadas e/ou solicitadas pelos usuários. | % | Reclamações dos usuários dos serviços de água (nº) / Total de economias ativas de água (nº) x 100 | Plano Mairinque (ADERASA) adaptado | ||
Capacidade Operacional | Tratamento | Utilização das estações de tratamento | Percentagem máxima da capacidade das estações de tratamento existentes que foi utilizada. | Permite avaliar a folga existente em termos de estações de tratamento relativamente aos períodos do ano de maior consumo. | % | Volume mensal máximo de água tratada (m³/mês) / Capacidade mensalmáxima de tratamento (m³)/mês) x 366 | AA13 (IRAR) | |
Continuidade/ Regularidade | Serviços | Reclamações de falta de água | Avaliação da percepção do usuário a respeito da qualidade da prestação dos serviços de água e esgoto. | Avaliar o nível de sustentabilidade dos serviços, em relação às reclamações de falta de água pelos usuários. | % | Reclamações de falta de água dos usuários dos serviços (nº) / Total de economias ativas de água (nº) x 100 | Plano Mairinque (ADERASA) adaptado |
Continuação Quadro 7.2.
PROGRAMA: Melhorias Operacionais e de Qualidade dos Serviços (Continuação) | ||||||||
Componente | Objetivos e Metas Estratégicos | Parâmetro ou Setor | Indicador | Conceito | Objetivo | Unidade | Fórmula e Variáveis | Referência |
ESGOTO | Adequar a qualidade dos esgotos | DBO | Incidência das análises de DBO fora do padrão | Percentagem do número total de análises de DBO realizadas no esgoto tratado não conforme com a legislação aplicável. | Avaliar o nível de qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento de parâmetros legais de qualidade da água fornecida. | % | Amostras para análises de DBO com resultado fora do padrão (nº) / Amostras analisadas para aferição de DBO (nº) x100 | I084 adaptado (SNIS) |
Coliformes totais | Incidência das análises de coliformes totais fora do padrão | Percentagem do número total de análises de coliformes totais realizadas no esgoto tratado não conforme com a legislação aplicável. | Avaliar o nível de qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento de parâmetros legais de qualidade da água fornecida. | % | Amostras para análises de coliformes totais com resultados fora do padrão (nº) / Amostras analisadas para aferição de coliformes totais (nº)x 100 | I084 (SNIS) | ||
Extravasamentos | Extravasamentos de esgotos por extensão de rede | Frequência de extravasamentos de esgoto por Km de rede | Avaliar o nível de qualidade dos serviços, em relação à frequência de extravasamentos que se verifica no serviço prestado | extravasamentos/ Km | Extravasamento de esgotos registrados (nº) / Extensão de rede de esgoto (Km) | I082 (SNIS) | ||
Avaliação a capacidade do tratamento | Tratamento | Índice de tratamento | Percentagem do esgoto coletado que é tratado em ETE | Avaliar o nível de sustentabilidade da infraestrutura dos serviços, em relação ao efetivo tratamento da totalidade do esgoto coletado. | % | Volume de esgoto tratado (m³) / [Volume de esgoto coletado (m³) + Volume de esgoto importado (m³)] x100 | I016 (SNIS) | |
Otimização, economia e uso racional | Consumo de energia | Índice de consumo de energia elétrica em sistemas de esgotamento sanitário | Consumo de energia por unidade de volume de esgoto tratado | Avaliar o nível de sustentabilidade ambiental dos serviços, em relação à utilização adequada dos recursos energéticos. | KWh/m³ | Consumo total de energia elétrica em sistemas de esgotamento sanitário (Kwh) / Volume de esgoto coletado (m³) | I059 (SNIS) | |
Atendimento | Serviços | Duração média dos serviços executados | Tempo médio gasto para execução dos serviços de esgoto. | Avaliar o nível de sustentabilidade dos serviços, em relação à capacidade de solução das demandas reclamadas e/ou solicitadas pelos usuários. | hora/ serviço | Tempo de execução dos serviços de esgoto (hora) / Quantidade de serviços executados (n°) | I083 (SNIS) | |
Serviços | Reclamações dos usuários | Avaliação da percepção do usuário a respeito da qualidade da prestação dos serviços de esgoto. | Avaliar o nível de sustentabilidade dos serviços, em relação às demandas reclamadas e/ou solicitadas pelos usuários. | % | Reclamações dos usuários dos serviços de esgoto (nº) / Total de economias ativas de esgoto (nº) x 100 | Plano Mairinque (ADERASA) |
As ações de emergência e contingência, contidas neste PMSB, identificam e priorizam riscos que envolvem as componentes do setor de saneamento básico. O objetivo destas ações é estabelecer medidas de controle para reduzir ou eliminar os possíveis riscos, aos usuários e ao meio ambiente.
As ações e diretrizes contemplam prevenção, atuação, funções e responsabilidades nos procedimentos de atuação, envolvendo diversos órgãos, tais como o SAAE, SISAR e Prefeitura Municipal, entre outros, no auxílio e combate às ocorrências emergenciais no setor de saneamento básico. Estas ações são de relevância significativa, uma vez que englobam as diversas situações que podem impactar na prestação dos serviços.
Ademais, é importante observar que, em situações críticas, o atendimento e funcionamento operacional dos serviços públicos de saneamento básico envolvem custos diferenciados.
Considerando a ocorrência de anormalidades em quaisquer sistemas do saneamento básico, a comunicação do fato deve seguir uma seqüência visando à adoção de medidas que permitam com rapidez e eficiência sanar as anormalidades que caracterizam a situação, bem como o controle dos seus efeitos.
Em situação de emergência, esta deverá ser comunicada às entidades responsáveis para mobilização das ações necessárias ao atendimento, com o objetivo de normalizar a situação.
Caso seja necessário realizar evacuação e o abandono de áreas afetadas por emergência, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros deverão coordenar todas as ações.
Nas situações de emergência, o coordenador local designado deverá providenciar a documentação e os registros fotográficos e/ou filmagens das emergências para registro de informações que subsidiem os processos investigatórios e jurídicos. Devem, ainda, detalhar as diretrizes apresentadas em Planos de Emergência e Contingência, visando especificar ações concretas de atuação, com base em normatização da ARCE, conforme definido no Inciso XI, art. 23 da Lei nº 11.445/2001.
O Plano de Emergência e Contingência de Arneiroz está explicitado no Apêndice D.
A regulação tem, como finalidade, proteger o interesse público, com vistas ao atendimento dos princípios e das diretrizes que orientam a formulação e a condução das políticas públicas. A regulação é entendida como a intervenção do Estado nas ordens econômica e social, com o objetivo de se alcançar eficiência e equidade, traduzidas como a universalização na provisão de bens e serviços públicos de natureza essencial, por parte de prestadores de serviços estatais e privados.
Além disso, a Lei nº 11.445/2007 estabelece a regulação como condição vinculante para a validade dos contratos de prestação dos serviços de água e esgoto. Esta regulação deverá ser realizada em atendimento aos seguintes princípios:
Constituem, ainda, objetivos da regulação definidos na Lei: estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários; garantir o cumprimento das condições e das metas estabelecidas; prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência, e definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam à eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.
Desta forma, diante das diretrizes e objetivos da Lei nº 11.445/2007 e da importância que a regulação pode representar para a melhoria e o desenvolvimento do setor de saneamento básico, é necessário que os instrumentos de execução da regulação – as agências reguladoras – sejam modelados com base nas seguintes características:
A Lei nº 11.445/2007 estabelece os critérios para a delegação da regulação dos serviços de saneamento básico, em caso do titular dos serviços não constituir sua própria agência.
Art. 23 § 1- a regulação de serviços públicos de saneamento básico poderá ser delegada pelos titulares a qualquer entidade reguladora constituída dentro dos limites do respectivo Estado, explicitando, no ato de delegação da regulação, a forma de atuação e a abrangência das atividades a serem desempenhadas pelas partes envolvidas
No tocante aos Planos de Saneamento Básico, a interface entre a regulação e o planejamento é explicitada no parágrafo único do art. 20 da Lei nº 11.445/2007, que define as atribuições específicas da entidade reguladora quanto aos planos:
Art. 20
Parágrafo único. Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a verificação do cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e contratuais.
Esta interface está reforçada no art. 27 do Decreto nº 7.217 de 21 de junho de 2010:
Art. 27. São objetivos da regulação:
II - garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;
O Estado do Ceará já dispõe de uma agência reguladora dotada das características definidas no marco regulatório nacional, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE E.sta agência constitui-se, portanto, na responsável pelo acompanhamento da verificação do cumprimento do Plano de Saneamento Básico de Arneiroz, garantindo-se a efetividade dos programas, projetos e ações previstos, em consonância com o disposto nas diretrizes e estratégias do Capítulo 5.
A ARCE foi criada por meio da Lei Estadual nº 12.786, de 30 de Dezembro de 1997, como uma Agência Multissetorial, com competências para a regulação técnica e econômica dos serviços públicos dos seguintes setores: Distribuição de Gás Canalizado e de Transporte Intermunicipal de Passageiros, delegados diretamente pelo Estado do Ceará; Distribuição de Energia Elétrica por meio da Delegação da ANEEL; e Saneamento Básico, conforme o art. 4º da Lei Estadual nº 14.394, de 7 de julho de 2009.
