PMSB - ARNEIROZ (ESBOÇO)

                                                                                                                                                                                                                                                                             

ARNEIROZ - CE

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GLOSSÁRIO

APRECE - Associação dos Municípios do Ceará

ARCE - Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Ceará

AVEF - Avaliação Econômica - Financeira

CadÚnico - Cadastro Único para Programa Sociais

CAGECE - Companhia de Água e Esgoto do Estado do Ceará

COGERH - Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos

CPRM - Serviço Geológico do Brasil

CRSBAJ - Caderno Regional da Bacia do Alto Jaguaribe 

DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra as Secas

ETA - Estação de Tratamento de Água

ETE - Estação de Tratamento de Esgoto

ETM - Equipe Técnica Municipal da Elaboração do Plano

FUNASA - Fundação Nacional de Saúde

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano

IDM - Índice de Desenvolvimento Municipal

IPECE - Instituto de Pesquisas do Estado do Ceará

LNSB - Lei Nacional do Saneamento Básico

MDS - Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome

MRS - Microrregião de Saúde

NUTEC - Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico

PIB - Produto Interno Bruto

PMSB - Plano Municipal de Saneamento Básico

PNRS - Plano Nacional de Resíduos Sólidos

PSF - Programa de Saúde da Família

SAA - Sistema de Abastecimento de Água

SCIDADES - Secretaria das Cidades

SDA - Secretaria de Desenvolvimento Agrário

SEDUC - Secretaria de Educação do Estado do Ceará

SES - Sistema de Esgotamento Sanitário

SESA - Secretaria de Saúde

SIAGAS - Sistema de Informações de Águas subterrâneas

SIGSisterna - Sistema de Informações de Cisternas

SISAR - Sistema Integrado de Saneamento Rural

SRH - Secretaría de Recursos Hídricos


INTRODUÇÃO

A Lei Federal nº 11.445/2007, marco regulatório do setor de saneamento básico, estabelece as diretrizes nacionais do saneamento básico como sendo um conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Também determina que o titular do serviço é responsável por planejar a universalização do saneamento básico, permitindo o acesso a todos os domicílios ocupados.

Ainda, segundo a lei citada, o planejamento deverá estar consubstanciado no Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), cuja elaboração é requisito para a disponibilização e a liberação de orçamento destinado às melhorias e expansões necessárias ao alcance da universalização (inciso I, art. 2º). Ademais, o PMSB é fator condicionante para validar contratos, cujo objetivo envolva serviços públicos de saneamento básico.

Sendo assim, no cumprimento das determinações da Lei nº 11.445/2007, a Prefeitura Municipal de Arneiroz iniciou, em 02 de abril de 2018, a elaboração do seu PMSB que consubstanciará o planejamento do saneamento do município. Com este instrumento, o Poder Público assume a gestão para, de forma adequada, expandir a infraestrutura sanitária de saneamento básico do Município de Arneiroz rumo à universalização, para prevenção de doenças, melhoria de salubridade ambiental, proteção dos recursos hídricos e promoção da saúde pública.

Conteúdo

O PMSB de Arneiroz segue o que dispõe a Lei Federal nº 11.445/2007, em seu art. 19. Portanto, seu conteúdo apresenta o diagnóstico situacional, os objetivos e as metas de curto, médio e longo prazos para a universalização; os programas, projetos e ações necessários para alcançá-la; as ações de emergência e contingência; além dos mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas para atendimento.

O plano apresenta horizonte de 20 anos, a partir da data de publicação em imprensa oficial pelo Município de Arneiroz ou aprovação por lei ou decreto, o que vier primeiro, com revisões periódicas que não ultrapassem 4 (quatro) anos, a serem realizadas antes da elaboração do Plano Plurianual (PPA).

Metodologia

A proposta metodológica, que propiciou o planejamento do setor de saneamento básico do Município de Arneiroz, iniciou com a formação de uma Equipe Técnica Municipal (ETM), responsável pela elaboração do PMSB.  Principais atividades da ETM:

  • Levantar os dados, as informações e os documentos atinentes ao saneamento básico necessários à elaboração do diagnóstico;
  • Elaborar diagnósticos e prognósticos de cada componente do saneamento básico;
  • Disponibilizar infraestrutura física e operacional e recursos humanos para a preparação e realização de eventos direcionados ao saneamento básico, atinentes à elaboração dos PMSB, conforme cronograma de atividades;
  • Realizar reuniões, oficinas, eventos, audiências, entre outros eventos necessários a elaboração do PMSB;
  • Viabilizar a participação da população do município nas audiências públicas;
  • Convocar/convidar instituições do setor para colaborarem com a elaboração do PMSB.

Ressalta-se que a elaboração do PMSB de Arneiroz contou, também, com a participação de algumas instituições atuantes no saneamento básico, permitindo às mesmas contribuírem para a formulação das políticas públicas no setor de saneamento básico do Município de Arneiroz. Algumas destas instituições puderam participar diretamente para o planejamento, tendo em vista o inegável expertise de seus técnicos, imprescindível na elaboração do PMSB.  São elas:

  • ARCE - Responsável pelo desenvolvimento da metodologia a ser empregada na elaboração do PMSB, a partir de experiências anteriores  de Convênios ARCE/APRECE/CAGECE/SCIDADES; análise e contribuições acerca dos formulários de coleta de dados, relatórios gerados, sistemática da audiência pública, eventuais dúvidas e etc; participação nos eventos públicos (oficinas, audiências, entre outros).
  • CAGECE - Fornecimento de dados e informações de saneamento dos sistemas de água e esgoto operados pela empresa e pelo SISAR no Município de Acarape; participação e contribuição igualmente relevante na orientação, acompanhamento e adequação da metodologia empregada na elaboração do PMSB, a partir também das experiências anteriores de Convênios ARCE/APRECE/CAGECE/SCIDADES, em especial, na avaliação da sustentabilidade econômico-financeira da prestação dos serviços; análise do plano, bem como apoio e colaboração nos eventos públicos (oficinas, audiências, entre outros).
  • APRECE - Contratante da Consultoria, realizada pela PROJESSAN ENGENHARIA LTDA para apoio e auxílio na elaboração do plano, conforme Termo de Referência e Contrato firmado entre as partes;  articuladora e interlocutora entre os entes parceiros, ARCE, CAGECE e MUNICÍPIO, responsável direta pelo acompanhamento, supervisão e recebimento dos trabalhos e produtos entregues pela Empresa de Consultoria.

Elaboração do Plano

  1. 1ª Etapa – Diagnóstico

A realização do diagnóstico constitui-se na avaliação do estado presente de cada componente do saneamento básico e de seus impactos, a fim de apontar as causas de deficiências detectadas. Sua elaboração compôs-se dos seguintes tópicos:

  1. Definição de modelo

Foram definidos os pontos importantes para o levantamento das informações e das características do Município de Arneiroz quanto à saúde, educação, recursos hídricos, economia, saneamento básico, abrangendo todos os seus componentes e demais aspectos relevantes.

  1. Coleta de dados primários

Ação executada pela ETM por meio do levantamento de dados nos distritos e respectivas localidades, com o auxílio de questionários previamente preparados pela ARCE, baseados em experiências de Convênios anteriores ARCE/APRECE/CAGECE/SCIDADES.

Nos dias 02 e 24 de abril de 2018, foram realizadas, nos Auditórios da ARCE e da APRECE, respectivamente, oficinas de treinamento para coletas de dados ministrada por técnicos da ARCE com a presença da CAGECE e destinada a ETM da prefeitura e a Empresa de Consultoria Técnica PROJESSAN ENGENHARIA LTDA, sob a coordenação da APRECE (Figura 1.1).

Oficinas de Saneamento Básico no Auditório da ARCE (02/04/2018) / APRECE (24/04/2018).

Fonte: ARCE / APRECE.

Os integrantes da ETM foram os responsáveis em obter informações sobre a situação do Município de Arneiroz, por meio de coleta de dados in loco, para a elaboração do diagnóstico. Além disso, o Município realizou reuniões com as comunidades para a obtenção de informações complementares, sob a coordenação dos representantes técnicos da Prefeitura (Figura 1.2).

Figura 1.2 - Reunião com representantes comunitários para discutir o Saneamento Básico na câmara municipal de Arneiroz (21/08/2018)
  1. Coleta de dados secundários

Nesta etapa, foram coletadas informações técnicas e sócias econômicas referentes às zonas urbana e rural do Município para a elaboração do diagnóstico. Os dados foram obtidos nos sítios de instituições governamentais (IBGE, ANA, IPECE, MDS etc.), na Prefeitura de Arneiroz, nos relatórios de fiscalização da ARCE, e nos cadastros e projetos da CAGECE, entre outros.

  1. Tratamento das informações

De posse dos dados, informações e indicadores primários e secundários levantados, procedeu-se o tratamento das informações. A princípio, a análise envolveu aspectos gerais sobre demografia, saúde, investimentos, economia, entre outros. Posteriormente a análise foi complementada com a avaliação específica de cada componente do saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana.

2ª Etapa – Prognóstico

O prognóstico abrange estudos prospectivos do saneamento básico e estabelece as metas e respectivos prazos, com a finalidade de sua universalização que será obtida por meio da implantação de programas, projetos e respectivas ações.

Os tópicos a seguir, apresentam o encadeamento das atividades para o desenvolvimento do prognóstico.

  1. Programas, projetos e ações

Apontados pelo diagnóstico, os pontos críticos das componentes do setor de saneamento básico foram objetos dos programas, projetos e ações.

  1. Metas e Prazos

Cada projeto teve seu impacto de curto, médio e longo prazos calculados. Com isto foi possível traçar as respectivas metas e prazos rumo à universalização de cada componente do setor.

  1. Audiência pública – Apresentação e discussão do Diagnóstico e Prognóstico realizada em 11 de julho de 2014 (Figura 1.3) conforme ata (Anexo A).
Audiência pública - diagnóstico e prognóstico (13/03/2019).

Fonte: Consultoria/Município.

  1. Revisão do diagnóstico e o prognóstico

Posterior a Audiência Pública, a revisão do diagnóstico e do prognóstico possibilitou a inserção das novas informações obtidas, adequando-o a realidade do município.

3ª Etapa – Avaliação de Viabilidade Econômica Financeira (AVEF)

Etapa de finalização do plano, a elaboração da AVEF contou com a valiosa colaboração e participação de engenheiros e economistas da ARCE e da CAGECE. O estudo desenvolvido principiou com determinação do custo estimativo dos projetos lançados no prognóstico, bem como das despesas de exploração, ao longo dos 20 anos de vigência do plano, obtendo-se ao final o Valor Presente Líquido (VPL) dos custos, mediante taxa de desconto de 12% a.a., para os serviços de abastecimento de água, de esgotamento sanitário e de resíduos sólidos urbanos. Em função da insuficiência de dados, o estudo de viabilidade não incluiu os serviços de drenagem de águas pluviais urbanas, que deverá ser realizado em revisões futuras do plano.


ASPECTOS LEGAIS

Legislação Federal

A Lei Federal 11.445/2007 ou Lei de Diretrizes Nacional de Saneamento Básico (LNSB) estabeleceu os princípios e diretrizes do saneamento básico e foi regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.217/2010[1].

A Constituição Federal de 1988 aborda em seu art. 225, que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

A Política Nacional de Meio Ambiente também constitui importante marco regulatório para a proteção ambiental e regulamentações de saneamento básico e proteção à vida ecológica e humana e foi recepcionada pela Constituição de 1988, dando efetividade ao artigo constitucional 225. Assim, na efetividade das garantias elencadas na Carta Magna, esse dispositivo legislativo determina o uso indiscriminado de determinado bem natural, quando sua utilização oferecer algum risco ao equilíbrio ambiental.

O objetivo da PNMA é regular as diversas atividades que envolvam o meio ambiente, afim de que possa haver preservação, melhorias e recuperação da qualidade ambiental, garantindo à população condições propícias para seu desenvolvimento social e econômico.

Para exemplificar, podemos destacar o art. 2°, caput, da Lei 6.938/81: “A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:

I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;

II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;

III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;

IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;

V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;

VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;

VIII - recuperação de áreas degradadas;

IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;

X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.

Desta forma, a PNMA vem a estabelecer, por meio do seu corpo legislativo, o efetivo cumprimento dos direitos humanos e ecológicos, garantindo o desenvolvimento econômico e social em conformidade com o uso racional dos recursos naturais disponíveis, renováveis e não-renováveis, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida.

Observados os princípios estabelecidos no art. 2º da referida Lei, as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente serão engendradas em normas e planos, que deverão ser seguidos a rigor pelas empresas Públicas e Privadas que desenvolverem atividades no ramo ligado ao uso ambiental, e serão destinados a orientar a ação dos Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona com a preservação da qualidade ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico, conforme está disposto no art. 5° da Lei 6.938/81.

Os instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente são mencionados no art. 9° da Lei 6. 938/81 e definidos nas resoluções do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), discorrendo sobre os padrões de qualidade, o zoneamento ambiental, a avaliação de impacto ambiental, o licenciamento ambiental e a auditoria ambiental, sendo este último um instrumento de aferição financeira em relação ao controle ambiental.

A resolução n° 430 do CONAMA dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes, sendo estas atividades vinculados ao licenciamento ambiental de ações efetivas ou potencialmente poluidoras. Assim, todas as técnicas e formas de planejamento de saneamento básico deverão obedecer às diretrizes estabelecidas por meio desta resolução, conforme está disposto na Seção III, no art. 21: “ Para o lançamento direto de efluentes oriundos de sistemas de tratamento de esgotos sanitários deverão ser obedecidas as seguintes condições de e padrões específicos: [...] e) substâncias solúveis em hexano (óleos e graxas) até 100 mg/l). Dentre outros.

A resolução aduz ainda no conceito de esgoto sanitário, trazendo como definição do referido termo, em seu art. 4°, inc. VII “Esgotos sanitários: denominação genérica para despejos líquidos residenciais, comerciais, águas de infiltração na rede coletora, os quais podem conter parcelas de efluentes industriais e influentes não domésticos).

Os objetivos estabelecidos nas legislações de cunho ambiental, para serem atingidos, devem ser orientados por princípios, fundamentais na busca da proteção ambiental.

Dentre os princípios fundamentais instituídos por estes regulamentos, dois foram considerados de suma importância na elaboração deste PMSB: a universalização e a integralidade da prestação dos serviços (art. 2º). Isto porque a universalização, segundo definição da LNSB, é a ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico. Vale destacar, entretanto, que este princípio basilar da LNSB deve ocorrer com integralidade, que é definido como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos serviços de saneamento básico, propiciando à população o acesso aos mesmos em conformidade com suas necessidades e maximizando a eficácia das suas ações e resultados.

Ao Município de Arneiroz, titular dos serviços públicos de saneamento, a LNSB atribui a obrigatoriedade de formular a política de saneamento, devendo, para tanto, entre outras competências, elaborar o plano de saneamento (art. 9º), cuja estruturação básica mínima (art. 19) deve contemplar:

Diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas;

Objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;

Programas, projetos e ações necessários para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;

Ações para emergências e contingências;

Mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas.

Portanto, a política pública de saneamento básico do Município de Arneiroz será formulada visando, principalmente, à universalização e à integralidade da prestação dos serviços, tendo o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) como instrumento de definição de estratégias e diretrizes. Desta forma, o planejamento estabelecerá a premissa de investimentos contínuos, de modo a alcançar o acesso universal e a oferta integral aos serviços de saneamento básico, em conformidade com o contexto local da população atendida.

Conforme o art. 3º da LNSB, o saneamento básico é entendido como conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem urbana, definidos como:

Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e os respectivos instrumentos de medição;

Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;

Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;

Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.

Para além do conteúdo mínimo, a elaboração e as revisões do PMSB devem garantir a ampla participação da população e da sociedade civil sobre os procedimentos de divulgação, em conjunto com os estudos, e a avaliação por meio de consulta ou audiência pública, como estabelecido no art. 51 da LNSB.

O art. 11 da LNSB assevera que a existência do PMSB é condição necessária à validade dos contratos de prestação dos serviços públicos de saneamento entre titular e prestador dos serviços. Estes contratos são dispositivos legais, onde o titular dos serviços públicos (no caso, o Município de Arneiroz) pode delegar tais serviços a prestadores (a CAGECE, por exemplo), por tempo determinado, para fins de exploração, ampliação e implantação.

Ademais, o art. 26 do Decreto nº 7.217/2010, regulamentador da Lei nº 11.445/2007, vinculou o acesso aos recursos públicos federais orçamentários ou financiados para o setor de saneamento à existência de PMSB elaborado pelo titular dos serviços, a partir do ano de 2014, prazo estendido até 31 de dezembro de 2020 (Decreto nº 9.254, de 29 de dezembro de 2017). Além disto, o art. 55 estabelece que a alocação destes recursos federais deverá estar em conformidade com o plano.

Outro requisito exigido pelo art. 11 da LNSB é a existência de estudo de viabilidade econômico-financeira da prestação universal e integral dos serviços, em conformidade com o respectivo plano, de forma a garantir a sustentabilidade econômico-financeira dos serviços prestados em regime de eficiência.[2]

Já a Lei Federal nº 12.305/2010, conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece, entre seus princípios norteadores, a visão sistêmica, envolvendo diversas variáveis, como a ambiental, a social, a econômica e de saúde pública. No seu art. 9º, são dispostas as diretrizes da gestão e do gerenciamento dos resíduos sólidos e traz, em ordem de prioridade, as seguintes ações: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final dos rejeitos de modo ambientalmente adequado.

Entre os objetivos basilares da PNRS, tem-se a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental. A saber, o art. 10 incumbe ao município a gestão dos resíduos gerados em seu território; o art. 8º incentiva a adoção de consórcios entre entes federados para elevar a escala de aproveitamento e reduzir custos como instrumentos da política de resíduos sólidos; e o art. 45 estabelece prioridade, na obtenção de incentivos do governo federal, aos consórcios públicos constituídos para viabilizar a descentralização e a prestação dos serviços relacionados aos resíduos.

Quanto à destinação ou disposição final dos resíduos a céu aberto (lixões), excetuando-se os derivados de mineração, a PNRS proíbe esta prática, em seu art. 47. Define, ainda, prazo para a extinção dos lixões, observando o ano de 2014 como prazo limite para implantação da disposição final ambientalmente adequada dos resíduos.

Legislação Estadual

A Política Estadual do Meio Ambiente é regulada por meio da Lei 11.411/87 e compreende o conjunto de diretrizes administrativas e técnicas para orientar a ação governamental no campo da utilização racional, conservação e preservação do ambiente que, em consonância com a Política Nacional do Meio Ambiente, atenderá aos princípios estabelecidos na legislação federal e estadual que rege a espécie (art. 1°), e é considerada o marco regulatório no estabelecimento de medidas voltadas a proteção ambiental no estado do Ceará.

A Constituição do Estado do Ceará, promulgada em 1989, fixa no Capítulo VIII, exclusivamente, os direcionamentos destinados ao meio ambiente. No art. 259 da referida constituição, dispõe que são direitos inalienáveis do povo o meio ambiente equilibrado e uma sadia qualidade de vida, impondo-se ao estado e à comunidade o dever de preservá-los e defendê-los.

No tocante ao saneamento básico, a Constituição Estadual estabelece no art. 15, Inc. IX, como competências do Estado, exercidas em comum com a União, o Distrito Federal e os Municípios, promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico.

Ainda, conforme dispõe o art. 252 da referida Constituição, o Estado estabelecerá política de saneamento, nos meios urbano e rural, obedecendo as respectivas realidades locais e regionais, constantes nos princípios da Constituição Federal, sendo estabelecidos por meio:

§1º Assegurar-se-á a participação das comunidades, das instituições e das três esferas do Governo no planejamento, na organização dos serviços e na execução das ações.

§2º Os padrões técnicos das obras e serviços de saneamento deverão ser adequados tanto ao meio físico quanto ao nível socioeconômico das comunidades, garantindo-se o mínimo de condições sanitárias.

§3º O Estado assegurará os recursos necessários aos programas de saneamento, com vistas à expansão e melhoramento do setor.

A Política Estadual de Recursos Hídricos também constituiu outra importante legislação ambiental e é regulamentada por meio da Lei nº 14.844/2010, que destaca no art. 2º, entre seus objetivos, planejar e gerenciar a oferta de água, os usos múltiplos, o controle, a conservação, a proteção e a preservação dos recursos hídricos de forma integrada, descentralizada e participativa; além de assegurar que esta possa ser ofertada, controlada e utilizada em padrões de qualidade e de quantidade satisfatórios, por seus usuários atuais e pelas gerações futuras, em todo o território do Estado do Ceará.

O art. 3º, Inc. III, da então citada Lei, direciona que o planejamento e a gestão dos recursos hídricos tomarão como base a bacia hidrográfica e deve proporcionar os usos variados.

Podemos citar a integração do gerenciamento dos recursos hídricos com as políticas públicas federais, estaduais e municipais de meio ambiente, saúde, saneamento, habitação, uso do solo e desenvolvimento urbano e regional e outras de relevante interesse social que tenham inter-relação com a gestão das águas como uma das principais diretrizes da Política Estadual de Recursos Hídricos (art. 4º, Inc. V).

A Política Estadual de Recursos hídricos tem como instrumento os comitês das bacias hidrográficas metropolitanas, que foram criados com a atribuição de proceder estudos, divulgar e debater os programas prioritários de serviços e obras a serem realizados no interesse da coletividade, definindo objetivos, metas, benefícios, custos e riscos sociais, ambientais e financeiros, de acordo com o disposto no artigo 20 da referida Lei, os quais serão encaminhados e deliberados pelo Conselho de Recursos Hídricos do Ceará - CONERH, órgão de coordenação responsável pela fiscalização, deliberação coletiva e de caráter normativo do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Hídricos - SIGERH, vinculado à Secretaria dos Recursos Hídricos – SRH ( artigo 41, incisos V e VI).

Outro importante instrumento de planejamento governamental no tocante às disposições de proteção ambiental, no âmbito da administração pública estadual, é a Lei nº 15.929/2015, que dispõe sobre o Plano Plurianual (PPA) do Estado para o período 2016-2019, direcionando as ações pertinentes de políticas públicas.

O Plano Plurianual (PPA) do Estado trata-se de um instrumento de planejamento que estabelece, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública do Estado do Ceará, no tocante as despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duração continuada, conforme disposto no artigo 165 da Constituição Federal de 1988.

No tocante ao saneamento básico, os investimentos referentes estão estabelecidos no Eixo Ceará Saudável, tendo escopo “a garantia de direitos, a promoção da saúde, o fortalecimento das ações comunitárias, a criação de ambientes favoráveis, o desenvolvimento de habilidades pessoais e mudança de estilos de vida”. Nesse sentido, o Eixo Ceará Saudável aborda 03 temas estratégicos, os quais são: Saúde, Esporte e Lazer e Saneamento Básico.

Os programas de saneamento básico do PPA obedecem às diretrizes da política nacional para o setor, que preconizam a universalização, a equidade e a integridade dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana/manejo dos resíduos sólidos e drenagem/manejo das águas pluviais, garantindo assim a proteção do meio ambiente, adequada condição de saúde pública e a forte interação e controle social na gestão dos serviços de saneamento.

É importante ressaltar que o maior volume de recursos do PPA para o período de 2016-2019 está destinado para o Eixo Ceará Saudável com R$ 11.939.077.047,00 (34,2% do PPA). Dessa forma, foi previsto no Tema Estratégico Saneamento Básico o valor geral de R$ 1.755.191.026,00, que corresponde a cerca 15% da quantia estimada para o eixo.

No respectivo ao Saneamento Básico, os valores de investimentos previstos foram divididos em dois programas: I) Abastecimento de água, Esgotamento Sanitário e Drenagem Urbana e II) Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário no Meio Rural.

Os objetivos estabelecidos para o tema do Saneamento Básico do PPA, compreendidos para o período entre 2016-2019, almeja ampliar a cobertura da população urbana do estado com acesso aos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e macrodrenagem e para a população rural ampliar o acesso aos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Concernente à regulação da prestação dos serviços, em 2009 foi sancionada a Lei nº 14.394, que define a atuação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce), relacionada aos serviços públicos de saneamento básico, além de dá outras providências.

Nessa perspectiva, de acordo com o art.1º, a Arce poderá celebrar convênios que lhe deleguem a regulação e fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico no âmbito do Estado do Ceará. Ainda, de acordo com o art. 4º, compete à Arce a regulação, fiscalização e monitoramento dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário prestados pela CAGECE, exceto se observado o disposto no art. 9º, inciso II, da Lei Federal nº11.445, de 5 de janeiro de 2007.

Relativo aos sistemas de esgotamento sanitário, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (SEMACE) publicou a Portaria de nº 154, de 22 de julho de 2002, que trata sobre padrões e condições para lançamento de efluentes líquidos gerados por fontes poluidoras, com vistas a Apoio técnico e institucional: promover a saúde e o bem-estar humano como também assegurar o equilíbrio ecológico dos ecossistemas aquáticos em decorrência da degradação da qualidade da água dos corpos receptores.

Ainda, temos na legislação estadual no tocante ao meio ambiente a Política Estadual de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado do Ceará, com fundamento no art. 23, inciso IX e parágrafo único, da Constituição Federal e no art. 252 da Constituição do Estado. Tal regulamentação tem por finalidade disciplinar a atuação do Estado no âmbito dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, obedecendo ao disposto na presente Lei Complementar, nas demais normas legais, regulatórias e pactuadas pertinentes.

O art. 2º da referida Lei traz os objetivos da Política Estadual de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário, os quais são: promover a universalização do acesso aos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, a melhoria das condições e a prestação adequada dos serviços e a aplicação das diretrizes nacionais aos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no âmbito do Estado do Ceará.

Uma importante matriz de diretrizes da Política Estadual de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário é o acesso à água potável segura e limpa e ao esgotamento sanitário como direito humano essencial para o pleno gozo da vida e de todos os demais direitos e como fator de promoção da saúde, a interdependência dos serviços de outorga de água bruta e de abastecimento de água e a priorização do uso da água para consumo humano e dessedentação de animais, bem como a universalização dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, consubstanciada na equidade em seu acesso e a­ prestação adequada e sustentável dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, pela satisfação das condições de qualidade, regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.

Nesta feita, a Política Estadual de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário consiste no apoio institucional e financeiro do Estado do Ceará para os serviços públicos de saneamento básico e tem por instrumentos:  ­ o Plano Estadual de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário ­ PAAES;­ o Fundo Estadual de Saneamento Básico ­ FESB e­ o Sistema de Informações em Saneamento do Estado do Ceará ­ SISANCE.

Legislação Municipal

A Lei Orgânica do Município de Arneiroz de 1990, estabelece no seu artigo 11, inciso IX, capitulo I, como competência do município, entre outras, a organização e prestação, direta ou sob regime de concessão, de serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza pública e coleta domiciliar de resíduos sólidos e destinação final do lixo, além da execução de obras de drenagem pluvial.

No artigo 143, que trata da politica de saúde, explicita que deverá haver a promoção de condições dignas de saneamento.

No tocante aos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, o município de Arneiroz delegou sua prestação à CAGECE. 



CARACTERÍSTICAS GERAIS

Histórico

Arneiroz recebeu este nome de uma antiga freguesia de Portugal, no Conselho de Lamego, distrito de Viseu, Províncias de Traz-os-Montes e Alto Douro.

No início do século XVIII formou-se no sertão dos Inhamuns um agrupamento de índios da tribo Jucá, tendo como missionário o Padre José Bezerra da Costa, primeiro Cura dos Índios do “Lugar de Arneiroz”, porém, com resultados de tal maneira funestos, que se viu, mais tarde obrigados a fazer a transferência de parte dos índios para Baturité e Crato. E depois, também, para a Vila Arronches, atual Parangaba, em Fortaleza, onde havia outras missões.

Apesar da expulsão dos índios o aldeamento não se desfez totalmente e nele passaram a dominar, pessoas da família Feitosa que se tornaram senhores absolutos da região.

Os primeiros colonizadores das terras do Arneiroz foram os irmãos Francisco Alves Feitosa e Lourenço Alves Feitosa que se estabeleceram à margem direita do rio Jucá e ali fundaram a primeira fazenda de gado do “Alto Sertão dos Inhamuns”, por volta do ano de 1707.

Inicialmente, aldeia dos indígenas, depois fazenda de criar gado do coronel Eufrásio Alves Feitosa, mais tarde povoado e depois freguesia por provisão de 13 de novembro de 1783, inaugurada no ano seguinte a vila, pela lei n.º 1.128, de 21 de novembro de 1.864, desmembrada de Quixeramobim. A sede na vila de Arneiroz, com uma risonha situação geográfica, à margem esquerda do Rio Jaguaribe, principal rio do Estado; o seu horizonte torna-se encantador, devido a bela serra que serve de limites ao nascente, e que espontaneamente cedeu livre passagem a este rio de mais de cem léguas de curso.  E’ verdadeiramente atraente a vista do enorme boqueirão que no outro século denominou-se boqueirão de Inhamuns, hoje de Arneiroz.  Os rios do município são afluentes do Jaguaribe: rio de Jucá e rio Condado; riachos: Motta, Mucerino, Olho D'água,  Favelas, Imburanas, Andreza e Craíbas.

Poucos anos depois, através da lei provincial nº 1.279, de 28.09.1869, foi criado o distrito de Cococi e anexado ao então município de Arneiroz.

Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 01.09.1920, o município aparece constituído de 4 distritos: Arneiroz, Bebedouro, Cococi e Santa Catarina.

Pelo decreto estadual nº 193, de 20.05.1931, é extinto o município de Arneiroz, sendo seu território anexado ao município de Tauá.

Elevado novamente à categoria de município com denominação de Arneiroz, pela lei estadual nº 3.554, de 14.03.1957, desmembrado de Tauá. Sede no antigo distrito de Arneiroz.

Pela divisão administrativa referente ao ano de 2013 o município apresenta a seguinte configuração territorial: Arneiroz/sede, Planalto e Cachoeira de Fora. Padroeira: Nossa Senhora da Paz.

     

Fonte: Site da prefeitura de Arneiroz (2018)

Figura 3.1 - Sede do Município de Arneiroz

Localização

O município de Arneiroz está localizado ao Sul do Estado do Ceará, a 385 km da capital Fortaleza, aproximadamente, situando se na macrorregião do Sertão dos Inhamuns, mesorregião dos Sertões Cearenses e microrregião do Sertão de Inhamuns. Possui área de 1.066,426 km² está a 337,94 m de altitude. Suas coordenadas geográficas são Latitude: 6° 19' 7'' Sul, Longitude: 40° 9' 44'' Oeste. Arneiroz faz limite com os seguintes municípios: Norte: Mombaça, Tauá Leste: Catarina, Sul: Aiuaba, Oeste: Parambu (Figura 3.2).

Fonte: Google Imagens (2018).

figura Figura 3.2 – Localização do Município de Arneiroz no Estado do Ceará.

Aspectos Fisiográficos

O clima da região é Tropical Quente Semi-árido, caracterizando-se por
temperaturas médias entre 26º a 28º e pluviosidade média de 582,1 mm
concentrada nos meses de fevereiro a abril. No Quadro 3.1, podem-se verificar os demais componentes ambientais do Município de Arneiroz.

Componentes ambientais

Relevo

Solos

Vegetação

Bacia

Hidrográfica

Maciço Residual, Depressão Sertaneja

Bruno não Cálcico, Solos Litólicos, Podzólico Vermelho-Amarelo

Caatinga Arbustiva Aberta, Floresta Caducifólia Espinhosa

Alto Jaguaribe

Fonte: IPECE (2017).

Aspectos Demográficos

Os dados da população do Município de Arneiroz somente foram contabilizados a partir do censo de 1970. Nos últimos dois censos, a população da zona urbana apresentou taxas de crescimento geométrico percentual de 29,53% de 1991 a 2000 e de 6,10% de 2000 a 2010. Ainda neste crescimento, a zona rural teve aumento na população, sendo de 22,19% no primeiro período, e decréscimo no segundo período de -3,51%. No total, o Município aumentou sua população nos dois períodos a taxas de 23,88% e 0,15%. A população urbana cresceu 361,2% no mesmo período, enquanto a população rural apresentou decréscimo de - 36,37%.

A população total, em 1970, era de 6,8 mil habitantes, sendo 12,43% residentes na zona urbana e 87,6% residentes na zona rural. No ano de 2000, a população urbana do município permanece inferior a rural, com 28,5% e 71,5%, respectivamente, em relação à população total de 7,5 mil habitantes. Já no ano de 2010, a população total alcançou 7,6 mil habitantes, sendo 50,7% residentes na zona urbana e 49,3% habitantes na zona rural.

Analisando a evolução populacional por situação do domicílio, segundo distritos (Quadro 3.2 e o Gráfico 3.1), observa que a exceção dos Distritos Sede,  os demais distritos permanece com maioria da população habitando a zona rural do Município.

