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Impactos Econômicos de Megaeventos Esportivos
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Proni analisa impactos do esporte                                   ( EN ESPAÑOL AL FINAL DEL TEXTO)

23/05/2014 - 11:40

Carlos Orsi

Antoninho Perri

Divulgação


O legado e os benefícios econômicos reais de megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, geralmente ficam muito aquém do prometido por seus promotores, disse ao 
Jornal da UnicampMarcelo Proni, diretor associado do Instituto de Economia (IE) da Universidade e coautor, com Raphael Britto Faustino e Leonardo Oliveira da Silva, do livro “Impactos Econômicos de Megaeventos Esportivos”, a ser lançado no dia 29, às 10h, no auditório do Instituto de Economia, numa parceria entre o IE, Casa da Educação Física e Penses – Fórum Pensamento Estratégico da Unicamp.

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“O que a literatura internacional mostra é que, pegando essas últimas edições, tanto da Copa quanto dos Jogos Olímpicos, sempre tem uma propaganda muito forte em termos de legados, mas as projeções feitas antes dos eventos são sempre muito otimistas, e depois as avaliações feitas a posteriori mostram que ficou muito aquém. Não quer dizer que não haja legado, mas geralmente ele fica muito longe projetado inicialmente”, disse o pesquisador.

Em artigo publicado em 2012, escrito em conjunto com um dos coautores do livro, Leonardo Oliveira da Silva, Proni já citava números que mostravam o excesso de otimismo das projeções e promessas que vinham sendo feitas, por meio da comparação de dois estudos, um da consultoria Value Partners e outro da Ernst & Young Brasil e FGV Projetos : “Chama atenção a diferença de mais de R$ 40 bilhões entre os dois estudos nas previsões de impacto sobre a circulação monetária, assim como a divergência no volume considerado de investimentos programados (...) Mais difícil é a comparação dos números relacionados à criação de empregos. No primeiro estudo, somando postos de trabalho permanentes e temporários, projeta-se a criação de 710 mil empregos. No segundo estudo, a projeção parece ser muito exagerada (...) uma média de 720 mil postos de trabalho por ano”.

Descrição: http://www.unicamp.br/unicamp/sites/default/files/field/image/impactos_proni_23514.jpg#overlay-context=noticias/2014/05/23/proni-analisa-impactos-do-esporteOutros trechos do artigo mostram como, tanto no caso da Copa da Alemanha (2006) quanto da África do Sul (2010), os legados ficaram abaixo do prometido. O impacto da Copa no nível de emprego da economia alemã teria sido pouco significativo, por exemplo, sendo o principal benefício do torneio um aumento na autoestima do povo alemão, uma melhora na imagem da Alemanha perante o resto do mundo.Descrição: Marcelo Proni

No caso sul-africano, para uma expectativa prévia de aumento de 0,54% no PIB do país no ano do torneio, constatou-se um ganho de menos de 0,3%. Na questão da geração de empregos, o resultado foi “realmente decepcionante”: “A previsão inicial de 695 mil novos postos de trabalho considerava que mais da metade seriam temporários, mas se esperava que 280 mil seriam conservados em 2010”.  Mas, também por conta da crise econômica internacional de 2008, “foi registrada uma redução de 4,7% do total de ocupados na África do Sul (627 mil trabalhadores) só no trimestre imediatamente anterior à realização da Copa. Na indústria da construção, os empregos criados desapareceram assim que os projetos foram concluídos”, diz o artigo.

O texto prossegue: “A Copa na África do Sul não contribuiu para reduzir as desigualdades sociais. Por um lado, a grande maioria dos empregos temporários gerados pagavam baixos salários e não houve redução significativa na taxa de desemprego no país, mesmo antes da crise. Por outro, as principais melhorias trazidas para a infraestrutura urbana acabaram beneficiando mais a classe média, enquanto os principais estímulos econômicos foram apropriados por segmentos da classe empresarial”.