Os princípios da independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e financeira, e da transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões, indicados nos incisos do art. 21 da Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007 – fundamentais para a regulação – estão contemplados no desenho institucional da ARCE, o que contribui para o desenvolvimento da regulação setorial no Estado do Ceará, conforme análise a seguir.
Após a promulgação da Lei Estadual nº 14.394, de 7 de julho de 2009, a ARCE tornou-se reguladora dos serviços operados pela CAGECE, exceto quanto ao observado no art. 9º, inciso II, da Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Ou seja, enquanto os municípios operados pela CAGECE – atualmente 149 – não criarem suas próprias Agências ou não delegarem a regulação a outro ente, a ARCE será a reguladora dos serviços.
Além de fiscalizar a prestação dos serviços da CAGECE, a ARCE edita instrumentos normativos e realiza atendimento às reclamações dos usuários por meio de sua Ouvidoria, além de proceder à análise dos pleitos de revisão e reajuste de tarifas da CAGECE. O trabalho exercido por esta Agência credenciou-a como referência nacional pela Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR).
As ações de fiscalização, diretas e indiretas, caracterizam-se como uma das principais atividades exercidas pela ARCE, de competência das Coordenadorias de Regulação.
A Coordenadoria de Saneamento Básico (CSB) é a responsável pelas fiscalizações diretas e indiretas dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário prestados pela CAGECE. As fiscalizações diretas são auditorias avaliam o atendimento às condições normativas e contratuais da prestação de serviços. Já a fiscalização indireta ocorre por meio de indicadores de desempenho, calculados a partir de informações fornecidas pela CAGECE ou coletadas pela própria ARCE. Esta Coordenadoria, também, atua diretamente na verificação do cumprimento dos planos de saneamento.
A estrutura organizacional atual da ARCE encontra-se apresentada na Figura 9.1.
Fonte: Arce (2017).
É também atribuição da ARCE a definição de tarifas, propiciando a expansão do atendimento e a operação com qualidade e eficiência e, ao mesmo tempo, estabelecer preços acessíveis e compatíveis com a renda dos usuários.
Ainda no exercício de suas atribuições, a ARCE tem a Ouvidoria como instância de importância estratégica na relação com a sociedade. De fato, a Ouvidoria é a responsável por receber, processar e solucionar as reclamações dos usuários relacionadas com a prestação de serviços públicos de energia elétrica, água e esgoto, gás canalizado e transporte intermunicipal de passageiros, desde que exauridas as tentativas de acordo pelas partes em conflito. Com isso, a ouvidoria da ARCE faz com que a agência tenha relevante papel no controle social da prestação dos serviços, proporcionando ao usuário do serviço público o direito de questionar, solicitar informações, reclamar, criticar ou elogiar, garantindo a cidadania.
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A falta de percepção da problemática local, de forma geral, pode inviabilizar as políticas que exigem períodos de planejamento e execução, cujos efeitos são alcançados a médio e longo prazos. Por isto, a Lei nº 11.445/2007 reconheceu a importância do controle social, definindo-o como princípio fundamental da prestação dos serviços na formulação de políticas e planos de saneamento básico (art. 2º, da Lei nº 11.445/2007), entendido como “conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico”.
Assim, o acesso à informação torna-se imprescindível para o controle social e é garantido no art. 26 da Lei nº 11.445/2007, que assegura “publicidade dos relatórios, estudos, decisões e instrumentos equivalentes que se refiram à regulação ou à fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e deveres dos usuários e prestadores, a eles podendo ter acesso qualquer do povo, independentemente da existência de interesse direto”.
Conforme definido no inciso IV do caput do art. 3º da Lei no 11.445/2007, compete ao titular dos serviços o estabelecimento dos mecanismos de controle social. No processo de elaboração dos Planos de Saneamento Básico, a referida lei, em seu § 5º do art. 19, assegura “ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentam, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas”.
Consoante esta assertiva, o Decreto nº 7.217/2010, em seu art. 34, declara que o controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser instituído mediante a adoção de debates e audiências públicas, realizadas de modo a possibilitar o acesso da população, podendo ser realizadas de forma regionalizada ou por meio de consultas públicas, promovidas de forma a possibilitar que qualquer do povo, independentemente de interesse, ofereça críticas e sugestões a propostas do Poder Público, devendo tais consultas ser adequadamente respondidas.
Além da utilização de um dos mecanismos citados anteriormente, Arneiroz deve instituir, obrigatoriamente, por meio de legislação específica, o controle social realizado por meio de órgão colegiado, de caráter consultivo, com participação na formulação da política de saneamento básico, bem como no seu planejamento e avaliação. Suas funções e competências poderão ser exercidas por outro órgão colegiado já existente no município como, por exemplo, o conselho de meio ambiente, com as devidas adaptações da legislação, sendo assegurada a participação de representantes dos titulares dos serviços, de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico, dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico, dos usuários de serviços de saneamento básico e de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico, nos termos do art. 47 da Lei no 11.445/2007.
Em suma, o Plano Municipal de Saneamento Básico, sendo oriundo de um processo de discussão com a Sociedade Civil em Arneiroz, será peça fundamental na formulação da política pública do setor de saneamento básico de Arneiroz, tendo, como principal resultado, a definição de seus princípios e diretrizes, buscando a eficiência por meio do planejamento dos investimentos, respaldado nos interesses e na sabedoria dos técnicos e da população, rumo à universalização.
Para elaboração do PMSB de Arneiroz foi realizada 01 (uma) audiência pública abordando o diagnóstico e prognóstico, além da mobilização social, realizada pelos articuladores do município, com aplicação de questionários opinativos a respeito dos serviços prestados no setor de saneamento básico, estes dispostos no Apêndice E.
Por fim, o município de Arneiroz deve, até o final de 2022, instituir o órgão colegiado, ou adaptar um já existente, que exercerá as funções de controle social, do contrário, será vedado ao município, a partir do exercício financeiro de 2014, o acesso aos recursos federais ou àqueles geridos ou administrados por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamento básico, de acordo com o § 6o, art. 34 do Decreto nº 7.217/2010.
PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB) | |||||||||||
DISTRITO(S): | SEDE - URBANA | PROJETO: | PR/PASB/01/2018 | ||||||||
TÍTULO: | Ampliação do SAA operado pela CAGECE no distrito Sede - urbano | ||||||||||
1 – Objetivo | |||||||||||
Manter a universalização e atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade, conforme normas legais e regulamentares. | |||||||||||
2 – Justificativa | |||||||||||
O sistema de abastecimento de água (SAA) do distrito Sede (urbano), operado pela CAGECE, apresentou índices de cobertura e de atendimento na área urbana de 100% e 95,34 respectivamente em 2018, segundo o diagnóstico. A estação de tratamento produzindo em torno de 8,38 L/s, que não atende a demanda atual (10,17 L/s), deverá ser acrescida para suprir a demanda atual e futura, cujas demandas vão de 10,58 L/s em 2022 até 212,40 L/s em 2038. A reservação também não atende a demanda atual com déficit de 53,15 m³ a longo prazo. Portanto, nestas condições, a produção e reservação deverá ser acrescida para suprir a demanda já a curto prazo. Todas estas intervenções resultarão em investimentos de infraestrutrura de ETA, adutoras, rede e ligações. Com este projeto, pretende-se manter a universalização dos serviços na Sede urbana, garantindo-a até o ano de 2038, para o total de mais 258 novas ligações. Paralelamente, deve-se incentivar e disseminar a importância do consumo e uso racional de água tratada a fim de manter o índice de atendimento, mas com economia. Estima-se que o impacto incremental da implementação deste projeto para manter a universalização, no curto prazo será de 6,08% no índice de cobertura de abastecimento de água total do município. | |||||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | ||||||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | ||||||
A1 = Elaborar estudo de perfuração de novos poços profundos para ampliar a oferta de água bruta (manancial) | 100% | - | - | - | - | - | |||||
A2 = Elaborar projeto executivo para atendimento das metas estabelecidas de curto, médio e longo prazos de ampliação do SAA da Sede | 100% | - | - | - | - | - | |||||
A3 - Ampliar a produção em 4,03 l/s | 44% | 54,69% | 60% | 76,44% | 85% | 100% | |||||
A4 - Ampliar a reservação em 53,15 m³ | 10% | 15% | 20% | 50% | 75% | 100% | |||||
A5 = Ampliar a cobertura para atender 319 novas ligações hidrometradas no SAA do distrito Sede | 10% | 19,14% | 27% | 34,93% | 65% | 100% | |||||
A6 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância do consumo e uso racional de água tratada | Contínua |
4 – Resultados Esperados | |||||||||||
Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de abastecimento de água. | |||||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | |||||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz/CAGECE | |||||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | |||||||||||
SCIDADES/FUNASA | |||||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Estudo de perfuração de poços | 1 | - | - | 1 | |||||||
Ligações (domicílios) | 47 | 101 | 109 | 258 | |||||||
Ampliação da reservação (m³) | 18 | 17 | 18 | 53,15 | |||||||
Ampliação da produção (l/s) | 2,20 | 0,88 | 0,95 | 4,03 | |||||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos e Custos | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Realizar estudo de perfuração de poços | 50.000,00 | - | - | 50.000,00 | |||||||
Elaborar projeto executivo | 25.107,34 | - | - | 25.107,34 | |||||||
Execução de obras de expansão da cobertura e atendimento (incremento de ligações) | 124.868,24 | 291.359,24 | 416.227,48 | 832.454,96 | |||||||
Ampliação da reservação | 6.245,06 | 14.571,82 | 20.816,88 | 41.633,76 | |||||||
Ampliação da produção | 71.209,10 | 28.319,58 | 30.676,29 | 130.204,96 | |||||||
Custo total | 277.429,75 | 334.250,63 | 467.720,65 | 1.079.401,03 | |||||||
9 – Impacto Incremental na Universalização (%) | |||||||||||
Curto | Médio | Longo | |||||||||
6,08% | 19% | 32,99% |
PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB) | |||||||||||