Evolução Populacional por situação do domicílio, segundo distritos – 1970 a 2010

Municipio

e distritos

Situação do domicílio

Ano¹

Tx. Cresc. Geom. (%)

1970

1980

1991

2000

2010

1991-2000

2000-2010

Arneiroz -ce

Urbana

841

1.047

1.382

2.146

3.879

5,01

6,10

Rural

5.927

5.976

6.005

5.392

3.771

-1,19

-3,51

Total

6.768

7.023

7.387

7.538

7.650

0,23

0,15

Sede

Urbana

-

-

-

-

3.004

-

-

Rural

-

-

-

-

1.768

-

-

Total

-

-

-

-

4.772

-

-

Cachoeira de Fora

Urbana

-

-

-

-

396

-

-

Rural

-

-

-

-

1179

-

-

Total

-

-

-

-

1.575

-

-

Planalto

Urbana

-

-

-

-

479

-

-

Rural

-

-

-

-

824

-

-

Total

-

-

-

-

1.303

-

-

Fonte: CENSO/2010 (IBGE, 2018).

Nota: 1 Em 1970 a 2000 só havia informações censitárias do município como um todo.

Gráfico 3.1 - Evolução Populacional do Município de Arneiroz por situação do domicílio, segundo distritos – 1970 a 2010

Fonte: IBGE (2018)

O Quadro 3.3 traz o detalhamento da distribuição dos dados de domicílios particulares e coletivos do município de Arneiroz, Segundo Censo/2010.

Dados de Domicílios Particulares e Coletivos do Município de Arneiroz, segundo distritos – Censo/2010

Municipio e Distritos

Situaçao do domicilio

Particular - ocupado

Particular - não ocupado

Coletivo

Média de moradores por domicílio particular ocupado (hab/dom)

Total Geral

Arneiroz

Urbana

1145

200

3

3,39

1348

Rural

967

298

0

3,90

1265

Total

2112

498

3

3,62

2613

Sede

Urbana

894

142

2

3,36

1038

Rural

451

115

0

3,92

566

Total

1345

257

2

3,55

1604

Cachoeira de Fora

Urbana

113

21

1

3,50

135

Rural

296

99

0

3,98

395

Total

409

120

1

3,85

530

Planalto

Urbana

138

37

0

3,47

175

Rural

220

84

0

3,75

304

Total

358

121

0

3,64

479

Fonte: IBGE (2018)

A partir dos dados sobre domicílios, pode-se inferir que há 19,1% de domicílios não ocupados no Município de Arneiroz, representando, em termos absolutos, 498 domicílios. O Distrito de Planalto apresenta maior medida relativa de desocupação de domicílios, 25,3%. Apesar do Distrito Sede possuir menor medida relativa de desocupação, em torno de 16%, seus 257 domicílios particulares não ocupados representam 51,6% do total de domicílios não ocupados do município que possui uma densidade demográfica de 7,17 hab/km² .

Aspectos Sociais e Econômicos

Índices de Desenvolvimento

Os índices de desenvolvimento do Município de Arneiroz, em relação ao Estado e aos demais municípios cearenses, são explicitados no Quadro 3.4. Descreve-se tanto o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que considera informações sobre longevidade, educação e renda, como do Índice de Desenvolvimento do Município (IDM), que considera quatro conjuntos de indicadores: i) fisiográficos, fundiários e agrícolas (que incluem pluviometria e salinidade de água) ii) demográficos e econômicos, iii) de infraestrutura de apoio, e iv) sociais (que incluem mortalidade infantil e cobertura de abastecimento de água). O primeiro e o quarto conjunto de indicadores do IDM são os que trazem mais parâmetros associados aos serviços de saneamento básico ou aqueles são influenciados por estes serviços

Índices de Desenvolvimento de Arneiroz – 2014 e 2016

Índices

Ano

Município

Estado

Valor

Ranking

municipal

Valor

Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM)

2014

14,67

169

24,75

2016

13,77

178

27,37

Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM)

2010

0,618

72

0,682

2000

0,419

139

0,541

Fonte: IPECE (2011); IBGE (2010)

A avaliação do índice IDHM indicará maior desenvolvimento quanto mais próximo estiver de 1, conforme critérios do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), (Figura 3.xx).

Figura 3.xx - Faixas de Desenvolvimento Humano Municipal 

O IDHM de 2010 do Município de Arneiroz é classificado como de nível médio, atingindo 0,618. A análise do IDHM desagregado revela que o IDHM-Longevidade (índice de 0,740) é o que mais contribui positivamente para o município, seguido do IDHM-Renda (índice de 0,565) e do IDHM-Educação (índice de 0,564).

Verificando informações sobre o IDHM, constata-se que sua amplitude, no ano de 2010, entre os estados brasileiros, ficou entre 0,631 a 0,824. Já a amplitude entre os municípios brasileiros foi de 0,418 a 0,862. Entre municípios cearenses, a amplitude do índice foi de 0,540 a 0,754. Ainda com relação ao IDHM, que apresenta média nacional de 0,659 (inferior ao índice estadual 0,682, mas superior ao do município), o Estado ocupa a décima sétima colocação entre as unidades federativas e o município ocupa a posição de número 3.735 no país (de 5.566 municípios com índice calculados).

Gráfico x.x - Comparativo do IDHM do Município com o Estado

Fonte: IPECE (2018)

O IDM é analisado nos anos 2014 e 2016. Em relação ao IDM, é verificada a diminuição no indicador no período considerado, ao contrário do aumento do índice do Estado, verifica-se tanto uma queda absoluta do IDM no período como uma queda de posição do município frente aos demais. Com relação ao IDM, de 2016, desagregado, verifica-se que a maior medida é dos indicadores sociais (49,21), seguido dos indicadores fisiográficos, fundiários e agrícolas (índice de 9,19), de infraestrutura de apoio (4,87) e demográficos e econômicos (índice de 3,15).

A amplitude do IDM, em 2016, no Ceará, foi de 9,17 a 76,71; e, no ano de 2014, foi de 6,39 a 68,51. Verifica-se, portanto, uma redução dos valores mínimo, porém, no valor máximo também houve diminuição e um aumento do índice médio no Estado (Tabela 3.4), demonstrando uma pequena melhoria das condições de vida da população, tomando como parâmetro o IDM. O índice, no município obteve diminuição de aproximadamente 6%  (2014 – 2016), contribuindo para uma regressão de posição no ranking dos municípios, 169º a 178º.

No Município, o IDM é de classe 4 (intervalo 9,17 - 28,77) entre quatro classes que variam de 1 (um) a 4 (quatro). A avaliação do índice dá-se com maior desenvolvimento quanto mais próximo estiver de 100, conforme critérios do IPECE (Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará).

Portanto, espera-se que a universalização do saneamento básico, objeto deste PMSB, deverá contribuir fortemente para a melhoria dos índices de desenvolvimento do Município de Arneiroz.

Gráfico x.x - Comparativo do IDM do Município com o Estado

Fonte: CENSO/2010 (IBGE, 2018).

Produto Interno Bruto(PIB)

        Indicador que demonstra a evolução da economia municipal, o Produto Interno Bruto (PIB) do Município de Arneiroz apresentou aumento de 51,2% no período de 2010 – 2015. No mesmo período, o PIB per capita cresceu menos, alcançando 49%. Os maiores níveis de crescimento dos indicadores ocorreram no período 2010 - 2011, quando o PIB aumentou de 14,86%, enquanto o PIB per capita elevou-se em 14,83% no mesmo período. Os resultados encontram-se no Quadro 3.5 e no Gráfico 3.2, considerando valores nominais (preços correntes), ou seja, sem efeito inflacionário.

Crescimento do Produto Interno Bruto de Arneiroz– 2010  a 2015

Ano

PIB a preços correntes

PIB per capita

Valor (R$ mil)

Variação (%)

Valor (R$)

Variação (%)

2010

30.506,00

-

3.984

-

2011

35.038,00

14,86

4.575

14,83

2012

33.532,00

-4,30

4.373

-4,40

2013

35.319,00

5,33

4.548

3,99

2014

42.165,00

19,38

5.428

19,35

2015

46.124,00

9,39

5.935

9,35

Fonte: IBGE (2015)

Nota: (-) Dados(s) inexistente(s) por não haver variação

Gráfico 3.2 - Evolução do Produto Interno Bruto de Arneiroz – 2010  a 2015

Fonte: Adaptado de IBGE (2018); IPECE (2018)

O resultado do PIB municipal de 46 milhões, aproximadamente, em 2015, teve maior participação do setor de serviços, com 82,97% do montante, superior a participação desta variável no PIB do Estado. Ainda no Município, os setores agropecuários e industriais , segundo e terceiro mais expressivos, respectivamente.

Produto Interno Bruto de Arneiroz por setores – 2015

PIB

Município

Estado

PIB a preços de mercado (R$ mil)

46.124

130.620.788

PIB per capita (R$ 1,00)

5.935

14.669

PIB Setorial

Agropecuária (%)

13,56

4,49

Indústria (%)

3,47

19,56

Serviços(%)

82,97

75,95

Fonte: Adaptado de IBGE (2013) e IPECE (2015)

Comparativamente aos valores de PIB do Estado próximo de R$ 130,6 bilhões em 2015, o PIB municipal participa com 0,03% do montante estadual. Neste mesmo ano, o PIB per capita cearense foi de R$ 14.669, sendo o indicador do município (R$ 5.935), correspondente a 40% do indicador estadual. Isto demonstra fragilidade social e econômica. O valor do PIB per capita, relativamente reduzido, indica baixa  capacidade de pagamento da população.

Esta condição ocorre, em especial, por 15,75% dos domicílios do município ter renda mensal per capita de até 1/8 de salário mínimo, com 1,95% dos domicílios que não apresentam rendimento. No acumulado, 63,01% atingem renda mensal per capita de até 1/2 salário mínimo em 2010 (valor de R$ 510,00), conforme dados do IBGE dispostos no Gráfico 3.3. Dentre os distritos, Planalto destaca-se por possuir a pior situação nesse quesito, haja vista que 21,01% da população possui renda mensal per capita de até 1/8 do salário mínimo, onde há ainda mais 2,80% sem rendimento (Gráfico 3.6)

Gráfico 3.3 - Percentual de Domicílios Particulares, segundo renda mensal per capita do Município de Arneiroz – IBGE Censo/2010

Nota: 1 SM – Salário Mínimo.

Gráfico 3.4 - Percentual de Domicílios Particulares, segundo renda mensal per capita do distrito Sede – IBGE/Censo 2010
Gráfico 3.5 - Percentual de Domicílios Particulares, segundo renda mensal per capita do distrito Cachoeira de Fora – IBGE/Censo 2010

Gráfico 3.6 - Percentual de Domicílios Particulares, segundo renda mensal per capita do distrito Planalto– IBGE/Censo 2010

O Quadro 3.7 demonstra, para o Município de Arneiroz, dados do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS, que traz informações sobre famílias com renda mensal per capita de até 1/2 salário mínimo ou renda domiciliar mensal de até três salários mínimos. Tais famílias, com filhos entre idade de 0 (zero)  a 17 anos, têm perfil para inclusão no Programa Bolsa Família. Pode-se aferir que 54,6% das famílias cadastradas no Cadúnico são beneficiadas pelo programa Bolsa Família, e 68,7% têm renda mensal por pessoa de até 1/2 salário mínimo (valor em 2018 de R$ 954,00).

Descrição de Famílias segundo informações do Cadastro Único, fevereiro /2018

Identificação

Quantidade

Famílias cadastradas

1.642

Famílias cadastradas com renda mensal per capita até 1/2 salário mínimo

1.129

Famílias beneficiadas no Programa Bolsa Família

897

Fonte: MDS (2018).

Receitas e Despesas Municipais

        

                A situação das finanças municipais pode ser analisada pela observação das suas receitas e despesas (Quadro 3.8). As receitas correntes constituem o principal componente de entrada (99,72%), tendo as transferências correntes como maior fonte de receita (94,8%) nesta rubrica. Da mesma forma, as despesas correntes constituem a principal componente de saída (99,72%), tendo os gastos com pessoal e encargos sociais como as maiores despesas (4,3%) nesta rubrica.

Receitas e Despesas de Arneiroz – 2015

Receitas

Valor

Despesas

Valor

R$ mil

R$ mil

Receita total

19.827

Despesa total

19.827

--Receitas correntes

19.770

--Despesas correntes

19.770

----Receita tributária

849

----Pessoal e encargos sociais

849

----Receita de contribuições

-

----Juros e encargos da dívida

-

----Receita patrimonial

86

----Outras despesas correntes

86

----Receita de serviços

-

--Despesas de capital

-

----Transferências correntes

18.741

Investimentos

18.741

----Outras receitas correntes

94

Inversões financeiras

94

--Receitas de capital

56

Amortização da dívida

56

Fonte: IPECE (2017).

Investimentos em Saneamento Básico

Informações acerca de investimentos realizados ou previstos, por meio de convênios estabelecidos por entes da União com o Município de Arneiroz, estão descritos no Quadro 3.9, com dados até o ano de 2017. Estes dados foram obtidos do Portal da Transparência do Governo Federal. O montante total provém de várias fontes (Ministério da Saúde, Ministério da Integração, Ministro do Turismo, entre outras).  O período correspondeu a valores conveniados da ordem de mais de 4,1 milhões de reais, para sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, melhorias sanitárias, drenagem e de resíduos sólidos. No entanto, deste total, apenas houve liberação de 780 mil, aproximadamente.

Investimentos em Saneamento Básico de Arneiroz por convênio federal – 2001 a 2018.

Convênio

Situação Convênio

Ano

Objeto Convênio

Componente

Nome Órgão Superior

Nome Concedente

Valor Convênio

Valor Liberado

855366

Em Execução

2017

Implantacao de Sistema de Abastecimento em Areas Rurais e Comunidades Tradicionais

Água

Ministerio da Saúde

MS/Fundação Nacional de Saúde/DF

2.043.849,55

0,00

828478

Em Execução

2016

Pavimentacao na Sede do Municipio de Arneiroz Ceara.

Drenagem

Ministério das Cidades

Caixa Econômica Federal - Programas Sociais

245.056,60

147.650,00

796389

Anulado

2013

Implantacao de Melhorias Sanitarias Domiciliares.

Esgoto

Ministerio da Saúde

MS/Fundação Nacional de Saúde/DF

500.000,00

0

781527

Anulado

2012

Urbanizacao da Avenida Duque de Caxias, Construcao de Pracas Publicas e execucao de obras de Pavimentacao no Municipio de Arneiroz Ceara.

Drenagem

Ministerio do Turismo

CEF/Ministerio do Turismo/MTUR

243.750,00

0

649401

Concluído

2012

Melhorias Sanitarias Domiciliares para Atender o Município de Arneiroz/Ce, no Programa de Aceleração do Crescimento - PAC/2008

Esgoto

Ministerio da Saúde

Fundação Nacional de Saúde - DF

500.000,00

0

747436

Anulado

2010

Execucao de obras de Pavimentacao no Distrito de Planalto, no Municipio de Arneiroz.

Drenagem

Ministério das Cidades

Caixa Econômica Federal - Programas Sociais

146.950,00

0,00

649406

Concluído

2008

Sistema de Abastecimento de Água para Atenter o Municipio de Arneiroz /Ce, no Programa de Aceleração do Crescimento PAC/2008

Água

Ministerio da Saúde

Fundação Nacional de Saúde - DF

350.000,00

0,00

644436

Concluído

2008

Sistema de Esgotamento Sanitario para Atenter o Municipio de Arneiroz /Ce, no Programa de Aceleração do Crescimento PAC/2008

Esgoto

Ministerio da Saúde

Fundação Nacional de Saúde - DF

1.400.000,00

0,00

598010

Inadimplência Suspensa

2007

Cisternas: apoio a construção de cisternas de placas para armazenamento de água da chuva no município de Arneiroz/CE.

Água

Ministerio do Desenvolvimento Social

Secretaria Nacional de Seg.Alimen. e Nutricional

350.700,00

350.700,00

550594

Concluído

2005

Pavimentação Autorizado Pelo Oficio MTUR N°0641 2005

Drenagem

Ministerio do Turismo

CEF/Ministerio do Turismo/MTUR

100.000,00

100.000,00

587607

Concluído

2006

Pavimentação

Drenagem

Ministério das Cidades

Caixa Econômica Federal - Programas Sociais

136.500,00

0

449835

Adimplente

2003

Execução de Melhorias Sanitarias Domiciliares (Projeto Alvorada)

Esgoto

Ministerio da Saúde

Fundação Nacional de Saúde - DF

0,00

0

442854

Inadimplência Suspensa

2002

Execução de Sistema de Abastecimento de Água

Água

Ministerio da Saúde

Fundação Nacional de Saúde - DF

50.000,00

50.000,00

450102

Adimplente

2001

Execução de Melhorias Sanitarias Domiciliares (Projeto Alvorada)

Esgoto

Ministerio da Saúde

Fundação Nacional de Saúde - DF

0,00

0

443509

Inadimplência Suspensa

2001

Execução de Melhorias Sanitarias Domiciliares

Esgoto

Ministerio da Saúde

Fundação Nacional de Saúde - DF

92.615,39

92.615,39

412420

Concluído

2001

Construção de Sistema de Abastecimento de Água

Água

Ministerio da Saúde

Fundação Nacional de Saúde - DF

39.178,00

39.178,00

Total

4.154.749,99

780.143,39

Fonte: Portal da Transparência da União (2018).

Os investimentos realizados ou previstos, por meio de convênios do Estado com o Município, estão descritos no Quadro 3.9.1, com dados em um intervalo de 2010 a 2018. Essas informações foram obtidas do Portal da Transparência do Governo Estadual. O período correspondeu a valores empenhados da ordem de mais de 770 mil reais, para sistemas de abastecimento de água e drenagem. Ressaltamos que o valor empenhado foi totalmente pago.

Investimentos em Saneamento Básico de Arneiroz por convênio Estadual - 2010 a 2018

Data de assinatura

Nº Convênio

Unidade

Convenente

Objeto

Componente

Valor atualizado

Valor empenhado

Valor pago

05/07/2018

170/CIDADES/2018

SCIDADES

PREF MUNIC DE ARNEIROZ06.748.297/0001-54

PAVIMENTAÇÃO EM DIVERSAS RUAS NA SEDE...

DRENAGEM

550.000,00

200.000,00

200.000,00

04/07/2012

001/2012-SRH

SRH

PREF MUNIC DE ARNEIROZ06.748.297/0001-54

CONSTRUÇÃO DE AÇUDES COMUNITÁRIOS NAS...

ÁGUA

575.000,00

575.000,00

575.000,00

TOTAL

1.125.000,00

775.000,00

775.000,00

Fonte: Portal da Transparência do Estado (2018)

O Governo do Ceará promove o Programa de Combate à Pobreza Rural, no qual se insere o Projeto São José, financiador de obras hídricas, inclusive sistemas de abastecimento, para comunidades rurais e distritais do semiárido. De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA, 2018), os projetos de abastecimento de água conveniados com recursos do Projeto São José contemplaram 223 famílias em diversas comunidades do Município de Arneiroz, ao longo do período de 2003 a 2011, totalizando investimentos da ordem de R$ 305.425,78 (Quadro 3.10).

Projetos de Abastecimento de Água conveniados com recursos do Projeto São José - 2003 a 2018.

Projeto São José - Projetos Liberados (2003 – 2011)

Projeto

Convênio

Ano

Comunidade

Associação

Família

Valor Total

1711

2003/0252

2003

Cachoeira de fora

Associação Comunitaria de Cachoeira de Fora

123

114.440,21

3820

2008/0002

2008

Lagoa dos Rodrigues

Associação Comunitaria de Cachoeira de Fora

20

91.627,17

5674

2011/0044

2011

Macauim

Associação Comunitária de Macauim

80

99.358,40

Total

223

305.425,78

Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Agrário, agosto 2018.

Saúde

A gigantesca parcela da população que não recebe o serviço de saneamento básico está suscetível  a muitas categorias de doenças, podendo ser identificadas em função da forma de transmissão (FUNASA, 2006), pela precariedade dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. A exposição a vírus, bactérias e condições insalubres aumenta a incidência de doenças como as listadas no Quadro x.x.

Doenças epidemiológicas ligadas ao saneamento básico.

Doenças

Água contaminada

Ausência de esgotamento sanitário

Resíduos sólidos

Drenagem/ inundações

Amebíase

x

x

Animais peçonhentos

x

Ascaridíase

x

x

Cisticercose

x

Cólera

x

x

x

Dengue

x

Disenteria bacilar

x

x

Esquistossomose

x

x

Febre tifóide

x

x

Febre paratifóide

x

Filariose

x

Gastroenterites

x

Giardíase

x

x

x

Hepatite viral tipo A

x

x

x

Leishmaniose

x

Leptospirose

x

x

x

Meningites

x

Meningoencefalite

x

Peste

x

Poliomielite

x

x

Rubéola

x

Salmonelose

x

Sarampo

x

Shigueloses

x

Tétano acidental

x

Toxoplasmose

x

Tracoma

x

Triquinose

x

Fonte: Adaptado da FUNASA, 2006.

O município não registrou nenhuma morbidade ou mortalidade no período de 2017 por doenças ligadas a falta do saneamento básico, verificado via DATASUS.

Os sistemas de serviços de saúde propiciam a melhoria das condições de saúde da população através de ações de vigilância e de intervenções governamentais, assegurando promover, proteger e recuperar a saúde.

As unidades de saúde permitem e facilitam o acesso mais rápido à resolução dos problemas de saúde da população. Ao todo, até 2014, existiam 10 (dez) unidades de serviços de saúde. O Quadro 3.11 apresenta o tipo e o quantitativo de cada unidade existente no município.

Tipos de Unidades de Saúde Existentes no Município em 2014.

Tipo de Estabelecimento

Público

Total

Academia da saúde

1

1

Hospital geral

1

1

Posto de saúde

7

7

Secretaria de saúde

1

1

TOTAL

10

10

Fonte: DATASUS, 2018.                

Nota: Utilizados dados de dezembro de 2014 por ter discriminado o tipo de prestador.                

Cobertura de Saúde

O Município de Arneiroz contava, em 2016, com uma equipe de 47 multiprofissionais da saúde, entre médicos, enfermeiros, dentistas, entre outros, alocados em unidades básicas de saúde. A maioria é agente comunitário que faz parte do Programa de Saúde da Família (PSF). Este programa é uma estratégia voltada para o atendimento primário no município, com o objetivo de prestar assistência à população local na promoção da saúde, com prevenção, recuperação e reabilitação. Desta forma, os agentes realizam visitas domiciliares em torno da unidade, obtendo informações capazes de permitir o dimensionamento dos problemas de saúde que afetam a comunidade e levando até a população difusa soluções destes problemas (Quadro 3.12).

Profissionais de Saúde ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS) de Arneiroz – 2016

Discriminação

Quantidade

Médicos

5

Dentistas

3

Enfermeiros

6

Outros profissionais de saúde/nível superior

-

Agentes comunitários de saúde

14

Outros profissionais de saúde/nível médio

19

Total

47

Fonte: IPECE (2017)

Nota: Profissionais de saúde cadastrados em unidades de entidades públicas e privadas.

Como dito, o Programa de Saúde da Família confere ênfase às ações de promoção e prevenção da saúde da população. No Município de Arneiroz, aproximadamente 97,26% das crianças com menos de dois anos, acompanhadas pelo programa, estão com suas vacinas em dia. Na avaliação geral do Quadro 3.13, de seis indicadores avaliados comparativamente com os do Estado do Ceará, em três deles o Município de Arneiroz apresentou desempenho inferior: De 0 a 11 meses subnutridas (1); De 12 a 23 meses subnutridas (1) e peso < 2,5 Kg ao nascer.

Programa de Saúde da Família (PSF) - 2016

Crianças acompanhadas pelo

programa agentes de saúde (%)

Município

Estado

Até 4 meses só mamando

73,33

68,71

De 0 a 11 meses com vacina em dia

96,92

95,18

De 0 a 11 meses subnutridas (1)

1,55

1,03

De 12 a 23 meses com vacina em dia

97,26

94,74

De 12 a 23 meses subnutridas (1)

4,29

1,81

Peso < 2,5 kg ao nascer

11,76

8,23

Fonte: IPECE (2017)

Nota: (1) Crianças com peso inferior a P10.

Indicadores de Saúde

Segundo o IPECE (2016), não foi disponibilizado dado de mortalidade infantil por diarréia ou taxa de mortalidade infantil no Município de Arneiroz por mil nascidos vivos, conforme Quadro 3.14, entretanto o Quadro 3.15 indica que o Município de Arneiroz possui três de quatro indicadores com valores melhores do que os estaduais.

Indicadores de Saúde – 2016

Indicadores de saúde

Município

Estado

Nascidos vivos

82

125.387

Óbitos infantis

-

1.591

Taxa de mortalidade infantil/1.000 nascidos vivos

-

12,69

Fonte: IPECE (2017)


Indicadores de Atenção Básica do PSF - 2009

Indicadores

Município (%)

Estado (%)

População coberta pelo programa

93,7

82,7

Mortalidade infantil por diarréia (1)

-

1,3

Prevalência de desnutrição (2)

1,8

3,4

Hospitalização por pneumonia (3)

2

17

Hospitalização por desidratação (3)

10,1

9,6

Fonte: DATASUS (2018).

Nota: (1) por 1.000 nascidos vivos; (2) em menores de 2 anos, por 100; (3) em menores de 5 anos, por 1000; menores de 5 anos na situação do final do ano;

(-) Dado(s) não disponível(eis) ou inexistente(s) no sítio do DATASUS.

A taxa de incidência de dengue por 100.000 hab, depois de grande elevação de 2008, manteve-se praticamente estacionária no Município de Arneiroz. Em 2012, as taxas do Município de Arneiroz e da Microrregião de Saúde - Tauá foram distintas, porém foram inferior a taxa do Ceará.

Taxa de Incidência de Dengue por 100.000 hab – 2008 a 2012

Ano

Arneiroz

MRS - Tauá

Estado

2008

1587,30

787,06

531,28

2009

0,00

342,29

71,14

2010

418,30

1818,21

197,92

2011

65,28

319,11

482,44

2012

156,51

377,23

482,51

Fonte: DATASUS ( 2018)

Nota: (-) Dado(s) não disponível(eis) ou inexistente(s).

Gráfico 3.7 - Taxa de Incidência de Dengue por 100.000 hab – 2008 a 2012

Fonte: DATASUS (2018)

A taxa de incidência de doenças infecciosas e parasitárias do Município de Arneiroz encontra-se em patamar inferior entre a apresentada pelo Estado e as da MRS - Tauá. Nos anos de 2008 e 2009, houve uma redução nas taxas do Município, apresentando-se abaixo da taxa do Estado. Assim como o Estado que continuou reduzindo sua taxa, o Município de Arneiroz e a sua microrregião de saúde tiveram redução no indicador.

Taxa de Incidência de Doenças Infecciosas e Parasitárias por 1.000 hab – 2008 a 2012

Ano

Arneiroz

MRS -Taúa

Estado

2008

5,55

4,39

7,29

2009

0,00

1,91

6,12

2010

1,49

9,82

6,15

2011

0,23

1,72

6,12

2012

0,55

2,03

4,50

Fonte: DATASUS ( 2018)

Gráfico 3.8 - Taxa de Incidência de Doenças Infecciosas e Parasitárias por 1.000 hab – 2008 a 2012

Os dados, informações e indicadores de saúde e de epidemiologia do Município de Arneiroz denotam que os esforços, neste setor, empreendidos até o momento sob a ótica curativa, não são suficientes para se alcançar índices satisfatórios. Entretanto, pela comprovada correlação entre saúde e saneamento, é necessário aliar as ações em ambos os setores de forma conjunta e concomitante, adicionando-se às atividades feitas na área de saúde o papel preventivo das ações de saneamento, por meio da universalização das quatro componentes deste setor.

Educação

A educação é o mecanismo pelo qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades e atitudes que estabelecem vínculos entre a cidadania e a qualidade ambiental. A Lei N° 9.795/1999 – Lei da Educação Ambiental, em seu art. 2°, afirma: "A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal”. Portanto, a educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente.

No Município de Arneiroz, em 2016, havia 1.695 alunos (Quadro 3.18), representando um público passível de formação visando o desenvolvimento sustentável, com potencial para desenvolver ideias inovadoras, principalmente no que se refere à preservação dos recursos naturais. A rede de ensino municipal concentra 83,82% dos alunos matriculados em todo o Município de Arneiroz.

A rede escolar possui 170 professores, distribuídos em escolas estaduais, municipais e particulares, dos quais 90,42% são da esfera municipal, dados de 2016, segundo a SEDUC. Toda esta rede educacional é um mecanismo potencial para a disseminação do conhecimento.

Número de Professores e Alunos matriculados de Arneiroz – 2016

Dependência

administrativa

Professores

Matrícula inicial

Estadual

18

327

Municipal

170

1.695

Particular

-

-

Total

188

2022

Fonte: IPECE(2017)

        De acordo com os indicadores divulgados pela Secretaria de Educação do Ceará (SEDUC, 2016), relativos ao ano de 2016, o Município de Arneiroz apresentou desempenho superior em relação ao Estado observando o rendimento no ensino fundamental. Já em relação ao Ensino médio, o Município de Arneiroz apresentou desempenho inferior os indicadores estaduais de rendimento escolar (Quadro 3.19).

Rendimento Escolar – 2016

Discriminação

Ensino Fundamental(%)

Ensino médio(%)

Município

Estado

Município

Estado

Aprovação

96,3

93,1

88,9

84,6

Reprovação

0,9

5,4

4,3

6,8

Abandono

2,8

1,4

6,8

8,7

Fonte: SEDUC (2016).

Recursos Hídricos

        Um fator que impacta diretamente nos recursos hídricos é a estiagem, segundo mapa do Monitor de Secas do Nordeste  (figura x), da ANA, 33,6% do território nordestino apresentava em dezembro de 2017,  seca nível 4, o mais alto da escala e classificado como seca excepcional. Em 2015, esse índice chegou a 47% e, em 2016, a 65%. Em 2014, ano com maior volume de chuva desde 2012, só 6% do território teve seca excepcional.

No estado do Ceará, ocorreu uma expansão da seca extrema no sul do estado na divisa com a Paraíba, e da seca moderada para norte do estado. Todo o estado se encontra com condições de seca que varia de fraca no norte, até seca extrema no sul. Os impactos permanecem de curto prazo no norte do estado e de curto e longo prazo no centro e sul. A região do centro, em vermelho escuro, tem seca excepcional com impactos de curto e longo prazo.

Figura xx - Monitor de Secas

Fonte: FUNCEME (2018)

Apesar da melhoria no cenário hídrico, o Ceará ainda tem 101 açudes com volume abaixo dos 30% de sua capacidade total. O Castanhão, por exemplo, está com 5,08% do seu volume máximo.

Como forma de diminuir os efeitos da estiagem na vida da população e prolongar a vida útil das reservas hídricas cearenses, o Governo do Estado vem intensificando a realização de ações como a construção de adutoras de montagem rápida, cisternas de placas e chafarizes, instalação de dessalinizadores e perfuração de poços profundos, campanhas educativas, dentre outras.

Foram avaliadas diversas fontes: FUNCEME, MONITOR DE SECAS, SRH (PLANO DE AÇÕES ESTRATÉGICAS DE RECURSOS HÍDRICOS DO CEARÁ) , COGERH e SOHIDRA entre outras fontes de informações.

Identificação e Caracterização da Bacia Hidrográfica

No Estado do Ceará são monitorados pela Cogerh 155 açudes, com capacidade de armazenamento de 18,636 bilhões de m³. O Estado iniciou o semestre com um volume acumulado de 2,258 bilhões de m³ (12,12%), estando hoje com 1,245 bilhão de m³ (6,68%), que corresponde a uma redução de 1,013 bilhão de m³.

Na Bacia do Alto Jaguaribe são monitorados 24 açudes, com capacidade de armazenamento de 2,778 bilhões de m³. Iniciou o semestre com um volume acumulado de 270,062 milhões de m³ (9,72%), estando hoje com 175,560 milhões de m³ (6,32%), que corresponde a uma redução de 94,501 milhões de m³.

Figura xx - Volume da Bacia do Alto Jaguaribe 1995 - 2018

Fonte: COGERH (2018)

O Município de Arneiroz está totalmente inserido na região hidrográfica da Bacia do Alto Jaguaribe (Figura 3.3), na porção sudoeste do Estado, a qual possui área de drenagem de 24.538 km² e abrange 27 municípios, dos quais 23 estão totalmente inseridos na Bacia citada. Segundo o CRSBAJ (2009), a Bacia do Alto Jaguaribe tem como recurso hídrico principal o açude Orós, com extensão de 325 km.

Figura 3.3 - Bacia do Alto Jaguaribe

Fonte: Sistema de Informações dos Recursos Hídricos do Ceará (2018)

Os dados de pluviometria do Município de Arneiroz são caracterizados pela grande variação nos seus índices, por vezes de grande amplitude como a observada entre os anos de 2012 e 2015. De fato, enquanto a pluviosidade considerada normal é de 582,10 mm, nestes quatro anos foram observadas precipitações abaixo do esperado.  (Quadro 3.20).