Maniqueísmo
Proni, no entanto, não entra no coro dos críticos mais ácidos da realização da Copa do Mundo no Brasil. “É difícil ficar numa posição maniqueísta, ou é muito bom ou é muito ruim, ou sou a favor ou sou contra”, disse ele. “A avaliação tem de ser mais ponderada, obviamente há alguns segmentos, alguns setores econômicos, que estão sendo favorecidos, por exemplo, a construção civil, o segmento do turismo, são alguns que ganham bastante com a preparação. E, por outro lado, há alguns segmentos que podem ser prejudicados, porque o governo deixa de investir recursos públicos em outras prioridades”, disse.

Falando das manifestações de rua do ano passado e do movimento “não vai ter Copa”, ele disse que “o problema é que prometeram muito, criaram uma expectativa muito forte, e agora, conforme vai se aproximando, estamos vendo que vai ficar muito aquém daquilo que tinha sido inicialmente projetado, ou prometido”.

O pesquisador pondera que “houve toda uma politização dessa questão da Copa”. Para ele, não faz sentido opor o investimento em estádios ao investimento em hospitais e escolas, já que é legítimo o governo investir em políticas esportivas e que, como o Brasil projeta uma autoimagem de “país do futebol”, seria fácil legitimar a escolha como sede de uma Copa do Mundo sem apelar para um legado econômico. “Mas acho que faz sentido quando as pessoas falam que querem hospitais padrão FIFA, querem escolas padrão FIFA. Afinal, se você vê o empenho grande de autoridades públicas para viabilizar a Copa do Mundo, por que não cobrar empenho nessas outras áreas, que são importantíssimas?”

“Uma coisa importante é que a Copa do Mundo estimulou um aprimoramento dos procedimentos de fiscalização e pôs em discussão uma série de coisas em relação ao gasto público”, disse ele. “Acho que isso é um aprendizado: do ponto de vista da sociedade, é importante aprender a cobrar do Estado uma postura transparente, promover uma discussão sobre as prioridades, explicitar quais são os segmentos econômicos e sociais beneficiados por cada política pública”.

Perigos
O Brasil, diz Proni, não corre o risco de sofrer problemas como os que atingiram a África do Sul, por conta da Copa do Mundo de 2010, ou a Grécia, onde os gastos com os Jogos Olímpicos de Atenas-2004 ajudaram a empurrar o país para uma grave crise econômica. “Não é que a crise atual na Grécia tenha sido causada pelo prejuízo dos Jogos, pois houve outros problemas que se somaram, mas de qualquer forma é um exemplo de um legado negativo, que o legado que ficou foi muito mais negativo que positivo”, disse ele. Já na África do Sul, “os investimentos feitos em função da Copa do Mundo não ajudaram a reduzir as desigualdades sociais ou a reduzir problemas mais fundamentais, mas certamente beneficiaram uma parcela pequena daquela população e alguns ramos daquela economia”.

“O Brasil tem um porte muito maior que o da Grécia ou da África do Sul. A Copa não vai representar um prejuízo como foi no caso desses dois”, afirmou ele, acrescentando que o gasto do governo federal com a Copa é pequeno em relação ao montante de recursos de que o setor público dispõe para investir. “Para ter uma ideia, o PAC 2 previa um gasto de R$ 1 bilhão entre 2011-2014.  Os investimentos para a Copa representam menos de 3% desse valor. Os recursos que o BNDES emprestou para a construção de estádios também pesam muito pouco no volume de dinheiro que o banco oferece todo ano. Assim, do ponto de vista do governo federal, não há problema de endividamento. O que desvia recursos que deixam de ser investidos em outras áreas é o pagamento de juros”.

O pesquisador nota, no entanto, que governos estaduais e prefeituras podem vir a enfrentar dificuldades financeiras, e encarar escolhas realmente controversas sobre a destinação de recursos públicos, desviados do atendimento de carências locais, para a Copa. O artigo de 2012 lembra que algumas cidades têm parte importante de seu PIB comprometido com obras para o evento, como Cuiabá (21%) e Natal (16%). “O risco é deixar como legado um elefante branco, uma arena moderníssima que vai ficar ociosa a maior parte do tempo, mas acontece que será o governo estadual quem terá de pagar os R$ 500 milhões ou mais”, disse ele.

