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Programação Festival Latinidades 2016
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Programação Latinidades 2016

http://www.afrolatinas.com.br/programacao/

Festa Latinidades: http://bit.ly/FestaLatinidades 

Dia 25 de julho, segunda-feira

18h - Abertura do Festival Latinidades: Celebração do Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha

 

Para abrir o Festival Latinidades, vamos ocupar a Rodoviária do Plano Piloto com intervenções artísticas e performances, tudo em clima de festa! Afinal é o dia da mulher negra e o comemoramos os 9 anos do Latinidades!

Local: Rodoviária do Plano Piloto

De 26/07 a 31/07 - No auditório 2 do Museu Nacional

Exposição fotográfica - Mulheres quilombolas em Marcha

Ana Carolina Fernandes (em parceria com a CONAQ)

Em 18 de novembro de 2015, mulheres negras de todo o Brasil realizaram em Brasília a Marcha das Mulheres Negras - Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem-Viver, com o objetivo de dar visibilidade às principais demandas e projetos dos movimentos de mulheres negras.

Distribuídas em mais de 3 mil comunidades pelo país, as mulheres quilombolas resistem historicamente a diversas formas de dominação, preservam e recriam saberes e fazeres do povo negro. Com seus modos de ser e viver, nos ensinam a importância da luta, o respeito à ancestralidade e o compartilhamento. Com isso, reivindicam outro modelo de nação.

A exposição apresenta ao público faces dessa resistência cotidiana, e retrata quilombolas de várias regiões do país e de diferentes faixas etárias, em sua participação na Marcha de Mulheres Negras.

Dia 26 de julho, terça-feira

17h30 - Debate: Terça Afro - "Territórios de Afetos"

O Terça Afro objetiva promover debates sobre temas relacionados à população negra, buscando a continuidade de saberes ancestrais. Valoriza experiências de vida, a comunidade negra e a diversidade. O formato em roda interativa favorece as trocas - o alimento necessário para a visibilidade da cultura negra brasileira, da diáspora e da África.  Assim, o Terça constrói diálogos por meio de um movimento circular, criando relações e conhecimentos, em um potente território de afetos.

19h30 - Mesa de abertura - "Democratização da comunicação"

A atual estrutura do sistema de comunicação configura um modelo excludente, com monopólio de empresas privadas. A luta por democratização busca construir um espaço público midiático plural e voltado à promoção da justiça social, no qual seja possível promover a circulação de ideias, opiniões e perspectivas promotoras da igualdade gênero e raça.

Participantes:

Luciana Barreto (RJ): âncora do Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil, com passagem pelos canais Futura, GNT, BandNews e TV Bandeirantes. Em 2012, recebeu o Prêmio Nacional de Jornalismo Abdias Nascimento, pelo programa “Caminhos da Reportagem – Negros no Brasil: brilho e invisibilidade”. Foi eleita pelo Think Olga como uma das Mulheres Inspiradoras de 2015.

Mestre TC (SP)

Fundador da Casa de Cultura Tainã e da Rede Mocambos, que atuam para a apropriação de softwares livres por comunidades quilombolas, indígenas e periféricas, possibilitando o armazenamento digital, e formação de acervos e a distribuição em rede. Idealizador do projeto Rota dos Baobás. Em 2006, recebeu a Ordem do Mérito Cultural, do Ministério da Cultura.

Juliana Cézar Nunes (DF): jornalista, especialista em saúde pública e mestre em Comunicação Social pela UnB. Trabalha na EBC desde 2004, onde já atuou como repórter, editora e coordenadora da Agência Brasil e da Radioagência Nacional. É secretária-executiva do Conselho Curador da EBC. Integra a Cojira-DF e da irmandade Pretas Candangas. Recebeu os prêmios Vladimir Herzog, Tim Lopes, Líbero Badaró, Petrobras, Sebrae e Jornalista Amiga da Criança.