        

Precipitação Pluviométrica de Arneiroz– 2012 a 2015

Precipitação pluviométrica (mm)

2012

2013

2014

2015

Normal

Observada

Anomalia

Normal

Observada

Anomalia

Normal

Observada

Anomalia

Normal

Observada

Anomalia

582,10

232,6

-349,5

582,10

417,2

-164,9

582,10

558,5

-23,6

582,10

360,9

-221,2

Fonte: IPECE - Anuário Estatístico do Ceará 2016 (2018)

Gráfico x.x - Precipitação Pluviométrica de Arneiroz– 2012 a 2015

A gestão dos recursos hídricos na Sub Bacia do Alto Jaguaribe é executada pela COGERH, em parceria com o DNOCS, e com a participação do Comitê de Bacia.

Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA, 2012), Arneiroz utiliza 1 manancial superficial, sendo esse o açude Mucuim, situado na localidade Assentamento Mucuim a 11km da sede do município de Arneiroz. (Figura 3.4).

Fonte: Atlas Brasil, ANA (2018)

Figura 3.4 - Manancial e sistema da oferta de água

Conforme o CRSBAJ (2009), a gestão dos recursos hídricos da Bacia do Alto do Jaguaribe compreende um conjunto de ações planejadas pela Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) no âmbito da Política Estadual de Recursos Hídricos e executadas pela COGERH, na condição de responsável pelo gerenciamento destes recursos, em parceria com o DNOCS e com a participação do Comitê de Bacia.

Os recursos hídricos da Bacia dependem das influências morfoestruturais e climáticas da região em que se localizam. Segundo o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS) do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o seu banco de dados tem 97 poços tubulares cadastrados até 2018. Deste total, consta que apenas 2 poços estavam bombeando com vazão total de 4,6 m³/s.

Cadastro dos poços tubulares do Município de Arneiroz, segundo CPRM.

Uso da Água

Situação do Poço Tubular

Abandonado

Bombeando

Equipado

Fechado

Não instalado

Seco

Não Indicado

Total geral

Quant.

∑ Q

(m³/h)

Quant.

∑ Q

(m³/h)

Quant.

∑ Q

(m³/h)

Quant.

∑ Q

(m³/h)

Quant.

∑ Q

(m³/h)

Quant.

∑ Q

(m³/h)

Quant.

∑ Q

(m³/h)

Quant.

∑ Q

(m³/h)

Abastecimento

doméstico

3

7,5

2

1,2

3

9,7

8

18,4

Abastecimento

múltiplo

1

0

2

4,6

20

69,2

6

6,7

10

1014,9

13

39,3

52

1134,7

Abastecimento

urbano

1

3,2

6

0

13

39,1

20

42,3

Abastecimento industrial

1

0

1

0

Irrigação

0

0

Pecuária

1

0

1

0

Não Indicado

1

0

0

0

0

0

2

0,5

3

13,5

5

0

2

10

15

32,8

Total geral

2

0

2

4,6

24

76,7

10

8,4

14

1031,6

11

0

32

98,1

97

1228,2

Fonte: CPRM (2018).

Compatibilidade com o PMSB

Uma vez que o Município de Arneiroz tem sua área territorial inserida na Bacia do Alto Jaguaribe, este deve ter objetivos, programas, projetos e ações no PMSB compatíveis com as diretrizes estabelecidas nos demais planos elaborados para a região.

De acordo com os planos citados no item 3.8.1, os principais problemas ambientais com impactos no saneamento básico encontrados no Estado são os seguintes:

  • Disposição inadequada de resíduos sólidos;
  • Poluição por efluentes domésticos e hospitalares;
  • Impactos associados às atividades agrícolas;
  • Desmatamento e degradação da mata ciliar, manguezais;
  • Áreas com risco de inundações periódicas.

Portanto, para compatibilizar o PMSB do Município de Arneiroz, serão adotadas diretrizes, envolvendo os 4 (quatro) componentes do serviço de saneamento básico, as quais contribuirão para o alcance dos objetivos e das ações previstas nos demais planos da bacia. As principais diretrizes a serem adotadas no PMSB do Município  de Arneiroz, relacionadas ao Plano da Bacia são:

  • Universalização do acesso aos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário de Arneiroz, minimizando o risco à saúde e assegurando qualidade ambiental;
  • Universalizar a gestão adequada dos resíduos sólidos, nos termos da Lei nº 12.305/2010, que Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
  • Promover o manejo das águas pluviais urbanas, minimizando a ocorrência de problemas de inundação, enchentes ou alagamentos;
  • Articular com outros planos setoriais correspondentes, notadamente com os Planos da Bacia do Alto Jaguaribe;
  • Fortalecer a cooperação com União, Estado, Municípios e população para a aplicabilidade da política municipal de saneamento básico;
  • Buscar recursos, nos níveis federal e estadual, compatíveis com as metas estabelecidas no Plano Municipal de Saneamento Básico, orientando sua destinação e aplicação segundo critérios que garantam à universalização do acesso ao saneamento básico.

Ressalte-se que estas diretrizes servirão como orientação no estabelecimento dos programas, projetos e ações deste PMSB.


DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO

O diagnóstico busca retratar a situação do saneamento básico do Município de Arneiroz, considerando sua infraestrutura e possibilitando um planejamento adequado à realidade do Município. Os itens seguintes abordarão a situação do saneamento básico do Município de Arneiroz, compreendendo os quatro componentes do setor.

O diagnóstico seguiu as unidades territoriais de análise e planejamento, conforme definido no próximo item. Isto significa que cada distrito foi tratado individualmente, analisando-se as zonas urbanas e rurais, separadamente. Ao final, todos os dados foram agregados, obtendo-se os indicadores de cobertura e atendimento para cada distrito e para todo o território municipal, conforme exigido na LNSB.

As fontes de dados e informações utilizadas foram as do tipo primárias, obtidas por meio de visitas em campo e de dados e informações brutos dos sistemas fornecidos pelos operadores (Ex: Prefeitura, operadores, associação, etc.) e as secundárias, disponíveis em sítios da Internet (Ex: IBGE, MDS, etc.) e também fornecidos pelos operadores.

Ressalte-se, porém, que a análise de cada fonte demonstra que as mesmas possuem lógicas distintas, devido às diferenças verificadas nos números de domicílios cobertos ou atendidos apresentados por cada uma delas, cujos valores fornecem diferentes dimensões do déficit, tanto urbano como rural. Além disso, como apresentado na análise, algumas informações colhidas não permitem avaliação dos aspectos qualitativos, restringindo-se, em geral, à dimensão quantitativa da oferta e da demanda. Entretanto, a expectativa é que, futuramente, a gestão do saneamento produza dados e informações consistentes que favoreçam a realização de avaliações quantitativas e qualitativas do saneamento básico do município.

Desta forma, para expressar os índices finais de cobertura e atendimento de cada componente do saneamento básico, foi necessário analisar de forma crítica os diversos dados, informações e indicadores apresentados pelas diversas fontes, a fim de evitar superposições de valores de uma mesma variável fornecida por mais de uma fonte.

Unidade Territorial de Análise e Planejamento

Para efeito do presente diagnóstico, adotou-se o distrito como a unidade territorial de análise e planejamento. Desta forma, mesmo quando existiam dados, informações ou indicadores por localidade, estes foram agregados e analisados em nível de distrito para, ao final, obter-se o índice global do município. O Município de Arneiroz possui três distritos: Arneiroz (Distrito Sede), Cachoeira de Fora e Planalto (Figura 4.1).

Abastecimento de Água

O Município de Arneiroz possui diversas formas de abastecimento de água, compreendendo soluções coletivas e individuais.

O diagnóstico das soluções coletivas compreendeu os sistemas públicos de abastecimento de água operados pela concessionária - Companhia de Água e Esgoto do Ceará (CAGECE) e demais sistemas públicos alternativos de abastecimento de água - operados por associações comunitárias, pela prefeitura e pelo Sistema Integrado de Saneamento Rural (SISAR).

Para as soluções individuais, levantou-se o abastecimento unitário por meio de água de chuva armazenada em CISTERNAS, água canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL (açude, lago, lagoa, nascente, etc.), água canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO (poço, cacimba, cacimbão, etc.) ou abastecimento composto por qualquer combinação destes tipos de abastecimentos individuais. Os domicílios que não estão contemplados com uma destas soluções foram considerados como desabastecidos, ou seja, não possuem cobertura por abastecimento de água.

Fonte: IBGE(2018)

Figura 4.1 – Mapa Distrital do Município de Arneiroz

A análise do diagnóstico de abastecimento de água objetivou levantar os índices de cobertura e avaliar como se dá o tratamento da água, tanto para as soluções coletivas quanto para as soluções individuais, a partir dos dados e informações dos prestadores de serviços e do Programa de Saúde da Família, respectivamente. No caso de solução individual, cabe esclarecer que a responsabilidade do tratamento é do próprio indivíduo que habita o domicílio e a solução considerada adequada para efeito deste diagnóstico foi a filtração, cloração ou fervura. A avaliação incluiu, ainda, quando possível, a situação da infraestrutura das soluções coletivas.

Distrito Sede

I. Zona urbana - Sede

Segundo o Censo/2010, a zona urbana do Distrito Sede é atendida por rede geral, poço e outras formas de abastecimento. O levantamento dos domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento estão apresentados no Quadro 4.1. Ao todo, tem-se 870 domicílios atendidos com rede geral de abastecimento de água.

Domicílios Particulares Permanentes por tipo de abastecimento na zona URBANA do Distrito Sede, em 2010, segundo IBGE.

Distrito

Rede geral

Poço ou nascente na propriedade

Poço ou nascente fora da propriedade

Carro-pipa

Água da chuva armazenada em cisterna

Água da chuva armazenada de outra forma

Rio, açude, lago ou igarapé

Poço ou nascente na aldeia

Poço ou nascente fora da aldeia

Outra

Total Geral

Sede

870

-

1

-

2

-

2

-

-

12

887

Fonte: Censo/2010 (2018).

A zona urbana do Distrito Sede é o maior aglomerado populacional do Município de Arneiroz. Seu sistema público de abastecimento de água é operado pela CAGECE. Este sistema é composto por captação, adução de água bruta e tratada, tratamento, reservação e rede de distribuição. Os itens, a seguir, trazem detalhamentos específicos dos elementos que compõem o sistema do Distrito Sede, conforme croqui apresentado na Figura 4.3.

  • Captação

A captação de água bruta do sistema funciona sob gestão da COGERH e operacionalização da CAGECE. É feita superficialmente na barragem do rio Jaguaribe e ocorre através de flutuante fornecendo água para o SAA da Sede de Arneiroz (Quadro 4.2). Para ilustrar, a Figura 4.2 presenta imagem da captação no rio Jaguaribe.

Características da captação do SAA do Distrito Sede, operado pela CAGECE, em 2018.

Manancial

Município

Manancial Formador

Capacidade

Volume Julho/2018 (%)

Vazão Regul.(L/s)

Rio Jaguaribe

Arneiroz

Rio Jaguaribe

-

-

9,17

Fonte: Prefeitura de Ararneiroz(2018)

Figura 4.2  – Captação no rio Jaguaribe

  • Adução de Água Bruta

Existem 02 (duas) adutoras que transferem a água da captação com destino a diversos Reservatórios com extensão, diâmetro e material conforme Quadro 4.3.

Características das adutoras de água bruta do SAA operado pela CAGECE do Distrito Sede, em 2018

Adutora

Trecho

Ext. (m)

Diâm.(mm)

Material

ACS-01

EECS-01 / REGISTRO

20

100

PEAD

REGISTRO / TORRE DE NÍVEL

90

100

FERRO FUNDIDO

ACS-02

CS-02 / CLORO GASOSO

50

100

PEAD

CLORO GASOSOS / ETA

50

100

DEF°F°

Fonte: RASO/Maio de 2017- CAGECE (2018).

  • Tratamento

ETA com filtração direta Ascendente (Quadro 4.4).

Características do SAA da CAGECE na zona URBANA do Distrito Sede, 2018.

Informações Técnicas

Descrição

Tipo de Tratamento

Sistema de Simples Desinfecção

Produtos químicos

Cloreto de Polialumínio (PAC23 - Gavião), Cloreto de Sódio, Cloro Gasoso, Demox, Dicloroisocianurato de Sódio, Fluossilicato de Sódio, Hipoclorito de cálcio.

Capacidade SSD

30 m³/h

ou

8,33 l/s

Vazão de produção

30,15 m³/h

ou

8,38 l/s

Per capita projeto

150 l/hab/dia

Per capita fornecido

118,7 l/hab/dia

Horas de funcionamento

17,39 h/dia

Fonte: RADOP 12/2017 - RASO 05/2017 - CAGECE (2018).

O Quadro 4.4 indica uma vazão de produção de 8,38 L/s, com funcionamento de 17,39 horas por dia com sistema produtor e de distribuição em Arneiroz. A avaliação foi feita considerando-se as seguintes premissas:

  • população urbana da Sede dos distritos abrangidos pelo sistema 3.004 hab. (IBGE, 2010);
  • per capita de 150 L/hab/dia (projeto);
  • Projeção do crescimento geométrico adotado em função dos censos 2000-2010: 1% para taxas <= 1% ou sem dado anterior, 2% para taxas > 1% e < 3% e 3% para taxas >=3%;
  • taxa de crescimento geométrico constante de 1% a.a. no na área urbana do Distrito Sede, adotada em função de não haver dado do censo anterior (2000)  devido aos censos anteriores serem no município como um todo;  
  • coeficientes k1=1,2 (dia de maior consumo) e k2=1,5 (hora de maior consumo).

As demandas obtidas com base nas premissas citadas vão de 10,17 L/s em 2018 até 12,40 L/s em 2038. Nestas condições, a produção não atende a demanda atual da área urbana e deverá ser acrescida para suprir a demanda já a curto prazo.

  • Adutora de Água Tratada

O sistema possui 2 (duas) adutoras de água tratada, com extensões que variam de 100m a 12.000m (Quadro 4.5).

Características das adutoras de água tratada do SAA da zona URBANA do Distrito Sede.

Adutora

Trecho Ext.(m)

Ext. (m)

Diâm.(mm)

Material

AAT-01(ETA-01)

EEAT-01 / REL-01

12.000

100

FERRO FUNDIDO

AAT-01(ETA-02)

EEAT-01 / REL-01

730

100

DEF°F°

REL-01 / PONTO A

150

100

F°F°

PONTO A / RDA ARNEIROZ

100

100

PVC

Fonte: RASO/Maio de 2017- CAGECE (2018).

  • Reservação

O sistema do Distrito Sede é composto de 3 (três) reservatórios que recebem água tratada e repassam para rede de distribuição: 1 (um) reservatório elevado de distribuição (REL-01)  e 2 (dois) reservatórios apoiados (RAP-01 e 02) sendo um de distribuição/lavagem e dois de distribuição com capacidade descritas no Quadro 4.6.

Principais Características do Reservatório do SAA da zona URBANA do Distrito Sede – 2018.

Nome

Localização

Tipo

Cap. (m³)

Função/Utilização

RAP-01 (ETA2)

ETA - 02

Apoiado

30

Distribuição / Lavagem

RAP-02

PRÓX. RDA ARNEIROZ 2

Apoiado

5

Distribuição

REL-01

RDA - ARNEIROZ

Elevado

150

Distribuição

Fonte: RASO/Maio de 2017- CAGECE (2018).

No que diz respeito à capacidade de reservação, verificou-se a capacidade dos reservatórios do sistema, por meio do indicador obtido pela razão entre a capacidade de reservação em m³ e população projetada na área urbana da sede .

Conforme cálculo, considerando uma capacidade de reservação atual de 185m³ e população de 3.253 habitantes, per capita de 150 L/hab/dia (projeto) e coeficientes k1=1,2 (dia de maior consumo). Verificou-se que a reservação mínima necessária seria de 195m³ em 2018 e 238m³ em 2038, portanto não atende a demanda atual devendo ser ampliada em 53,15m³ até 2038.

  • Rede de distribuição

A rede de distribuição de Arneiroz é composta de 9.956,00m de extensão em PVC  nos diâmetros de 50 a 150mm. Verifica-se que o investimento mais significativo em expansão da rede de abastecimento de água ocorreu no ano de 2014 (Quadro 4.7).

Extensão da Rede do SAA da CAGECE na zona URBANA do Distrito Sede, em abr/2018

Data

Extensão (m)

2017

9.956,00

2016

9.901,00

2015

9.856,00

2014

9.776,00

2013

8.569,00

Fonte: CAGECE (2018).


Fonte: CAGECE (2018).

Figura 4.3  - Croqui do SAA da zona URBANA do Distrito Sede.

No gráfico x.x pode ser observado um resumo das reclamações registradas pela CAGECE durante o ano de 2017 para o distrito sede.

Gráfico xx - Solicitações/reclamações registradas no distrito sede no ano de 2017.

Fonte: CAGECE, 2018.

Em 2017 foram registradas 50 (cinquenta) reclamações no geral. Das Solicitações, 64,0% foram referentes a vazamentos, 2,0% em relação a falta d’água no imóvel e as demais reclamações com 34,0%.

  • Qualidade da água distribuída

Água Tratada

Segundo relatórios de fiscalização da ARCE, tem-se que:

Relatório RF/CSB/0011/2014 – Os resultados dos laudos bacteriológicos produzidos pelo Laboratório Regional da UN-BAJ e pelo SISÁGUA, provenientes de amostras coletadas da rede de distribuição, no período de junho/2013 a novembro/2013, apresentaram as seguintes não conformidades com os padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria MS 2.914/2011 (Anexo A, item 2-IV-1):

Coliformes totais: o mês de jan/14 apresentou 50,0% de resultados não conformes para amostras da UN-BAJ; os meses de out/13, nov/13 e dez/13 apresentaram, respectivamente, 40,0%, 20,0% e 70,0% de resultados não conformes para amostras da UN-BAJ e do SISÁGUA.;

E. coli: os meses de out/13, nov/13 e dez13 apresentaram, respectivamente 10,0%, 10,0% e 20,0% de resultados não conformes para amostras da UN-BAJ e do SISÁGUA.

Segundo a Cagece (2018), são realizadas coletas de amostras de água bruta e tratada. Elencamos os resultados dos principais parâmetros (turbidez, cor aparente, cloro residual livre, coliformes totais e E. coli) de qualidade da água distribuída da Sede do município, no ano de 2017.

No Gráfico 5.1 é apresentado o histórico das análises do parâmetro cloro residual livre (mg/L) na rede de distribuição. Esse parâmetro indica a quantidade de cloro adicionado no processo de desinfecção e remanescente na água.

Cloro residual livre OT, média das amostras/mês (2017).

Fonte:CAGECE (2018).

Foi constatado que ao longo do período avaliado, os resultados das análises de cloro residual livre na rede de distribuição de água estiveram de acordo com os padrões estabelecidos pela Portaria nº 2.914/2011 e atualizada pela Portaria de consolidação nº 05 de 28 de setembro de 2017  do Ministério da Saúde.

Nas análises de cor aparente (uH), que indicam se há substâncias dissolvidas na água, os resultados estão demonstrados no Gráfico 5.2.

Cor Aparente, média das amostras/mês (2017).

Fonte:CAGECE (2018).

As análises de cor aparente no ano de 2017 indicam que todos os resultados ultrapassaram o valor máximo permitido. Isso pode ter ocorrido

devido à estiagem que atinge a região, comprometendo o volume e a qualidade do

manancial.

Com relação a Turbidez, que indicam se há presença de partículas

em suspensão na água, podem ser vistos no Gráfico 5.3.

Turbidez, média das amostras/mês (2017).

Fonte:CAGECE (2018).

Percebe-se que a grande maioria dos resultados não obedeceram ao padrão estabelecido na Portaria. Esse parâmetro é interligado diretamente ao anterior.

No parâmetro Escherichia coli, grupo mais específico indicador de contaminação fecal recente e de eventual presença de organismos patogênicos.

Escherichia coli, n° de amostras/mês em desacordo (2017).

Fonte:CAGECE (2018).

Foi detectada uma amostra contaminada em janeiro e no restante, as amostras na rede de distribuição, no ano de 2017, estavam isentas de contaminação, de acordo com o Gráfico 5.3 .

Em se tratando das análises de Coliformes Totais, que representam o grupo de bactérias que habitam o intestino de homens e animais, sua presença na água pode indicar contaminação por fezes e portanto risco de transmissão de doenças.

Coliformes Totais, n° de amostras/mês em desacordo (2017).

Fonte:CAGECE (2018).

Percebe-se que apenas no mês de outubro não houve amostra em desacordo e apresentou um pico de seis amostras contaminadas em janeiro e fevereiro. A Cagece afirma que nesses casos, a Unidade responsável realiza a descarga de rede no local e em seguida é feita a recoleta de amostra para nova análise bacteriológica.

  • Pressão e Continuidade

De acordo com o relatório de fiscalização da ARCE, RF/CSB/0011/2014, a distribuição de água da zona urbana do Distrito Sede apresentou descontinuidade, conforme medições instantâneas de pressão disponível na rede no dia 04/02/2014, em pontos, mais especificamente, nos cavaletes das ligações de água, adequadamente espaçados. Os resultados demonstram que das 3 (três) medições efetuadas, 1 (uma) situou-se fora da faixa de 10 a 50 mca, e em 2 (dois) pontos a medição não foi executada por falta d’água no endereço.

  • Hidrometração

O sistema de abastecimento de água do Distrito Sede, segundo a CAGECE (2018), tem 100% de suas ligações ativas hidrometradas.

O INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, recomenda que os hidrômetros sejam substituídos a cada 5 anos, tempo de vida útil do equipamento, depois deste período pode ocorrer desvios na medição. A quantidade de hidrômetro de acordo com o diâmetro e idade de instalação estão dispostas no Quadro x.x.

A maioria dos hidrômetros já ultrapassou o prazo recomendado pelo INMETRO para substituição.

Quantitativo de hidrômetros por diâmetro e idade - 2017

DIÂMETRO DO HIDRÔMETRO

Setor

1/2"

3/4"

1"

1 1/2"

2"

3"

4"

6”

>6”

SEM HID

1

0

1352

0

0

0

0

0

0

0

204

IDADE MÉDIA

Setor

1/2"

3/4"

1"

1 1/2"

2"

3"

4"

6”

>6”

SEM HID

1

0

5

0

0

0

0

0

0

0

0

Fonte: CAGECE 2018

  • Cobertura e Atendimento

O abastecimento de água no Distrito Sede atingiu índice total de cobertura de 99,63%, enquanto que os níveis de atendimento real e ativo de água foram respectivamente, 90,18% e 81,68%. Levando-se em conta o nível de cobertura, significa que 17,95% da população não está utilizando o serviço de abastecimento de água da empresa, mesmo tendo-o disponível.

Índice de cobertura do SAA do distrito sede - 2013 a 2017.

ANO

Índice Ativo de Água

Índice Real de Água

Índice de Cobertura de Água

População Ativa de Água

População Real de Água

População Coberta de Água

2013

91,27

96,57

99,67

3.276

3.466

3.577

2014

91,49

95,62

99,68

3.485

3.642

3.797

2015

91

95,38

99,69

3.154

3.306

3.455

2016

86,45

95,48

99,7

3.707

4.094

4.275

2017

81,68

90,18

99,63

3.717

4.103

4.533

Fonte: CAGECE (2018).

Segundo a CAGECE (2018), existem 1.199 ligações ativas no município em dezembro de 2017 (Quadro x.x), podemos também observar o histórico do crescimento do número de ligações. Na Sede o número de ligações ativas do SAA, entre os anos de 2013 a 2017, registrou um aumento de 0,33%. É importante destacar ainda que a quantidade de ligações cortadas e suprimidas ampliaram no mesmo período, com aumento de 64% e 161%, respectivamente.

Quantidade e Situação das Ligações da zona URBANA do SAA do Distrito Sede – 2013 a 2017

Ano /

Situação

ATIVA

CORTADA

FACTÍVEL

FATURADA POR OUTRO IMÓVEL

LIG.SEM FATURAMENTO

POTENCIAL

SUPRIMIDA

SUSPENSA

2013

1195

85

50

0

0

11

44

2

2014

1232

64

54

0

0

11

62

3

2015

1269

69

57

0

0

11

65

3

2016

1269

69

57

0

0

11

65

3

2017

1199

140

86

0

0

13

115

3

Fonte: CAGECE (2018)

O serviço de abastecimento de água em 2013, no Distrito Sede, abrangia 1.376 economias cobertas, e em 2017, alcançou 1.569, apresentando crescimento de cerca de 14,03%. A variação da quantidade de economias ativas de água foi de 2,43% (Quadro 4.8).

O índice de cobertura de abastecimento de água das economias residenciais do Distrito Sede atingiu 99,14%, em 2017. No entanto, apenas 80,10% estavam ativos, ou seja, 19,90% da população têm o serviço disponível, mas não o usufrui (Quadro 4.8).

Quantidade de Economias, ativas e cobertas da zona URBANA do SAA do Distrito Sede – 2013 a 2017

ANO

CATEGORIAS DE ECONOMIAS

COMERCIAL

INDUSTRIAL

MISTA

PÚBLICA

RESIDENCIAL

ATIVA

COBERTA

TOTAL

ATIVA

COBERTA

TOTAL

ATIVA

COBERTA

TOTAL

ATIVA

COBERTA

TOTAL

ATIVA

COBERTA

TOTAL

2013

45

94

94

0

1

1

2

2

2

35

43

44

1.113

1.236

1.246

2014

47

98

98

1

2

2

1

1

1

36

44

45

1.147

1.270

1.280

2015

53

103

103

1

4

4

3

3

3

53

62

63

1.181

1.314

1.324

2016

51

107

107

3

6

6

7

7

7

53

62

63

1.145

1.341

1.352

2017

55

113

113

3

13

13

0

0

0

51

63

64

1.115

1.380

1.392

Fonte: CAGECE (2018).

No Quadro x.x  estão apresentados os valores do Índice de Utilização da

Rede de Água (Iura) da Sede, utilizando como base a competência de dezembro de cada ano. Este indicador é de caráter setorial utilizado para monitorar o alcance dos serviços de abastecimento de água.

Índice de utilização da rede de água do Distrito sede - 2015 a 2017

Ano

IURA Município(%)

IURA Estado(%)

2015

88,03

81,60

2016

83,74

80,21

2017

78,98

77,82

Fonte: CAGECE, 2018.

Podemos constatar no Quadro x.x que em 2017 cerca de 21% da população que dispõe de infraestrutura de rede de água não a utiliza, logo, buscando outras alternativas como fonte de abastecimento por meio de poços ou cacimbas. Dessa forma, deve-se atentar para a possibilidade de contaminação a partir da ingestão de água tratada de forma inadequada ou até mesmo sem tratamento.

Outra informação a ser destacada no Quadro x.x é que no ano de 2015 o município registrou seu maior índice (88,03%), maior que o registrado no Estado no mesmo período (81,60%). A cobertura dos serviços de abastecimento de água refere-se aos domicílios que possuem serviço de abastecimento a disposição, podendo ou não estar interligados à rede.

  • Volume Faturado e consumido

Para a Cagece o volume de água faturado é aquele debitado para fins de

faturamento. Enquanto o volume consumido está relacionado ao consumo medido

por leitura em hidrômetro. No Gráfico x.x são demonstrados os valores dos volumes faturado e consumido nos anos de 2013 a 2017.

Gráfico x.x - Volumes Faturado e Consumido no Distrito Sede -  2013 a 2017

Fonte: CAGECE (2018).

Entre os anos de 2013 a 2017, os valores anuais do volume faturado de

água estiveram entre 159.426 e 178.449 m³, sendo que os volumes consumidos oscilaram entre 105.175 e 116.809 m³. Em síntese, o volume consumido representou  65,28% do faturado.

Essa diferença nos valores podem ser justificados pelo fato da estrutura tarifária da Cagece  adotar o volume de 10 m³ como o mínimo para faturamento. Assim, uma família que consome abaixo de 10 m³, pagará a tarifa mínima associada a este volume.

  • Controle operacional e controle de perdas

Segundo a IWA (Associação Internacional da Água), definem-se perdas como “toda perda real ou aparente de água ou todo o consumo não autorizado que determina aumento do custo de funcionamento ou que impeça a realização plena da receita operacional”.

De acordo com o Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água (PNCDA, 2003), as perdas são agrupadas em reais (ou físicas) e aparentes (ou não físicas) e portanto, podem comprometer o equilíbrio financeiro das companhias prestadoras de serviços de abastecimento de água. Visando que em praticamente todos os sistemas de abastecimento de água apresentam perdas, dependendo da extensão, essas podem ser consideradas aceitáveis ou não.

Os índices reais médios do IANF para o município de Arneiroz, em comparação com o Estado do Ceará, entre os anos de 2014 a 2017, estão representados no Gráfico x.x.

Índice de Água não Faturada (IANF), Município e Estado, 2014 - 2017.

Fonte: CAGECE, 2018.

No período de 2014 a 2017, percebe-se que os valores do IANF no Município estiveram predominantemente menores que os do Estado. No ano de 2017 a média ficou em torno de -3% em Arneiroz e 23% no Ceará.

No Gráfico x.x  são apresentados os resultados dos Índices de Perdas (IDP) para o município de Arneiroz  em comparação com o Estado do Ceará no período de 2014 a 2017.

Índice de Perdas (IPD), Município e Estado, 2014 - 2017.

Fonte: CAGECE, 2018.

Observa-se que os resultados de IPD do município não variaram muito nesse período, em geral,  abaixo dos valores do Estado, que por sua vez praticamente se mantiveram constantes. Observa-se que em 2017 a média de IPD foi de 34,06% em Arneiroz, inferior a IPD do Estado (42,16%). 

  • Estrutura Tarifária dos Serviços de Água

Na cobrança dos serviços de abastecimento de água, são adotadas categorias de consumo, conforme Quadro x.x a seguir.

Estrutura tarifária de água e histograma do distrito Sede (Ref. 02/2018, atualizada em abril de 2018)

CATEGORIA

FAIXA DE CONSUMO (M3)

Tarifa (R$/m³)

Valor da Conta (R$)

QUANTIDADE DE ECONOMIAS

% ACUMULADA

RESIDENCIAL

SOCIAL (COM SUB)

0-10

1,13

11,3

5

0,41%

POPULAR (COM SUB)

0-10

2,31

23,1

799

66,17%

POPULAR (SEM SUB)

11-15

3,94

42,8

190

81,81%

16-20

4,27

64,15

59

86,67%

21-50

7,34

284,35

33

89,38%

> 50

13,08

-

1

89,47%

NORMAL (COM SUB)

0-10

3,29

32,9

19

91,03%

NORMAL (SEM SUB)

11-15

4,27

54,25

5

91,44%

16-20

4,62

77,35

3

91,69%

21-50

7,91

314,65

0

91,69%

> 50

13,97

-

0

91,69%

Total Residencial

1114

91,69%

COMERCIAL

POPULAR

0-13

3,94

51,22

36

2,96%

NORMAL

0-50

8,25

412,5

13

4,03%

> 50

13,08

-

0

4,03%

Total Comercial

49

4,03%

INDUSTRIAL

NORMAL

0-15

7,29

109,35

2

0,16%

16-50

8,65

412,1

0

0,16%

> 50

13,44

-

0

0,16%

Total Industrial

2

0,16%

PÚBLICA

NORMAL

0-15

4,81

72,15

38

3,13%

16-50

7,16

322,75

9

3,87%

> 50

11,49

-

3

4,12%

Total Pública

50

4,12%

ENTIDADE FILANTRÓPICA

0-10

2,31

23,1

0

0,00%

11-15

3,89

42,55

0

0,00%

16-20

4,18

63,45

0

0,00%

21-50

7,16

278,25

0

0,00%

> 50

12,63

-

0

0,00%

Total Filantrópica

0

0,00%

TOTAL GERAL

1215

100,00%

Fonte: CAGECE, 2018.

De acordo com os dados apresentados, o maior número de economias está relacionado à categoria residencial popular, com faixa de consumo de até 10 m3 , tarifa de R$ 2,31/m3 e valor final de R$ 23,10 cobrado na conta de água.

  1. Zona rural - Sede

A zona rural do Distrito Sede possui 55 localidades nominadas pelo IBGE que são atendidas por rede geral, poço, cisterna e outras formas de abastecimento, conforme levantamento do Censo/2010. Ao todo foram levantados pelo IBGE 450 domicílios, porém, segundo esta fonte de informação, ao contrário do verificado na zona urbana, a quantidade de domicílios com rede geral de abastecimento de água é bem reduzida, totalizando somente 192. O levantamento dos domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento estão apresentados no Quadro 4.9.

Domicílios Particulares Permanentes por tipo de abastecimento na zona RURAL do Distrito Sede – 2010.

Rede geral

Poço ou nascente na propriedade

Poço ou nascente fora da propriedade

Carro-pipa

Água da chuva armazenada em cisterna

Água da chuva armazenada de outra forma

Rio, açude, lago ou igarapé

Poço ou nascente na aldeia

Poço ou nascente fora da aldeia

Outra

Total Geral

192

25

3

144

4

2

73

-

-

7

450

Fonte: Censo/2010 (2018).

