Crônicas de amanhã
O medo de amanhã Por Urjel Morais
Você tem medo de que? Vemos que filmes e séries reproduzem situações que geram medos reais e que as pessoas se sentem atraídas por isso. São vários os motivos para isso, mas entre eles está a liberação dos hormônios que combatem o perigo, e a sensação de prazer que vem depois. Outra causa, está relacionada ao aprendizado de se passar por situações de risco, mas sem correr nenhum risco real. Vários estudos comprovam a capacidade de proteção que o medo tem, ao evitar situações de risco.
O medo, infelizmente, é uma característica de seres vivos. As empresas não tem medo, e muitas vezes isso custa caro. A Blockbuster, a mais tradicional rede de locadoras no mundo anunciou esta semana o fechamento de suas últimas lojas nos EUA. Há nove anos, a empresa tinha mais de 9 mil lojas, mas a internet e as mudanças no negócio tornaram a empresa obsoleta. Este é apenas o exemplo mais recente, mas podemos citar a Kodak e as câmeras digitais, a Polaroid e as impressoras, a Palm e os dispositivos móveis. Todas estas empresas foram líderes de mercado, e foram reduzidas por não se adaptarem ao futuro.
Mas nem sempre a morte é ruim. O engenheiro de TI, Chuck Lamb, teve na morte o seu maior sucesso. O então profissional de tecnologia da informação sonhou uma noite que era um cadáver, e gostou da idéia. Desde então, montou um site com fotos suas simulando a morte em diversas situações. Sua aparência cadavérica e seu talento como modelo post mortem o levaram à fama nos Estados Unidos. Atualmente ele faz participações em diversas séries, e faz parte de elenco de diversos filmes de terror.
Um dos mais recentes filmes de suspense se chama Gravidade. A trama parte da idéia de que uma chuva de meteoros não identificada atinge várias estruturas e astronautas em órbita. Mas existe alguma possibilidade real de ameaças espaciais nos afetarem? Em fevereiro deste ano, a cidade russa de Chelyabinsk foi atingida por um asteróide de 20 metros de diâmetro. Desde então os cientistas refizeram os cálculos, e o acidente que foi tido como um evento raro que se repetia há cada 100 ou 200 anos, teve a sua taxa de repetição reajustada para três ou quatro décadas, e além disto, o tamanho mínimo de um asteróide para provocar danos relevantes foi revisto.
O medo nos leva à situações em que precisamos aprender a lidar com as emoções ruins, e o prazer gerado está na nossa capacidade de prevalecer e triunfar sobre ele, ou seja, a coragem. Quais dos seus medos você gostaria de superar?
Urjel morais - jornalista - urjelm@gmail.com