DISTRITO(S): | SEDE / CACHOEIRA DE FORA | PROJETO: | PR/PASB/02/2018 | ||||||||
TÍTULO: | Ampliação do SAA operado pela SISAR nos distritos: Sede rural (Boqueirão e Macauim) e Cachoeira de Fora urbano (Cachoeira de Fora). | ||||||||||
1 – Objetivo | |||||||||||
Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade, conforme normas legais e regulamentares | |||||||||||
2 – Justificativa | |||||||||||
Existem vários sistemas no municípios, cuja gestão é de responsabilidade do SISAR (Boqueirão / Macauim / Cachoeira de Fora), cujos índices de cobertura e de atendimento são próximos de 100%, em 2018, segundo o diagnóstico. Com este projeto, pretende-se manter a universalização dos serviços nas localidades atendidas por estes sistemas, com a cobertura da demanda futura até o ano de 2038, para o total de mais 59 novas ligações. Além disso, deve-se, paralelamente, incentivar e disseminar a importância do consumo e uso racional de água tratada a fim de elevar o índice de atendimento. Estima-se que o impacto incremental da implementação deste projeto para manutenção da universalização no curto prazo será de 1,39% no índice de cobertura de abastecimento de água do município. | |||||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | ||||||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | ||||||
A1 = Elaborar projeto executivo para atendimento das metas estabelecidas de curto, médio e longo prazos dos SAA Sede Rural (Boqueirão e Macauim) e Cachoeira de Fora Urbano | 100% | - | - | - | - | - | |||||
A2 = Ampliar a cobertura para atender 59 novas ligações hidrometradas no SAA do distrito Sede rural- Boqueirão (10), Macauim (16) e Cachoeira de Fora urbano (33) | 5% | 18% | 38% | 58% | 78% | 100% | |||||
A3 - Ampliar a produção dos sistemas SISAR em 184 l/hab/dia: Sede rural- Boqueirão (45 l/hab/dia), Macauim (86 l/hab/dia) e Cachoeira de Fora urbano (52 l/hab/dia) | 10% | 15% | 20% | 50% | 75% | 100% | |||||
A4 - Ampliar a reservação do SIsar Cachoeira de Fora em 8 m³ | 10% | 15% | 20% | 50% | 75% | 100% | |||||
A5 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância do consumo e uso racional de água tratada | Contínua |
4 – Resultados Esperados | |||||||||||
Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de abastecimento de água. | |||||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | |||||||||||
SISAR/Prefeitura Municipal de Arneiroz | |||||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | |||||||||||
SCIDADES / FUNASA / SDA | |||||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Novas ligações (domicílios) | 11 | 23 | 25 | 59 | |||||||
Ampliação da reservação (m³) | 3 | 3 | 3 | 8 | |||||||
Ampliação da produção (l/hab/dia) | - | - | - | - | |||||||
8 – Orçamento Estimado (R$) | Prazos e Custos | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Elaborar Projeto Executivo | 17.924,72 | 17.924,72 | |||||||||
Execução de obras de expansão da cobertura e atendimento (rede e ligações) | 62.607,10 | 132.943,71 | 143.958,98 | 339.509,79 | |||||||
Ampliação da reservação | 67,54 | 157,60 | 225,14 | 450,29 | |||||||
Ampliação da produção | 2.780,15 | 6.487,01 | 9.267,16 | 18.534,33 | |||||||
Custo total | 83.379,51 | 139.588,32 | 153.451,29 | 376.419,12 | |||||||
9 – Impacto Incremental na Universalização (%) | |||||||||||
Curto | Médio | Longo | |||||||||
1,38% | 4,32% | 7,50% |
PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB) | |||||||||||
DISTRITO(S): | TODOS | PROJETO: | PR/PASB/03/2018 | ||||||||
TÍTULO: | Cobertura e atendimento do abastecimento de água por soluções individuais por meio de cisternas de água de chuva no município de Arneiroz | ||||||||||
1 – Objetivo | |||||||||||
Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade, conforme normas legais e regulamentares | |||||||||||
2 – Justificativa | |||||||||||
Para alcançar a universalização do abastecimento de água do Município de Arneiroz, é necessário incluir a população difusa da zona rural, não atendida por sistema de abastecimento de água. Neste caso, projetam-se soluções individuais para atender esta demanda. A solução proposta, cuja construção é financiada pelo Governo Federal, são as cisternas para captação de água da chuva para consumo humano. A execução destas cisternas, aliada ao trabalho de educação e saúde, irão contribuir para qualidade de vida da população difusa da zona rural. Com este projeto pretende-se que toda a população difusa no curto prazo, estimada em 226 domicílios, esteja universalizada por cisternas até 2022. O impacto incremental da implementação deste projeto para alcance da universalização, no curto prazo será de 29,01 % no índice de cobertura de abastecimento de água do município. | |||||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | ||||||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | ||||||
A1 = Ampliar a cobertura para atender 465 novos domicílios com Cisternas de Água de Chuva na zona rural dos Distritos Sede (223), Cachoeira de Fora (89) e Planalto (152). | 21,43% | 48,74% | 60,80% | 73,35% | 86,41% | 100% | |||||
A2 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância do consumo e uso racional de água tratada | Contínua |
4 – Resultados Esperados | |||||||||||
Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de abastecimento de água. | |||||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | |||||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz | |||||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | |||||||||||
SCIDADES / FUNASA / SDA | |||||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Cisternas de água de chuva | 226 | 114 | 124 | 465 | |||||||
8 – Orçamento Estimado (R$) | Prazos e Custos | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Execução de Obras | 607.884,86 | 306.961,67 | 332.395,50 | 1.247.242,02 | |||||||
9 - Impacto Incremental na universalização (%) | |||||||||||
Curto | Médio | Longo | |||||||||
29,01% | 43,65% | 59,52% |
PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB) | |||||||||||
DISTRITO(S): | SEDE - URBANA | PROJETO: | PR/PASB/04/2018 | ||||||||
TÍTULO: | Instalação do SES operado pela CAGECE no distrito Sede | ||||||||||
1 – Objetivo | |||||||||||
Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade, conforme normas legais e regulamentares | |||||||||||
2 – Justificativa | |||||||||||
Segundo o diagnóstico, a zona urbana do Distrito Sede é desprovida de sistema de esgotamento sanitário operado pela CAGECE, fazendo uso de outras soluções individuais inadequadas que atingem índices de nenhuma cobertura em 2018. Este projeto pretende atingir a universalização em 80% dos imóveis na Sede com rede, em 2038, quando deverá atingir em torno de 1.142 ligações. Além disso, deve-se, paralelamente, incentivar e disseminar a importância da interligação de cada domicílio à rede de esgotamento sanitário, onde ela for se tornando disponível, como forma de garantir a preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida da população. Estima-se que o impacto incremental da implementação deste projeto, no longo prazo, será de 35,10% no índice de cobertura total de esgotamento sanitário do município. | |||||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | ||||||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | ||||||
A1 = Implantar sistema de esgotamento sanitário para 1.142 ligações no distrito Sede | 14% | 31% | 48% | 65% | 82% | 100% | |||||
A2 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância da interligação dos esgotos à rede pública | Contínua |
4 – Resultados Esperados | |||||||||||
Melhoria da qualidade dos serviços; Aumentar o atendimento do SES no distrito Sede; Universalização dos serviços de esgotamento sanitário. | |||||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | |||||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz/CAGECE | |||||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | |||||||||||
SCIDADES/FUNASA | |||||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | ||||||||||
Item | Curto | Médio | Longo | Total | |||||||
Ligações (domicílios) | 350 | 393 | 399 | 1.142 | |||||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos | ||||||||||
Item | Curto | Médio | Longo | Total | |||||||
Execução de obras de expansão da cobertura e atendimento (rede e ligações) | 5.384.356,25 | 6.041.199,54 | 6.144.066,47 | 17.569.622 | |||||||
9 - Impacto Incremental na universalização (%) | |||||||||||
Curto | Médio | Longo | |||||||||
10,76% | 22,82% | 35,10% |
PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB) | |||||||||||
DISTRITO(S): | TODOS | PROJETO: | PR/PASB/05/2018 | ||||||||
TÍTULO: | Universalização da cobertura e atendimento do esgotamento sanitário por soluções individuais para domicílios SEM banheiros1 | ||||||||||
1 – Objetivo | |||||||||||
Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade, conforme normas legais e regulamentares | |||||||||||
2 – Justificativa | |||||||||||
Para alcançar a universalização do esgotamento sanitário do Município, é necessário incluir a população não alcançada por sistema de esgotamento sanitário por rede pública e que não possuem banheiros. Neste caso, projetam-se soluções individuais para atender esta demanda. A solução proposta, cuja construção é financiada pelo Governo Federal, são módulos sanitários com tratamento por fossa séptica e sumidouro ou, ainda, outra solução equivalente. A execução de soluções individuais para tratamento dos esgotos, bem como atividades de educação e saúde, irão contribuir para qualidade de vida da população difusa da zona rural. Com este projeto pretende-se que todos os domicílios da população difusa sem banheiros, no médio prazo, até 2030 estejam cobertos. O impacto incremental estimado deste projeto no médio prazo será de 8,04% com relação a demanda total do município. | |||||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | ||||||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | ||||||
A1 = Ampliar a cobertura para atender 283 novos domicílios com sistemas individuais do município de Arneiroz: Sede = 52(u) e 85(r); Cachoeira de Fora = 10(u) e 63(r); Planalto = 10(u) e 62(r). | 21,31% | 44,30% | 68,26% | 92,35% | 96,10% | 100% | |||||
A2 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância da destinação adequada dos esgotos | Contínua |
4 – Resultados Esperados | |||||||||||
Melhoria da qualidade de vida da população | |||||||||||
Dar destino adequado aos esgotos | |||||||||||
Universalização do esgotamento sanitário | |||||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | |||||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz | |||||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | |||||||||||
SCIDADES / FUNASA / SDA | |||||||||||
7 – Quantitativo Estimado | Quantidade | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Módulos sanitários (banheiro e fossa séptica + sumidouro) | 125 | 136 | 22 | 283 | |||||||
8 – Orçamento Estimado (R$) | Prazos | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Execução de Obras | 703.476,99 | 762.837,48 | 121.493,99 | 1.587.808,45 | |||||||