O SISAR opera dois sistemas de abastecimento coletivos, nas localidades: Boqueirão e Macauim (Quadro 4.10 e 4.11). Os SISAR’s são auto-sustentáveis, porém, sua coordenação e fiscalização são de responsabilidade da CAGECE.

Dados populacionais e ligações do SISAR zona rural no Distrito Sede

Localidade

Lig. Totais

Lig. Ativas

Índice de Hidrometração

População Coberta Total

População Abastecida

Atendimento Real

Boqueirão

44

37

100%

176

148

100%

Macauim

75

60

100%

300

240

100%

Fonte: Sisar (2018)

Dados operacionais do sistema SISAR zona rural no distrito Sede

Localidade

Tipo Captação

Extensão da Rede (m)

Capac. REL (m³)

Tipo Tratamento

Horas de Funcionamento

Volume médio (m³/mês)

Boqueirão

Poço

-

25

Clorador

20

480

Macauim

Poço

-

25

ETA

12

296

Fonte: Sisar (2018)

A Tabela x.x apresenta o levantamento das soluções individuais feito pela Prefeitura Municipal para a zona rural do Distrito Sede. No total, segundo a Prefeitura Municipal, existem 691 domicílios com soluções individuais, dos quais:

Em relação ao tratamento da água, segundo o informado pela prefeitura, nas soluções individualizadas, 349 recebem orientação do PSF e cloro para tratamento da água. Ou seja, 50,5% dos domicílios com soluções individualizadas possuem tratamento adequado, para efeito deste diagnóstico.

Já a Tabela x.xx, traz os dados do Sistema de Informações de Cisternas (SigCisterna) do MDS.  O levantamento dá conta de 141 cisternas distribuídas em 35 localidades.

Domicílios por tipo de abastecimento na zona RURAL do Distrito Sede, segundo a Prefeitura.

QUANTIDADE DE DOMICÍLIOS

LEGENDA:

I - Cisterna de Água de Chuva;

II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.);

III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.).

LOCALIDADES (IBGE)

Total

Abastecidos por um ÚNICO sistema INDIVIDUAL

Abastecidos por MAIS DE UM sistema INDIVIDUAL (I+II; I+III; II+III ou I+II+III)

Com solução individual que faz o tratamento da água

I

II

III

I+II

I+III

II+III

I+II+III

Recebe orientação do PSF e cloro para tratamento da água

Abismo

6

5

-

-

-

1

-

-

8

Alto da Laranjeira

4

4

-

-

-

-

-

-

4

Areias

3

2

-

-

-

1

-

-

3

Arneiroz

4

4

-

-

-

-

-

-

-

Assentamento Mucuim 2

240

120

-

-

-

-

-

120

120

Balsa

3

3

-

-

-

-

-

-

4

Bandeira

14

12

-

-

-

2

-

-

-

Boa Vista

2

2

-

-

-

-

-

-

-

Buie

4

4

-

-

-

-

-

-

7

Cachoeira de Fora

7

7

-

-

-

-

-

-

7

Cachoeira Grande

9

-

9

-

-

-

-

-

-

Canto Alegre

10

-

-

-

1

2

-

7

-

Cardoso

3

3

-

-

-

-

-

-

6

Carnauba

4

1

-

-

-

3

-

-

6

Chatinho

108

108

-

-

-

-

-

-

108

Condado

20

8

-

2

-

10

-

-

-

Coroado

20

8

-

2

-

10

-

-

-

Estrada para o Buie

1

1

-

-

-

-

-

-

-

Figueredo 1

20

1

-

-

-

9

-

10

21

Havai

16

16

-

-

-

-

-

-

-

Intans

22

2

-

-

-

19

-

1

-

Ladera do L

1

1

-

-

-

-

-

-

-

Lagoa da Legua

4

3

-

1

-

-

-

-

-

Lagoa do Junco

1

1

-

-

-

-

-

-

-

Lagoa do Pessoa

30

30

-

-

-

-

-

-

-

Lagoa Seca

1

-

-

-

-

1

-

-

2

LEGENDA:

I - Cisterna de Água de Chuva;

II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.);

III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.).

Mandacaru

4

3

-

1

-

-

-

-

4

Mangericão

11

-

-

-

11

-

-

-

-

Monte Castelo

6

5

-

-

-

1

-

-

6

Munlugu

4

4

-

-

-

-

-

-

-

Olho da Água do Condadu

12

5

-

-

-

7

-

-

-

Poço da Cruz

2

1

-

-

-

1

-

-

-

Poço de Sangue

11

2

-

3

1

5

-

-

14

Recanto

8

5

-

-

-

3

-

-

-

Riacho da Onça

1

1

-

-

-

-

-

-

-

Riacho do Meio

1

1

-

-

-

-

-

-

-

Riacho dos Caibros

4

4

-

-

-

-

--

-

-

Sanharol

4

3

1

-

-

-

-

-

12

Serra

3

3

-

-

-

-

-

-

-

Serrote Pelado

7

7

-

-

-

-

-

-

5

Sítio Caiçarinha

3

3

-

-

-

-

-

-

-

Trapia

6

2

-

-

-

4

-

-

-

Trincheiras

30

30

-

-

-

-

-

-

-

Várzea da Cobra

3

-

-

-

-

3

-

-

-

Várzea do Forno

5

2

-

-

-

-

3

-

-

Várzea Redonda

9

7

-

-

-

2

-

-

12

TOTAL

691

434

10

9

13

84

3

138

349

Fonte: Prefeitura Municipal de Arneiroz, 2018                                                                                

Domicílios com Cisternas de Água de Chuva por localidade na zona RURAL do Distrito Sede, segundo o MDS.

Localidade

Total

ABISMO

5

BALSA

2

BANDEIRA

4

BUIE

1

CACHOEIRA GRANDE

2

CACHOEIRA GRANDE/ATERRO

1

CANTO ALEGRE

4

CARDOSO

1

CARNAUBA

3

CHATINHO

46

CONDADO

14

COROADO

6

FAZENDA 7 POLOS

1

FAZENDA NINCHO

1

FAZENDA NOVA

1

FIGUEIREDO

6

FORMOSO

4

INTANS

8

LAGOA DO PESSOA

4

LAGOA SECA

1

MONTE CASTELO

1

MORADA NOVA

4

MULUNGU

1

PAU FERRO

2

RECANTO

3

RIACHO DO MEIO

1

RIACHO DO SABIÁ

1

RIACHO DOS CAIBROS

1

SERROTE PELADO

3

SITIO BRANQUINHAS

1

SITIO CAIÇARINHA DO PADRE

1

SITIO VARZEA DO FORNO

1

TRAPIÁ

1

VARZEA DA COBRA

3

VÁRZEA REDONDA

2

Total Geral

141

Fonte: MDS (2018)


Distrito Cachoeira de Fora

I. Zona urbana - Cachoeira de Fora

Segundo o Censo/2010, a zona urbana do Distrito de Cachoeira de Fora é atendida, principalmente, por rede, com 105 domicílios, mas há outros tipos de soluções como poço, por exemplo. O levantamento totalizou 113 domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento, os quais estão apresentados no Quadro 4.14.

Domicílios Particulares Permanentes por tipo de abastecimento na zona URBANA do Distrito de Cachoeira de Fora, em 2010, segundo IBGE.

Distrito

Rede geral

Poço ou nascente na propriedade

Poço ou nascente fora da propriedade

Carro-pipa

Água da chuva armazenada em cisterna

Água da chuva armazenada de outra forma

Rio, açude, lago ou igarapé

Poço ou nascente na aldeia

Poço ou nascente fora da aldeia

Outra

Total Geral

Cachoeira de Fora

105

-

6

-

-

-

-

-

-

2

113

Fonte: Censo/2010 (2018).

O SISAR opera um sistema de abastecimento coletivo, na localidade: Cachoeira de Fora(Quadro 4.15 e 4.16). Os SISAR’s são auto-sustentáveis, porém, sua coordenação e fiscalização são de responsabilidade da CAGECE.

Dados populacionais e ligações do SISAR zona urbana no Distrito Cachoeira de Fora

Localidade

Lig. Totais

Lig. Ativas

Índice de Hidrometração

População Coberta Total

População Abastecida

Atendimento Real

Cachoeira de Fora

184

163

100%

736

652

100%

Fonte: Sisar (2018)

Dados operacionais do sistema SISAR zona urbana no distrito Cachoeira de Fora

Localidade

Tipo Captação

Extensão da Rede (m)

Capac. REL (m³)

Tipo Tratamento

Horas de Funcionamento

Volume médio (m³/mês)

Cachoeira de Fora

Poço

-

30

Clorador

12

1630

Fonte: Sisar (2018)

O Quadro 4.17, traz os dados do Sistema de Informações de Cisternas (SigCisterna) do MDS.  O levantamento dá conta de 5 cisternas distribuídas em uma localidade.

Domicílios com Cisternas de Água de Chuva por localidade na zona URBANA do Distrito Cachoeira de Fora, segundo o MDS.

Localidade

Total

CACHOEIRA DE FORA

5

Total Geral

5

Fonte: MDS (2018)

II. Zona rural - Cachoeira de Fora

A zona rural do Distrito Cachoeira de Fora possui 59 localidades nominadas pelo IBGE que são atendidas por rede geral, poço, carro pipa e outras formas de abastecimento, conforme levantamento do Censo/2010. Ao todo foram levantados pelo IBGE 294 domicílios, porém, segundo esta fonte de informação, ao contrário do verificado na zona urbana, a quantidade de domicílios com rede geral de abastecimento de água é bem reduzida, totalizando somente 1. O levantamento dos domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento estão apresentados no Quadro 4.18.

Domicílios Particulares Permanentes por tipo de abastecimento na zona RURAL do Distrito de Cachoeira de Fora, em 2010, segundo IBGE.

Rede geral

Poço ou nascente na propriedade

Poço ou nascente fora da propriedade

Carro-pipa

Água da chuva armazenada em cisterna

Água da chuva armazenada de outra forma

Rio, açude, lago ou igarapé

Poço ou nascente na aldeia

Poço ou nascente fora da aldeia

Outra

Total Geral

1

27

16

181

19

-

42

-

-

8

294

Fonte: Censo/2010 (2018).

A Tabela x.x apresenta o levantamento das soluções individuais feito pela Prefeitura Municipal para a zona rural do Distrito Cachoeira de Fora. Entretanto, observa-se que nem todas as 59 localidades, identificadas pela Prefeitura, tiveram seus domicílios contabilizados. No total, segundo a Prefeitura Municipal, existem 342 domicílios com soluções individuais, dos quais:

Em relação ao tratamento da água, segundo o informado pela prefeitura, nas soluções individualizadas, 196 recebem orientação do PSF e cloro para tratamento da água. Ou seja, 57,31% dos domicílios com soluções individualizadas possuem tratamento adequado, para efeito deste diagnóstico.

Já a Tabela x.x, traz os dados do Sistema de Informações de Cisternas (SigCisterna) do MDS.  O levantamento dá conta de 83 cisternas distribuídas em 33 localidades.

Domicílios por tipo de abastecimento na zona RURAL do Distrito Cachoeira de Fora, segundo a Prefeitura.

QUANTIDADE DE DOMICÍLIOS

LEGENDA:

I - Cisterna de Água de Chuva;

II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.);

III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.).

LOCALIDADES (IBGE)

Total

Abastecidos por um ÚNICO sistema INDIVIDUAL

Abastecidos por MAIS DE UM sistema INDIVIDUAL (I+II; I+III; II+III ou I+II+III)

Com solução individual que faz o tratamento da água

I

II

III

I+II

I+III

II+III

I+II+III

Recebe orientação do PSF e cloro para tratamento da água

Açude Novo

6

1

4

1

Alegre

3

3

Assentamento Poço da Lama

8

8

Balsamo

11

11

Balseiro

10

10

Bananas

13

13

Barra da Aroeira

13

13

Barra do Trapiar

12

12

Barra do Urubu

5

5

Betânia

1

1

Boa Vista

4

1

3

3

Cachoeira de Fora

7

7

Caiçarinha

3

3

3

Carro Quebrado

3

3

3

LEGENDA:

I - Cisterna de Água de Chuva;

II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.);

III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.).

Delgado

8

6

1

1

Divisão

8

8

8

Estreito

8

8

8

Exu

4

4

Fazenda Betânia

1

1

Fazenda Pau Ferro

3

3

3

Fazenda Ricarte

8

8

Gangorra

9

9

9

Irapuã

10

10

8

Jordão

6

2

4

6

Juá

5

5

Lagoa dos Rodrigues

34

26

8

34

Novo Oriente

1

1

Pedra Vermelha

21

21

21

LEGENDA:

I - Cisterna de Água de Chuva;

II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.);

III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.).

Poço dos Cavalos

4

4

4

Remanescente

3

2

1

5

Riacho das Ovelhas

4

4

4

Riacho do Meio

5

5

Saco da Serra

13

13

13

Sanharol

12

12

Santa Rita

4

4

4

São Luis

9

9

São Pedro

6

6

6

Serra Verde

15

15

15

Serrote Branco

23

20

3

20

Sítio Novo

5

5

5

Várzea do Boi

14

3

10

1

14

TOTAL

342

207

5

1

39

89

1

0

196

Fonte: Prefeitura Municipal de Arneiroz, 2018

Domicílios com Cisternas de Água de Chuva por localidade na zona RURAL do Distrito Cachoeira de Fora, segundo o MDS.

Localidade

Total

AÇUDINHO

1

BALSAMO

2

BARRA DA AROEIRA

2

BARRA DO TRAPIA

1

BARRA DO URUBU

5

BOA VISTA

3

BOQUEIRÃO

6

BOQUEIRÃO DA SERRA

1

CAIÇARINHA

6

CAMPO PRETO

10

DELGADO

3

ESCONDIDO

3

ESTREITO

1

FAZENDA DO EXU

1

IRAJÁ

1

IRAPUÁ

4

LAGOA DE DENTRO

2

LAGOA DOS RODRIGUES

4

MATA PASTO

2

PEDRA COMPRIDA

1

PEDRA VERMELHA

4

POÇO DA CRUZ

1

POÇO DA LAMA

2

POÇO DO NOVILHO

1

RIACHO DO MEIO / CACHOEIRA

1

RIACHO SALGADO

1

SACO DA ROÇA

1

SACO DA SERRA

5

SANTA RITA

1

SANTO ANTÔNIO

1

SÃO JOÃO

1

SERRA BRANCA

2

VÁRZEA DO BOI

3

Total Geral

83

Fonte: MDS (2018)

Distrito Planalto

I. Zona urbana - Planalto

Segundo o Censo/2010, a zona urbana do Distrito de Planalto é atendida, principalmente, por poço, com 63 domicílios, mas há outros tipos de soluções como rede geral, por exemplo. O levantamento totalizou 137 domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento, os quais estão apresentados no Quadro 4.21.

Domicílios Particulares Permanentes por tipo de abastecimento na zona URBANA do Distrito de Planalto, em 2010, segundo IBGE.

Distrito

Rede geral

Poço ou nascente na propriedade

Poço ou nascente fora da propriedade

Carro-pipa

Água da chuva armazenada em cisterna

Água da chuva armazenada de outra forma

Rio, açude, lago ou igarapé

Poço ou nascente na aldeia

Poço ou nascente fora da aldeia

Outra

Total Geral

Planalto

21

-

63

20

8

2

23

-

-

-

137

Fonte: Censo/2010 (2018).

A Tabela x.x apresenta o levantamento das soluções individuais feito pela Prefeitura Municipal para a zona urbana do Distrito Planalto. No total, segundo a Prefeitura Municipal, existem 244 domicílios com soluções individuais, dos quais:

Em relação ao tratamento da água, segundo o informado pela prefeitura, nas soluções individualizadas, nenhum recebe orientação do PSF e cloro para tratamento da água. Ou seja, nenhum dos domicílios com soluções individualizadas possuem tratamento adequado, para efeito deste diagnóstico.

Domicílios por tipo de abastecimento na zona URBANA do Distrito Planalto, segundo a Prefeitura.

QUANTIDADE DE DOMICÍLIOS

LEGENDA:

I - Cisterna de Água de Chuva;

II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.);

III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.).

LOCALIDADES (IBGE)

Total

Abastecidos por um ÚNICO sistema INDIVIDUAL

Abastecidos por MAIS DE UM sistema INDIVIDUAL (I+II; I+III; II+III ou I+II+III)

Com solução individual que faz o tratamento da água

I

II

III

I+II

I+III

II+III

I+II+III

Recebe orientação do PSF e cloro para tratamento da água

Planalto

244

244

TOTAL

244

244

0

0

0

0

0

0

0

Fonte: Prefeitura Municipal de Arneiroz, 2018

O Quadro 4.22, traz os dados do Sistema de Informações de Cisternas (SigCisterna) do MDS.  O levantamento dá conta de 81 cisternas distribuídas em uma localidade.

Domicílios com Cisternas de Água de Chuva por localidade na zona URBANA do Distrito Planalto, segundo o MDS.

Localidade

Total

PLANALTO

81

Total Geral

81

Fonte: MDS (2018)

II. Zona rural - Planalto

A zona rural do Distrito Planalto possui 36 localidades nominadas pelo IBGE que são atendidas por rede geral, poço, rio e outras formas de abastecimento, conforme levantamento do Censo/2010. Ao todo foram levantados pelo IBGE 220 domicílios, porém, segundo esta fonte de informação, ao contrário do verificado na zona urbana, a quantidade de domicílios com rede geral de abastecimento de água é bem reduzida, totalizando somente 2. O levantamento dos domicílios particulares permanentes e suas formas de abastecimento estão apresentados no Quadro 4.23.

Domicílios Particulares Permanentes por tipo de abastecimento na zona RURAL do Distrito de Planalto, em 2010, segundo IBGE.

Distrito

Rede geral

Poço ou nascente na propriedade

Poço ou nascente fora da propriedade

Carro-pipa

Água da chuva armazenada em cisterna

Água da chuva armazenada de outra forma

Rio, açude, lago ou igarapé

Poço ou nascente na aldeia

Poço ou nascente fora da aldeia

Outra

Total Geral

Planalto

2

12

6

73

18

-

100

-

-

9

220

Fonte: Censo/2010 (2018).

A Tabela x.x apresenta o levantamento das soluções individuais feito pela Prefeitura Municipal para a zona rural do Distrito Planalto. No total, segundo a Prefeitura Municipal, existem 174 domicílios com soluções individuais, dos quais:

Em relação ao tratamento da água, segundo o informado pela prefeitura, nas soluções individualizadas, 164 recebem orientação do PSF e cloro para tratamento da água. Ou seja, 94,3% dos domicílios com soluções individualizadas possuem tratamento adequado, para efeito deste diagnóstico.

Já a Tabela x.x, traz os dados do Sistema de Informações de Cisternas (SigCisterna) do MDS.  O levantamento dá conta de 66 cisternas distribuídas em 23 localidades.

Domicílios por tipo de abastecimento na zona RURAL do Distrito Planalto, segundo a Prefeitura.

QUANTIDADE DE DOMICÍLIOS

LEGENDA:

I - Cisterna de Água de Chuva;

II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.);

III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.).

LOCALIDADES (IBGE)

Total

Abastecidos por um ÚNICO sistema INDIVIDUAL

Abastecidos por MAIS DE UM sistema INDIVIDUAL (I+II; I+III; II+III ou I+II+III)

Com solução individual que faz o tratamento da água

I

II

III

I+II

I+III

II+III

I+II+III

Recebe orientação do PSF e cloro para tratamento da água

Agrovila

1

1

Alívio

3

1

2

3

Altamira

7

1

1

5

7

Bige Bem

1

1

Cajarana

16

8

1

1

6

16

Caraibas

7

1

6

7

Dinamarca

8

5

3

8

Favelas

18

4

1

9

4

18

Fazenda Caiçarinha

8

6

2

11

Fazenda Pita

3

2

1

3

Lagoa dos Veados

3

1

1

1

3

Mansinho

3

1

2

3

Massapê

3

1

2

3

LEGENDA:

I - Cisterna de Água de Chuva;

II - Canalizada de MANANCIAL SUPERFICIAL(açude, lago, lagoa, nascente, etc.);

III - Canalizada de MANANCIAL SUBTERRÂNEO(poço, cacimba, cacimbão, etc.).

Morada Nova

5

5

5

Olho da Água

12

5

3

4

12

Planalto

13

3

1

2

5

2

10

Poço da Roça

2

2

Raiz

1

1

Ramada

8

6

2

8

Riacho dos Pereiros

4

4

4

Sítio Santana

15

9

2

4

15

Tapera

13

5

2

6

13

Trapia

4

4

Umburana

9

6

3

9

Zumbi

7

5

1

1

6

TOTAL

174

84

1

5

14

63

0

7

164

Fonte: Prefeitura Municipal de Arneiroz, 2018

Domicílios com Cisternas de Água de Chuva por localidade na zona RURAL do Distrito Planalto, segundo o MDS.

Localidade

Total

AGROVILA

5

ALIVIO

1

ALTAMIRA

1

BIG BEM

1

CAIÇARA

3

CAIÇARA DO ABEL

1

CAJARANA

6

DINAMARCA

3

FAVELAS

8

FAZENDA RAIZ

1

JUÁ

4

JUÁ DOS MOTA

1

MANCINHO

1

MOTA

4

NOVA CAIÇARA

2

OLHO D'ÁGUA

3

OLHO D'ÁGUA DAS FLORES

2

RAMADA

5

RIACHO DOS PEREIROS

2

SANTANA

4

SITIO SÃO PAULO

1

UMBURANA

3

ZUMBI

4

Total Geral

66

Fonte: MDS (2018)

Sistemas Futuros

A prefeitura não apresentou nenhum  dado de sistemas futuros.

Índices de Cobertura e Atendimento do Abastecimento de Água

O Quadro 4.26 apresenta os índices de cobertura e de atendimento por abastecimento de água do Município de Arneiroz. Estes índices foram calculados a partir dos dados de várias fontes, conforme visto nos itens anteriores. Foram elas: CAGECE (2018), SISAR (2018), MDS (2018), PREFEITURA DE ARNEIROZ (2018) e Censo IBGE/2010 (IBGE, 2018). O cálculo dos índices foi feito embasado nas seguintes considerações:

  • O número de domicílios foi o utilizado como variáveis. O número de domicílios total foi obtido a partir do Censo/2010, atualizado para o ano de 2018 por meio de taxas geométricas aplicadas em cada distrito nas áreas urbanas e rurais. Os valores das taxas geométricas adotadas foram de 1%, para as taxas censitárias até 1%, de 2% para taxas censitárias maior que 1% até 3%, e 3% para taxas censitárias superiores (Quadro 3.2).
  • SEDE - Os números de domicílios coberto e atendido da zona urbana foram obtidos da CAGECE (Quadro 4.9), porém a quantidade de domicílios cobertos fornecidos superou o total de domicílios urbanos estimados para 2018. Neste caso, o excedente foi considerado como domicílios cobertos da zona rural A estes foram acrescidos os domicílios rurais atendidos pelo SISAR (Quadro 4.12) e MDS (Quadro x.x);
  • CACHOEIRA DE FORA - Os números de domicílios coberto e atendido da zona urbana foram obtidos do SISAR (Quadro 4.15), porém a quantidade de domicílios cobertos fornecidos superou o total de domicílios urbanos estimados para 2018. Neste caso, o excedente foi considerado como domicílios cobertos da zona rural. A estes foram acrescidos os domicílios rurais com soluções individuais, informadas pela PREFEITURA (Quadro 4.19);
  • PLANALTO - Os números de domicílios coberto e atendido da zona urbana e rural foram obtidos PREFEITURA (Quadro 4.19), porém a quantidade de domicílios cobertos fornecidos superou o total de domicílios urbanos estimados para 2018. Neste caso, o excedente foi considerado como domicílios cobertos da zona rural. A estes foram acrescidos os domicílios rurais com soluções individuais, informadas pela PREFEITURA (Quadro 4.19);

Conforme explicado anteriormente, o objetivo principal dos critérios elencados foi evitar sobreposições de uma mesma variável no cálculo. Ao final, o abastecimento de água no Município de Arneiroz atingiu índices totais de cobertura de 93,75% e de atendimento de 82,60% (Quadro 4.26).

Cobertura e Atendimento do abastecimento de água de Arneiroz.

Município/ Distrito/ Localidade

Situação e localização da área

ABASTECIMENTO DE ÁGUA - Número de Domicílios Particulares Ocupados(Unidades)

Número de Domicílios

Índices

Total

Coberto

Ativo

Cobertura (%)

Atendimento (%)

Arneiroz - CE

Urbana

1.497

1.497

1.443

100,00

96,36

Rural

1.264

1.092

838

86,35

66,30

Total

2.762

2.589

2.281

93,75

82,60

Sede

Urbana

1.170

1.170

1.115

100,00

95,34

Rural

590

470

238

79,74

40,34

Total

1.760

1.640

1.353

93,21

76,90

Cachoeira de Fora

Urbana

148

148

148

100,00

100,00

Rural

387

383

362

98,95

93,53

Total

535

531

510

99,24

95,32

Planalto

Urbana

180

180

180

100,00

100,00

Rural

287

238

238

82,93

82,93

Total

467

418

418

89,51

89,51

Fontes: IBGE/CAGECE/SISAR/MDS/PREFEITURA DE ARNEIROZ

Principais constatações levantadas do abastecimento de água

  1. O abastecimento de água do município ainda não alcançou a universalização, nas zonas rurais dado os índices de cobertura de abastecimento de água (86,35%) e os índices de atendimento (66,30%);
  2. A zonas urbanas dos Distritos alcançaram a universalização do abastecimento de água;
  3. Segundo dados de economias, 19,90% dos imóveis abastecidos pelo sistema da sede têm água tratada da CAGECE disponível e não estão interligados à rede;
  4. Segundo dados de ligações do SISAR, 14,19% dos imóveis tem rede disponível, mas não estão ativos usufruindo da água tratada;
  5. A produção precisa ser ampliada no curto prazo em 2,20l/s e  até 2038 em 4,03 l/s;
  6. A idade média dos hidrômetros do sistema CAGECE estão no limite da recomendação do INMETRO, 5 anos;
  7. Sobre a qualidade da água foi possível observar que os parâmetros Cor aparente e Turbidez estiveram acima do valor máximo durante grande parte do período avaliado, assim como amostras de coliformes totais em quase todos os meses do ano avaliado;
  8. 58,55% das soluções individualizadas Recebe orientação do PSF e cloro para tratamento da água, segundo a Prefeitura.

Esgotamento Sanitário

O diagnóstico desta componente do saneamento básico levantou todas as soluções existentes no Município de Arneiroz, tanto coletiva quanto individual. Entretanto, para efeito de solução adequada, foram consideradas as soluções que atendem ao disposto na ABNT que, neste caso, resumiram-se em apenas duas: sistema coletivo por rede com tratamento e sistema individual por fossa séptica e sumidouro, em especial, os módulos sanitários implantados pela FUNASA. Estes últimos, inclusive, foram levantados em separado.

Não há solução coletiva de esgotamento sanitário que atenda a zona urbana do Distrito Sede. No caso de solução individual, vale ressaltar que cabe ao proprietário do domicílio a responsabilidade por sua manutenção e operação. Entretanto, isto não exime as obrigações do poder público de exigir e cobrar dos habitantes a utilização de soluções individuais que atendam a legislação em vigor. Afinal, do ponto de vista da engenharia Sanitária e da saúde pública, trata-se de uma situação preocupante, visto que a disposição inadequada de esgoto, a céu aberto ou por meio de fossa rudimentar, por exemplo, atrai vetores, contamina o solo e os corpos aquáticos e dissemina doenças.

Distrito Sede e Localidades

  1. Zona Urbana - Sede

Por meio dos dados do Censo/2010, foi identificada a existência de várias alternativas de solução utilizadas para o esgotamento sanitário no Distrito Sede como rede, fossas sépticas, fossas rudimentares, rio, lago ou mar, vala e outros escoadouros. O Censo/2010 contabilizou 318 domicílios com rede geral de esgoto ou pluvial na zona urbana do Distrito Sede. Entretanto, os mesmos dados informam que na zona urbana há 327 domicílios, fazendo uso de fossas rudimentares (Quadro 4.27).

Domicílios Particulares permanentes por tipo de esgotamento na zona URBANA do Distrito Sede, segundo IBGE.

Rede geral de esgoto ou pluvial

Fossa séptica

Fossa rudimentar

Vala

Rio, lago ou mar

Outro tipo

Não tinham

Total Geral

318

188

327

8

2

8

36

887

Fonte: Censo/2010 (2018).

A precariedade dos serviços, cuja cobertura, tanto da solução coletiva (que não existe) quanto da individual, não abrange todos os domicílios e termina por comprometer a qualidade de vida da zona urbana do Distrito Sede, com a ocorrência de lançamento de esgoto a céu aberto no município (Figura 4.4).

 

Figura 4.4 – Rua Tonico Nunes Bairro Santo Antonio.

A Prefeitura contabilizou 2444 domicílios da zona urbana do Distrito Sede, dos quais 98,24% tem solução individual do tipo fossa rudimentar e em 1,76% não existem banheiros nem sanitários.

Solução individualizada de esgotamento sanitário na zona URBANA do Distrito Sede, segundo Prefeitura.

Localidades

Quantidade de domicílios

Existe lançamento de esgoto a céu aberto?

Total

não atendida por sistema público de esgotamento sanitário, por tipo de solução individual?

Módulo Funasa

Fossa Séptica + sumidouro

Fossa Rudimentar

Outro Escoadouro

Não tem banheiro

Arneiroz

2444

2401

43

Total

2.444

0

0

2.401

0

43

-

Fonte: Prefeitura (2018)

  1. Zona Rural - Sede

Os dados do Censo/2010 identificam apenas a existência de solução individualizada para o esgotamento sanitário da zona rural do Distrito Sede do Município de Arneiroz. Do ponto vista sanitário, a situação é preocupante, já que as soluções domiciliares encontradas estão quase todas distribuídas em 274 fossas rudimentares e 147 que não tinham banheiros nem sanitários, e mais alguns com lançamento em vala e outros escoadouros (Quadro 4.28).

Domicílios Particulares permanentes por tipo de esgotamento na zona RURAL do Distrito Sede, segundo IBGE.

Rede geral de esgoto ou pluvial

Fossa séptica

Fossa rudimentar

Vala

Rio, lago ou mar

Outro tipo

Não tinham

Total Geral

-

12

274

10

-

7

147

450

Fonte: Censo/2010 (2018).

A Prefeitura informa que, dos 485 domicílios da zona rural do Distrito Sede, dos quais 45,15% tem solução individual do tipo fossa rudimentar e em 14,43% não existem banheiros nem sanitários.

Solução individualizada de esgotamento sanitário na zona RURAL do Distrito Sede, segundo Prefeitura.

Localidades

Quantidade de domicílios

Existe lançamento de esgoto a céu aberto?

Total

não atendida por sistema público de esgotamento sanitário, por tipo de solução individual?

Módulo Funasa

Fossa Séptica + sumidouro

Fossa Rudimentar

Outro Escoadouro

Não tem banheiro

Abismo

9

4

5

Areias

3

1

2

Balsa

4

4

Bandeira

23

12

11

Boa Vista

3

2

1

Buie

7

7

Cachoeira de Fora

7

7

Cachoeira Grande

10

8

2

Canto Alegre

10

10

Cardoso

3

3

Carnauba

6

4

2

Chatinho

108

108

Condadu

23

23

Coroado

31

8

1

22

Figueredo 1

21

21

Havai

16

14

2

Intans

16

11

5

Lagoa do Pessoa

21

11

10

Mandacaru

4

2

2

Mangericão

11

3

8

Monte Castelo

6

4

2

Munlugu

10

4

6

Olho da Água do Condado

12

12

Poço de Sangue

14

14

Recanto

8

3

5

Riacho dos Caibros

24

8

8

8

Sanharol

12

6

6

Serra

3

2

1

Serrote Pelado

13

1

12

Trapia

6

6

Trincheiras

20

15

5

Várzea da Cobra

3

3

Várzea do Forno

6

6

Várzea Redonda

12

12

Total

485

0

8

219

188

70

Fonte: Prefeitura (2018)

Distrito Cachoeira de Fora e Localidades

  1. Zona Urbana - Cachoeira de Fora

A análise dos dados do Censo/2010 não identifica existência de rede na zona urbana do Distrito de Cachoeira de Fora. Portanto, ainda não há solução coletiva de esgotamento sanitário. Destacam-se outras formas de esgotamento sanitário a exemplo de  fossas rudimentares, vala, fossas sépticas e outros escoadouros utilizados como alternativas de solução individualizada. Segundo o Censo (2010), a zona urbana do Distrito de Cachoeira de Fora tem 100 domicílios fazendo uso de fossas rudimentares (Quadro 4.30).

Domicílios Particulares permanentes por tipo de esgotamento na zona URBANA do Distrito Cachoeira de Fora, segundo IBGE.