Debatedor: Dom Filó (RJ): produtor cultural desde os anos 1970, foi mentor do Movimento Black Rio e fundou as produtoras Soul Grand Prix Produções e Cor da Pele Produções. Em 1980, deu início ao Cultne, acervo digital de audiovisuais que capturam momentos importantes do ativismo político cultural dos/as negros/as do Brasil e de outros países da diáspora africana.

Dia 27 de julho, quarta-feira

10h - Mesa 01 - "Vozes da perifa: comunicação insurgente; comunicação e resistência".

A mídia tradicional pouco reflete a diversidade de vozes da sociedade brasileira. Porém, os grupos marginalizados resistem à invisibilidade e aos estereótipos. Em projetos colaborativos, tecem redes, propõem outras formas de comunicar, e fazem soar as vozes das periferias.

Participantes:

Thamyra Thâmara (RJ): jornalista, fotógrafa, social mídia, AfroFuturista e idealizadora do GatoMÍDIA, projeto de convivência e aprendizado em mídia e tecnologia para jovens de espaços populares. O termo “gato” vem de gambiarra. Além disso, escreve para Anastácia Contemporânea, DR e Favelados pelo Mundo.

Thabata Lorena (DF): nascida em Imperatriz - MA e crescida na periferia de Brasília, é cantora, arte-educadora de tradição oral e teatro de mamulengo na Casa Moringa, no Espaço Cultural Mercado Sul (Taguatinga-DF). Em 2014, lançou o álbum “Novidades Ancestrais”, que traz a atitude do RAP enraizado nos batuques nordestinos. É também integrante da Rede Mocambos.

Maíra Azevedo (BA): repórter do grupo A Tarde, dá vida à personagem Tia Má. Recebeu o prêmio Abdias do Nascimento, em 2014, pelo caderno especial em homenagem ao mês da consciência negra. Em 2015, foi eleita uma das 25 negras mais influentes da internet no Brasil. Já foi colunista da Revista Raça Brasil e articulista dos blogs Mundo Afro e Espelho (vinculado ao programa homônimo transmitido pelo Canal Brasil).

Debatedora: Priscila Rodrigues (RJ): jornalista do Observatório de Favelas, atua nas áreas de Cultura, Educação, Diretos Humanos, Cidade, Gênero, Raça e Comunicação. Roteirista do curta “Rotulada – sapatão, preta, gorda e favelada” e autora do conto “CaminhoNEGRA”, no livro “Um Rio de Cores – Coletânea de Contos & Poesias Homoafetivas”.

14h - Cine Afrolatinas

> KBELA, de Yasmin Thayná (duração: 23 min).

Sinopse: um olhar sensível sobre a experiência do racismo vivido cotidianamente por mulheres negras. A descoberta de uma força ancestral que emerge de seus cabelos crespos transcendendo o embranquecimento. Um exercício subjetivo de autorepresentação e empoderamento.

> DANDARAS: a força da mulher quilombola, de Ana Carolina Fernandes e Amaralina Fernandes (duração: 31 min).

Sinopse: o documentário apresenta as trajetórias e o engajamento de mulheres quilombolas que atuam como lideranças políticas de suas comunidades e do movimento quilombola como um todo. Quais são os discursos destas mulheres sobre suas trajetórias?  Busca-se, a partir dos pontos de vista de algumas destas lideranças, conhecer os motivos que as levaram a ocupar estas posições e aqueles que as fazem permanecer na luta.

15h - Mesa 02 - "Estética como estratégia política"

Padrões opressores, racistas e sexistas são contestados por aqueles/as que não se conformam à dominação - inclusive no âmbito da estética. Usos do corpo, intervenções, roupas e paramentos fogem do comum e despertam para outras sensibilidades e outras belezas, criando formas inovadoras de ser e de existir.