9 - Impacto Incremental na universalização (%) | |||||||||||
Curto | Médio | Longo | |||||||||
3,86% | 8,04% | 8,70% |
1 Admite-se qualquer solução individual como fossa séptica + sumidouro, fossa verde, etc.
PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB) | |||||||||||
DISTRITO(S): | TODOS | PROJETO: | PR/PASB/06/2018 | ||||||||
TÍTULO: | Universalização da cobertura e atendimento do esgotamento sanitário por soluções individuais para domicílios COM banheiros1 | ||||||||||
1 – Objetivo | |||||||||||
Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade, conforme normas legais e regulamentares | |||||||||||
2 – Justificativa | |||||||||||
Para alcançar a universalização do esgotamento sanitário do Município de Arneiroz, é necessário incluir a população não alcançada por sistema de fossa adequada e que possuem banheiros, porém destinam inadequadamente seus esgotos, lançando-os a céu aberto, fossas rudimentares, entre outros. Estimou-se um total de 1.711 domicílios nesta situação, em 2018. Desta forma, projetam-se soluções individuais para atender esta demanda de maneira adequada. A solução proposta, são fossa séptica e sumidouro ou, ainda, outra solução equivalente. A execução de soluções individuais para tratamento dos esgotos, bem como atividades de educação e saúde, irão contribuir para qualidade de vida da população difusa da zona rural. Com este projeto, pretende-se que ao menos 1380 dos domicílios da população difusa com banheiros dêem destino adequado aos seus esgotos no médio prazo, até 2030. Já a universalização deverá ser alcançada em 2038. Estima-se que a implantação deste projeto no longo prazo, gere impactos incremental de 65,39%. | |||||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | ||||||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | ||||||
A1 = Ampliar a cobertura para atender 2127 novos domicílios com sistemas individuais das zonas rurais do município | 14,30% | 30,42% | 47,58% | 64,89% | 82,36% | 100% | |||||
A2 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância da destinação adequada dos esgotos | Contínua |
4 – Resultados Esperados | |||||||||||
Melhoria da qualidade de vida da população | |||||||||||
Dar destino adequado aos esgotos | |||||||||||
Universalização do esgotamento sanitário | |||||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | |||||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz | |||||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | |||||||||||
SCIDADES / FUNASA / SDA | |||||||||||
7 – Quantitativo Estimado | Quantidade | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Módulos sanitários (fossa séptica + sumidouro) | 647 | 733 | 747 | 2.127 | |||||||
8 – Orçamento Estimado (R$) | Prazos | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Execução de Obras | 1.451.649,48 | 1.644.977,10 | 1.675.253,76 | 4.771.880,34 | |||||||
9 - Impacto Incremental na universalização (%) | |||||||||||
Curto | Médio | Longo | |||||||||
19,89% | 42,43% | 65,39% |
1 Admite-se qualquer solução individual como fossa séptica + sumidouro, fossa verde, etc.
PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB) | |||||||||||
DISTRITO(S): | TODOS | PROJETO: | PR/PASB/07/2018 | ||||||||
TÍTULO: | Ampliação da coleta dos resíduos sólidos do município de Arneiroz | ||||||||||
1 – Objetivo | |||||||||||
Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de coleta de resíduos sólidos com qualidade, conforme normas legais e regulamentares | |||||||||||
2 – Justificativa | |||||||||||
O município de Arneiroz não atingiu a universalização da limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos em relação às atividades de coleta, como determina a Lei Federal no 11.445/2007. De fato, a coleta dos resíduos sólidos no Município de Arneiroz atingiram índices totais de cobertura e de atendimento totais de 100% na sede urbana dos três distrito em 2018. Com este projeto, pretende-se manter a universalização nas zonas urbanas e elevar os índices rurais até a universalização no médio prazo, ou seja, até 2030. | |||||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | ||||||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | ||||||
A1 = Ampliar a cobertura para atender 397 novos domicílios no distrito Sede | 5% | 19% | 39% | 59% | 79% | 100% | |||||
A2 = Ampliar a cobertura para atender 403 novos domicílios no distrito Cachoeira de Fora | 19% | 41% | 64% | 88% | 94% | 100% | |||||
A3 = Ampliar a cobertura para atender 230 novos domicílios no distrito Planalto | 18% | 40% | 63% | 86% | 93% | 100% | |||||
A4 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância da participação da população nas atividades de coleta dos resíduos sólidos | Contínua |
4 – Resultados Esperados | |||||||||||
Melhoria da qualidade dos serviços; Ampliar o atendimento dos serviços; Universalização dos serviços de coleta de resíduos sólidos. | |||||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | |||||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz | |||||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | |||||||||||
CONPAM/SCIDADES/FUNASA | |||||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | ||||||||||
Item | Curto | Médio | Longo | Total | |||||||
Numero de domicílios | 323 | 449 | 258 | 1.030 | |||||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos | ||||||||||
Item | Curto | Médio | Longo | Total | |||||||
Custos da coleta domiciliar adicional | 88.216,75 | 122.630,22 | 70.434,56 | 281.281,52 | |||||||
9 - Impacto Incremental na universalização (%) | |||||||||||
Curto | Médio | Longo | |||||||||
31,36% | 74,96% | 100% |
PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB) | |||||||||||
DISTRITO(S): | TODOS | PROJETO: | PR/PASB/08/2018 | ||||||||
TÍTULO: | Ampliação da pavimentação de vias do município de Arneiroz | ||||||||||
1 – Objetivo | |||||||||||
Universalizar a cobertura da pavimentação com qualidade, conforme normas legais e regulamentares | |||||||||||
2 – Justificativa | |||||||||||
Segundo o diagnóstico, o IBGE levantou a existência de 983 domicílios com pavimentação em seu entorno de um total de 1.137, déficit corroborado pela Prefeitura em termos quantitativos e percentuais. Segundo dados da Prefeitura, o distrito de Arneiroz (Sede) apresenta 90% das ruas pavimentadas, correspondente a 12Km, enquanto o distrito de Cachoeira de Fora está com 100% de ruas pavimentadas e o distrito Planalto aparece com 80% de pavimentação, equivalentes a 3 Km, no total. Com base nos dados de pavimentação enviados pela Prefeitura, calculou-se o déficit de pavimentação necessária nas zonas urbanas do município. No total, a necessidade de pavimentação foi estimada em mais 2,1 Km, cuja implantação ao longo do horizonte do PMSB é objeto deste projeto. | |||||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | ||||||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | ||||||
A1 = Ampliar a pavimentação em 1,34 Km no distrito Sede | 0% | 33% | 70% | 100% | 100% | 100% | |||||
A2 = Ampliar a pavimentação em 0,73 Km no distrito Planalto | 0% | 33% | 70% | 100% | 100% | 100% |
4 – Resultados Esperados | |||||||||||
Melhoria da qualidade dos serviços; Ampliar o atendimento dos serviços; Universalização dos serviços de drenagem. | |||||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | |||||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz | |||||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | |||||||||||
SCIDADES/FUNASA | |||||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | ||||||||||
Item | Curto | Médio | Longo | Total | |||||||
Pavimentação (Km) | 0,68 | 1,38 | - | 2,1 | |||||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos | ||||||||||
Item | Curto | Médio | Longo | Total | |||||||
Custo de implantação | 348.958,21 | 708.490,91 | 0,00 | 1.057.449,12 | |||||||
9 - Impacto Incremental na universalização (%) | |||||||||||
Curto | Médio | Longo | |||||||||
33% | 100% | - |
PROGRAMA DE QUALIDADE DO SANEAMENTO BÁSICO - PQSB | |||||||||||
DISTRITO(S): | SEDE E SANTO ANTÔNIO | PROJETO: | PR/PQSB/01/2018 | ||||||||
TÍTULO: | Implantação de tratamento adequado no distrito de Novo Horizonte abastecidas por solução coletiva | ||||||||||
1 – Objetivo | |||||||||||
Melhorar a qualidade do abastecimento de água, por meio de implantação de sistema de tratamento em sistemas existenstes da Prefeitura que realizam somente captação e distribuição, conforme normas legais e regulamentares. | |||||||||||
2 – Justificativa | |||||||||||
Algumas localidades rurais do município podem avançar na melhoria da qualidade do abastecimento de água, com a instalação de estações de tratamento de água. A localide de Novo Horizonte com 76 residências tem um sistema coletivo com captação e distribuição, mas sem tratamento . Este projeto pretende que estesistema esteja implantado no médio prazo, ou seja, até 2030. | |||||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | ||||||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | ||||||