Rede geral de esgoto ou pluvial

Fossa séptica

Fossa rudimentar

Vala

Rio, lago ou mar

Outro tipo

Não tinham

Total Geral

0

0

100

5

0

-

8

113

Fonte: Censo/2010 (2018).

  1. Zona Rural - Cachoeira de Fora

A análise dos dados do Censo/2010 não identifica existência de rede na zona rural do Distrito de Cachoeira de Fora. Portanto, ainda não há solução coletiva de esgotamento sanitário. Destacam-se outras formas de esgotamento sanitário a exemplo de fossas rudimentares, valas e outros escoadouros utilizados como alternativas de solução individualizada. Segundo o Censo (2010), a zona rural do Distrito de Cachoeira de Fora tem 108 domicílios fazendo uso de fossas rudimentares (Quadro 4.31).

Domicílios Particulares permanentes por tipo de esgotamento na zona RURAL do Distrito Cachoeira de Fora, segundo IBGE.

Rede geral de esgoto ou pluvial

Fossa séptica

Fossa rudimentar

Vala

Rio, lago ou mar

Outro tipo

Não tinham

Total Geral

-

-

108

3

-

19

164

294

Fonte: Censo/2010 (2018)

A Prefeitura informa que, dos 358 domicílios da zona rural do Distrito Cachoeira de Fora, dos quais 69,27% tem solução individual do tipo fossa rudimentar e em 14,53% não existem banheiros nem sanitários. 

Solução individualizada de esgotamento sanitário na zona RURAL do Distrito Cachoeira de Fora, segundo Prefeitura.

Localidades

Quantidade de domicílios

Existe lançamento de esgoto a céu aberto?

Total

não atendida por sistema público de esgotamento sanitário, por tipo de solução individual?

Módulo Funasa

Fossa Séptica + sumidouro

Fossa Rudimentar

Outro Escoadouro

Não tem banheiro

Açude Novo

6

1

5

Assentamento Poço da Lama

8

8

Balsamo

11

4

4

3

Balseiro

11

11

Bananas

13

5

6

2

Barra da Aroeira

16

6

10

Barra do Trapiar

12

12

Barra do Urubu

7

1

2

4

Boa Vista

4

2

2

Cachoeira de Fora

7

7

Caiçarinha

3

1

1

1

Campo Preto

48

6

42

Carro Quebrado

3

3

Delgado

8

1

1

6

Divisão

8

8

Estreito

8

8

Exu

4

2

2

Fazenda Ricarte

8

8

Gangorra

6

3

3

Irapuã

10

5

5

Jordão

6

6

Juá

5

2

3

Lagoa dos Rodrigues

26

4

22

Pedra Vermelha

21

19

2

Poço dos Cavalos

4

2

2

Remanescente

5

1

1

3

Riacho das Ovelhas

4

1

3

Riacho do Meio

5

2

3

Saco da Serra

13

11

2

Sanharol

12

6

6

Santa Rita

4

4

São Luis

9

5

4

São Pedro

9

6

3

Serra Verde

15

14

1

Sítio Novo

5

3

2

Várzea do Boi

14

14

Total

358

48

0

248

10

52

-

Fonte: Prefeitura (2018)

Distrito Planalto e Localidades

  1. Zona Urbana - Planalto

A análise dos dados do Censo/2010 não identifica existência de rede na zona urbana do Distrito de Planalto. Portanto, ainda não há solução coletiva de esgotamento sanitário. Destacam-se outras formas de esgotamento sanitário a exemplo de fossas rudimentares, fossas sépticas, vala e outros escoadouros utilizados como alternativas de solução individualizada. Segundo o Censo (2010), a zona urbana do Distrito de Planalto tem 127 domicílios fazendo uso de fossas rudimentares (Quadro 4.33).

Domicílios Particulares permanentes por tipo de esgotamento na zona URBANA do Distrito Planalto, segundo IBGE.

Rede geral de esgoto ou pluvial

Fossa séptica

Fossa rudimentar

Vala

Rio, lago ou mar

Outro tipo

Não tinham

Total Geral

-

1

127

1

-

-

8

137

Fonte: Censo/2010 (2018).

A Prefeitura informa que, dos 244 domicílios da zona urbana do Distrito Planalto, dos quais 100% tem solução individual do tipo fossa rudimentar. 

Solução individualizada de esgotamento sanitário na zona URBANA do Distrito Planalto, segundo Prefeitura.

Localidades

Quantidade de domicílios

Existe lançamento de esgoto a céu aberto?

Total

não atendida por sistema público de esgotamento sanitário, por tipo de solução individual?

Módulo Funasa

Fossa Séptica + sumidouro

Fossa Rudimentar

Outro Escoadouro

Não tem banheiro

Planalto

244

244

Total

244

0

0

244

0

0

-

Fonte: Prefeitura (2018)

  1. Zona Rural - Planalto

A análise dos dados do Censo/2010 não identifica existência de rede na zona rural do Distrito de Planalto. Portanto, ainda não há solução coletiva de esgotamento sanitário. Destacam-se outras formas de esgotamento sanitário a exemplo de fossas rudimentares, valas, fossas sépticas e outros escoadouros utilizados como alternativas de solução individualizada. Segundo o Censo (2010), a zona rural do Distrito de Planalto tem 162 domicílios fazendo uso de fossas rudimentares (Quadro 4.35).

Domicílios Particulares permanentes por tipo de esgotamento na zona RURAL do Distrito Planalto, segundo IBGE.

Rede geral de esgoto ou pluvial

Fossa séptica

Fossa rudimentar

Vala

Rio, lago ou mar

Outro tipo

Não tinham

Total Geral

-

3

162

1

1

7

46

220

Fonte: Censo/2010 (2018).

A Prefeitura informa que, dos 231 domicílios da zona rural do Distrito Planalto, dos quais 47,62% tem solução individual do tipo fossa rudimentar e em 22,08% não existem banheiros nem sanitários. 

Solução individualizada de esgotamento sanitário na zona RURAL do Distrito Planalto, segundo Prefeitura.

Localidades

Quantidade de domicílios

Existe lançamento de esgoto a céu aberto?

Total

não atendida por sistema público de esgotamento sanitário, por tipo de solução individual?

Módulo Funasa

Fossa Séptica + sumidouro

Fossa Rudimentar

Outro Escoadouro

Não tem banheiro

Agrovila

19

19

Alívio

3

1

1

1

Altamira

7

1

4

2

Boqueirão

18

6

6

6

Branquinhas

5

1

4

Cajarana

16

11

3

2

Caraibas

7

5

2

Dinamarca

8

1

3

4

Favelas

18

10

7

1

Fazenda Caiçara

18

14

4

Fazenda Caiçarinha

11

2

3

6

Fazenda Pita

3

2

1

Lagoa dos Veados

3

2

1

Mansinho

3

1

2

Massapê

3

3

Morada Nova

5

4

1

Olho da Água

12

6

6

Planalto

3

1

2

Ramada

8

2

6

Riacho dos Pereiros

4

4

São Paulo

13

2

10

1

Sítio Santana

15

1

8

6

Tapera

13

10

2

1

Umburana

9

1

8

Zumbi

7

2

5

Total

231

59

2

110

9

51

-

Fonte: Prefeitura (2018)

Sistemas Futuros

A prefeitura não apresentou nenhum  dado de sistemas futuros.

Índices de Cobertura e Atendimento do Esgotamento Sanitário

O Quadro 4.37 apresenta os índices de cobertura e de atendimento por esgotamento sanitário do Município de Arneiroz que foram calculados a partir dos dados do  Censo/2010 (IBGE, 2018). A análise estabeleceu os seguintes critérios para o cálculo dos índices:

  • O número de domicílios foi o utilizado como variáveis. O número de domicílios total foi obtido a partir do Censo/2010, atualizado para o ano de 2018 por meio de taxas geométricas aplicadas em cada distrito nas áreas urbanas e rurais. Os valores das taxas geométricas adotadas foram de 1%, para as taxas censitárias até 1%, de 2% para taxas censitárias maior que 1% até 3%, e 3% para taxas censitárias superiores (Quadro 3.2).
  • SEDE - Os números de domicílios coberto e atendido da zona urbana e rural foram obtidos obtidos da Prefeitura (Quadro 4.32);
  • CACHOEIRA DE FORA - Os números de domicílios coberto e atendido das zona urbana e rural foram obtidos da Prefeitura (Quadro 4.32);
  • PLANALTO - Os números de domicílios cobertos e atendidos da zona rural e urbana foram obtidos da Prefeitura (Quadro 4.32);

Com estes critérios, buscou-se evitar que o mesmo dado fosse contabilizado mais de uma vez nos cálculos dos índices. Por fim, o esgotamento sanitário do Município de Arneiroz atingiu índices totais de cobertura e atendimento de 4,24% (Quadro 4.37).

Cobertura e Atendimento do esgotamento sanitário de Arneiroz.

Município/ Distrito/ Localidade

Situação e localização da área

ESGOTAMENTO SANITÁRIO - Número de Domicílios Particulares Ocupados(Unidades)

Número de Domicílios

Índices

Total

Coberto

Ativo

Cobertura (%)

Atendimento (%)

Arneiroz - CE

Urbana

1497

0

0

0,00

0,00

Rural

1264

117

117

9,25

9,25

Total

2762

117

117

4,24

4,24

Sede

Urbana

1170

0

0

0,00

0,00

Rural

590

8

8

1,36

1,36

Total

1760

8

8

0,45

0,45

Cachoeira de Fora

Urbana

148

0

0

0,00

0,00

Rural

387

48

48

12,40

12,40

Total

535

48

48

8,97

8,97

Planalto

Urbana

180

0

0

0,00

0,00

Rural

287

61

61

21,25

21,25

Total

467

61

61

13,06

13,06

Fontes: IBGE/CAGECE/SISAR/MDS/PREFEITURA DE ARNEIROZ

Principais constatações levantadas do esgotamento sanitário

  1. O esgotamento sanitário do município ainda não alcançou a universalização, dado os índices de cobertura e atendimento de esgoto urbano (0%) e rural (9,25%);
  2. Não existe solução coletiva de esgotamento sanitário na sede urbana;
  3. Em alguns pontos do Município  existem esgoto escorrendo a céu aberto;
  4. Quantificou-se 232 domicílios sem banheiros em todo o município, segundo Censo/2010 do IBGE e Município (zonas rurais);
  5. É necessário atualizar dados de esgotamento sanitário nas áreas urbanas dos distritos.

Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos

Aspectos administrativos

Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do Município de Arneiroz tem como órgão gestor a Secretaria de Obras e Infra-estrutura do Município e são realizados pela prefeitura.

Ao todo, em 2018, são 30 trabalhadores da prefeitura nos serviços de coleta e limpeza pública assim distribuídos: 10 na Sede, 10 em Cachoeira de fora e 10 em Planalto. 

Os dispêndios da Prefeitura com os serviços de  limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos do Município de Arneiroz são de R$ 26.511,77/mês. Este total corresponde às despesas mensais com coleta domiciliar e comercial de R$ 16.600,00 e com varrição de vias e logradouros públicos de R$ 9.911,77.

Aspectos Operacionais

O sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos do Município de Arneiroz dispõem dos serviços de coleta, varrição, limpeza, capinação de logradouros e outros. A seguir, detalham-se os principais aspectos de sua operacionalização.

Acondicionamento

O acondicionamento dos resíduos sólidos fica a cargo da população, sendo utilizados sacolas plásticas e outros recipientes, mas que somente deve ser disposto no logradouro público em dias de coleta (Figura 4.5).

Coleta

Considerando os resíduos sólidos do Município de Arneiroz, segundo o Censo/2010, 1.231 domicílios têm seus resíduos sólidos coletados, enquanto que 870 dão destino inadequado, queimando-os, enterrando-os ou dispondo-os em locais indevidos(Quadro 4.38).

Tendo por base o ano de 2018, a Prefeitura do Arneiroz informa que os resíduos sólidos são coletados em 2.340 de domicílios urbanos (Quadro 4.39).

Segundo estas duas fontes de informações, a prestação dos serviços de resíduos sólidos contempla todos os distritos do Município (Quadros 4.38 e 4.39).

Situação dos Resíduos Sólidos por domicílio do Município de Arneiroz nas zonas urbana e rural, em 2010, segundo IBGE.

Distrito

Coletado

Não coletado

Total geral

Em caçamba de serviço de limpeza

Por serviço de limpeza

Total

Enterrado (na propriedade)

Jogado em rio, lago ou mar

Jogado em terreno baldio ou logradouro

Outro destino

Queimado (na propriedade)

Total

Cachoeira de Fora

0

102

102

3

2

79

0

221

305

407

Rural

0

0

0

3

2

79

0

210

294

294

Urbana

0

102

102

0

0

0

0

11

11

113

Planalto

130

9

139

1

2

88

0

127

218

357

Rural

0

8

8

1

2

88

0

121

212

220

Urbana

130

1

131

0

0

0

0

6

6

137

Sede

134

856

990

2

0

150

0

195

347

1337

Rural

106

0

106

2

0

150

0

192

344

450

Urbana

28

856

884

0

0

0

0

3

3

887

Total geral

264

967

1231

6

4

317

0

543

870

2101

Fonte: Censo/2010 (IBGE, 2018).

Situação dos Resíduos Sólidos por domicílio do Município de Arneiroz nas zonas urbana e rural, em 2018, segundo Prefeitura Municipal.

Zona

Distrito

Arneiroz

Cachoeira de Fora

Planalto

Total

Urbano

1.750

250

340

2.340

Rural

-

-

-

-

Total

1.750

250

340

2.340

Fonte: Prefeitura de Arneiroz, 2018.

Ainda, segundo dados da Prefeitura (2018), a coleta dos resíduos domiciliares é realizada diariamente em todos os distritos com serviço. Não existe cobrança específica pelo serviço por meio de taxa ou tarifa. Tanto na Sede Municipal como nos demais distritos, há coleta diferenciada dos resíduos de serviço de saúde e de construção e demolição. São coletadas, o total de 30 toneladas por mês de resíduos domiciliares, de saúde, de construção civil, entre outros.

O Município de Arneiroz ainda não realiza coleta seletiva em nenhum de seus distritos.

Transporte

A coleta e o transporte dos resíduos são realizados em caminhões de carroceria e basculantes (Figura 4.5), apresentando estado de conservação regular.

   Fonte: Prefeitura de Arneiroz (2018).

Figura 4.5 – Veículo de coleta e transporte dos resíduos domiciliares
Composição dos resíduos sólidos domiciliares

        Estamos fornecendo como índice de composição os dados encontrados na Proposta de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do Ceará, tendo em vista que a prefeitura nos forneceu apenas os os dados sobre plásticos(10%) e metais(5%), então usamos os dados da Região Sertão dos Inhamuns na qual o Município de Arneiroz está inserido.

Composição física percentual média dos Resíduos Sólidos da Região Sertão dos Inhamuns.

Componente

Percentual em peso (%)

Matéria Orgânica

46,4

Papel/Papelão

7

Plástico duro

3,8

Plástico mole

4,2

PET

3,5

Metal ferroso

2,8

Metal não ferroso

1,8

Vidro

2,6

Construção/Demolição

16,5

Outros

11,4

Fonte: Proposta de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Estado do Ceará/2012

Gráfico 4.1 - Distribuição dos resíduos sólidos da Região Sertão dos Inhamuns
Tratamento

O município não possui sistema de tratamento dos resíduos sólidos urbanos.

Disposição final

Os resíduos coletados no município são dispostos no vazadouro a céu aberto (lixão), localizado na zona rural Fazenda Sete Polos (Figura 4.6).

   Fonte: Prefeitura de Arneiroz (2018).

Figura 4.6 – Vazadouro a céu aberto (lixão) do Município de Arneiroz.

Segundo informações da do município, o mesmo ainda não aderiu ao consórcio para destinação final.

Regionalização da Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos

A Lei Federal nº 12.305/2010, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), dispõe no seu art. 9º sobre diretrizes da gestão e do gerenciamento dos resíduos sólidos e traz, em ordem de prioridade, as seguintes ações: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final dos rejeitos de modo ambientalmente adequado.

O art. 8º desta lei incentiva à adoção de consórcios entre entes federados para elevar a escala de aproveitamento e reduzir custos como instrumentos da política de resíduos sólidos. Como meio de fortalecimento dessa forma de gestão, o art. 45 estabelece prioridade na obtenção de incentivos do governo federal aos consórcios públicos constituídos, para viabilizar a descentralização e a prestação dos serviços relacionados aos resíduos.

O art. 26 estabelece que o titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos é o responsável pela organização e prestação direta ou indireta desses serviços, em conformidade com o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e a Política Nacional de Saneamento Básico.

Quanto à destinação ou disposição final dos resíduos a céu aberto (lixões), excetuando-se os derivados de mineração, a PNRS proíbe esta prática, em seu art. 47. Define, ainda, prazo para a extinção dos lixões, observando o ano de 2014 como prazo limite para implantação da disposição final ambientalmente adequada dos resíduos. Desta forma, considerando as obrigações, incentivos e os prazos da Lei nº 12.305, os consórcios são a melhor forma de gestão para os resíduos sólidos.

Desta forma, o Governo Estadual, por meio de estudo financiado pelo Ministério do Meio Ambiente, está incentivando a regionalização da gestão integrada dos resíduos sólidos com o objetivo de permitir ganhos de escala e promover sua sustentabilidade como um todo na área de abrangência do consórcio, o que permitirá o alcance das metas propostas, em especial, as de encerramento de lixões, implantação de aterros sanitários e implementação da coleta seletiva, com participação de catadores.

Seguindo a orientação do Governo Federal e visando proporcionar uma base de referência para os municípios do Estado do Ceará quanto à implantação de consórcios intermunicipais, a Secretaria das Cidades do Ceará realizou estudo, abrangendo todos os municípios do Estado, visando identificar e agrupar municípios que poderiam formar consórcios intermunicipais em potencial, caracterizando uma regionalização.

O planejamento adotou o modelo básico de implantação de consórcios intermunicipais, onde os investimentos concentram-se no aterro sanitário, prevendo ainda a necessidade de investimentos em estruturas de adicionais de apoio, como nas estações de transbordo (Figura 4.7).


Figura 4.7 - Modelo de implantação de consórcios intermunicipais

O modelo adotado traz como responsabilidade do Município a coleta regular e seletiva dos resíduos e seu transporte até a estação de transferência (transbordo). Para o consórcio, recai o transporte dos resíduos dispostos nas estações de transbordo ao aterro, além da operação e manutenção deste, devido à inviabilidade da implantação de aterro em cada município.

Assim, o estado foi dividido em 14 regiões para construção de aterros sanitários, dentre as quais a região do Sertão dos Inhamuns que compreende 5 municípios, tendo como polo o Município de Tauá, com uma população de 141.333 habitantes e geração de 37,9 t/d de resíduos domiciliares. Para essa região estão previstos, ainda, 5 usinas de compostagem, entre outros equipamentos, como a necessidade de 3 unidades de transbordo, levando se em conta a distância média de transporte de 73,05 Km. O custo total médio resultante para a região foi estimado em R$ 9.475.097,46 (Quadro 4.41).

Arneiroz está inserido na do Sertão dos Inhamuns (Figura 4.8), como um dos 5 (cinco) municípios constituintes do Consórcio do Aterro de Tauá que são: Aiuaba, Arneiroz, Parambu, Quiterianópolis, Tauá, no qual Tauá sediará o aterro sanitário.

Caracterização da Região 9 - Sertão dos Inhamuns

CARACTERIZAÇÃO

DESCRIÇÃO

Região

9 - Sertão dos Inhamuns

Município-Sede

Tauá

Municípios Integrados

Aiuaba, Arneiroz, Parambu, Quiterianópolis, Tauá

Área (Km2)

10.864

Distância Média à Sede (Km)

73,05

POP. Total estimada para 2032

141.333

Geração de RSD estimada t/dia

37,9

Geração de RCD estimada t/dia

15,2

Geração de RSS estimada t/dia

0,4

Fonte: Proposta de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Estado do Ceará (2012).


Figura 4.8 - Mapa Região 9: Sertão dos Inhamuns

Relacionamento com a sociedade

Segundo o município é realizado um trabalho de conscientização das pessoas que moram as margens do rio jaguaribe para que as mesmas evitem a contaminação da agua e é todo lixo das margens um mes antes da quadra chuvosa. Entretanto, alguns problemas são acarretados pela disposição irregular de resíduos sólidos com lançamentos de lixo em vias públicas e logradouros e terrenos baldios que terminam por causar poluição de recursos hídricos. As principais reclamações que chegam à Prefeitura são de lixo em terrenos baldios e acumulo de material reciclavel por alguns catadores.

Índices de Cobertura e Atendimento do Sistema de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos

O Quadro 4.42 apresenta os índices de cobertura e de atendimento pelo sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos do Município de Arneiroz que foram calculados a partir dos dados das seguintes fontes: PREFEITURA DE ARNEIROZ (2018) e Censo/2010 (IBGE, 2018). A análise estabeleceu os seguintes critérios para o cálculo dos índices:

  • O número de domicílios foi o utilizado como variáveis. O número de domicílios total foi obtido a partir do Censo/2010, atualizado para o ano de 2018 por meio de taxas geométricas aplicadas em cada distrito nas áreas urbanas e rurais. Os valores das taxas geométricas adotadas foram de 1%, para as taxas censitárias até 1%, de 2% para taxas censitárias maior que 1% até 3%, e 3% para taxas censitárias superiores (Quadro 3.2).
  • Os números de domicílios coberto e atendido de todos os distritos, utilizados nos cálculos dos índices, foram os informados pela PREFEITURA (Quadro 4.39). Ressalte-se, porém, que a Prefeitura considerou todos os domicílios como sendo da zona urbana, entretanto os números informados extrapolaram o total de domicílios urbanos estimados para 2018. Mas, haja vista que o Censo/2010 do IBGE dá conta de que alguns domicílios coletados encontram-se em zona rural (Quadro 4.38), o excedente foi tomado como domicílios cobertos da zona rural.

Ao final, os resíduos sólidos no Município de Arneiroz atingiram índices urbanos de cobertura e/ou de atendimento de 100%. Portanto, conclui-se que o Município de Arneiroz atingiu a universalização da limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos em relação às atividades de coleta, como determina a Lei Federal no 11.445/2007. Não obstante, verifica-se que 46,2% dos resíduos sólidos rurais, também, estão sendo coletados.

Cobertura e Atendimento do sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos de Arneiroz

Município/ Distrito/ Localidade

Situação e localização da área

LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS - Número de Domicílios Particulares (Unidades)

Número de Domicílios

Índices

Total

Coberto

Ativo

Cobertura

Atendimento

Arneiroz - CE

Urbana

1497

1497

1497

100,0

100,0

Rural

1264

843

843

66,7

66,7

Total

2762

2340

2340

84,7

84,7

Sede

Urbana

1170

1170

1170

100,0

100,0

Rural

590

580

580

98,4

98,4

Total

1760

1750

1750

99,5

99,5

Cachoeira de Fora

Urbana

148

148

148

100,0

100,0

Rural

387

102

102

26,4

26,4

Total

535

250

250

46,7

46,7

Planalto

Urbana

180

180

180

100,0

100,0

Rural

287

160

160

55,7

55,7

Total

467

340

340

72,8

72,8

Fontes: IBGE/PREFEITURA DE ARNEIROZ

Principais constatações levantadas dos resíduos sólidos

  1. A coleta dos resíduos sólidos urbanos do Município de Arneiroz alcançou a universalização na sede dado o índice de cobertura urbano de 100%. Entretanto, verifica-se que 46,3% dos resíduos sólidos da zona rural são coletados;
  2. Os veículos de coleta dos resíduos domiciliares não são adequados, pois são basculantes e caminhão de carroceria de madeira;
  3. Os resíduos, ao serem coletados, não passam por nenhum tratamento e seguem direto para destino final, no caso, o lixão;
  4. Não é feita coleta seletiva no município e não existe um projeto neste sentido.


Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas

O órgão responsável pelos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas no Município de Arneiroz é a Secretaria de Obras e Serviços Públicos.

Microdrenagem

A Prefeitura não informou dados sobre o sistema de microdrenagem.

O Censo/2010 do IBGE contabilizou apenas 30 domicílios que contam com bocas-de-lobo em seu entorno (Quadro 4.43).

Domicílios particulares permanentes, em áreas com ordenamento urbano regular, por características do entorno, segundo Censo/2010. 

Características do entorno

Existência de características do entorno

Total

Pavimentação

Existe

983

Não existe/Não declarado

154

Total

1137

Calçada

Existe

970

Não existe/Não declarado

167

Total

1137

Meio-fio/guia

Existe

1017

Não existe/Não declarado

120

Total

1137

Bueiro/boca de lobo

Existe

30

Não existe/Não declarado

1107

Total

1137

Fonte: Censo/2010 (IBGE, 2018)

Em termos de pavimentação de ruas, o Quadro 4.44 traz os quantitativos e percentuais em que se encontram os distritos. Exemplos de ruas sem pavimentação na Sede podem ser vistas na Figura 4.9. O IBGE levantou a existência de 983 domicílios com pavimentação em seu entorno de um total de 1.137 (Quadro 4.43).

Dados da microdrenagem por ruas pavimentadas em cada distrito, segundo a Prefeitura do Município de Arneiroz.

Extensão (km)

Percentual

Arneiroz

12

90%

Cachoeira de Fora

2

100%

Planalto

3

80%

Fonte: Prefeitura Municipal, 2018.

Fonte: Prefeitura Municipal, 2018.

  1. Macrodrenagem

A Prefeitura não nos informou dados sobre a rede de macrodrenagem do município e nem sobre os problemas enfrentados por ela.

  1. Uso do solo

Na Sede a ocupação não é intensa, mas é desordenada. São exigidos para a implantação de um loteamento ou abertura de rua os seguintes critérios mínimos, segundo informou a Prefeitura:

  • Pavimentação;
  • Passeios e meio-fio;

Quanto aos principais problemas que causam dificuldades na ocupação do solo, destacam-se os seguintes:

  • Erosão (Figura 4.9);
  • Ocupação desordenada do solo (Figura 4.10);

Fonte: Prefeitura de Arneiroz (2018)        Fonte: Prefeitura de Arneiroz (2018)

Figura 4.9 – Erosão de via pública         Figura 4.10 – Flagrante de ocupação das margens do

não pavimentada..                        Rio Jaguaribe na rua Duque de Caxias.

  1. Investimentos futuros

Segundo o Portal da Transparência do Estado, para a zona urbana do Distrito Sede, está previsto um investimento por meio de convênio estadual no valor de R$ 586.727,14 em pavimentação, com previsão de término em julho de 2019.

Com base nos dados de pavimentação enviados pela Prefeitura, calculou-se o déficit de pavimentação necessária nas zonas urbanas do município (Quadro 4.45). O indicador utilizado foi deduzido a partir dos próprios dados enviados pela Prefeitura e da população urbana do IBGE/2010. No total, a necessidade de pavimentação foi estimada em mais 2 Km.

Dados da macrodrenagem, segundo a Prefeitura do Município de Arneiroz.

Distrito

Dom. Urb. (IBGE/2010)

Ruas Pavimentadas

Extensão de pavimentação por domicílio (Km/dom.)

Ruas não pavimentadas

Dados Prefeitura (Quadro 4.94)

Número Domicílios Urbanos

Número Domicílios Urbanos

Extensão (Km)

Extensão (km)

%

Arneiroz

887

12

90

798

0,015

89

1,34

Cachoeira de Fora

113

2

100

113

0,018

0

0,00

Planalto

137

3

80

110

0,027

27

0,73

Fonte: Elaboração própria, 2018.

  1. Principais constatações levantadas sobre drenagem, manejo de águas pluviais e uso de solo

  1. Existem ruas não pavimentadas, cuja ausência de drenagem é causa de erosão do solo;
  2. Os recursos hídricos (açudes, riachos, córregos, etc.) sofrem com assoreamento de seus leitos, decorrente da ação de degradação da vegetação das suas margens;
  3. A cobertura insuficiente na coleta e a inadequada destinação dos Resíduos Sólidos, em especial,  materiais de alto poder poluente tem colocado em risco a qualidade da água dos mananciais.
  4. A pouca ou inexistente cobertura por esgotamento sanitário contamina os recursos hídricos com lançamento de esgoto não tratado.

DIRETRIZES

Diretriz pode ser definida como “norma, indicação ou instrução que serve de orientação”[2], enquanto as estratégias “o que se pretende fazer e quais os objetivos que se querem alcançar”[3]. Ambas visam assegurar o alcance das metas estabelecidas e sua gradual tradução nas ações programáticas e nos objetivos que se pretende concretizar com a implementação do PMSB.  A seguir, são elencadas as diretrizes e estratégias propostas para o PMSB de Arneiroz, que foram estabelecidas com base no Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB).

Diretrizes

As diretrizes deverão orientar, em nível geral, a execução do PMSB de Arneiroz e o consequente cumprimento das metas estabelecidas e estão organizadas em três blocos temáticos:

  1. Relativas às ações de coordenação e planejamento no setor para efetiva implementação da Política Municipal de Saneamento Básico: São fundamentais para assegurar o avanço institucional da política municipal de saneamento, com perenidade e sustentação ao longo do período de implementação do PMSB.

  1. Fortalecer a coordenação da Política de Saneamento Básico de Arneiroz, utilizando o PMSB como instrumento orientador das políticas, programas, projetos e ações do setor, considerado seu caráter vinculante ao poder público e aos prestadores de serviços, buscando sua observância na previsão orçamentária e na execução financeira, cuja prioridade de alocação deve observar critérios sanitário, epidemiológico e social na alocação de recursos para ações de saneamento básico;

  1. Englobar a integralidade do território do município e ser compatível com o disposto nos demais planos correlatos, sendo revisto periodicamente, em prazo não superior a quatro anos, anteriormente à elaboração dos planos plurianuais;

        

  1. Relativas à prestação e regulação dos serviços de saneamento básico, com vistas à sua universalização: Buscam assegurar o fortalecimento da prestação dos serviços, bem como do papel do titular, a partir das atividades de gestão e regulação, na perspectiva da maior eficiência e eficácia do setor. 

  1. Buscar a universalização e a integralidade da oferta de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário nas zonas urbana e rural, da oferta da coleta de resíduos sólidos na zona urbana e aglomerados da zona rural, do manejo e destinação final adequada dos resíduos sólidos, minimizando o risco à saúde e assegurando qualidade ambiental, do manejo das águas pluviais urbanas minimizando a ocorrência de problemas críticos de inundação, enchentes ou alagamentos;

  1. Fortalecer a gestão institucional e a prestação dos serviços, apoiando a capacitação técnica e gerencial dos operadores públicos de serviços de saneamento básico, ações de comunicação, mobilização e educação ambiental, e a transparência e acesso às informações, bem como à prestação de contas, e o controle social.

  1. Assegurar ambiente regulatório que reduza riscos e incertezas normativas e estimule a cooperação entre os atores do setor, através do apoio à agência reguladora nas atividades de acompanhamento;

  1. Relativas ao investimento público e cobrança dos serviços de saneamento básico: Visam assegurar o fluxo estável de recursos financeiros para o setor e mecanismos para sua eficiente utilização e fiscalização, com base no princípio de qualificação dos gastos públicos e da progressiva priorização de investimentos em medidas estruturantes[4].

  1. Assegurar recursos compatíveis com as metas e resultados estabelecidos no PMSB, orientando sua destinação e aplicação segundo critérios que visem à universalização dos serviços, priorizando os beneficiários com menor capacidade de pagamento;
  2. Buscar maior eficiência, eficácia e efetividade nos resultados, estabelecendo metas de desempenho operacional para os operadores públicos de serviços de saneamento básico.