“Algumas cidades vão se beneficiar mais, porque vão receber, por causa da Copa do Mundo, um público que, do ponto de vista do turismo, vai trazer mais vantagens. E tem algumas cidades que, pela questão do sorteio dos jogos, vão receber só quatro jogos e não necessariamente de seleções que atraem um público grande. Então, há diferenças aí entre as sedes: a relação custo-benefício não é a mesma para todas”.

Proni aponta, ainda, um risco de elitização das novas arenas esportivas: “A Copa afeta o futebol brasileiro. A construção dessas arenas mexe com a relação existente entre os clubes e as torcidas. Logo surgirá a questão de definir quem é que vai frequentar essas arenas. Acho que tende a haver uma elitização”.

Balanço
“A Copa é um bom negócio para a Fifa, que vai ganhar muito dinheiro com a Copa. Acho que a Copa vai beneficiar alguns segmentos, como o turismo, a construção civil, alguns adjacentes. E acho que em algumas cidades a população pode ter ganhos em termos de mobilidade urbana, uma melhoria localizada, mas não necessariamente são projetos que necessitavam da Copa para se justificar. O país poderia ter investimentos na modernização de aeroportos sem que houvesse a Copa do Mundo”, disse o pesquisador.

Proni disse que já existem algumas metodologias para mensurar o efeito, se positivo ou negativo, de um megaevento para o país ou cidade que o recebe, mas que “ainda é difícil fazer uma avaliação completa, chegar a um quadro completo dos impactos”.

“Aqui no Brasil há pessoas que tendem a enfatizar os prejuízos, há aqueles que enfatizam mais os ganhos, mas o que acho importante é que os megaeventos chamam a atenção da população, da sociedade organizada, para essa discussão a respeito de qual o dever do Estado, como você legitima os gastos públicos, como são decididas as prioridades, como se faz a prestação de contas. Isso está sendo um aprendizado importante. E espero que a universidade não fique alheia a isso”. 

(Este texto é parte do Jornal da Unicamp 598, em breve em  
http://www.unicamp.br/unicamp/ju/anteriores)

En español

Proni analiza el impacto del deporte

05/23/2014 - 11:40

texto

Carlos Orsi

Imágenes

Antoninho Perri

revelación

El legado y deportivos mega- eventos reales , como la Copa Mundial y los Juegos Olímpicos , los beneficios económicos por lo general están muy por debajo de la prometida por sus promotores , dijo a la revista Journal of UnicampMarcelo Proni , director asociado del Instituto de Economía ( IE) y la Universidad coautor con Leonardo y Rafael Britto Faustino da Silva Oliveira , el libro "Impactos económicos del deporte Mega Eventos " , que se publicará el día 29, a las 10 horas en el salón de actos del Instituto de Economía , una asociación entre IE , Educación Física y Home creo - Foro de Pensamiento Estratégico Unicamp .

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" Lo que la literatura internacional muestra es que conseguir más allá de estas cuestiones , tanto en la Copa del Mundo como los Juegos Olímpicos , hay una muy fuerte publicidad en términos de herencia , pero las proyecciones realizadas antes de los acontecimientos son siempre muy optimista, y luego comentarios efectúe retroactivamente demostrar que quedó muy lejos . Para que no digas que no hay herencia , pero por lo general es mucho diseñado originalmente " , dijo el investigador.

En un artículo publicado en 2012 , escrito en conjunto con uno de los coautores del libro, Leonardo Oliveira da Silva , Proni ya citó cifras que mostraban las proyecciones demasiado optimistas y promesas que se habían hecho a través de la comparación de los dos estudios, uno de consultoría Value Partners y otros Ernst & Young Brasil y Proyectos de FGV " , llama la atención sobre la diferencia de más de 40 dólares EE.UU. millones de dólares entre los dos estudios sobre el impacto en las previsiones de la moneda en circulación , así como la diferencia en el volumen de las inversiones previstas considerados ( ... ) es más difícil comparar las cifras relacionadas con la creación de empleo . En el primer estudio , la adición de puestos de trabajo permanentes y temporales, se proyecta crear 710 000 puestos de trabajo . En el segundo estudio , la proyección parece muy excesivo ( ... ) un promedio de 720.000 puestos de trabajo al año . "

Otros extractos del artículo muestran cómo, tanto en el caso de la Copa de Alemania ( 2006 ) y Sudáfrica ( 2010 ) , legados fueron más bajos de lo prometido . El impacto de la Copa del Mundo en el empleo en la economía alemana habría sido insignificante , por ejemplo , con el beneficio principal del torneo un aumento de la autoestima del pueblo alemán , una mejora en la imagen de Alemania en el resto del mundo .