A1 = Implantar melhoria referente ao tratamento de água com estação para os sistema de abastecimento de água da localidade de Novo Horizonte (76lig.). | 5% | 30% | 70% | 100% | 100% | 100% |
4 – Resultados Esperados | |||||||||||
Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de abastecimento de água. | |||||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | |||||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz | |||||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | |||||||||||
SCIDADES/FUNASA | |||||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Ligações (domicílios) | 23 | 53 | 76 | ||||||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos e Custos | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Implantar sistema de tratamento em 1 (uma) localidade | 14.656,69 | R$ 34.198,93 | 48.855,62 | ||||||||
9 – Impacto Incremental na Universalização (%) | |||||||||||
Curto | Médio | Longo | |||||||||
Qualitativo |
PROGRAMA DE QUALIDADE DO SANEAMENTO BÁSICO - PQSB | ||||||||
DISTRITO(S): | SEDE | PROJETO: | PR/PQSB/02/2018 | |||||
TÍTULO: | Eliminação do lixão e recuperação da área degradada | |||||||
1 – Objetivo | ||||||||
Recuperação definitiva (remoção e fechamento) do lixão e disposição adequada dos rejeitos em aterro sanitário. | ||||||||
2 – Justificativa | ||||||||
Os resíduos coletados no município são dispostos no vazadouro a céu aberto (lixão), poluindo o meio ambiente. O lixão está localizado na lzona rural Fazenda Sete Polos. Entretanto, uma vez a destinação final dos resíduos seja resolvida por meio do consórcio, a área do lixão deverá ser recuperada. Segundo a metodologia dos Planos de Transição para Recuperação das Áreas Degradadas (PTRAD) dos lixões a céu aberto elaborados em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), essa recuperação será realizada em 3 etapas: ações emergenciais e prévias (curto prazo) de eliminação das condições de perigo e minimização do potencial de contaminação futura; ações típicas e de reabilitação (médio prazo) para obras geotécnicas de estabilização e ações de revegetação, recomposição e remediação e; ações de monitoramento (longo prazo) para o controle das intervenções adotadas. Porém, mais do que a simples eliminação do lixão e recuperação de sua área, este projeto visa também acompanhar a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região dos Inhamuns, no qual o Município de Arneiroz está inserido. | ||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | |||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | |||
A1 = Eliminar lixão e recuperar área degradada | 50% | 100% | 100% | 100% | 100% | 100% | ||
A2 = Acompanhar a implantação e o funcionamento do Consórcio Público com sede em Tauá | Contínua |
4 – Resultados Esperados | ||||||||
Destinação adequada aos resíduos sólidos urbanos; Melhorias sanitárias; Universalização dos serviços de coleta dos resíduos sólidos. | ||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | ||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz, Secretaria das Cidades e Consórcio | ||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | ||||||||
SCIDADES/FUNASA/SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) | ||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Lixão | 1 | 0 | 0 | 1 | ||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos e Custos | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Custos de agravo ambiental | 110.000,00 | 0,00 | 0,00 | 110.000,00 | ||||
Custos de recuperação da área degradada (+BDI) | 1.150.000,00 | 0,00 | 0,00 | 1.150.000,00 | ||||
Custo total | 1.260.000,00 | 0,00 | 0,00 | 1.260.000,00 | ||||
9 – Impacto Incremental na Universalização (%) | ||||||||
Curto | Médio | Longo | ||||||
Qualitativo |
PROGRAMA DE QUALIDADE DO SANEAMENTO BÁSICO - PQSB | ||||||||
DISTRITO(S): | TODOS | PROJETO: | PR/PQSB/03/2018 | |||||
TÍTULO: | Coleta seletiva | |||||||
1 – Objetivo | ||||||||
Implantar as Coletas Seletivas Múltiplas e a Central Municipal de Resíduos – CMR, para segregação e reaproveitamento dos resíduos sólidos*. | ||||||||
2 – Justificativa | ||||||||
O Município de Arneiroz ainda não realiza coleta seletiva em nenhum de seus distritos. Em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (SEMA), será iniciado a partir de janeiro de 2019 a implantação da Central Municipal de Resíduos – CMR, envolvendo recursos estimados da ordem de R$ 1.303.000,00 na qual está prevista a construção de um galpão de triagem e um galpão de compostagem, além de vários ecopontos. | ||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | |||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | |||
A1 = Implantar Central Municipal de Resíduos - CMR | 0% | 100% | 100% | 100% | 100% | 100% |
4 – Resultados Esperados | ||||||||
Destinação adequada aos resíduos sólidos urbanos; Melhorias sanitárias; Universalização dos serviços de coleta dos resíduos sólidos. | ||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | ||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz e Consórcio | ||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | ||||||||
SCIDADES/FUNASA e SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente) | ||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Central Municipal de Resíduos - CMR | 1 | 0 | 0 | 1 | ||||
Transporte para coleta seletiva | 1 | 1 | 1 | 3 | ||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos e Custos | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Custo infraestrutura CMR | 408.000,00 | 41.000,00 | 204.000,00 | 653.000 | ||||
Custo equipamentos | 13.000,00 | 26.000,00 | 26.000,00 | 65.000 | ||||
Custo Operacional | 3.528.000,00 | 7.056.000,00 | 7.761.000,00 | 18.345.000 | ||||
Custo total | 3.949.000,00 | 7.123.000,00 | 7.991.000,00 | 19.063.000 | ||||
9 – Impacto Incremental na Universalização (%) | ||||||||
Curto | Médio | Longo | ||||||
Qualitativo |
PROGRAMA DE QUALIDADE DO SANEAMENTO BÁSICO - PQSB | ||||||||
DISTRITO(S): | TODOS | PROJETO: | PR/PQSB/04/2018 | |||||
TÍTULO: | Adequação do transporte dos resíduos sólidos de Arneiroz | |||||||
1 – Objetivo | ||||||||
Prover transporte adequado dos resíduos sólidos, da coleta à destinação final ou ao transbordo. | ||||||||
2 – Justificativa | ||||||||
A coleta e o transporte dos resíduos são realizados somente por caminhões de carroceria e basculantes, apresentando estado de conservação regular. Este tipo de equipamento não é adequado para a coleta do lixo domiciliar, exceto no caso de coleta seletiva, pois não garante o isolamento dos resíduos e não impede que ocorra poluição ao longo do trajeto, por se tratar de caminhão de carroceria aberta. Diante disto, este projeto visa providenciar um caminhão fechado e adequado a este tipo de transporte, o caminhão compactador. | ||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | |||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | |||
A1 = Adquirir 6 (seis) caminhões compactadores destinados ao transporte dos resíduos coletados | 0% | 33% | 33% | 67% | 67% | 100% |
4 – Resultados Esperados | ||||||||
Transporte adequado dos resíduos sólidos; Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de coleta dos resíduos sólidos. | ||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | ||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz | ||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | ||||||||
SCIDADES/FUNASA | ||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Caminhão compactador | 2 | 2 | 2 | 6 | ||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos e Custos | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Caminhão compactador | 650.000,00 | 650.000,00 | 650.000,00 | 1.950.000,00 | ||||
9 – Impacto Incremental na Universalização (%) | ||||||||
Curto | Médio | Longo | ||||||
Qualitativo |
PROGRAMA DE QUALIDADE DO SANEAMENTO BÁSICO - PQSB | |||||||||||
DISTRITO(S): | TODOS | PROJETO: | PR/PQSB/05/2018 | ||||||||
TÍTULO: | Elaboração de projetos executivos do sistema de drenagem urbana | ||||||||||
1 – Objetivo | |||||||||||
Elaborar projetos executivos dos sistemas de drenagem e manejo da águas pluviais urbanas do município do Arneiroz | |||||||||||
2 – Justificativa | |||||||||||
Segundo conclusão do diagnóstico, em relação à drenagem constatou-se que: existem ruas não pavimentadas, cuja ausência de drenagem são causas de erosão do solo. Os recursos hídricos (açudes, riachos, córregos, etc.) sofrem com assoreamento de seus leitos; há zonas de risco sendo ocupadas, a pouca ou inexistente cobertura por esgotamento sanitário contaminam os recursos hídricos com lançamento de esgoto in natura. Este projeto visa fazer um levantamento preciso das necessidades de drenagem do município e elaborar projetos executivos de obras de drenagem. | |||||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | ||||||||||
2019 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | ||||||
A1 = Elaborar estudo e projetos executivos de drenagem para as áreas urbanas do município | 0% | 100% | - | - | - | - |
4 – Resultados Esperados | |||||||||||
Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. | |||||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | |||||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz | |||||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | |||||||||||
SCIDADES/FUNASA | |||||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Estudo diagnóstico + projeto executivo de obras de melhorias | 1 | 1 | |||||||||
Melhorias a serem implantadas | A serem definidas pelo diagnóstico | - | |||||||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos e Custos | ||||||||||
Curto | Médio | Longo | Total | ||||||||
Estudo diagnóstico + projeto executivo de obras de melhorias | 500.000,00 | 500.000,00 | |||||||||
Implantar melhorias | A serem definidas pelo diagnóstico | - | |||||||||
9 – Impacto Incremental na Universalização (%) | |||||||||||
Curto | Médio | Longo | |||||||||
Qualitativo |
Programa de Gestão do Saneamento Básico - PGSB | ||||||||
DISTRITO(S): | TODOS | PROJETO: | PR/PGSB/01/2018 | |||||
TÍTULO: | Fortalecimento Institucional | |||||||
1 – Objetivo | ||||||||
Aprovar lei de aprovação do PMSB e dar outras providências | ||||||||
2 – Justificativa | ||||||||
De acordo com orientações do governo federal e no sentido de oferecer maior segurança institucional ao Plano de Saneamento Básico de Arneiroz, é necessária a aprovação do mesmo por meio de lei municipal. Entretanto, para além da execução do Plano e de sua aprovação, importa também a sua garantia de continuidade. Assim, para que o plano seja sustentável torna-se importante, dentre outros aspectos, no mínimo: consolidar a regulação dos serviços de saneamento básico por meio da Agência Reguladora de Serviços Delegados do Estado do Ceará – ARCE, haja vista a obrigatoriedade do acompanhamento do plano por uma entidade reguladora; estabelecer estrutura no âmbito municipal responsável pela operacionalização do PMSB; e definir o conselho responsável pelo controle social. | ||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | |||||||
2018 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | |||
A1 = Enviar Projeto de Lei para Câmara Municipal | 100% | - | - | - | - | - | ||
|
|
|
|
|
|
| ||
4 – Resultados Esperados | ||||||||
Fortalecer institucionalmente o setor; Melhoria na gestão dos serviços por parte do titular dos serviços; Universalização do saneamento básico. | ||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | ||||||||
Prefeitura do Arneiroz | ||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | ||||||||
SCIDADES/FUNASA/ARCE/CAGECE | ||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Minuta de projeto de Lei | 1 | - | - | 1 | ||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos e Custos | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Minuta de projeto de lei | s/custo | - | - | s/custo | ||||
|
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|
|
| ||||
9 – Impacto Incremental na Universalização (%) | ||||||||
Curto | Médio | Longo | ||||||
Qualitativo |
Programa de Gestão do Saneamento Básico - PGSB | ||||||||
DISTRITO(S): | TODOS | PROJETO: | PR/PGSB/02/2018 | |||||
TÍTULO: | Fortalecimento da Gestão dos Serviços | |||||||
1 – Objetivo | ||||||||
Aperfeiçoar a capacidade de gestão da Prefeitura Municipal de Arneiroz no exercício das atribuições, relacionadas ao saneamento básico, com o estabelecimento de recursos humanos para atuar no setor. | ||||||||
2 – Justificativa | ||||||||
Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), Medidas Estruturantes são aquelas medidas que fornecem suporte político e gerencial para a sustentabilidade da prestação dos serviços. Encontram-se tanto na esfera do aperfeiçoamento da gestão, em todas as suas dimensões, quanto na da melhoria cotidiana e rotineira da infraestrutura física. Ainda, para o PLANSAB, a consolidação desta ações trará benefícios duradouros às Medidas Estruturais que são constituídas por obras e intervenções físicas em infraestrutura de saneamento. Portanto, este projeto visa o fortalecer a coordenação da Política de Saneamento Básico de Arneiroz, utilizando o PMSB como instrumento orientador das políticas, programas, projetos e ações do setor. Estrategicamente, faz-se necessário criar órgão na estrutura administrativa municipal para a coordenação, articulação e integração da política, a partir das diretrizes do PMSB, fortalecendo a capacidade técnica e administrativa, por meio de recursos humanos, logísticos, orçamentários e financeiros. Isto possibilitará ao município, desenvolver gestões e realizar avaliações periódicas para que a previsão orçamentária e a execução financeira, no campo do saneamento básico, observem as metas e diretrizes estabelecidas no PMSB, o qual deve está integrado com os demais planejamentos setoriais fortalecendo uma visão integrada das necessidades de todo o território municipal | ||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | |||||||
2018 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | |||
A1 = Montar infraestrutura de gestão do saneamento básico, com os recursos humanos necessários para atuação nas atividades de gestão do saneamento básico | 0% | 100% | - | - | - | - | ||
A2 = Capacitar os recursos humanos | Contínua | |||||||
4 – Resultados Esperados | ||||||||
Melhoria da gestão dos serviços pelo titular dos serviços; Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização do saneamento básico. | ||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | ||||||||
Prefeitura Municipal de Arneiroz | ||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | ||||||||
SCIDADES/FUNASA | ||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Infraestrutura montada, com recursos humanos e materiais | 1 | - | - | 1 | ||||
|
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|
|
| ||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos e Custos | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Verba | 100.000,00 |
|
| 100.000,00 | ||||
|
|
|
|
| ||||
9 – Impacto Incremental na Universalização (%) | ||||||||
Curto | Médio | Longo | ||||||
Qualitativo |
Programa de Gestão do Saneamento Básico - PGSB | ||||||||
DISTRITO(S): | TODOS | PROJETO: | PR/PGSB/03/2018 | |||||
TÍTULO: | Implantação de Sistema de Informações | |||||||
1 – Objetivo | ||||||||
Implantar o sistema de avaliação e monitoramento das metas do PMSB para gestão do saneamento básico no Município | ||||||||
2 – Justificativa | ||||||||
O setor público deve sempre buscar maior eficiência, eficácia e efetividade nos resultados, estabelecendo metas de desempenho operacional para os operadores públicos de serviços de saneamento básico, além dele próprio. Para tanto, é preciso fortalecer a gestão institucional e a prestação dos serviços, apoiando a capacitação técnica e gerencial dos operadores públicos de serviços de saneamento básico, ações de comunicação, mobilização e educação ambiental, e a transparência e acesso às informações, bem como à prestação de contas, e o controle social. Em função da grande quantidade de dados e informações geradas a partir da gestão do setor, será necessário implantar sistema de avaliação e monitoramento das metas e demais indicadores de resultados e de impacto estabelecidos pelo PMSB, além de acompanhar a aplicação das verbas destinadas no orçamento público. Com este projeto, será disponibilizado, pela ARCE, planilha eletrônica para os gestores municipais iniciem os registros de dados e informações do PMSB, durante a sua execução. Posteriormente, a planilha poderá ser substituída por sistema de informações capaz de se integrar ao Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SINISA). | ||||||||
3 – Ações | Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.): | |||||||
2018 | 2022 | 2026 | 2030 | 2034 | 2038 | |||
A1 = Implantar o planilha eletrônica | 100% | - | - | - | - | - | ||
A2 = Implantar o sistema de informações | 0% | 100% | - | - | - | - | ||
4 – Resultados Esperados | ||||||||
Melhoria na gestão dos serviços por parte do titular dos serviços; Melhoria da qualidade dos serviços; Facilitar a divulgação de informações; Universalização do saneamento básico. | ||||||||
5 – Entidade(s) Responsável(eis) | ||||||||
Prefeitura do Arneiroz | ||||||||
6 – Entidade(s) Parceira(s) | ||||||||
SCIDADES/FUNASA/ARCE/CAGECE | ||||||||
7 – Quantitativo Estimativo | Quantidade | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Planilha eletrônica | 1 | - | - | 1 | ||||
8 – Orçamento Estimativo (R$) | Prazos e Custos | |||||||
Curto | Médio | Longo | Total | |||||
Planilha eletrônica | s/custo | - | - | s/custo | ||||
Sistema de informações | 70.000 | - | - | 70.000 | ||||
9 – Impacto Incremental na Universalização (%) | ||||||||
Curto | Médio | Longo | ||||||
Qualitativo |
Plano de emergência e contingência de Arneiroz
Pontos Vulneráveis | Eventos Adversos | |||||||||||||
Estiagem | Rompimento | Interrupção no bombeamento | Contaminação Acidental | Enchente | Vandalismo | Falta de energia | Entupimento | Retorno de esgoto | Quebra do veículo de coleta | Falta de mercado comprador | Greve | Vias bloqueadas | ||