Estratégias

Das diretrizes expostas decorrem as estratégias, que deverão ser observadas na execução da política municipal de saneamento básico de Arneiroz durante a vigência deste PMSB, tanto na execução dos programas, projetos e ações, como no cumprimento das metas estabelecidas. As estratégias são apresentadas a seguir, agrupadas nos três blocos temáticos, relativos às diretrizes:

  1. Relativas às ações de coordenação e planejamento no setor, para efetiva implementação da Política Municipal de Saneamento Básico:

  1. Criar órgão na estrutura administrativa municipal para a coordenação, articulação e integração da política, a partir das diretrizes do PMSB, fortalecendo a capacidade técnica e administrativa, por meio de recursos humanos, logísticos, orçamentários e financeiros;

  1. Desenvolver gestões e realizar avaliações periódicas para que a previsão orçamentária e a execução financeira, no campo do saneamento básico, observem as metas e diretrizes estabelecidas no PMSB, o qual deve estar integrado com os demais planejamentos setoriais fortalecendo uma visão integrada das necessidades de todo o território municipal;

  1. Relativas à prestação, gestão e regulação dos serviços de saneamento básico, com vistas à sua universalização:

  1. Promover a melhoria da eficiência dos sistemas de tratamento de água e de esgotos existentes, reduzindo a intermitência nos serviços de abastecimento de água potável, com vistas ao atendimento das metas estabelecidas, assim como o atendimento à legislação de qualidade da água para consumo humano, incluindo aquela referente à exigência de informação ao consumidor, fomentando a melhoria do controle e vigilância da qualidade da água, e do o manejo dos resíduos sólidos pautados na não-geração, na redução do consumo, no reuso de materiais, na coleta seletiva e na reciclagem, e a participação em consórcios, e implantar projetos, programas e ações para o manejo das águas pluviais urbanas, priorizando a adoção de medidas não estruturais e intervenções em áreas com problemas críticos de inundação;

  1. Promover práticas permanentes de educação ambiental, através da qualificação de pessoal e da capacitação de professores, agentes comunitários e técnicos educacionais de todos os níveis da rede municipal para elaboração de projetos e materia educativos adequados voltados para saneamento básico a ser divulgado com vista a informar sobre a prestação dos serviços e fortalecer a cultura da participação e do controle social por meio da participação em conselhos, audiências públicas, reuniões comunitárias e demais ações de mobilização social, e a capacitação continuada de conselheiros e representantes de instâncias de controle social em questões específicas de saneamento básico;

  1. Delegar as atividades de fiscalização e regulação dos serviços de saneamento básico à Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE;

C. Relativas ao investimento público e cobrança dos serviços de saneamento básico:

  1. Inserir os programas propostos pelo PMSB nos PPA’s, definindo, para cada ano, os valores a serem investidos, por fonte de recursos e por componente do saneamento básico, prevendo o aumento progressivo dos recursos para medidas estruturantes ao longo dos anos, para a gestão dos serviços com vistas a garantir a eficiência e efetividade do investimento em medidas estruturais[5] e na melhoria da gestão;

  1. Implantar sistema de avaliação e monitoramento das metas e demais indicadores de resultados e de impacto estabelecidos pelo PMSB, além de acompanhar a aplicação das verbas destinadas no orçamento público.

A caracterização adotada, segundo a proposta do PLANSAB (2014), para atendimento e déficit dos serviços de saneamento básico está apresentada no Quadro 5.1, o qual apresenta o objetivo final do PMSB de Arneiroz, uma vez que para o cálculo da cobertura atual dos serviços foram considerados os sistemas correspondentes à realidade do município cearense. Esta caracterização é referência para redução do déficit no saneamento básico de Arneiroz.


Caracterização do atendimento e do déficit de acesso ao abastecimento de água, esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos

Componente (1)

Atendimento adequado

Déficit

Atendimento precário

Sem atendimento

Abastecimento de água

– Fornecimento de água potável por rede de distribuição, com ou sem canalização interna, ou por poço ou nascente ou cisterna, com canalização interna, em qualquer caso sem intermitência prolongada ou racionamentos.

– Dentre o conjunto com fornecimento de água por rede, a parcela que:

Todas as situações não enquadradas nas definições de atendimento e que se constituem em práticas consideradas inadequadas (³)

– recebe água fora dos padrões de potabilidade;

– tem intermitência prolongada ou racionamentos;

– Dentre o conjunto com fornecimento de água por poço ou nascente, a parcela cujos domicílios não possuem canalização interna de água, que recebem água fora dos padrões de potabilidade e, ou, que têm intermitência prolongada;

– Uso de cisterna para água de chuva, que forneça água sem segurança sanitária e, ou, em quantidade insuficiente para a proteção à saúde.

– Uso de reservatório ou caixa abastecidos por carro pipa.

Esgotamento sanitário

– Coleta de esgotos, seguida de tratamento (²);

– Coleta de esgotos, não seguida de tratamento;

– Uso de fossa séptica.

– Uso de fossa rudimentar.

Manejo de resíduos sólidos

– Coleta direta, com frequência, para a área urbana, diária ou dias alternados e com ausência de vazadouro a céu aberto como destino final;

Dentre o conjunto com coleta, a parcela:

– Coleta direta ou indireta, na área rural, com ausência de vazadouro a céu aberto como destino final.

– na área urbana com coleta indireta ou direta, cuja frequência não seja pelo menos em dias alternados;

– e, ou, cujo destino final dos resíduos constitui-se em vazadouro a céu aberto.

Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB (2014)

Nota: (¹) Em função de suas particularidades, o componente drenagem e manejo de águas pluviais urbanas teve abordagem distinta;

(²) As bases de informações do IBGE, no entanto, adotam a categoria “rede geral de esgoto ou pluvial” e, portanto, os valores apresentados no texto incluem o lançamento em redes de águas pluviais;

(³) A exemplo de ausência de banheiro ou sanitário; coleta de água em cursos de água ou poços a longa distância; fossas rudimentares; lançamento direto de esgoto em valas, rio, lago, mar ou outra forma pela unidade domiciliar; coleta indireta de resíduos sólidos em área urbana; ausência de coleta, com resíduos queimados ou enterrados, jogados em terreno baldio, logradouro, rio, lago ou mar ou outro destino pela unidade domiciliar.


PROGNÓSTICO

O prognóstico para o setor de saneamento básico tomará como base a projeção do crescimento da população para que as diversas intervenções atendam plenamente o objetivo da universalização das zonas urbana e rural de Arneiroz para o horizonte de 20 anos.

Crescimento Populacional e Demandas pelos Serviços

Para atingir a universalização do saneamento básico do Município de Arneiroz, ao longo de 20 anos, é necessário atender às demandas atuais e acompanhar o seu crescimento, fazendo-se indispensável visualizar a projeção de crescimento populacional do município.

Partindo dos dados populacionais obtidos no IBGE, calculou-se o incremento médio anual das populações rural, urbana e total, cujas taxas encontram-se dispostas no Quadro 3.2 (ver diagnóstico). A seguir, fez-se a estimativa de crescimento populacional para os próximos 20 anos, com base na taxa de:

  • 1% para taxas menores ou iguais a 1% ou sem dado anterior;
  • 2% para taxas entre 1% e 3%;
  • 3% para taxas maiores ou igual a 3%.

Foi utilizada a taxa de crescimento de cada zona dos distritos para projeção dos mesmos, em termos populacionais e imóveis ocupados, com essa taxa específica de cada zona buscamos uma maior precisão na projeção dessas variáveis, exceto onde existia sistema CAGECE que dispunhamos de dados atualizados de imóveis e a população dessa zona foi calculada com base nas economias e média de moradores por imóvel do último censo, com isso amenizamos distorções por conta da projeção e tivemos maior precisão ao calcular as demandas do sistema . O resultado apontou que a população total de Arneiroz, no ano de 2038, será de 10.108 habitantes, aproximadamente (Quadro 6.1).

Projeção da população do Município de Arneiroz a partir dos dados do Censo – 1991 a 2010.

Município e Distritos

Situação do domicílio

População

1991

2000

2010

2038

Arneiroz - CE

Urbana

1.382

2.146

3.879

5.125

Rural

6.005

5.392

3.771

4.983

Total

7.387

7.538

7.650

10.108

Sede

Urbana

-

-

3.004

3.969

Rural

-

-

1.768

2.336

Total

-

-

4.772

6.305

Cachoeira de Fora

Urbana

-

-

396

523

Rural

-

-

1179

1.558

Total

-

-

1.575

2.081

Planalto

Urbana

-

-

479

633

Rural

-

-

824

1.089

Total

-

-

1.303

1.722

Fonte: CENSO/IBGE (2010).

Metas e Prazos

Como dito no diagnóstico, os dados, informações e indicadores apontaram deficiências no saneamento básico do município. Ressalte-se que, como foram consultadas diversas fontes (IBGE, MDS, SDA, Prefeitura, CAGECE, etc.), houve necessidade de operar com estimativas. Notadamente, isto incorrerá em análises e ajustes futuros para melhor adequação de seus valores e orientar a consolidação dos indicadores ao longo do tempo, com as revisões previstas a cada 4 anos, no máximo.

Entretanto, o diagnóstico possibilitou estabelecer valores de referência para a cobertura e o atendimento, a partir dos quais definiram-se as metas, relativas à universalização das componentes do setor, classificadas como de curto (de 0 a 4 anos), médio (de 5 a 12 anos) e longo (de 13 a 20 anos) prazos.  As metas de cobertura e de atendimento estabelecidas, e seus respectivos prazos, encontram-se organizadas no Quadro 6.2.

Destarte, as metas de cobertura do Quadro 6.2 são fundamentais para o acompanhamento da execução da política ao longo dos próximos 20 anos, por meio do monitoramento e avaliação, tendo em vista a implantação dos programas, projetos e ações necessários para o seu alcance, cuja abordagem encontra-se no subitem a seguir. O Gráfico 6.1 permite visualizar a evolução da cobertura para o alcance da universalização do saneamento básico no município, ao longo dos 20 anos, considerando sua totalidade territorial.

Ressalte-se que as metas do Quadro 6.2 e Gráfico 6.1 foram consolidadas a partir das metas específicas de cada projeto estabelecido neste PMSB, consoante o impacto incremental de cada um. Com isso, a universalização do abastecimento de água e da coleta dos resíduos sólidos urbanos ocorrerá em 2022, enquanto o esgotamento sanitário está previsto para o final do plano, em 2038. Já para a componente drenagem, as metas de universalização não foram definidas em função da indefinição de índice relativo à sua cobertura no PLANSAB.


Metas de cobertura geral para o setor de saneamento básico de Arneiroz

Fonte: Elaboração própria.


Metas para o setor de saneamento básico de Arneiroz, distritos e total.

Indicador

Fórmula / Variáveis

Município/

Distritos

Índices Atuais - TOTAIS

Metas de Cobertura e Atendimento/Prazo

Curto

Médio

Longo

2019-2022

2023-2030

2031-2038

Cobertura de água

Percentagem do número de domicílios ou da população com cobertura de abastecimento de água no município.

Arneiroz - CE

93,75

100,00

100,00

100,00

Sede

93,21

100,00

100,00

100,00

Cachoeira de Fora

99,24

100,00

100,00

100,00

Planalto

89,51

100,00

100,00

100,00

Cobertura de esgoto

Percentagem do número de domicílios ou da população com cobertura de esgotamento sanitário no município.

Arneiroz - CE

4,24

38,65

71,67

100,00

Sede

0,45

36,23

70,55

100,00

Cachoeira de Fora

8,97

24,89

73,07

100,00

Planalto

13,06

44,30

74,28

100,00

Cobertura de coleta de resíduos sólidos urbanos

Percentagem do número de domicílios ou da população com cobertura de coleta de resíduos urbanos no município.

Arneiroz - CE

84,73

92,66

100,00

100,00

Sede

99,46

99,74

100,00

100,00

Cachoeira de Fora

46,72

74,40

100,00

100,00

Planalto

72,81

86,93

100,00

100,00

Fonte: Elaboração própria.

Nota: ¹ Estes índices encontram-se nas Tabelas 4.30 , 4.44 e 4.58.

Programas, projetos e Ações

O diagrama esquemático do Quadro 6.3 exprime a visão de gestão que se pretende dar para o setor de saneamento básico, tendo em vista os princípios da Lei nº 11.445/2007, em especial, a integralidade. Trata-se de uma visão coadunada dos programas, projetos e ações rumo à universalização do saneamento básico.

Assim, de forma a atender as demandas referentes aos serviços de saneamento básico, traduzindo as diretrizes e as estratégias para alcance dos objetivos e metas estabelecidos, foram propostos três programas para o Município de Arneiroz, com seus respectivos projetos e ações a serem executados ao longo do plano. Desta forma, os programas possuem escopo abrangente e delineamento geral dos diversos projetos a serem executados, cujo escopo é mais reduzido e nos quais deverão estar agregadas as ações que, por sua vez, são atividades em um nível mais focado de atuação.

De acordo com o PLANSAB (2014), um número reduzido de programas permite a busca da máxima convergência das ações dos diversos atores institucionais com atuação em saneamento básico, a fim de que se tornem fortes, reconhecidos e, principalmente, perenes e possam garantir eficiência e estabilidade na execução da Política.

Dos 3 (três) programas estabelecidos, 2 (dois) são classificados como estruturais[6] e 1 (um) é classificado como estruturante[7], com objetivos e metas de curto, médio e longo prazo, dentro do horizonte de planejamento, para cada um dos componentes do saneamento básico. Nestes três programas, identificados a seguir, distribuem-se todos os projetos e respectivas ações para a universalização do abastecimento de água e do esgotamento sanitário. Os três programas são:

Programas de Acessibilidade ao Saneamento Básico (PASB)

Este programa engloba os projetos de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas e sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, com respectivas ações, destinados a ampliação da cobertura das componentes do setor e melhorias dos índices de atendimento, no intuito de se atingir a universalização. O plano prevê a implantação de 08 (oito) projetos neste programa, cujos detalhamentos encontram-se no Apêndice A deste PMSB.

Programa de Qualidade do Saneamento Básico - PQSB

Programa que abrange os projetos, com suas respectivas ações, voltados para o incremento de melhorias operacionais e da qualidade das componentes do setor. Para este programa, foi estabelecido a implantação de 5 (cinco) projetos, que se encontram detalhados no Apêndice B deste PMSB.

Programa Gestão do Saneamento Básico – PGSB

Este programa contempla os projetos, com suas respectivas ações, objetivando o fortalecimento da gestão e dos recursos institucionais do titular dos serviços de saneamento básico. Foram estabelecidos 3 (três) projetos a serem implantados no curto prazo, cujo detalhamento encontra-se no Apêndice C deste PMSB.


Programas de Acessibilidade, Qualidade e Gestão do Saneamento Básico.

GESTÃO

Programa de acessibilidade ao Saneamento Básico - PASB

Abastecimento de Água

PR/PASB/01/2018: Ampliação do SAA operado pela CAGECE no distrito Sede - urbano

PR/PASB/02/2018: Ampliação do SAA operado pela SISAR nos distritos: Sede rural (Boqueirão e Macauim) e Cachoeira de Fora urbano (Cachoeira de Fora).

PR/PASB/03/2018: Cobertura e atendimento do abastecimento de água por soluções individuais por meio de cisternas de água de chuva no município de Arneiroz

Esgotamento Sanitário

PR/PASB/04/2018: Instalação do SES operado pela CAGECE no distrito Sede

PR/PASB/05/2018: Universalização da cobertura e atendimento do esgotamento sanitário por soluções individuais para domicílios SEM banheiros1

PR/PASB/06/2018: Universalização da cobertura e atendimento do esgotamento sanitário por soluções individuais para domicílios COM banheiros1

Resíduos Sólidos

PR/PASB/07/2018: Ampliação da coleta dos resíduos sólidos do município de Arneiroz

Drenagem Urbana

PR/PASB/08/2018: Ampliação da pavimentação de vias do município de Arneiroz

Programa de qualidade do Saneamento Básico - PQSB

Abastecimento de Água

PR/PQSB/01/2018: Implantação de tratamento adequado no distrito de Novo Horizonte abastecidas por solução coletiva

Resíduos Sólidos

PR/PQSB/02/2018: Eliminação do lixão e recuperação da área degradada

PR/PQSB/03/2018: Implantar as Coletas Seletivas Múltiplas e a Central Municipal de Resíduos – CMR, para segregação e reaproveitamento dos resíduos sólidos*.

PR/PQSB/04/2018: Adequação do transporte dos resíduos sólidos de Arneiroz

Drenagem Urbana

PR/PQSB/05/2018: Elaboração de projetos executivos do sistema de drenagem urbana

Programa de Gestão de Saneamento Básico - PGSB

Todos os componentes do Saneamento Básico

PR/PGSB/01/2018: Fortalecimento Institucional

PR/PGSB/02/2018: Fortalecimento da Gestão dos Serviços

PR/PGSB/03/2018: Implantação de Sistema de Informações

Fonte: Elaboração própria.

Minuta do anteprojeto de Lei

De acordo com orientações do governo federal e no sentido de oferecer maior segurança institucional ao Plano de Saneamento Básico de Arneiroz, é necessária a aprovação do mesmo por meio de lei municipal.

Entretanto, para além da execução do Plano e de sua aprovação, importa também a sua garantia de continuidade. Assim, para que o plano seja sustentável torna-se importante, dentre outros aspectos, no mínimo:

  • Consolidar a regulação dos serviços de saneamento básico por meio da Agência Reguladora de Serviços Delegados do Estado do Ceará – ARCE, haja vista a obrigatoriedade do acompanhamento do plano por uma entidade reguladora;
  • Estabelecer estrutura no âmbito municipal responsável pela operacionalização do PMSB;
  • Definir o conselho responsável pelo controle social.

Diante do exposto, foi elaborado projeto de lei que se encontra no Anexo C, objeto do Projeto PR/PGSB/01/2018, Programa de Gestão do Saneamento Básico.


MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA

A Lei Federal 11.445, inciso VI do caput do art. 9º, prevê o estabelecimento de sistema de informações sobre os serviços, articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento. Já inciso IX do caput do art. 2º da mesma lei prevê a transparência das ações, baseada inclusive em sistemas de informações. Diversos outros artigos versam sobre a necessidade de sistema informatizado para o acompanhamento dos índices de qualidade e serviços prestados, bem como das ações estabelecidas no PMSB.

Importante ressaltar que o sistema de informações, a ser implantado, deve ser estruturado e voltado para absorver os dados e informações das soluções individuais e não apenas dos prestadores de serviços, que certamente serão as principais fontes para a alimentação do sistema (CAGECE, SISAR, associações, etc.) ou do titular, quando este presta diretamente os serviços

O sistema de informações é uma ferramenta de gestão integrada, com foco no acompanhamento dos programas, projetos e ações do Plano. O objetivo é reunir todas as informações de Arneiroz, provendo interfaces para cadastro e manipulação de tais dados, além de consultas e análises posteriores, por meio de indicadores.

Este capítulo apresenta um painel de indicadores que servirá para avaliação objetiva de desempenho dos objetivos e metas de curto, de médio e de longo prazos para alcance da universalização dos serviços, entendida como a ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico. O painel compõe-se de indicadores divididos em nível político e estratégico, voltados para a avaliação dos programas e/ou projetos, doravante denominados apenas de indicadores de primeiro e segundo níveis, respectivamente. O acompanhamento das ações de cada projeto será feito diretamente em cadastro próprio com atualizações periódicas.

Os indicadores de primeiro e segundo níveis foram definidos, em sua maioria, a partir do Sistema Nacional de Informações em Saneamento (SNIS). Os indicadores de primeiro nível são voltados para avaliação direta dos índices de cobertura e de atendimento dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e de resíduos sólidos urbanos (Quadro 7.1). Aliados a estes indicadores, foram definidos “indicadores de segundo nível” que serão utilizados de forma complementar para avaliação indireta da universalização, em termos de qualidade e melhoria dos serviços prestados, envolvendo apenas os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário (Quadro 7.2). Por enquanto, não foram estabelecidos indicadores de 2º nível para a componente resíduos sólidos urbanos e de 1º e 2º níveis para a componente drenagem, o que deverá ser feito no futuro.

Vale ressaltar que o Município de Arneiroz ainda não possui um sistema de indicadores para acompanhamento que compreenda o seu território integralmente. A implantação de um sistema está prevista até 2022, objeto do Projeto PR/PGSB/03/2018 do Programa de Gestão do Saneamento Básico. O desenvolvimento do sistema para acompanhamento do PMSB, no qual se insere o plano de Arneiroz, deverá adotar as normas do Decreto Estadual nº 29.255, de 09/04/08, que trata, entre outros, da padronização do desenvolvimento de sistemas de informação na utilização de software livre e que está em sintonia com as diretrizes do Governo Federal. Desta forma, serão disponibilizados vários cadastros por meio de sistema interligado, gerando consultas estatísticas para avaliação e acompanhamento do Plano nas suas diversas componentes.

Em relação aos indicadores adotados neste PMSB, o diagnóstico propiciou somente a determinação dos valores para os índices de cobertura e de atendimento, estabelecendo metas apenas para estes dois. Para os demais, caberá à ARCE estabelecer metas progressivas, consoante o artigo 23, inciso III da Lei nº 11.445/2007, as quais deverão ser incluídas nas futuras revisões deste plano.


Indicadores de 1º Nível, para acompanhamento do Programa Acessibilidade ao Saneamento Básico

PROGRAMA: Acessibilidade aos Serviços

Componente

Objetivos e Metas Estratégicos

Parâmetro ou Setor

Indicador

Conceito

Objetivo

Expresso em

Fórmula e Variáveis

Referência

ÁGUA

Garantia do acesso ao abastecimento de água

Cobertura

Cobertura de água

Percentagem do número de domicílios ou da população com cobertura de abastecimento de água no município.

Avaliar o nível de acessibilidade ao abastecimento de água, em relação à possibilidade de ligação da população total.

%

Domicílios ou população do município com abastecimento de água disponível (nº) / Total de domicílios ou população total do município (nº)

AA01b (IRAR) adaptado

Atendimento

Índice de atendimento urbano de água

Percentagem da população urbana do município com abastecimento de água disponível e interligado.

Avaliar o nível de acessibilidade efetivo ao abastecimento de água, ou seja, o percentual da população urbana interligada.

%

População urbana atendida com abastecimento de água (nº) / População urbana do município (nº)

I023 (SNIS) adaptado

Índice de atendimento total de água

Percentagem da população total do município com abastecimento de água disponível e interligado.

Avaliar o nível de acessibilidade efetivo ao abastecimento de água, ou seja, o percentual da população total interligada.

%

População total atendida com abastecimento de água (nº) / População total do município (nº)

I055 (SNIS) adaptado

ESGOTO

Garantia do acesso ao esgotamento sanitário

Cobertura

Cobertura de esgoto

Percentagem do número de domicílios ou da população com cobertura de esgotamento sanitário no município.

Avaliar o nível de acessibilidade de esgotamento sanitário, em relação à possibilidade de ligação da população total.

%

Domicílios com esgotamento sanitário disponível (nº) / Total de domicílios (nº)

AR01a (IRAR) adaptado

Atendimento

Índice de atendimento urbano de esgoto

Percentagem da população urbana do município com esgotamento sanitário disponível e interligado.

Avaliar o nível de acessibilidade efetivo ao esgotamento sanitário, ou seja, o percentual da população urbana interligada.

%

População urbana atendida com esgotamento sanitário (nº) / População urbana total do município (nº)

I024, I047 (SNIS) adaptado

Índice de atendimento total de esgoto

Percentagem da população total do município com esgotamento sanitário disponível e interligado.

Avaliar o nível de acessibilidade efetivo do esgotamento sanitário, ou seja, o percentual da população total interligada.

%

População total atendida com esgotamento sanitário (nº) / População total do município (nº)

I056 (SNIS) adaptado

RESÍDUOS SÓLIDOS

Garantia do acesso à coleta dos resíduos sólidos urbanos

Taxa de Cobertura

Cobertura da coleta de resíduos sólidos urbanos

Percentagem do número de domicílios urbanos ou da população urbana com coleta de resíduos sólidos no município.

Avaliar o nível de acessibilidade da coleta dos resíduos sólidos urbanos, em relação à população total urbana.

%

Domicílios com coleta de resíduos sólidos urbanos (nº) / Total de domicílios urbanos (nº)

I016 (SNIS) adaptado

Indicadores de 2º Nível para avaliação do Programa de Qualidade do Saneamento Básico (PQSB)

PROGRAMA: Melhorias Operacionais e de Qualidade dos Serviços

Componente

Objetivos e Metas Estratégicos

Parâmetro ou Setor

Indicador

Conceito

Objetivo

Unidade

Fórmula e Variáveis

Referência

ÁGUA

 

Redução de Perdas e combate aos desperdícios

Micromedição

Índice de hidrometração

Percentagem do número de ligações ativas no município que possuem hidrômetros.

Avaliar o nível de sustentabilidade da infraestrutura, em relação à medição do consumo real dos usuários.

%

Ligações ativas de água micromedidas (nº) / Ligações ativas de água (nº) x100

I009 (SNIS)

Macromedição

Índice de macromedição

Percentagem do volume de água produzido que é macromedida.

Avaliar o nível de sustentabilidade da infraestrutura dos serviços, em relação à existência de capacidade de medição da produção.

%

[Volume de água macromedido (m³) - Volume de água tratado exportado (m³)] / [Volume de água produzido (m³) +Volume de água tratada importado (m³) - Volume de água tratado exportado (m³)] x100

I011 (SNIS)

Ligação

Índice de perdas por ligação

Volume diário de água perdido, por ligação.

Avaliar o nível de sustentabilidade da infraestrutura dos serviços, em relação às perdas.

(L/dia)/ ligação

Volume de água produzido (L/dia) + Volume de água tratado importado (L/dia) - Volume de água de serviço (L/dia) - Volume de água consumido (L/dia)] / Ligações ativas de água (nº).

I051 (SNIS)

Rede de distribuição

Densidade de vazamentos na rede de distribuição

Número de vazamentos na rede de distribuição, por unidade de comprimento.

Avaliar o nível de sustentabilidade operacional, em relação à existência de um número reduzido de vazamentos na rede de distribuição

nº/100 km/ano

Vazamentos na rede de distribuição (nº/ano) / Comprimento total da rede de distribuição (km) x100

AA16 (IRAR)

Otimização, Economia e Uso racional dos recursos

Consumo de energia

Índice de consumo de energia elétrica em sistemas de abastecimento de água

Consumo de energia por unidade de volume de água tratado.

Avaliar o nível de sustentabilidade ambiental dos serviços, em relação à utilização adequada dos recursos energéticos.

Kwh/m³

Consumo total de energia elétrica em sistemas de abastecimento de água (Kwh) / [Volume de água produzido (m³)+ Volume de água tratado importado (m³)]

I058 (SNIS)

Capacidade Operacional

Reservação

Capacidade de reserva de água

Autonomia de fornecimento de água tratada pelos reservatórios de adução e distribuição.

Fornece indicação, em termos médios, de por quanto tempo é possível assegurar o fornecimento de água aos consumidores em caso de falha de alimentação.

dias

Capacidade de reserva de água na adução e na distribuição (m³) / Água entrada no sistema (m³/ano) x 365

AA13 (IRAR)

Continuação Quadro 7.2.

PROGRAMA: Melhorias Operacionais e de Qualidade dos Serviços (Continuação)

Componente

Objetivos e Metas Estratégicos

Parâmetro ou Setor

Indicador

Conceito

Objetivo

Unidade

Fórmula e Variáveis

Referência

ÁGUA

Adequar qualidade da água

Cloro residual

Incidência das análises de cloro residual fora do padrão

Percentagem do número total de análises de cloro residual realizadas na água tratada não conforme com a legislação aplicável.

Avaliar o nível de qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento de parâmetros legais de qualidade da água fornecida.

%

Amostras para análises de cloro residual com resultado fora do padrão (nº) / Amostras analisadas para aferição de cloro residual (nº) x 100

I075 (SNIS)

Índice de conformidade da quantidade de amostras - cloro residual

Percentagem de análises de cloro residual requeridas pela legislação aplicável que foram realizadas.

Avaliar a qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento das exigências legais de monitoramento da qualidade da água fornecida.

%

Amostras analisadas para aferição de cloro residual (nº) / Mínimo de amostras obrigatórias para análises de cloro residual (nº) x 100

I079 (SNIS)

Coliformes totais

Incidência das análises de coliformes totais fora do padrão

Percentagem do número total de análises de coliformes totais realizadas na água tratada não conforme com a legislação aplicável.

Avaliar o nível de qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento de parâmetros legais de qualidade da água fornecida.

%

Amostras para análises de coliformes totais com resultado fora do padrão (nº) / Amostras analisadas para aferição de coliformes totais (nº) x100

I084 (SNIS)

Índice de conformidade da quantidade de amostras - coliformes totais

Percentagem de análises de coliformes totais requeridas pela legislação aplicável que foram realizadas.

Avaliar a qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento das exigências legais de monitoramento da qualidade da água fornecida.

%

Amostras analisadas para aferição de coliformes totais (nº) / Mínimo de amostras obrigatórias para coliformes totais (nº) x100

I085 (SNIS)

Atendimento

Serviços

Duração média dos serviços executados

Tempo médio gasto para execução dos serviços de água.

Avaliar o nível de sustentabilidade dos serviços, em relação à capacidade de solução das demandas reclamadas e/ou solicitadas pelos usuários.

hora/ serviço

Tempo de execução dos serviços de água (hora) / Quantidade de serviços de água executados (n°)

I083 (SNIS) adaptado

Serviços

Reclamações dos usuários

Avaliação da percepção do usuário a respeito da qualidade da prestação dos serviços de água.

Avaliar o nível de sustentabilidade dos serviços, em relação às demandas reclamadas e/ou solicitadas pelos usuários.

%

Reclamações dos usuários dos serviços de água (nº) / Total de economias ativas de água (nº) x 100

Plano Mairinque (ADERASA) adaptado

Capacidade Operacional

Tratamento

Utilização das estações de tratamento

Percentagem máxima da capacidade das estações de tratamento existentes que foi utilizada.

Permite avaliar a folga existente em termos de estações de tratamento relativamente aos períodos do ano de maior consumo.

%

Volume mensal máximo de água tratada (m³/mês) / Capacidade mensalmáxima de tratamento (m³)/mês) x 366

AA13 (IRAR)

Continuidade/ Regularidade

Serviços

Reclamações de falta de água

Avaliação da percepção do usuário a respeito da qualidade da prestação dos serviços de água e esgoto.

Avaliar o nível de sustentabilidade dos serviços, em relação às reclamações de falta de água pelos usuários.

%

Reclamações de falta de água dos usuários dos serviços (nº) / Total de economias ativas de água (nº) x 100

Plano Mairinque (ADERASA) adaptado


Continuação Quadro 7.2.

        PROGRAMA: Melhorias Operacionais e de Qualidade dos Serviços (Continuação)

Componente

Objetivos e Metas Estratégicos

Parâmetro ou Setor

Indicador

Conceito

Objetivo

Unidade

Fórmula e Variáveis

Referência

ESGOTO

Adequar a qualidade dos esgotos

DBO

Incidência das análises de DBO fora do padrão

Percentagem do número total de análises de DBO realizadas no esgoto tratado não conforme com a legislação aplicável.

Avaliar o nível de qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento de parâmetros legais de qualidade da água fornecida.

%

Amostras para análises de DBO com resultado fora do padrão (nº) / Amostras analisadas para aferição de DBO (nº) x100

I084 adaptado (SNIS)

Coliformes totais

Incidência das análises de coliformes totais fora do padrão

Percentagem do número total de análises de coliformes totais realizadas no esgoto tratado não conforme com a legislação aplicável.

Avaliar o nível de qualidade dos serviços, em relação ao cumprimento de parâmetros legais de qualidade da água fornecida.

%

Amostras para análises de coliformes totais com resultados fora do padrão (nº) / Amostras analisadas para aferição de coliformes totais (nº)x 100

I084 (SNIS)

Extravasamentos

Extravasamentos de esgotos por extensão de rede

Frequência de extravasamentos de esgoto por Km de rede

Avaliar o nível de qualidade dos serviços, em relação à frequência de extravasamentos que se verifica no serviço prestado

extravasamentos/ Km

Extravasamento de esgotos registrados (nº) / Extensão de rede de esgoto (Km)

I082 (SNIS)

Avaliação a capacidade do tratamento

Tratamento

Índice de tratamento

Percentagem do esgoto coletado que é tratado em ETE

Avaliar o nível de sustentabilidade da infraestrutura dos serviços, em relação ao efetivo tratamento da totalidade do esgoto coletado.

%

Volume de esgoto tratado (m³) / [Volume de esgoto coletado (m³) + Volume de esgoto importado (m³)] x100

I016 (SNIS)

Otimização, economia e uso racional

Consumo de energia

Índice de consumo de energia elétrica em sistemas de esgotamento sanitário

Consumo de energia por unidade de volume de esgoto tratado

Avaliar o nível de sustentabilidade ambiental dos serviços, em relação à utilização adequada dos recursos energéticos.

KWh/m³

Consumo total de energia elétrica em sistemas de esgotamento sanitário (Kwh) /  Volume de esgoto coletado (m³)

I059 (SNIS)

Atendimento

Serviços

Duração média dos serviços executados

Tempo médio gasto para execução dos serviços de esgoto.

Avaliar o nível de sustentabilidade dos serviços, em relação à capacidade de solução das demandas reclamadas e/ou solicitadas pelos usuários.

hora/ serviço

Tempo de execução dos serviços de esgoto (hora) / Quantidade de serviços executados (n°)

I083 (SNIS)

Serviços

Reclamações dos usuários

Avaliação da percepção do usuário a respeito da qualidade da prestação dos serviços de esgoto.

Avaliar o nível de sustentabilidade dos serviços, em relação às demandas reclamadas e/ou solicitadas pelos usuários.

%

Reclamações dos usuários dos serviços de esgoto (nº) / Total de economias ativas de esgoto (nº) x 100

Plano Mairinque (ADERASA)

AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

As ações de emergência e contingência, contidas neste PMSB, identificam e priorizam riscos que envolvem as componentes do setor de saneamento básico. O objetivo destas ações é estabelecer medidas de controle para reduzir ou eliminar os possíveis riscos, aos usuários e ao meio ambiente.