En el caso de Sudáfrica a una expectativa previa de crecimiento del 0,54 % del PIB en el año del torneo, hubo una ganancia de menos de 0,3 %. Sobre la cuestión de la creación de empleo , el resultado fue " muy decepcionante ": " La previsión inicial de 695 mil nuevos puestos de trabajo estimó que más de la mitad sería temporal , pero se esperaba que 280 000 se mantendrían en 2010. " Pero también debido a la crisis económica internacional de 2008 ", se registró una reducción del 4,7 % del total de trabajadores en Sudáfrica ( 627 000 empleados) sólo inmediatamente antes de la celebración de la cuarta Copa . En la industria de la construcción , los empleos creados han desaparecido una vez que se han completado los proyectos " , dice el artículo.

El texto continúa: "La Copa del Mundo en Sudáfrica no ha contribuido a reducir las desigualdades sociales . Por un lado , la gran mayoría de los empleos temporales creados pagar bajos salarios y una reducción significativa en la tasa de desempleo en el país, incluso antes de la crisis. Por otro lado, las mejoras más importantes se señalan a la infraestructura urbana en última instancia, en beneficio de más a la clase media , mientras que los principales motores económicos fueron apropiados por los segmentos de la clase de negocios " .

maniqueísmo

Proni , sin embargo , no entra en el coro de los críticos más ácidos de la sede de la Copa del Mundo en Brasil . "Es difícil ser una posición maniquea , que es muy bueno o muy malo , o estoy yo estoy a favor o en contra ", dijo . " La revisión debe ser más ponderado , obviamente, hay algunos segmentos , algunos sectores económicos , siendo favorecido , por ejemplo, la industria de la construcción , la industria del turismo son algunos de los que ganan mucho con la preparación . Y por otro lado , hay algunos segmentos que pudiera resultar perjudicada , porque el gobierno no invierte recursos públicos en otras prioridades ", dijo .

Hablando de manifestaciones en las calles el año pasado y avanzar "no tendrá la Copa ", dijo , " El problema es que prometía mucho , han creado una expectativa muy fuerte , y ahora, como acercarse aún más , estamos viendo que caerá muy por debajo lo que inicialmente fue proyectado o prometido. "

El investigador sostiene que " había todo un tema de la politización de esta copa . " Para él, no tiene sentido oponerse a la inversión en la inversión estadios en los hospitales y las escuelas , ya que es legítimo que el gobierno invierta en el deporte y la política , como Brasil proyecta una imagen de sí mismo de "país del fútbol " legitimaría la elección fácil como sede de una Copa del Mundo sin apelar a un legado económico . "Pero creo que tiene sentido cuando las personas dicen que quieren hospitales estándares de la FIFA , las escuelas quieren estándar FIFA. Después de todo , si usted ve el gran compromiso de los poderes públicos para que la Copa del Mundo, ¿por qué no cobrar el compromiso en estas otras áreas , que son muy importantes? "

"Una cosa importante es que la Copa Mundial ha estimulado una mejora de los procedimientos de seguimiento y ha cuestionado una serie de cosas en relación con el gasto público ", dijo . "Creo que esta es una experiencia de aprendizaje : desde el punto de vista de la sociedad , es importante aprender a cobrar al Estado una posición clara, la promoción de un debate sobre las prioridades , aclarar cuáles son los sectores económicos y sociales beneficiados por cada política pública . "