Convidados:

Denise Ferreira da Costa Cruz (DF): mestra e doutoranda em Antropologia Social pela UnB. Interessada em Antropologia Africana, Antropologia da Arte, gênero e raça; pesquisa a produção cinematográfica africana. Na UnB, integra o Grupo de Estudos de Teoria Antropológica (GESTA) e o Grupo de Estudos Mulheres Negras. Participa do Laboratório de Etnologia e do Filme Etnográfico da UFMG.

Aretha Sadick (SP): Robson Rozza, ator formado pela Escola Técnica de Teatro, cursa design de moda na Cândido Mendes e dá vida a Aretha Sadick, “que hoje se identifica como uma Drag Queen, mas, já foi e poderá vir a ser novamente, Homem, Mulher, Bicho, Pessoa”. Inspira-se em pessoas que representam a potencialidade negra, tais como Shirley Bassey e Della Resse.

Hendi Mpya (África do Sul): trabalha há 25 anos na indústria da televisão e do cinema. Tem atuação como ator, diretor, produtor de artistas nacionais e internacionais, na gestão de eventos e de uma estação de rádio online. É fundador e gerente da empresa de mídia Passaport Media, pela qual busca pôr em prática seu ideal de expandir os horizontes para níveis inexplorados.

Debatedora: Djamila Ribeiro (SP): Mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo, é colunista do site da Carta Capital. Atualmente, é Secretária-adjunta da Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.

17h -  Oficina – "Terapia Escrita - Mulher Negra: Do Substantivo ao Subjetivo"

Com Jarid Arraes

A Terapia Escrita foi criada por Jarid Arraes e propõe a criação literária como ferramenta terapêutica. As participantes farão exercícios de escrita voltados para questões íntimas e profundas, muitas vezes relacionadas a experiências específicas enfrentadas por mulheres negras. Todos os exercícios são exclusivamente desenvolvidos para a oficina de acordo com seu tema.

** A oficina é indicada para mulheres que gostam de escrever, mesmo que se sintam inseguras, e também para aquelas que preferem encarar assuntos difíceis pela escrita.

17h30 - Ellas Debatem: Feminismo negro & comunicação

Com Mídia Ninja

Dia 28 de julho, quinta-feira

10h -  Mesa 03 -  "Nós por nós: mídias negras em ação"

As mídias negras são instrumentos autônomos de produção e circulação de informações, e, como tal, são fundamentais para a promoção da igualdade racial e para o enfrentamento ao racismo. Por meio delas, falamos de nós para nós mesmos/as, mobilizamos temáticas que nos são caras e damos visibilidade às identidades negras.

Convidados:

Ana Flávia Magalhães Pinto (SP): natural de Planaltina-DF, é mestra e doutora em História, jornalista e ativista do Movimento Negro. Autora do livro “Imprensa Negra no Brasil do Século XIX", desenvolve pesquisas sobre liberdade e cidadania negra, com ênfase na atuação de intelectuais negros atuantes na imprensa, na literatura e na política ainda no período escravista e no pós-abolição.

Larissa Santiago (BA): feminista negra interseccional e publicitária. Já passou por várias agências de publicidade e tecnologia; atualmente, se dedica a facilitar espaços virtuais e offline junto com as Blogueiras Negras. Além disso, participa (passivamente) da Rede Mulher e Mídia e da Frente Mídias Negras.

Sueli Carneiro (SP): filósofa, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo, é coordenadora executiva de Geledés Instituto da mulher Negra; coordenadora da área de Direitos Humanos de Geledés; e editora do Portal Geledés. É também diretora vice-presidente do Fundo Brasil de Direitos Humanos. Autora de artigos sobre gênero, raça e direitos humanos em diversas publicações nacionais e internacionais.

Debatedora: Angelica Basthi (RJ): jornalista, coordena a comunicação da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS (ABIA). Co-fundadora da Cojira-Rio, coordenadora do Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento, autora do livro “Pelé, estrela negra em campos verdes”, da editora Garamond, e do “Guia para Jornalistas sobre Gênero, Raça e Etnia”, da Fenaj e ONU Mulheres.