As ações e diretrizes contemplam prevenção, atuação, funções e responsabilidades nos procedimentos de atuação, envolvendo diversos órgãos, tais como o SAAE, SISAR e Prefeitura Municipal, entre outros, no auxílio e combate às ocorrências emergenciais no setor de saneamento básico. Estas ações são de relevância significativa, uma vez que englobam as diversas situações que podem impactar na prestação dos serviços.

Ademais, é importante observar que, em situações críticas, o atendimento e funcionamento operacional dos serviços públicos de saneamento básico envolvem custos diferenciados.

Considerando a ocorrência de anormalidades em quaisquer sistemas do saneamento básico, a comunicação do fato deve seguir uma seqüência visando à adoção de medidas que permitam com rapidez e eficiência sanar as anormalidades que caracterizam a situação, bem como o controle dos seus efeitos.

Em situação de emergência, esta deverá ser comunicada às entidades responsáveis para mobilização das ações necessárias ao atendimento, com o objetivo de normalizar a situação.

Caso seja necessário realizar evacuação e o abandono de áreas afetadas por emergência, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros deverão coordenar todas as ações.

Nas situações de emergência, o coordenador local designado deverá providenciar a documentação e os registros fotográficos e/ou filmagens das emergências para registro de informações que subsidiem os processos investigatórios e jurídicos. Devem, ainda, detalhar as diretrizes apresentadas em Planos de Emergência e Contingência, visando especificar ações concretas de atuação, com base em normatização da ARCE, conforme definido no Inciso XI, art. 23 da Lei nº 11.445/2001.  

O Plano de Emergência e Contingência de Arneiroz está explicitado no Apêndice D.


REGULAÇÃO

Introdução

A regulação tem, como finalidade, proteger o interesse público, com vistas ao atendimento dos princípios e das diretrizes que orientam a formulação e a condução das políticas públicas. A regulação é entendida como a intervenção do Estado nas ordens econômica e social, com o objetivo de se alcançar eficiência e equidade, traduzidas como a universalização na provisão de bens e serviços públicos de natureza essencial, por parte de prestadores de serviços estatais e privados.

Além disso, a Lei nº 11.445/2007 estabelece a regulação como condição vinculante para a validade dos contratos de prestação dos serviços de água e esgoto. Esta regulação deverá ser realizada em atendimento aos seguintes princípios:

  1. independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e financeira da entidade reguladora;
  2. transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões.

Constituem, ainda, objetivos da regulação definidos na Lei: estabelecer padrões e normas para a adequada prestação dos serviços e para a satisfação dos usuários; garantir o cumprimento das condições e das metas estabelecidas; prevenir e reprimir o abuso do poder econômico, ressalvada a competência dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência, e definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos como a modicidade tarifária, mediante mecanismos que induzam à eficiência e eficácia dos serviços e que permitam a apropriação social dos ganhos de produtividade.

Desta forma, diante das diretrizes e objetivos da Lei nº 11.445/2007 e da importância que a regulação pode representar para a melhoria e o desenvolvimento do setor de saneamento básico, é necessário que os instrumentos de execução da regulação – as agências reguladoras – sejam modelados com base nas seguintes características:

  • Quadro dirigente, com previsão de mandatos, requisitos técnicos bem definidos para sua seleção e poder de decisão não questionável por outras instâncias do poder executivo;
  • Financiamento da atividade de regulação por meio de taxas de regulação pagas pelos usuários dos serviços, evitando a dependência de recursos do orçamento fiscal do titular dos serviços;
  • Quadro de pessoal próprio, selecionado por concurso público;
  • Cargos do corpo gerencial (gerentes, coordenadores etc.), de exclusividade do quadro de pessoal próprio, selecionado por critérios técnicos;
  • Existência de normas que estabeleçam separação entre as atribuições da agência e as do prestador de serviços.

A Lei nº 11.445/2007 estabelece os critérios para a delegação da regulação dos serviços de saneamento básico, em caso do titular dos serviços não constituir sua própria agência.

Art. 23 § 1- a regulação de serviços públicos de saneamento básico poderá ser delegada pelos titulares a qualquer entidade reguladora constituída dentro dos limites do respectivo Estado, explicitando, no ato de delegação da regulação, a forma de atuação e a abrangência das atividades a serem desempenhadas pelas partes envolvidas

No tocante aos Planos de Saneamento Básico, a interface entre a regulação e o planejamento é explicitada no parágrafo único do art. 20 da Lei nº 11.445/2007, que define as atribuições específicas da entidade reguladora quanto aos planos:

Art. 20

Parágrafo único. Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a verificação do cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e contratuais.

Esta interface está reforçada no art. 27 do Decreto nº 7.217 de 21 de junho de 2010:

Art. 27. São objetivos da regulação:

II - garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas;

O Estado do Ceará já dispõe de uma agência reguladora dotada das características definidas no marco regulatório nacional, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará - ARCE E.sta agência constitui-se, portanto, na responsável pelo acompanhamento da verificação do cumprimento do Plano de Saneamento Básico de Arneiroz, garantindo-se a efetividade dos programas, projetos e ações previstos, em consonância com o disposto nas diretrizes e estratégias do Capítulo 5. 

Características da ARCE

A ARCE foi criada por meio da Lei Estadual nº 12.786, de 30 de Dezembro de 1997, como uma Agência Multissetorial, com competências para a regulação técnica e econômica dos serviços públicos dos seguintes setores: Distribuição de Gás Canalizado e de Transporte Intermunicipal de Passageiros, delegados diretamente pelo Estado do Ceará; Distribuição de Energia Elétrica por meio da Delegação da ANEEL; e Saneamento Básico, conforme o art. 4º da Lei Estadual nº 14.394, de 7 de julho de 2009.

Os princípios da independência decisória, incluindo autonomia administrativa, orçamentária e financeira, e da transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade das decisões, indicados nos incisos do art. 21 da Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007 – fundamentais para a regulação – estão contemplados no desenho institucional da ARCE, o que contribui para o desenvolvimento da regulação setorial no Estado do Ceará, conforme análise a seguir.

  • Independência Decisória: O quadro dirigente da ARCE é composto por 3 Conselheiros-Diretores, com mandatos de 4  anos, em períodos não coincidentes, sendo vedada a exoneração por parte do chefe do Poder Executivo. Das decisões do Conselho Diretor, notadamente em matérias regulatórias, não cabe recurso impróprio.
  • Autonomia Administrativa: Todas as funções comissionadas de coordenação técnica e de assessoria da ARCE são de provimento exclusivo de servidores concursados, e de escolha do próprio quadro dirigente. Tal prerrogativa garante maior estabilidade para a tomada de decisões técnicas e minimiza a possibilidade de interferências políticas, contribuindo, também, para a independência decisória da agência.
  • Autonomia Orçamentária e Financeira: Os recursos para custeio da regulação no setor de Saneamento Básico são pagos pelos usuários dos serviços por meio de repasses diretos feitos pelo prestador, não havendo, portanto, dependência do tesouro estadual. A fonte de recursos está prevista no art. 6º da Lei Estadual nº 14.394/09.
  • Transparência: Os Relatórios de Fiscalização (RF), bem como os pareceres técnicos, são disponibilizados pelo site institucional (www.arce.ce.gov.br). Esta ação coaduna-se com o § 2º do art. 26 da Lei Federal nº 11.445/07, que determina a publicidade dos relatórios, estudos, decisões que se refiram à regulação ou à fiscalização dos serviços, na internet.
  • Tecnicidade: Do quadro de servidores da ARCE, mais de 80% são pós-graduados.
  • Celeridade e Objetividade das Decisões: As decisões da agência são fundamentadas em um conjunto de resoluções acerca das condições técnicas e econômicas da prestação aos serviços, de acordo com o art. 23 da Lei Federal nº 11.445/07.

Após a promulgação da Lei Estadual nº 14.394, de 7 de julho de 2009, a ARCE tornou-se reguladora dos serviços operados pela CAGECE, exceto quanto ao observado no art. 9º, inciso II, da Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Ou seja, enquanto os municípios operados pela CAGECE – atualmente 149 – não criarem suas próprias Agências ou não delegarem a regulação a outro ente, a ARCE será a reguladora dos serviços.

Além de fiscalizar a prestação dos serviços da CAGECE, a ARCE edita instrumentos normativos e realiza atendimento às reclamações dos usuários por meio de sua Ouvidoria, além de proceder à análise dos pleitos de revisão e reajuste de tarifas da CAGECE. O trabalho exercido por esta Agência credenciou-a como referência nacional pela Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR).

As ações de fiscalização, diretas e indiretas, caracterizam-se como uma das principais atividades exercidas pela ARCE, de competência das Coordenadorias de Regulação.  

A Coordenadoria de Saneamento Básico (CSB) é a responsável pelas fiscalizações diretas e indiretas dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário prestados pela CAGECE. As fiscalizações diretas são auditorias avaliam o atendimento às condições normativas e contratuais da prestação de serviços. Já a fiscalização indireta ocorre por meio de indicadores de desempenho, calculados a partir de informações fornecidas pela CAGECE ou coletadas pela própria ARCE. Esta Coordenadoria, também, atua diretamente na verificação do cumprimento dos planos de saneamento.

A estrutura organizacional atual da ARCE encontra-se apresentada na Figura 9.1. 

Estrutura Organizacional da ARCE.

Fonte: Arce (2017).

É também atribuição da ARCE a definição de tarifas, propiciando a expansão do atendimento e a operação com qualidade e eficiência e, ao mesmo tempo, estabelecer preços acessíveis e compatíveis com a renda dos usuários.

Ainda no exercício de suas atribuições, a ARCE tem a Ouvidoria como instância de importância estratégica na relação com a sociedade. De fato, a Ouvidoria é a responsável por receber, processar e solucionar as reclamações dos usuários relacionadas com a prestação de serviços públicos de energia elétrica, água e esgoto, gás canalizado e transporte intermunicipal de passageiros, desde que exauridas as tentativas de acordo pelas partes em conflito. Com isso, a ouvidoria da ARCE faz com que a agência tenha relevante papel no controle social da prestação dos serviços, proporcionando ao usuário do serviço público o direito de questionar, solicitar informações, reclamar, criticar ou elogiar, garantindo a cidadania.  

.


MECANISMOS DE CONTROLE SOCIAL

A falta de percepção da problemática local, de forma geral, pode inviabilizar as políticas que exigem períodos de planejamento e execução, cujos efeitos são alcançados a médio e longo prazos. Por isto, a Lei nº 11.445/2007 reconheceu a importância do controle social, definindo-o como princípio fundamental da prestação dos serviços na formulação de políticas e planos de saneamento básico (art. 2º, da Lei nº 11.445/2007), entendido como “conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico”.

Assim, o acesso à informação torna-se imprescindível para o controle social e é garantido no art. 26 da Lei nº 11.445/2007, que assegura “publicidade dos relatórios, estudos, decisões e instrumentos equivalentes que se refiram à regulação ou à fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e deveres dos usuários e prestadores, a eles podendo ter acesso qualquer do povo, independentemente da existência de interesse direto”.

Conforme definido no inciso IV do caput do art. 3º da Lei no 11.445/2007, compete ao titular dos serviços o estabelecimento dos mecanismos de controle social. No processo de elaboração dos Planos de Saneamento Básico, a referida lei, em seu § 5º do art. 19, assegura “ampla divulgação das propostas dos planos de saneamento básico e dos estudos que as fundamentam, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas”.

Consoante esta assertiva, o Decreto nº 7.217/2010, em seu art. 34, declara que o controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser instituído mediante a adoção de debates e audiências públicas, realizadas de modo a possibilitar o acesso da população, podendo ser realizadas de forma regionalizada ou por meio de consultas públicas, promovidas de forma a possibilitar que qualquer do povo, independentemente de interesse, ofereça críticas e sugestões a propostas do Poder Público, devendo tais consultas ser adequadamente respondidas.

Além da utilização de um dos mecanismos citados anteriormente, Arneiroz deve instituir, obrigatoriamente, por meio de legislação específica, o controle social realizado por meio de órgão colegiado, de caráter consultivo, com participação na formulação da política de saneamento básico, bem como no seu planejamento e avaliação. Suas funções e competências poderão ser exercidas por outro órgão colegiado já existente no município como, por exemplo, o conselho de meio ambiente, com as devidas adaptações da legislação, sendo assegurada a participação de representantes dos titulares dos serviços, de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico, dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico, dos usuários de serviços de saneamento básico e de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico, nos termos do art. 47 da Lei no 11.445/2007.

Em suma, o Plano Municipal de Saneamento Básico, sendo oriundo de um processo de discussão com a Sociedade Civil em Arneiroz, será peça fundamental na formulação da política pública do setor de saneamento básico de Arneiroz, tendo, como principal resultado, a definição de seus princípios e diretrizes, buscando a eficiência por meio do planejamento dos investimentos, respaldado nos interesses e na sabedoria dos técnicos e da população, rumo à universalização.

Para elaboração do PMSB de Arneiroz foi realizada 01 (uma) audiência pública abordando o diagnóstico e prognóstico, além da mobilização social, realizada pelos articuladores do município, com aplicação de questionários opinativos a respeito dos serviços prestados no setor de saneamento básico, estes dispostos no Apêndice E.

Por fim, o município de Arneiroz deve, até o final de 2022, instituir o órgão colegiado, ou adaptar um já existente, que exercerá as funções de controle social, do contrário, será vedado ao município, a partir do exercício financeiro de 2014, o acesso aos recursos federais ou àqueles geridos ou administrados por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamento básico, de acordo com o § 6o, art. 34 do Decreto nº 7.217/2010.

 
APÊNDICE A – PROGRAMAS DE ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB)

Abastecimento de água


PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB)

DISTRITO(S):

SEDE - URBANA

PROJETO:

PR/PASB/01/2018

TÍTULO:

Ampliação do SAA operado pela CAGECE no distrito Sede - urbano

1 – Objetivo

Manter a universalização e atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade, conforme normas legais e regulamentares.

2 – Justificativa

O sistema de abastecimento de água (SAA) do distrito Sede (urbano), operado pela CAGECE, apresentou índices de cobertura e de atendimento na área urbana de 100% e 95,34 respectivamente em 2018, segundo o diagnóstico. A estação de tratamento produzindo em torno de 8,38 L/s, que não atende a demanda atual (10,17 L/s), deverá ser acrescida para suprir a demanda atual e futura, cujas demandas vão de 10,58 L/s em 2022 até 212,40 L/s em 2038. A reservação também não atende a demanda atual com déficit de 53,15 m³ a longo prazo. Portanto, nestas condições, a produção e reservação deverá ser acrescida para suprir a demanda já a curto prazo. Todas estas intervenções resultarão em investimentos de infraestrutrura de ETA, adutoras, rede e ligações. Com este projeto, pretende-se manter a universalização dos serviços na Sede urbana, garantindo-a até o ano de 2038, para o total de mais 258 novas ligações. Paralelamente, deve-se incentivar e disseminar a importância do consumo e uso racional de água tratada a fim de manter o índice de atendimento, mas com economia. Estima-se que o impacto incremental da implementação deste projeto para manter a universalização, no curto prazo será de 6,08% no índice de cobertura de abastecimento de água total do município.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Elaborar estudo de perfuração de novos poços profundos para ampliar a oferta de água bruta (manancial)

100%

-

-

-

-

-

A2 = Elaborar projeto executivo para atendimento das metas estabelecidas de curto, médio e longo prazos de ampliação do SAA da Sede

100%

-

-

-

-

-

A3 - Ampliar a produção em 4,03 l/s

44%

54,69%

60%

76,44%

85%

100%

A4 - Ampliar a reservação em 53,15 m³

10%

15%

20%

50%

75%

100%

A5 = Ampliar a cobertura para atender 319 novas ligações hidrometradas no SAA do distrito Sede

10%

19,14%

27%

34,93%

65%

100%

A6 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância do consumo e uso racional de água tratada

Contínua

4 – Resultados Esperados

Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de abastecimento de água.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz/CAGECE

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES/FUNASA

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Estudo de perfuração de poços

1

-

-

1

Ligações (domicílios)

47

101

109

258

Ampliação da reservação (m³)

18

17

18

53,15

Ampliação da produção (l/s)

2,20

0,88

0,95

4,03

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos e Custos

Curto

Médio

Longo

Total

Realizar estudo de perfuração de poços

50.000,00

-

-

50.000,00

Elaborar projeto executivo

25.107,34

-

-

25.107,34

Execução de obras de expansão da cobertura e atendimento (incremento de ligações)

124.868,24

291.359,24

416.227,48

832.454,96

Ampliação da reservação

6.245,06

14.571,82

20.816,88

41.633,76

Ampliação da produção

71.209,10

28.319,58

30.676,29

130.204,96

Custo total

277.429,75

334.250,63

467.720,65

1.079.401,03

9 – Impacto Incremental na Universalização (%)

Curto

Médio

Longo

6,08%

19%

32,99%


PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB)

DISTRITO(S):

SEDE / CACHOEIRA DE FORA

PROJETO:

PR/PASB/02/2018

TÍTULO:

Ampliação do SAA operado pela SISAR nos distritos: Sede rural (Boqueirão e Macauim) e Cachoeira de Fora urbano (Cachoeira de Fora).

1 – Objetivo

Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade, conforme normas legais e regulamentares

2 – Justificativa

Existem vários sistemas no municípios, cuja gestão é de responsabilidade do SISAR (Boqueirão / Macauim / Cachoeira de Fora), cujos índices de cobertura e de atendimento são próximos de 100%, em 2018, segundo o diagnóstico. Com este projeto, pretende-se manter a universalização dos serviços nas localidades atendidas por estes sistemas, com a cobertura da demanda futura até o ano de 2038, para o total de mais 59 novas ligações. Além disso, deve-se, paralelamente, incentivar e disseminar a importância do consumo e uso racional de água tratada a fim de elevar o índice de atendimento. Estima-se que o impacto incremental da implementação deste projeto para manutenção da universalização no curto prazo será de 1,39% no índice de cobertura de abastecimento de água do município.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Elaborar projeto executivo para atendimento das metas estabelecidas de curto, médio e longo prazos dos SAA Sede Rural (Boqueirão e Macauim) e Cachoeira de Fora Urbano

100%

-

-

-

-

-

A2 = Ampliar a cobertura para atender 59 novas ligações hidrometradas no SAA do distrito Sede rural- Boqueirão (10), Macauim (16) e Cachoeira de Fora urbano (33)

5%

18%

38%

58%

78%

100%

A3 - Ampliar a produção dos sistemas SISAR em 184 l/hab/dia: Sede rural- Boqueirão (45 l/hab/dia), Macauim (86 l/hab/dia) e Cachoeira de Fora urbano (52 l/hab/dia)

10%

15%

20%

50%

75%

100%

A4 - Ampliar a reservação do SIsar Cachoeira de Fora em 8 m³

10%

15%

20%

50%

75%

100%

A5 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância do consumo e uso racional de água tratada

Contínua

4 – Resultados Esperados

Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de abastecimento de água.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

SISAR/Prefeitura Municipal de Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES / FUNASA / SDA

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Novas ligações (domicílios)

11

23

25

59

Ampliação da reservação (m³)

3

3

3

8

Ampliação da produção (l/hab/dia)

-

-

-

-

8 – Orçamento Estimado (R$)

Prazos e Custos

Curto

Médio

Longo

Total

Elaborar Projeto Executivo

17.924,72

17.924,72

Execução de obras de expansão da cobertura e atendimento (rede e ligações)

62.607,10

132.943,71

143.958,98

339.509,79

Ampliação da reservação

67,54

157,60

225,14

450,29

Ampliação da produção

2.780,15

6.487,01

9.267,16

18.534,33

Custo total

83.379,51

139.588,32

153.451,29

376.419,12

9 – Impacto Incremental na Universalização (%)

Curto

Médio

Longo

1,38%

4,32%

7,50%


PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB)

DISTRITO(S):

TODOS

PROJETO:

PR/PASB/03/2018

TÍTULO:

Cobertura e atendimento do abastecimento de água por soluções individuais por meio de cisternas de água de chuva no município de Arneiroz

1 – Objetivo

Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de abastecimento de água com qualidade e quantidade, conforme normas legais e regulamentares

2 – Justificativa

Para alcançar a universalização do abastecimento de água do Município de Arneiroz, é necessário incluir a população difusa da zona rural, não atendida por sistema de abastecimento de água. Neste caso, projetam-se soluções individuais para atender esta demanda. A solução proposta, cuja construção é financiada pelo Governo Federal, são as cisternas para captação de água da chuva para consumo humano. A execução destas cisternas, aliada ao trabalho de educação e saúde, irão contribuir para qualidade de vida da população difusa da zona rural. Com este projeto pretende-se que toda a população difusa no curto prazo, estimada em 226 domicílios, esteja universalizada por cisternas até 2022. O impacto incremental da implementação deste projeto para alcance da universalização, no curto prazo será de 29,01 % no índice de cobertura de abastecimento de água do município.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Ampliar a cobertura para atender 465 novos domicílios com Cisternas de Água de Chuva na zona rural dos Distritos Sede (223), Cachoeira de Fora (89) e Planalto (152).

21,43%

48,74%

60,80%

73,35%

86,41%

100%

A2 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância do consumo e uso racional de água tratada

Contínua

4 – Resultados Esperados

Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de abastecimento de água.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES / FUNASA / SDA

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Cisternas de água de chuva

226

114

124

465

8 – Orçamento Estimado (R$)

Prazos e Custos

Curto

Médio

Longo

Total

Execução de Obras

607.884,86

306.961,67

332.395,50

1.247.242,02

9 - Impacto Incremental na universalização (%)

Curto

Médio

Longo

29,01%

43,65%

59,52%


Esgotamento sanitário (ES)

PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB)

DISTRITO(S):

SEDE - URBANA

PROJETO:

PR/PASB/04/2018

TÍTULO:

Instalação do SES operado pela CAGECE no distrito Sede

1 – Objetivo

Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade, conforme normas legais e regulamentares

2 – Justificativa

Segundo o diagnóstico, a zona urbana do Distrito Sede é desprovida de sistema de esgotamento sanitário operado pela CAGECE, fazendo uso de outras soluções individuais inadequadas que atingem índices de nenhuma cobertura em 2018. Este projeto pretende atingir a universalização em 80% dos imóveis na Sede com rede, em 2038, quando deverá atingir em torno de 1.142 ligações. Além disso, deve-se, paralelamente, incentivar e disseminar a importância da interligação de cada domicílio à rede de esgotamento sanitário, onde ela for se tornando disponível, como forma de garantir a preservação do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida da população. Estima-se que o impacto incremental da implementação deste projeto, no longo prazo, será de 35,10% no índice de cobertura total de esgotamento sanitário do município.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Implantar sistema de esgotamento sanitário para 1.142 ligações no distrito Sede

14%

31%

48%

65%

82%

100%

A2 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância da interligação dos esgotos à rede pública

Contínua

4 – Resultados Esperados

Melhoria da qualidade dos serviços; Aumentar o atendimento do SES no distrito Sede; Universalização dos serviços de esgotamento sanitário.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz/CAGECE

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES/FUNASA

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Item

Curto

Médio

Longo

Total

Ligações (domicílios)

350

393

399

1.142

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos

Item

Curto

Médio

Longo

Total

Execução de obras de expansão da cobertura e atendimento (rede e ligações)

5.384.356,25

6.041.199,54

6.144.066,47

17.569.622

9 - Impacto Incremental na universalização (%)

Curto

Médio

Longo

10,76%

22,82%

35,10%


PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB)

DISTRITO(S):

TODOS

PROJETO:

PR/PASB/05/2018

TÍTULO:

Universalização da cobertura e atendimento do esgotamento sanitário por soluções individuais para domicílios SEM banheiros1

1 – Objetivo

Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade, conforme normas legais e regulamentares

2 – Justificativa

Para alcançar a universalização do esgotamento sanitário do Município, é necessário incluir a população não alcançada por sistema de esgotamento sanitário por rede pública e que não possuem banheiros. Neste caso, projetam-se soluções individuais para atender esta demanda. A solução proposta, cuja construção é financiada pelo Governo Federal, são módulos sanitários com tratamento por fossa séptica e sumidouro ou, ainda, outra solução equivalente. A execução de soluções individuais para tratamento dos esgotos, bem como atividades de educação e saúde, irão contribuir para qualidade de vida da população difusa da zona rural. Com este projeto pretende-se que todos os domicílios da população difusa sem banheiros, no médio prazo, até 2030 estejam cobertos. O impacto incremental estimado deste projeto no médio prazo será de 8,04% com relação a demanda total do município.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Ampliar a cobertura para atender 283 novos domicílios com sistemas individuais do município de Arneiroz: Sede = 52(u) e 85(r); Cachoeira de Fora = 10(u) e 63(r); Planalto = 10(u) e 62(r).

21,31%

44,30%

68,26%

92,35%

96,10%

100%

A2 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância da destinação adequada dos esgotos

Contínua

4 – Resultados Esperados

Melhoria da qualidade de vida da população

Dar destino adequado aos esgotos

Universalização do esgotamento sanitário

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES / FUNASA / SDA

7 – Quantitativo Estimado

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Módulos sanitários (banheiro e fossa séptica + sumidouro)

125

136

22

283

8 – Orçamento Estimado (R$)

Prazos

Curto

Médio

Longo

Total

Execução de Obras

703.476,99

762.837,48

121.493,99

1.587.808,45

9 - Impacto Incremental na universalização (%)

Curto

Médio

Longo

3,86%

8,04%

8,70%

1 Admite-se qualquer solução individual como fossa séptica + sumidouro, fossa verde, etc.


PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB)

DISTRITO(S):

TODOS

PROJETO:

PR/PASB/06/2018

TÍTULO:

Universalização da cobertura e atendimento do esgotamento sanitário por soluções individuais para domicílios COM banheiros1

1 – Objetivo

Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de esgotamento sanitário com qualidade, conforme normas legais e regulamentares

2 – Justificativa

Para alcançar a universalização do esgotamento sanitário do Município de Arneiroz, é necessário incluir a população não alcançada por sistema de fossa adequada e que possuem banheiros, porém destinam inadequadamente seus esgotos, lançando-os a céu aberto, fossas rudimentares, entre outros. Estimou-se um total de 1.711 domicílios nesta situação, em 2018. Desta forma, projetam-se soluções individuais para atender esta demanda de maneira adequada. A solução proposta, são fossa séptica e sumidouro ou, ainda, outra solução equivalente. A execução de soluções individuais para tratamento dos esgotos, bem como atividades de educação e saúde, irão contribuir para qualidade de vida da população difusa da zona rural. Com este projeto, pretende-se que ao menos 1380 dos domicílios da população difusa com banheiros dêem destino adequado aos seus esgotos no médio prazo, até 2030. Já a universalização deverá ser alcançada em 2038. Estima-se que a implantação deste projeto no longo prazo, gere impactos incremental de 65,39%.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Ampliar a cobertura para atender 2127 novos domicílios com sistemas individuais das zonas rurais do município

14,30%

30,42%

47,58%

64,89%

82,36%

100%

A2 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância da destinação adequada dos esgotos

Contínua

4 – Resultados Esperados

Melhoria da qualidade de vida da população

Dar destino adequado aos esgotos

Universalização do esgotamento sanitário

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES / FUNASA / SDA

7 – Quantitativo Estimado

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Módulos sanitários (fossa séptica + sumidouro)

647

733

747

2.127

8 – Orçamento Estimado (R$)

Prazos

Curto

Médio

Longo

Total

Execução de Obras

1.451.649,48

1.644.977,10

1.675.253,76

4.771.880,34

9 - Impacto Incremental na universalização (%)

Curto

Médio

Longo

19,89%

42,43%

65,39%

1 Admite-se qualquer solução individual como fossa séptica + sumidouro, fossa verde, etc.

Resíduos sólidos (RS)

PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB)

DISTRITO(S):

TODOS

PROJETO:

PR/PASB/07/2018

TÍTULO:

Ampliação da coleta dos resíduos sólidos do município de Arneiroz

1 – Objetivo

Universalizar a cobertura e atendimento dos serviços de coleta de resíduos sólidos com qualidade, conforme normas legais e regulamentares

2 – Justificativa

O município de Arneiroz não atingiu a universalização da limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos em relação às atividades de coleta, como determina a Lei Federal no 11.445/2007. De fato, a coleta dos resíduos sólidos no Município de Arneiroz atingiram índices totais de cobertura e de atendimento totais de 100% na sede urbana dos três distrito em 2018. Com este projeto, pretende-se manter a universalização nas zonas urbanas e elevar os índices rurais até a universalização no médio prazo, ou seja, até 2030.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Ampliar a cobertura para atender 397 novos domicílios no distrito Sede

5%

19%

39%

59%

79%

100%

A2 = Ampliar a cobertura para atender 403 novos domicílios no distrito Cachoeira de Fora

19%

41%

64%

88%

94%

100%

A3 = Ampliar a cobertura para atender 230 novos domicílios no distrito Planalto

18%

40%

63%

86%

93%

100%

A4 = Realizar programa de incentivo e disseminação da importância da participação da população nas atividades de coleta dos resíduos sólidos

Contínua

4 – Resultados Esperados

Melhoria da qualidade dos serviços; Ampliar o atendimento dos serviços; Universalização dos serviços de coleta de resíduos sólidos.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

CONPAM/SCIDADES/FUNASA

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Item

Curto

Médio

Longo

Total

Numero de domicílios

323

449

258

1.030

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos

Item

Curto

Médio

Longo

Total

Custos da coleta domiciliar adicional

88.216,75

122.630,22

70.434,56

281.281,52

9 - Impacto Incremental na universalização (%)

Curto

Médio

Longo

31,36%

74,96%

100%


Drenagem Urbana

PROGRAMA ACESSIBILIDADE AO SANEAMENTO BÁSICO (PASB)

DISTRITO(S):

TODOS

PROJETO:

PR/PASB/08/2018

TÍTULO:

Ampliação da pavimentação de vias do município de Arneiroz

1 – Objetivo

Universalizar a cobertura da pavimentação com qualidade, conforme normas legais e regulamentares

2 – Justificativa

Segundo o diagnóstico, o IBGE levantou a existência de 983 domicílios com pavimentação em seu entorno de um total de 1.137, déficit corroborado pela Prefeitura em termos quantitativos e percentuais. Segundo dados da Prefeitura, o distrito de Arneiroz (Sede) apresenta 90% das ruas pavimentadas, correspondente a 12Km, enquanto o distrito de Cachoeira de Fora está com 100% de ruas pavimentadas e o distrito Planalto aparece com 80% de pavimentação, equivalentes a 3 Km, no total. Com base nos dados de pavimentação enviados pela Prefeitura, calculou-se o déficit de pavimentação necessária nas zonas urbanas do município. No total, a necessidade de pavimentação foi estimada em mais 2,1 Km, cuja implantação ao longo do horizonte do PMSB é objeto deste projeto.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Ampliar a pavimentação em 1,34 Km no distrito Sede

0%

33%

70%

100%

100%

100%

A2 = Ampliar a pavimentação em 0,73 Km no distrito Planalto

0%

33%

70%

100%

100%

100%

4 – Resultados Esperados

Melhoria da qualidade dos serviços; Ampliar o atendimento dos serviços; Universalização dos serviços de drenagem.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES/FUNASA

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Item

Curto

Médio

Longo

Total

Pavimentação (Km)

0,68

1,38

-

2,1

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos

Item

Curto

Médio

Longo

Total

Custo de implantação

348.958,21

708.490,91

0,00

1.057.449,12

9 - Impacto Incremental na universalização (%)

Curto

Médio

Longo

33%

100%

-


APÊNDICE B – PROGRAMAS DE QUALIDADE DO SANEAMENTO BÁSICO (PQSB)

Abastecimento de água

PROGRAMA DE QUALIDADE DO SANEAMENTO BÁSICO - PQSB

DISTRITO(S):

SEDE E SANTO ANTÔNIO

PROJETO:

PR/PQSB/01/2018

TÍTULO:

Implantação de tratamento adequado no distrito de Novo Horizonte abastecidas por solução coletiva

1 – Objetivo

Melhorar a qualidade do abastecimento de água, por meio de implantação de sistema de tratamento em sistemas existenstes da Prefeitura que realizam somente captação e distribuição, conforme normas legais e regulamentares.

2 – Justificativa

Algumas localidades rurais do município podem avançar na melhoria da qualidade do abastecimento de água, com a instalação de estações de tratamento de água. A localide de Novo Horizonte com 76 residências tem um sistema coletivo com captação e distribuição, mas sem tratamento . Este projeto pretende que estesistema esteja implantado no médio prazo, ou seja, até 2030.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Implantar melhoria referente ao tratamento de água com estação para os sistema de abastecimento de água da localidade de Novo Horizonte (76lig.).