Peligros

Brasil , dice Proni , no corren el riesgo de problemas como los que golpearon Sudáfrica, en nombre de la Copa del Mundo de 2010 , o Grecia , donde el gasto en los Juegos Olímpicos de Atenas 2004 ayudó a empujar el país a una severa crisis económica. " No es que la actual crisis en Grecia ha sido causado por el daño de los Juegos porque había otros problemas que se han añadido , pero de cualquier manera es un ejemplo de un legado negativo, el legado que permaneció fue mucho más negativo que positivo" , dice. Ya en Sudáfrica ", las inversiones realizadas en la luz de la Copa del Mundo no ayudaron a reducir las desigualdades sociales o reducir los problemas más fundamentales , pero sin duda se beneficiaron de una pequeña parte de esa población y algunas ramas de esa economía. "

"Brasil tiene una cantidad mucho mayor que la de Grecia o Sudáfrica La Copa del Mundo no representará una pérdida igual que en el caso de estos dos, " dijo, y agregó que el gasto del gobierno federal con la copa es pequeña en relación la cantidad de recursos que el sector público tiene que invertir . " Para tener una idea , el PAC 2 proporciona un gasto de R $ 1 mil millones entre 2011 y 2014. Las inversiones para la Copa representan menos del 3 % de ese valor . Los recursos que BNDES prestó para la construcción de estadios también pesan muy poco en el volumen de dinero que el banco ofrece todos los años . Así, desde el punto de vista del gobierno federal , no hay ningún problema de endeudamiento. Lo que desvía recursos que ya no se invierten en otras áreas , es el pago de intereses " .

Los investigadores señalan , sin embargo , que los gobiernos estatales y municipales pueden hacer frente a las dificultades financieras, y se enfrentan a decisiones muy polémicas sobre la asignación de los recursos públicos , desvió la atención de las necesidades locales , para la Copa Mundial. El artículo 2012 señala que algunas ciudades tienen mayor proporción del PIB comprometido a trabajar para el evento, como Cuiabá ( 21 %) y Navidad ( 16 %). "El riesgo es dejar un legado de un elefante blanco , arena ultra moderno que estará inactivo la mayor parte del tiempo, pero que pasa a ser el gobierno del estado que va a tener que pagar los $ 500 millones o más", dijo.

" Algunas ciudades se beneficiarán más, porque van a recibir , a causa de la Copa del Mundo, un público que , desde el punto de vista del turismo , traerá más ventajas. Y eso tiene algunas ciudades, la cuestión de la atracción de los juegos recibirá sólo cuatro partidos y no necesariamente de las selecciones que atraen a una gran audiencia. Así , existen diferencias entre la sede : una relación costo- beneficio no es el mismo para todos " .

Proni también apunta a un riesgo de gentrificación de los nuevos estadios deportivos : "Copa afecta el fútbol brasileño . La construcción de estos escenarios se mueve la relación entre los clubes y seguidores. Eleve inmediatamente la cuestión de definir quién asistirá a estas arenas. Creo que tiende a ser un aburguesamiento " .

equilibrio

" La Copa Mundial es un buen negocio para la FIFA , lo que hará que un montón de dinero con la Copa . Creo que la Copa Mundial se beneficiará algunos sectores , como el turismo , la construcción , algunos adyacente. Y creo que en algunas ciudades la población puede tener beneficios en términos de movilidad urbana , una mejora localizada, pero no necesariamente los proyectos que son necesarios para justificar la Copa . El país podría tener inversiones en la modernización de los aeropuertos sin que la Copa del Mundo " , dijo el investigador.

Proni dijo que ya hay algunas metodologías para medir el efecto , ya sea positivo o negativo, de un mega evento para el país o ciudad que recibe , pero que " todavía es difícil hacer una evaluación completa , alcanzando una imagen completa de los impactos . "

"Aquí en Brasil hay gente que tiende a enfatizar el daño , hay quienes hacen hincapié en los beneficios , pero lo que creo que es importante es que los mega- eventos llaman la atención de la población de la sociedad organizada , para esta discusión en cuanto a que el deber de indicar cómo legitima el gasto público como prioridades se deciden , cómo hace la rendición de cuentas . Esta es una experiencia de aprendizaje importante. Y espero que la universidad no va a estar ausente de ella. "

( Esto es parte de la Revista de la Unicamp 598 , luego en http://www.unicamp.br/unicamp/ju/anteriores )

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