SAA | Captação/EEAB | 1-4-12 | 1-4-5-12 | 1-4-12 | 3-6-7-8-12-14 | 1-4-11-12 | 1-3-4-5-12-16 | 1-4-12 | ||||||
Adutora de Água Bruta | 1-4-5-7-12 | |||||||||||||
ETA | 4-5-12 | 3-6-7-8-12-14 | 1-3-4-5-6-12-16 | 1-4-12 | ||||||||||
EEAT/Booster | 4-5-12-13 | 1-4-9-13 | 1-3-4-5-6-13-16 | 4-12-13 | ||||||||||
Adutora de Água Tratada | 1-4-5-7-12-13 | |||||||||||||
Reservatórios | 4-5-12-13 | 3-6-7-8-12-14 | 1-3-4-5-6-13-16 | |||||||||||
Rede de distribuição | 2-4-5-7-13 | 3-6-7-8-12 | ||||||||||||
Poços | ||||||||||||||
SES | Rede coletora | 5-8 | 5 | 5-8 | ||||||||||
Interceptores e Emissários | 5-8 | 5 | 5-8 | |||||||||||
Elevatórias | 5-8 | 8-9 | 5-8-9-16 | 8 | 5-8 | |||||||||
ETE | 5-8-9-14-15 | 8 | 5-8-9-16 | 8 | 5-8 | |||||||||
Drenagem Urbana | Macrodrenagem | 5 | 5-8-9 | 5 | ||||||||||
Microdrenagem | 5 | 5-8-9 | 5 | |||||||||||
Boca de Lobo | 5 | |||||||||||||
Limpeza Urbana | Limpeza Urbana | 9 | 9-16 | 5-9-11 | 11 | 9 | ||||||||
Coleta regular | 9-10 | 9-16 | 5-11 | 10-11 | 5-9-10 | |||||||||
Aterro Sanitário | 5-8-9 | 8-9-11 | 10-11 | 10-11 | ||||||||||
ETE Aterro | 5-8-9-14 | 5-8-9-14 | 9-16 | |||||||||||
Transbordo | 9-16 | 5-11 | 10-11 | 10-11 | ||||||||||
Coleta Seletiva/Reciclagem | 5-11 | 9-11 | 10-11 | |||||||||||
Compostagem | 9-11 |
Medidas Emergenciais | Responsabilidade | ||
Prefeitura Municipal de Arneiroz | Prestador dos Serviços | ||
1 | Manobras de redes para atendimento de atividades essenciais |
| x |
2 | Manobras de rede para isolamento da perda |
| x |
3 | Interrupção do abastecimento até conclusão de medidas saneadoras |
| x |
4 | Acionamento dos meios de comunicação para aviso à população atingida para racionamento (rádios e carro de som quando pertinentes) | x | x |
5 | Acionamento emergencial da manutenção do prestador de serviços e ou Corpo de Bombeiros se for o caso (edificações atingidas e/ou com estabilidade ameaçada) | x | x |
6 | Acionamento dos meios de comunicação para alerta de água imprópria para consumo. | x | x |
7 | Realizar descarga de redes |
| x |
8 | Informar o órgão ambiental componente e/ou Vigilância Sanitária | x | x |
9 | Paralisação temporária dos serviços nos locais atingidos |
| x |
10 | Acionamento dos meios de comunicação para aviso à população para evitar disposição dos resíduos nas ruas | x | x |
11 | Busca de apoio nos municípios vizinhos ou contratação emergencial | x | x |
12 | Apoio com carros pipa a partir de fontes alternativas cadastradas |
| x |
13 | Apoio com carros pipa a partir do sistema principal se necessário |
| x |
14 | Acionar Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros para isolar fonte de contaminação | x | x |
15 | Acionamento dos meios de comunicação para alerta do bloqueio (rádios, TV) | x | x |
16 | Comunicação a Polícia | x | x |
MINUTA DO PROJETO DE LEI
Institui o Plano Municipal de Saneamento Básico, compreendendo os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas na sede e distritos do Município de [NOME DO MUNICÍPIO], e dá outras providências.
O PREFEITO MUNICIPAL DE [NOME DO MUNICÍPIO], Estado do Ceará:
Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE [NOME DO MUNICÍPIO], decretou e sancionou a seguinte Lei:
Art. 1º Fica instituído o Plano Municipal de Saneamento Básico, envolvendo o conjunto dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas na sede e distritos do Município de [NOME DO MUNICÍPIO], nos termos do Anexo Único desta Lei, para o horizonte de 20 (vinte) anos, com a definição dos programas, projetos e ações necessários para o alcance de seus objetivos e metas, ações para emergências e contingências, e mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas.
§ 1º O planejamento dos serviços públicos de saneamento básico orientar-se-á de acordo com os princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, especialmente o disposto nos arts. 19 e 20.
§ 2º Os prestadores dos serviços públicos de saneamento básico deverão observar o disposto no Plano Municipal de Saneamento Básico, especialmente no tocante ao cumprimento das metas nele previstas, devendo prestar informações às instâncias municipais responsáveis pela operacionalização e pelo controle social.
§ 3º O Plano Municipal de Saneamento Básico será submetido à revisão a cada 4 (quatro) anos, sob coordenação da autoridade responsável pela operacionalização do Plano, podendo solicitar apoio dos prestadores dos serviços e da entidade reguladora.
§ 4º No caso de regionalização dos serviços, o Plano Municipal de Saneamento Básico poderá ser submetido à revisão extraordinária, para compatibilização de planejamento, nos moldes do § 3º deste artigo.
§ 5º Incumbe à entidade reguladora dos serviços a verificação do cumprimento do Plano Municipal de Saneamento Básico por parte dos prestadores de serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e contratuais.
Art. 2º A operacionalização do Plano Municipal de Saneamento Básico será exercida pela Secretaria Municipal de [NOME DA SECRETARIA].
§ 1º É assegurado à Secretaria Municipal de [NOME DA SECRETARIA] o acesso a quaisquer documentos e informações produzidos pelos prestadores de serviços.
§ 2º Competirá à Secretaria Municipal de [NOME DA SECRETARIA]:
I - acompanhar a execução do Plano Municipal de Saneamento Básico pelos prestadores de serviços, auxiliando a entidade reguladora na verificação do cumprimento do Plano;
II - proceder à articulação das informações referentes aos serviços públicos de saneamento básico com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico - SINISA ou sistema estadual equivalente;
III - receber reclamações de usuários relativas à prestação dos serviços, devendo encaminhá-las à entidade reguladora.
Parágrafo único. O exercício das atividades de regulação poderá ser realizado nos termos da Lei Estadual nº 14.394, de 7 de julho de 2009.
Art.5º-Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
[NOME DO MUNICÍPIO], [dia] de [mês] de [ano].
[Nome do Prefeito]
PREFEITO MUNICIPAL DE [NOME DO MUNICÍPIO)
Na estimativa dos custos envolvidos observou-se o seguinte:
i. Evolução Populacional
De acordo com a Tabela 3.2 - Evolução Populacional por situação de domicílio ocupado, ano 2010, realizada pelo IBGE, a população urbana do Município de Arneiroz era de 3.879 habitantes. Com base na evolução da população deste Município ao longo do período 1991/2010, adotou-se taxa de crescimento geométrico da ordem de 3% ao ano até 2038, representativa do crescimento da população urbana do Município nos últimos 10 anos, que fora de 6,10%. Além disto, atentou-se para o atual índice de cobertura urbana da prestação dos serviços de resíduos sólidos, calculada em 100% e sua evolução até a universalização, a qual deverá ser atingida no médio prazo, até o final de 2030(Tabelas A e B).
ii. Investimentos Propostos
Os investimentos requeridos para a expansão e introdução de melhorias nos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos encontram-se dispostos nos projetos idealizados para esta componente do saneamento básico, dispostos no Quadro I a seguir.
Identificação | Definição | Prazo e Valor (R$) | |||
Programa | Projeto | Curto (2019/2022) | Médio (2023/2030) | Longo (2031/2038) | |
Universalização do Serviço | PR/PASB/07/2018 | Ampliação da coleta dos resíduos sólidos do município de Arneiroz | 88.216,75 | 122.630,22 | 70.434,56 |
Melhorias Operacionais e da Qualidade dos Serviços | PROJETO: | Eliminação do lixão e recuperação da área degradada | 1.260.000,00 | 0,00 | 0,00 |
PR/PQSB/03/2018 | Coleta seletiva | 3.949.000,00 | 7.123.000,00 | 7.991.000,00 | |
PR/PQSB/04/2018 | Adequação do transporte dos resíduos sólidos de Arneiroz | 650.000,00 | 650.000,00 | 650.000,00 |
Fonte: Elaboração própria.
iii. Custos de Manutenção - Gestão e Operação
Correspondem aos dispêndios relacionados à prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. O cálculo baseou-se no valor do indicador IN006 (despesa per capita com manejo de RSU) do SNIS/2016:
I006 = (Ge023 + Ge009) / Ge002 onde,
Ge023 - Despesa dos agentes públicos executores de serviços de manejo de RSU. Valor anual das despesas dos agentes públicos realizadas com os serviços de manejo de RSU, incluindo a execução dos serviços propriamente ditos mais a fiscalização, o planejamento e a parte gerencial e administrativa. Corresponde às despesas com pessoal próprio somadas às demais despesas operacionais com o patrimônio próprio do município (despesas com materiais de consumo, ferramentas e utensílios, aluguéis, energia, combustíveis, peças, pneus, licenciamentos e manutenção da frota, serviços de oficinas terceirizadas, e outras despesas). Inclui encargos e demais benefícios incidentes sobre a folha de pagamento do pessoal envolvido. Não inclui: despesas referentes aos serviços de manejo de RSU realizadas com agentes privados executores (informação Ge009); despesas com serviço da dívida (juros, encargos e amortizações); despesas de remuneração de capital; e despesas com depreciações de veículos, equipamentos ou instalações físicas.