5%

30%

70%

100%

100%

100%

4 – Resultados Esperados

Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de abastecimento de água.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES/FUNASA

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Ligações (domicílios)

23

53

76

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos e Custos

Curto

Médio

Longo

Total

Implantar sistema de tratamento em 1 (uma) localidade

14.656,69

R$ 34.198,93

48.855,62

9 – Impacto Incremental na Universalização (%)

Curto

Médio

Longo

Qualitativo

Resíduos Sólidos

PROGRAMA DE QUALIDADE DO SANEAMENTO BÁSICO - PQSB

DISTRITO(S):

SEDE

PROJETO:

PR/PQSB/02/2018

TÍTULO:

Eliminação do lixão e recuperação da área degradada

1 – Objetivo

Recuperação definitiva (remoção e fechamento) do lixão e disposição adequada dos rejeitos em aterro sanitário.

2 – Justificativa

Os resíduos coletados no município são dispostos no vazadouro a céu aberto (lixão), poluindo o meio ambiente. O lixão está localizado na lzona rural Fazenda Sete Polos. Entretanto, uma vez a destinação final dos resíduos seja resolvida por meio do consórcio, a área do lixão deverá ser recuperada. Segundo a metodologia dos Planos de Transição para Recuperação das Áreas Degradadas (PTRAD) dos lixões a céu aberto elaborados em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), essa recuperação será realizada em 3 etapas: ações emergenciais e prévias (curto prazo) de eliminação das condições de perigo e minimização do potencial de contaminação futura; ações típicas e de reabilitação (médio prazo) para obras geotécnicas de estabilização e ações de revegetação, recomposição e remediação e; ações de monitoramento (longo prazo) para o controle das intervenções adotadas. Porém, mais do que a simples eliminação do lixão e recuperação de sua área, este projeto visa também acompanhar a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região dos Inhamuns, no qual o Município de Arneiroz está inserido.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Eliminar lixão e recuperar área degradada

50%

100%

100%

100%

100%

100%

A2 = Acompanhar a implantação e o funcionamento do Consórcio Público com sede em Tauá

Contínua

4 – Resultados Esperados

Destinação adequada aos resíduos sólidos urbanos; Melhorias sanitárias; Universalização dos serviços de coleta dos resíduos sólidos.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz, Secretaria das Cidades e Consórcio

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES/FUNASA/SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente)

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Lixão

1

0

0

1

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos e Custos

Curto

Médio

Longo

Total

Custos de agravo ambiental

110.000,00

0,00

0,00

110.000,00

Custos de recuperação da área degradada (+BDI)

1.150.000,00

0,00

0,00

1.150.000,00

Custo total

1.260.000,00

0,00

0,00

1.260.000,00

9 – Impacto Incremental na Universalização (%)

Curto

Médio

Longo

Qualitativo


PROGRAMA DE QUALIDADE DO SANEAMENTO BÁSICO - PQSB

DISTRITO(S):

TODOS

PROJETO:

PR/PQSB/03/2018

TÍTULO:

Coleta seletiva

1 – Objetivo

Implantar as Coletas Seletivas Múltiplas e a Central Municipal de Resíduos – CMR, para segregação e reaproveitamento dos resíduos sólidos*.

2 – Justificativa

O Município de Arneiroz ainda não realiza coleta seletiva em nenhum de seus distritos. Em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado (SEMA), será iniciado a partir de janeiro de 2019 a implantação da Central Municipal de Resíduos – CMR, envolvendo recursos estimados da ordem de R$ 1.303.000,00 na qual está prevista a construção de um galpão de triagem e um galpão de compostagem, além de vários ecopontos.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Implantar Central Municipal de Resíduos - CMR

0%

100%

100%

100%

100%

100%

4 – Resultados Esperados

Destinação adequada aos resíduos sólidos urbanos; Melhorias sanitárias; Universalização dos serviços de coleta dos resíduos sólidos.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz e Consórcio

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES/FUNASA e SEMA (Secretaria Estadual de Meio Ambiente)

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Central Municipal de Resíduos - CMR

1

0

0

1

Transporte para coleta seletiva

1

1

1

3

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos e Custos

Curto

Médio

Longo

Total

Custo infraestrutura CMR

408.000,00

41.000,00

204.000,00

653.000

Custo equipamentos

13.000,00

26.000,00

26.000,00

65.000

Custo Operacional

3.528.000,00

7.056.000,00

7.761.000,00

18.345.000

Custo total

3.949.000,00

7.123.000,00

7.991.000,00

19.063.000

9 – Impacto Incremental na Universalização (%)

Curto

Médio

Longo

Qualitativo


PROGRAMA DE QUALIDADE DO SANEAMENTO BÁSICO - PQSB

DISTRITO(S):

TODOS

PROJETO:

PR/PQSB/04/2018

TÍTULO:

Adequação do transporte dos resíduos sólidos de Arneiroz

1 – Objetivo

Prover transporte adequado dos resíduos sólidos, da coleta à destinação final ou ao transbordo.

2 – Justificativa

A coleta e o transporte dos resíduos são realizados somente por caminhões de carroceria e basculantes, apresentando estado de conservação regular. Este tipo de equipamento não é adequado para a coleta do lixo domiciliar, exceto no caso de coleta seletiva, pois não garante o isolamento dos resíduos e não impede que ocorra poluição ao longo do trajeto, por se tratar de caminhão de carroceria aberta. Diante disto, este projeto visa providenciar um caminhão fechado e adequado a este tipo de transporte, o caminhão compactador.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Adquirir 6 (seis) caminhões compactadores destinados ao transporte dos resíduos coletados

0%

33%

33%

67%

67%

100%

4 – Resultados Esperados

Transporte adequado dos resíduos sólidos; Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de coleta dos resíduos sólidos.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES/FUNASA

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Caminhão compactador

2

2

2

6

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos e Custos

Curto

Médio

Longo

Total

Caminhão compactador

650.000,00

650.000,00

650.000,00

1.950.000,00

9 – Impacto Incremental na Universalização (%)

Curto

Médio

Longo

Qualitativo


Drenagem Urbana

PROGRAMA DE QUALIDADE DO SANEAMENTO BÁSICO - PQSB

DISTRITO(S):

TODOS

PROJETO:

PR/PQSB/05/2018

TÍTULO:

Elaboração de projetos executivos do sistema de drenagem urbana

1 – Objetivo

Elaborar projetos executivos dos sistemas de drenagem e manejo da águas pluviais urbanas do município do Arneiroz

2 – Justificativa

Segundo conclusão do diagnóstico, em relação à drenagem constatou-se que: existem ruas não pavimentadas, cuja ausência de drenagem são causas de erosão do solo. Os recursos hídricos (açudes, riachos, córregos, etc.) sofrem com assoreamento de seus leitos; há zonas de risco sendo ocupadas, a pouca ou inexistente cobertura por esgotamento sanitário contaminam os recursos hídricos com lançamento de esgoto in natura. Este projeto visa fazer um levantamento preciso das necessidades de drenagem do município e elaborar projetos executivos de obras de drenagem.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2019

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Elaborar estudo e projetos executivos de drenagem para as áreas urbanas do município

0%

100%

-

-

-

-

4 – Resultados Esperados

Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES/FUNASA

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Estudo diagnóstico + projeto executivo de obras de melhorias

1

1

Melhorias a serem implantadas

A serem definidas pelo diagnóstico

-

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos e Custos

Curto

Médio

Longo

Total

Estudo diagnóstico + projeto executivo de obras de melhorias

500.000,00

500.000,00

Implantar melhorias

A serem definidas pelo diagnóstico

-

9 – Impacto Incremental na Universalização (%)

Curto

Médio

Longo

Qualitativo


APÊNDICE C – PROGRAMA DE GESTÃO DO SANEAMENTO BÁSICO (PGSB)


Programa de Gestão do Saneamento Básico - PGSB

DISTRITO(S):

TODOS

PROJETO:

PR/PGSB/01/2018

TÍTULO:

Fortalecimento Institucional

1 – Objetivo

Aprovar lei de aprovação do PMSB  e dar outras providências

2 – Justificativa

De acordo com orientações do governo federal e no sentido de oferecer maior segurança institucional ao Plano de Saneamento Básico de Arneiroz, é necessária a aprovação do mesmo por meio de lei municipal. Entretanto, para além da execução do Plano e de sua aprovação, importa também a sua garantia de continuidade. Assim, para que o plano seja sustentável torna-se importante, dentre outros aspectos, no mínimo: consolidar a regulação dos serviços de saneamento básico por meio da Agência Reguladora de Serviços Delegados do Estado do Ceará – ARCE, haja vista a obrigatoriedade do acompanhamento do plano por uma entidade reguladora; estabelecer estrutura no âmbito municipal responsável pela operacionalização do PMSB; e definir o conselho responsável pelo controle social.

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2018

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Enviar Projeto de Lei para Câmara Municipal

100%

-

-

-

-

-

 

 

 

 

 

 

 

4 – Resultados Esperados

Fortalecer institucionalmente o setor; Melhoria na gestão dos serviços por parte do titular dos serviços; Universalização do saneamento básico.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura do Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES/FUNASA/ARCE/CAGECE

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Minuta de projeto de Lei

1

-

-

1

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos e Custos

Curto

Médio

Longo

Total

Minuta de projeto de lei

s/custo

-

-

s/custo

 

 

 

 

 

9 – Impacto Incremental na Universalização (%)

Curto

Médio

Longo

Qualitativo

Programa de Gestão do Saneamento Básico - PGSB

DISTRITO(S):

TODOS

PROJETO:

PR/PGSB/02/2018

TÍTULO:

Fortalecimento da Gestão dos Serviços

1 – Objetivo

Aperfeiçoar a capacidade de gestão da Prefeitura Municipal de Arneiroz no exercício das atribuições, relacionadas ao saneamento básico, com o estabelecimento de recursos humanos para atuar no setor.

2 – Justificativa

Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), Medidas Estruturantes são aquelas medidas que fornecem suporte político e gerencial para a sustentabilidade da prestação dos serviços. Encontram-se tanto na esfera do aperfeiçoamento da gestão, em todas as suas dimensões, quanto na da melhoria cotidiana e rotineira da infraestrutura física. Ainda, para o PLANSAB, a consolidação desta ações trará benefícios duradouros às Medidas Estruturais que são constituídas por obras e intervenções físicas em infraestrutura de saneamento. Portanto, este projeto visa o fortalecer a coordenação da Política de Saneamento Básico de Arneiroz, utilizando o PMSB como instrumento orientador das políticas, programas, projetos e ações do setor. Estrategicamente, faz-se necessário criar órgão na estrutura administrativa municipal para a coordenação, articulação e integração da política, a partir das diretrizes do PMSB, fortalecendo a capacidade técnica e administrativa, por meio de recursos humanos, logísticos, orçamentários e financeiros. Isto possibilitará ao município, desenvolver gestões e realizar avaliações periódicas para que a previsão orçamentária e a execução financeira, no campo do saneamento básico, observem as metas e diretrizes estabelecidas no PMSB, o qual deve está integrado com os demais planejamentos setoriais fortalecendo uma visão integrada das necessidades de todo o território municipal

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2018

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Montar infraestrutura de gestão do saneamento básico, com os recursos humanos necessários para atuação nas atividades de gestão do saneamento básico

0%

100%

-

-

-

-

A2 = Capacitar os recursos humanos

Contínua

4 – Resultados Esperados

Melhoria da gestão dos serviços pelo titular dos serviços; Melhoria da qualidade dos serviços; Universalização do saneamento básico.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura Municipal de Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES/FUNASA

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Infraestrutura montada, com recursos humanos e materiais

1

-

-

1

 

 

 

 

 

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos e Custos

Curto

Médio

Longo

Total

Verba

100.000,00

 

 

100.000,00 

 

 

 

 

 

9 – Impacto Incremental na Universalização (%)

Curto

Médio

Longo

Qualitativo


Programa de Gestão do Saneamento Básico - PGSB

DISTRITO(S):

TODOS

PROJETO:

PR/PGSB/03/2018

TÍTULO:

Implantação de Sistema de Informações

1 – Objetivo

Implantar o sistema de avaliação e monitoramento das metas do PMSB para gestão do saneamento básico no Município

2 – Justificativa

O setor público deve sempre buscar maior eficiência, eficácia e efetividade nos resultados, estabelecendo metas de desempenho operacional para os operadores públicos de serviços de saneamento básico, além dele próprio. Para tanto, é preciso fortalecer a gestão institucional e a prestação dos serviços, apoiando a capacitação técnica e gerencial dos operadores públicos de serviços de saneamento básico, ações de comunicação, mobilização e educação ambiental, e a transparência e acesso às informações, bem como à prestação de contas, e o controle social.  Em função da grande quantidade de dados e informações geradas a partir da gestão do setor, será necessário implantar sistema de avaliação e monitoramento das metas e demais indicadores de resultados e de impacto estabelecidos pelo PMSB, além de acompanhar a aplicação das verbas destinadas no orçamento público. Com este projeto, será disponibilizado, pela ARCE, planilha eletrônica para os gestores municipais iniciem os registros de dados e informações do PMSB, durante a sua execução. Posteriormente, a planilha poderá ser substituída por sistema de informações capaz de se integrar ao Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SINISA).

3 – Ações

Metas Estabelecidas até o ano de (% acum.):

2018

2022

2026

2030

2034

2038

A1 = Implantar o planilha eletrônica

100%

-

-

-

-

-

A2 = Implantar o sistema de informações

0%

100%

-

-

-

-

4 – Resultados Esperados

Melhoria na gestão dos serviços por parte do titular dos serviços; Melhoria da qualidade dos serviços; Facilitar a divulgação de informações; Universalização do saneamento básico.

5 – Entidade(s) Responsável(eis)

Prefeitura do Arneiroz

6 – Entidade(s) Parceira(s)

SCIDADES/FUNASA/ARCE/CAGECE

7 – Quantitativo Estimativo

Quantidade

Curto

Médio

Longo

Total

Planilha eletrônica

1

-

-

1

8 – Orçamento Estimativo (R$)

Prazos e Custos

Curto

Médio

Longo

Total

Planilha eletrônica

s/custo

-

-

s/custo

Sistema de informações

70.000

-

-

70.000

9 – Impacto Incremental na Universalização (%)

Curto

Médio

Longo

Qualitativo

APÊNDICE D – PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA


Plano de emergência e contingência de Arneiroz

Pontos Vulneráveis

                                                                    Eventos Adversos

Estiagem

Rompimento

Interrupção no bombeamento

Contaminação Acidental

Enchente

Vandalismo

Falta de energia

Entupimento

Retorno de esgoto

Quebra do veículo de coleta

Falta de mercado comprador

Greve

Vias bloqueadas

SAA

Captação/EEAB

1-4-12

1-4-5-12

1-4-12

3-6-7-8-12-14

1-4-11-12

1-3-4-5-12-16

1-4-12

Adutora de Água Bruta

1-4-5-7-12

ETA

4-5-12

3-6-7-8-12-14

1-3-4-5-6-12-16

1-4-12

EEAT/Booster

4-5-12-13

1-4-9-13

1-3-4-5-6-13-16

4-12-13

Adutora de Água Tratada

1-4-5-7-12-13

Reservatórios

4-5-12-13

3-6-7-8-12-14

1-3-4-5-6-13-16

Rede de distribuição

2-4-5-7-13

3-6-7-8-12

Poços

SES

Rede coletora

5-8

5

5-8

Interceptores e Emissários

5-8

5

5-8

Elevatórias

5-8

8-9

5-8-9-16

8

5-8

ETE

5-8-9-14-15

8

5-8-9-16

8

5-8

Drenagem Urbana

Macrodrenagem

5

5-8-9

5

Microdrenagem

5

5-8-9

5

Boca de Lobo

5

Limpeza Urbana

Limpeza Urbana

9

9-16

5-9-11

11

9

Coleta regular

9-10

9-16

5-11

10-11

5-9-10

Aterro Sanitário

5-8-9

8-9-11

10-11

10-11

ETE Aterro

5-8-9-14

5-8-9-14

9-16

Transbordo

9-16

5-11

10-11

10-11

Coleta Seletiva/Reciclagem

5-11

9-11

10-11

Compostagem

9-11

Medidas Emergenciais

Responsabilidade

Prefeitura Municipal de Arneiroz

Prestador dos Serviços

1

Manobras de redes para atendimento de atividades essenciais

 

x

2

Manobras de rede para isolamento da perda

 

x

3

Interrupção do abastecimento até conclusão de medidas saneadoras

 

x

4

Acionamento dos meios de comunicação para aviso à população atingida para racionamento (rádios e carro de som quando pertinentes)

x

x

5

Acionamento emergencial da manutenção do prestador de serviços e ou Corpo de Bombeiros se for o caso (edificações atingidas e/ou com estabilidade ameaçada)

x

x

6

Acionamento dos meios de comunicação para alerta de água imprópria para consumo.

x

x

7

Realizar descarga de redes

 

x

8

Informar o órgão ambiental componente e/ou Vigilância Sanitária

x

x

9

Paralisação temporária dos serviços nos locais atingidos

 

x

10

Acionamento dos meios de comunicação para aviso à população para evitar disposição dos resíduos nas ruas

x

x

11

Busca de apoio nos municípios vizinhos ou contratação emergencial

x

x

12

Apoio com carros pipa a partir de fontes alternativas cadastradas

 

x

13

Apoio com carros pipa a partir do sistema principal se necessário

 

x

14

Acionar Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros para isolar fonte de contaminação

x

x

15

Acionamento dos meios de comunicação para alerta do bloqueio (rádios, TV)

x

x

16

Comunicação a Polícia

x

x


APÊNDICE E – METAS ESPECÍFICAS

Abastecimento de água


Esgotamento sanitário


Resíduos sólidos


ANEXO A - ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA, DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO


 


ANEXO 1 - LISTA DE PARTICIPANTES



ANEXO B – PROJETO DE LEI

MINUTA DO PROJETO DE LEI

Institui o Plano Municipal de Saneamento Básico, compreendendo os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas na sede e distritos do Município de [NOME DO MUNICÍPIO], e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE [NOME DO MUNICÍPIO], Estado do Ceará:

Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE [NOME DO MUNICÍPIO], decretou e sancionou a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído o Plano Municipal de Saneamento Básico, envolvendo o conjunto dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas na sede e distritos do Município de [NOME DO MUNICÍPIO], nos termos do Anexo Único desta Lei, para o horizonte de 20 (vinte) anos, com a definição dos programas, projetos e ações necessários para o alcance de seus objetivos e metas, ações para emergências e contingências, e mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas.

§ 1º O planejamento dos serviços públicos de saneamento básico orientar-se-á de acordo com os princípios e diretrizes estabelecidos na Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, especialmente o disposto nos arts. 19 e 20.

§ 2º Os prestadores dos serviços públicos de saneamento básico deverão observar o disposto no Plano Municipal de Saneamento Básico, especialmente no tocante ao cumprimento das metas nele previstas, devendo prestar informações às instâncias municipais responsáveis pela operacionalização e pelo controle social.

§ 3º O Plano Municipal de Saneamento Básico será submetido à revisão a cada 4 (quatro) anos, sob coordenação da autoridade responsável pela operacionalização do Plano, podendo solicitar apoio dos prestadores dos serviços e da entidade reguladora.

§ 4º No caso de regionalização dos serviços, o Plano Municipal de Saneamento Básico poderá ser submetido à revisão extraordinária, para compatibilização de planejamento, nos moldes do § 3º deste artigo.

§ 5º Incumbe à entidade reguladora dos serviços a verificação do cumprimento do Plano Municipal de Saneamento Básico por parte dos prestadores de serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e contratuais.

Art. 2º A operacionalização do Plano Municipal de Saneamento Básico será exercida pela Secretaria Municipal de [NOME DA SECRETARIA].

§ 1º É assegurado à Secretaria Municipal de [NOME DA SECRETARIA] o acesso a quaisquer documentos e informações produzidos pelos prestadores de serviços.

§ 2º Competirá à Secretaria Municipal de [NOME DA SECRETARIA]:

I - acompanhar a execução do Plano Municipal de Saneamento Básico pelos prestadores de serviços, auxiliando a entidade reguladora na verificação do cumprimento do Plano;

II - proceder à articulação das informações referentes aos serviços públicos de saneamento básico com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico - SINISA ou sistema estadual equivalente;

III - receber reclamações de usuários relativas à prestação dos serviços, devendo encaminhá-las à entidade reguladora.

  • Art. 3º O controle social dos serviços públicos de saneamento básico será exercido pelo [NOME DO CONSELHO], participando em caráter consultivo na formulação, planejamento e avaliação de políticas públicas de saneamento básico no âmbito do Município.
  • § 1º É assegurado ao [NOME DO CONSELHO] o acesso a quaisquer documentos e informações produzidos pelos prestadores de serviços e pela entidade de regulação, bem como a possibilidade de solicitar a elaboração de estudos com o objetivo de subsidiar a tomada de decisões.
  • § 2º São atribuições básicas do [NOME DO CONSELHO] relativas ao controle social dos serviços públicos de saneamento básico:
  • I - acompanhamento da execução do Plano Municipal de Saneamento Básico pelos prestadores de serviços, e comunicação de possíveis descumprimentos às autoridades municipais responsáveis pela operacionalização;
  • II - acompanhamento da execução dos Termos de Ajustamento de Conduta tomados dos prestadores de serviços pela entidade reguladora, e comunicação de possíveis descumprimentos à entidade reguladora;
  • III - opinar a respeito das revisões ao Plano Municipal de Saneamento Básico;
  • IV - manifestar-se, por seu presidente ou representante, em audiências e consultas públicas relativas aos serviços públicos de saneamento básico, com direito de preferência.
  • Art. 4º Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a delegar as atividades de regulação à Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará – ARCE, para atendimento ao disposto no art.9º, inciso II, da Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007.

Parágrafo único. O exercício das atividades de regulação poderá ser realizado nos termos da Lei Estadual nº 14.394, de 7 de julho de 2009.

Art.5º-Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

[NOME DO MUNICÍPIO], [dia] de [mês] de [ano].

[Nome do Prefeito]

PREFEITO MUNICIPAL DE [NOME DO MUNICÍPIO)


ANEXO C - AVALIAÇÃO ECONÔMICA FINANCEIRA

Resíduos Sólidos

Estimativa de Investimentos e de Custos

Na estimativa dos custos envolvidos observou-se o seguinte:

          i.        Evolução Populacional

De acordo com a Tabela 3.2 - Evolução Populacional por situação de domicílio ocupado, ano 2010, realizada pelo IBGE, a população urbana do Município de Arneiroz era de 3.879 habitantes.  Com base na evolução da população deste Município ao longo do período 1991/2010, adotou-se taxa de crescimento geométrico da ordem de 3% ao ano até 2038, representativa do crescimento da população urbana do Município nos últimos 10 anos, que fora de 6,10%. Além disto, atentou-se para o atual índice de cobertura urbana da prestação dos serviços de resíduos sólidos, calculada em 100% e sua evolução até a universalização, a qual deverá ser atingida no médio prazo, até o final de 2030(Tabelas A e B).

        ii.        Investimentos Propostos

Os investimentos requeridos para a expansão e introdução de melhorias nos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos encontram-se dispostos nos projetos idealizados para esta componente do saneamento básico, dispostos no Quadro I a seguir.


Valor dos investimentos previstos - Arneiroz (2019/2038).

Identificação

Definição

Prazo e Valor (R$)

Programa

Projeto

Curto

(2019/2022)

Médio

(2023/2030)

Longo

(2031/2038)

Universalização do Serviço

PR/PASB/07/2018

Ampliação da coleta dos resíduos sólidos do município de Arneiroz

88.216,75

122.630,22

70.434,56

Melhorias Operacionais e da Qualidade dos Serviços

PROJETO:

Eliminação do lixão e recuperação da área degradada

1.260.000,00

0,00

0,00

PR/PQSB/03/2018

Coleta seletiva

3.949.000,00

7.123.000,00

7.991.000,00

PR/PQSB/04/2018

Adequação do transporte dos resíduos sólidos de Arneiroz

650.000,00

650.000,00

650.000,00

Fonte: Elaboração própria.

 

iii.        Custos de Manutenção - Gestão e Operação

Correspondem aos dispêndios relacionados à prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. O cálculo baseou-se no valor do indicador IN006 (despesa per capita com manejo de RSU) do SNIS/2016:

I006 = (Ge023 + Ge009) / Ge002         onde,

Ge023 - Despesa dos agentes públicos executores de serviços de manejo de RSU. Valor anual das despesas dos agentes públicos realizadas com os serviços de manejo de RSU, incluindo a execução dos serviços propriamente ditos mais a fiscalização, o planejamento e a parte gerencial e administrativa. Corresponde às despesas com pessoal próprio somadas às demais despesas operacionais com o patrimônio próprio do município (despesas com materiais de consumo, ferramentas e utensílios, aluguéis, energia, combustíveis, peças, pneus, licenciamentos e manutenção da frota, serviços de oficinas terceirizadas, e outras despesas). Inclui encargos e demais benefícios incidentes sobre a folha de pagamento do pessoal envolvido. Não inclui: despesas referentes aos serviços de manejo de RSU realizadas com agentes privados executores (informação Ge009); despesas com serviço da dívida (juros, encargos e amortizações); despesas de remuneração de capital; e despesas com depreciações de veículos, equipamentos ou instalações físicas.

Ge009 - Despesa com agentes privados executores de serviços de manejo de RSU. Valor anual das despesas dos agentes públicos realizadas com agentes privados contratados exclusivamente para execução de um ou mais serviços de manejo de RSU ou para locação de mão-de-obra e veículos destinados a este serviços.

Ge002 – População urbana do município.

 

Os cálculos desenvolvidos nesta avaliação são estimativos da viabilidade econômico-financeira da prestação dos serviços de resíduos sólidos, haja vista que o indicador não inclui alguns itens de despesas, conforme observado na definição da variável Ge023. A Tabela A apresenta as estimativas para os principais itens constitutivos dos gastos com manutenção, gestão e operação dos serviços de resíduos sólidos do Município de Arneiroz durante o período de vigência do plano de 2019 a 2038, tendo por base a população urbana e o indicador IN006 de R$ 151,1/hab (SNIS, 2016).


Tabela A – Estimativa dos gastos com manutenção, operação e gestão dos serviços de resíduos sólidos urbanos – Município de Arneiroz (2019/2038).

Ano

População Urbana

Despesas (R$)

Ano

População Urbana

Despesas (R$)

Total

Coberta

Total

Coberta

2019

4.242

4.242

641.027,42

2029

4.686

4.686

708.093,07

2020

4.285

4.285

647.437,70

2030

4.733

4.733

715.174,00

2021

4.328

4.328

653.912,07

2031

4.780

4.780

722.325,74

2022

4.371

4.371

660.451,19

2032

4.828

4.828

729.549,00

2023

4.415

4.415

667.055,71

2033

4.877

4.877

736.844,49

2024

4.459

4.459

673.726,26

2034

4.925

4.925

744.212,94

2025

4.503

4.503

680.463,53

2035

4.975

4.975

751.655,07

2026

4.548

4.548

687.268,16

2036

5.024

5.024

759.171,62

2027

4.594

4.594

694.140,84

2037

5.075

5.075

766.763,33

2028

4.640

4.640

701.082,25

2038

5.125

5.125

774.430,97

Total=

14.114.785,36

Fonte: Elaboração própria.

         Portanto, para o período 2019/2038, são estimados gastos totais com manutenção, operação e gestão dos serviços de resíduos sólidos urbanos no Município de Arneiroz da ordem de R$ 14.114.785,36 (quatorze milhões e cento e quatorze mil e setecentos e oitenta e cinco reais e trinta e seis centavos) – valores nominais.

   iv.        Estimativa de Receitas

Foi diagnosticada a inexistência de receitas de prestação de serviços de resíduos sólidos urbanos. Como não há, por enquanto, previsão de cobrança deste serviço, este status quo será admitido em todo o período do plano neste estudo de viabilidade. Considerando, ainda, que 63,01% das famílias terem renda mensal per capita de até 1/2 salário mínimo em 2010, conforme dados do IBGE dispostos no Gráfico 3.3 e que das 54,6% famílias cadastradas no Cadúnico e beneficiadas pelo Programa Bolsa Família (Tabela 3.6), 68,7% têm renda mensal por pessoa de até 1/2 salário mínimo de 2018, entende-se que este perfil econômico da população limita a capacidade de cobertura dos custos via tarifa, impondo outras formas de custeio.

    v.        Avaliação Preliminar da Viabilidade

A Tabela B resume as principais informações sobre as estimativas de receitas, de custos e de investimentos da prestação dos serviços de resíduos sólidos urbanos projetados para o período de planejamento (moeda de referência: dezembro/2018). A partir daí, é realizada uma avaliação da sustentabilidade de sua prestação no Município de Arneiroz. 


Tabela B – Equilíbrio financeiro da prestação dos serviços de resíduos sólidos urbanos do Município de Arneiroz – 2019/2038.

Ano

População Urbana

Receitas (R$)

Custos (R$)

Resultado Primário Caixa (R$)

Total

Coberta

Investimentos

Despesas

2019

4.242

4.242

0

6.660.882,76

641.027,42

-2.306.248,11

2020

4.285

4.285

0

647.437,70

-2.312.658,39

2021

4.328

4.328

0

653.912,07

-2.319.132,76

2022

4.371

4.371

0

660.451,19

-2.325.671,88

2023

4.415

4.415

0

8.843.105,84

667.055,71

-1.772.443,94

2024

4.459

4.459

0

673.726,26

-1.779.114,49

2025

4.503

4.503

0

680.463,53

-1.785.851,76

2026

4.548

4.548

0

687.268,16

-1.792.656,39

2027

4.594

4.594

0

694.140,84

-1.799.529,07

2028

4.640

4.640

0

701.082,25

-1.806.470,48

2029

4.686

4.686

0

708.093,07

-1.813.481,30

2030

4.733

4.733

0

715.174,00

-1.820.562,23

2031

4.780

4.780

0

9.756.806,70

722.325,74

-1.886.656,54

2032

4.828

4.828

0

729.549,00

-1.893.327,10

2033

4.877

4.877

0

736.844,49

-1.900.064,36

2034

4.925

4.925

0

744.212,94

-1.906.869,00

2035

4.975

4.975

0

751.655,07

-1.913.741,68

2036

5.024

5.024

0

759.171,62

-1.920.683,09

2037

5.075

5.075

0

766.763,33

-1.927.693,91

2038

5.125

5.125

0

774.430,97

-1.934.774,84

Totais=

0,00

25.260.795,31

14.114.785,36

-38.917.631,34

Fonte: Elaboração própria.

A coluna “Resultado Primário de Caixa” evidencia os resultados anuais nominais estimados para os serviços de resíduos sólidos urbanos. Tais resultados, assumidos aqui como “de caixa” (ou seja, representativos de efetiva entrada ou saída de dinheiro), são trazidos a valor presente, mediante o desconto a uma taxa de juros de 12% ao ano (a qual está associada à remuneração dos capitais investidos nos serviços prestados). Obtém-se daí um valor presente líquido da ordem de R$ 15.120.487,25 (quinze milhões e cento e vinte mil e quatrocentos e oitenta e sete reais e vinte e cinco centavos - negativos), o que é indicativo do desequilíbrio econômico-financeiro desfavorável da prestação dos serviços de resíduos sólidos no Município de Arneiroz (grifo nosso).

A correção do mencionado desequilíbrio implica a necessidade de aporte financeiro, seja por recurso próprio ou de terceiros, ou ainda pela inclusão da cobrança de taxas ou tarifas, cujo dimensionamento depende da definição prévia do momento de sua realização, bem como do custo dos capitais envolvidos.

Com efeito, está prevista a implantação do sistema de gestão integrada dos resíduos sólidos da Região Sertão dos Inhamuns no qual o Município de Arneiroz está inserido. A sustentabilidade dos serviços poderá ser garantida, por meio de receitas oriundas desta gestão.


Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário


[1] Alterado pelo Decreto no 8.211/2014.

[2] Fonte: Dicionário Aurélio Online, acessado em novembro de 2014.

[3] Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Discuss%C3%A3o:Estrat%C3%A9gia, acessado em novembro de 2014.

[4]Medidas Estruturantes: são aquelas medidas que fornecem suporte político e gerencial para a sustentabilidade da prestação dos serviços. Encontram-se tanto na esfera do aperfeiçoamento da gestão, em todas as suas dimensões, quanto na da melhoria cotidiana e rotineira da infraestrutura física. A consolidação desta ações trará benefícios duradouros às Medidas Estruturais - constituídas por obras e intervenções físicas em infraestrutura de saneamento.

[5]Medidas estruturais - constituídas por obras e intervenções físicas em infraestrutura de saneamento.

[6] Correspondem aos tradicionais investimentos em obras, com intervenções físicas relevantes nos territórios, para a conformação das infraestruturas físicas dos diversos componentes. São necessárias para suprir o déficit de cobertura pelos serviços e pela proteção da população quanto aos riscos epidemiológicos, sanitários e patrimoniais (Brasil, 2011).

[7] Fornecem suporte político e gerencial para a sustentabilidade da prestação dos serviços, sendo encontradas tanto na esfera do aperfeiçoamento da gestão, em todas as suas dimensões, quanto na esfera da melhoria cotidiana e rotineira da infraestrutura física (Brasil, 2011).