Ge009 - Despesa com agentes privados executores de serviços de manejo de RSU. Valor anual das despesas dos agentes públicos realizadas com agentes privados contratados exclusivamente para execução de um ou mais serviços de manejo de RSU ou para locação de mão-de-obra e veículos destinados a este serviços.
Ge002 – População urbana do município.
Os cálculos desenvolvidos nesta avaliação são estimativos da viabilidade econômico-financeira da prestação dos serviços de resíduos sólidos, haja vista que o indicador não inclui alguns itens de despesas, conforme observado na definição da variável Ge023. A Tabela A apresenta as estimativas para os principais itens constitutivos dos gastos com manutenção, gestão e operação dos serviços de resíduos sólidos do Município de Arneiroz durante o período de vigência do plano de 2019 a 2038, tendo por base a população urbana e o indicador IN006 de R$ 151,1/hab (SNIS, 2016).
Ano | População Urbana | Despesas (R$) | Ano | População Urbana | Despesas (R$) | ||
Total | Coberta | Total | Coberta | ||||
2019 | 4.242 | 4.242 | 641.027,42 | 2029 | 4.686 | 4.686 | 708.093,07 |
2020 | 4.285 | 4.285 | 647.437,70 | 2030 | 4.733 | 4.733 | 715.174,00 |
2021 | 4.328 | 4.328 | 653.912,07 | 2031 | 4.780 | 4.780 | 722.325,74 |
2022 | 4.371 | 4.371 | 660.451,19 | 2032 | 4.828 | 4.828 | 729.549,00 |
2023 | 4.415 | 4.415 | 667.055,71 | 2033 | 4.877 | 4.877 | 736.844,49 |
2024 | 4.459 | 4.459 | 673.726,26 | 2034 | 4.925 | 4.925 | 744.212,94 |
2025 | 4.503 | 4.503 | 680.463,53 | 2035 | 4.975 | 4.975 | 751.655,07 |
2026 | 4.548 | 4.548 | 687.268,16 | 2036 | 5.024 | 5.024 | 759.171,62 |
2027 | 4.594 | 4.594 | 694.140,84 | 2037 | 5.075 | 5.075 | 766.763,33 |
2028 | 4.640 | 4.640 | 701.082,25 | 2038 | 5.125 | 5.125 | 774.430,97 |
Total= | 14.114.785,36 |
Fonte: Elaboração própria.
Portanto, para o período 2019/2038, são estimados gastos totais com manutenção, operação e gestão dos serviços de resíduos sólidos urbanos no Município de Arneiroz da ordem de R$ 14.114.785,36 (quatorze milhões e cento e quatorze mil e setecentos e oitenta e cinco reais e trinta e seis centavos) – valores nominais.
iv. Estimativa de Receitas
Foi diagnosticada a inexistência de receitas de prestação de serviços de resíduos sólidos urbanos. Como não há, por enquanto, previsão de cobrança deste serviço, este status quo será admitido em todo o período do plano neste estudo de viabilidade. Considerando, ainda, que 63,01% das famílias terem renda mensal per capita de até 1/2 salário mínimo em 2010, conforme dados do IBGE dispostos no Gráfico 3.3 e que das 54,6% famílias cadastradas no Cadúnico e beneficiadas pelo Programa Bolsa Família (Tabela 3.6), 68,7% têm renda mensal por pessoa de até 1/2 salário mínimo de 2018, entende-se que este perfil econômico da população limita a capacidade de cobertura dos custos via tarifa, impondo outras formas de custeio.
v. Avaliação Preliminar da Viabilidade
A Tabela B resume as principais informações sobre as estimativas de receitas, de custos e de investimentos da prestação dos serviços de resíduos sólidos urbanos projetados para o período de planejamento (moeda de referência: dezembro/2018). A partir daí, é realizada uma avaliação da sustentabilidade de sua prestação no Município de Arneiroz.
Ano | População Urbana | Receitas (R$) | Custos (R$) | Resultado Primário Caixa (R$) | ||
Total | Coberta | Investimentos | Despesas | |||
2019 | 4.242 | 4.242 | 0 | 6.660.882,76 | 641.027,42 | -2.306.248,11 |
2020 | 4.285 | 4.285 | 0 | 647.437,70 | -2.312.658,39 | |
2021 | 4.328 | 4.328 | 0 | 653.912,07 | -2.319.132,76 | |
2022 | 4.371 | 4.371 | 0 | 660.451,19 | -2.325.671,88 | |
2023 | 4.415 | 4.415 | 0 | 8.843.105,84 | 667.055,71 | -1.772.443,94 |
2024 | 4.459 | 4.459 | 0 | 673.726,26 | -1.779.114,49 | |
2025 | 4.503 | 4.503 | 0 | 680.463,53 | -1.785.851,76 | |
2026 | 4.548 | 4.548 | 0 | 687.268,16 | -1.792.656,39 | |
2027 | 4.594 | 4.594 | 0 | 694.140,84 | -1.799.529,07 | |
2028 | 4.640 | 4.640 | 0 | 701.082,25 | -1.806.470,48 | |
2029 | 4.686 | 4.686 | 0 | 708.093,07 | -1.813.481,30 | |
2030 | 4.733 | 4.733 | 0 | 715.174,00 | -1.820.562,23 | |
2031 | 4.780 | 4.780 | 0 | 9.756.806,70 | 722.325,74 | -1.886.656,54 |
2032 | 4.828 | 4.828 | 0 | 729.549,00 | -1.893.327,10 | |
2033 | 4.877 | 4.877 | 0 | 736.844,49 | -1.900.064,36 | |
2034 | 4.925 | 4.925 | 0 | 744.212,94 | -1.906.869,00 | |
2035 | 4.975 | 4.975 | 0 | 751.655,07 | -1.913.741,68 | |
2036 | 5.024 | 5.024 | 0 | 759.171,62 | -1.920.683,09 | |
2037 | 5.075 | 5.075 | 0 | 766.763,33 | -1.927.693,91 | |
2038 | 5.125 | 5.125 | 0 | 774.430,97 | -1.934.774,84 | |
Totais= | 0,00 | 25.260.795,31 | 14.114.785,36 | -38.917.631,34 |
Fonte: Elaboração própria.
A coluna “Resultado Primário de Caixa” evidencia os resultados anuais nominais estimados para os serviços de resíduos sólidos urbanos. Tais resultados, assumidos aqui como “de caixa” (ou seja, representativos de efetiva entrada ou saída de dinheiro), são trazidos a valor presente, mediante o desconto a uma taxa de juros de 12% ao ano (a qual está associada à remuneração dos capitais investidos nos serviços prestados). Obtém-se daí um valor presente líquido da ordem de R$ 15.120.487,25 (quinze milhões e cento e vinte mil e quatrocentos e oitenta e sete reais e vinte e cinco centavos - negativos), o que é indicativo do desequilíbrio econômico-financeiro desfavorável da prestação dos serviços de resíduos sólidos no Município de Arneiroz (grifo nosso).
A correção do mencionado desequilíbrio implica a necessidade de aporte financeiro, seja por recurso próprio ou de terceiros, ou ainda pela inclusão da cobrança de taxas ou tarifas, cujo dimensionamento depende da definição prévia do momento de sua realização, bem como do custo dos capitais envolvidos.
Com efeito, está prevista a implantação do sistema de gestão integrada dos resíduos sólidos da Região Sertão dos Inhamuns no qual o Município de Arneiroz está inserido. A sustentabilidade dos serviços poderá ser garantida, por meio de receitas oriundas desta gestão.
[1] Alterado pelo Decreto no 8.211/2014.
[2] Fonte: Dicionário Aurélio Online, acessado em novembro de 2014.
[3] Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Discuss%C3%A3o:Estrat%C3%A9gia, acessado em novembro de 2014.
[4]Medidas Estruturantes: são aquelas medidas que fornecem suporte político e gerencial para a sustentabilidade da prestação dos serviços. Encontram-se tanto na esfera do aperfeiçoamento da gestão, em todas as suas dimensões, quanto na da melhoria cotidiana e rotineira da infraestrutura física. A consolidação desta ações trará benefícios duradouros às Medidas Estruturais - constituídas por obras e intervenções físicas em infraestrutura de saneamento.
[5]Medidas estruturais - constituídas por obras e intervenções físicas em infraestrutura de saneamento.
[6] Correspondem aos tradicionais investimentos em obras, com intervenções físicas relevantes nos territórios, para a conformação das infraestruturas físicas dos diversos componentes. São necessárias para suprir o déficit de cobertura pelos serviços e pela proteção da população quanto aos riscos epidemiológicos, sanitários e patrimoniais (Brasil, 2011).
[7] Fornecem suporte político e gerencial para a sustentabilidade da prestação dos serviços, sendo encontradas tanto na esfera do aperfeiçoamento da gestão, em todas as suas dimensões, quanto na esfera da melhoria cotidiana e rotineira da infraestrutura física (Brasil, 2011).