14h - Cine Afrolatinas

> NEGROS: A docu-series about Latino identity (Uma docu-série sobre a identidade de Latinos/as), de Dash Harris  (duração: 32 minutos).  Legendas em português.

Sinopse: NEGROS é uma docu-série que explora a identidade, a colonização, o racismo e a diáspora africana na América Latina e no Caribe. Por meio de entrevistas francas com afro-latinos/as, manifestações sociais dos complexos em relação à cor e suas consequências são desconstruídas.

> O sal dos olhos, por Letícia Bispo (duração: 18 min).

Sinopse: Rafaela saiu de casa para ir à faculdade, mas ela percebe que não pode deixar tudo para trás.

15h - Mesa 04 - "Arte e protesto"

A arte e a cultura são instrumentos de troca, de denúncia e de reinvenção. Imagens, palavras e ritmos falam de nossas vivências, ao mesmo tempo em que desafiam desigualdades e injustiças, contestam certezas e articulam mudanças.

Convidados:

Renata Felinto (SP): artista visual, pesquisadora e docente. Estudou Artes Visuais da graduação ao doutorado pela UNESP. Tem especialização em Curadoria em Museus de Artes pelo MAC/USP e Licenciatura pela Faculdade Belas Artes. É do conselho editorial da revista “O Menelick 2º ato” e possui livros lançados e exposições no Brasil e no exterior.

Eliane Dias (SP): advogada, dedica-se à política desde 1994. Coordena o SOS racismo na ALESP. Junto com o marido, Mano Brown, criou a produtora Boogie Naipe e há 4 anos é responsável pela carreira consolidada do Racionais MC’s. Em 2015, criou o grupo Negras Empoderadas, em parceria com a consulesa da França do Brasil, Alexandra Loras.

Jarid Arraes (SP): escritora e cordelista, autora do livro "As Lendas de  Dandara" e mais de 40 títulos em Literatura de Cordel. Criou a Terapia Escrita, uma proposta de criação literária como ferramenta terapêutica; media o Clube da Escrita Para Mulheres e o Clube Leitura Independente.

Debatedora: Sueide Kintê (BA): jornalista e produtora da ½ Mundo - Comunicação & Cultura. Integra o grupo de mulheres negras Flores de Dan e a Articulação Mulheres & Mídias Bahia. Desenvolve atividades culturais voltados a promover a participação e a autonomia de jovens e mulheres. Atualmente, se dedica ao projeto #maisamorentrenós, que acaba de virar aplicativo.

17h - Oficina - "Print: Materializando zines"

Com Bianca Novais e Flora Egécia (Estúdio Cajuína)

Oferecida pelo Estúdio Cajuína, a oficina está voltada para pessoas e coletivos interessados em viabilizar a publicação de seus próprios zines. Com foco na reprodução e acessibilidade, serão expostas alternativas de impressão, tratamento de imagem, encadernação e acabamento.

19h - Roda de capoeira 

Grupo Nzinga de Capoeira Angola - com Mestra Janja e Mestra Paulinha

Mestra Janja e Mestra Paulinha são lideranças do Grupo Nzinga de Capoeira Angola, que esse ano completa 21 anos de vida! Em 2015, juntas com centenas de participantes do VIII Latinidades, elas lançaram a Carta de Brasília, um manifesto de capoeiristas pelo fim da violência contra as mulheres. Essa roda é aberta à participação de todos que reconhecem na capoeira uma tradição de matriz africana que tem um papel essencial na luta contra o racismo, contra o patriarcalismo, contra a homofobia e pela defesa da democracia.

Dia 29 de julho, sexta-feira

10h - Mesa 05 - "Educomunicação e combate ao racismo"

A inter-relação entre Educação e Comunicação consiste numa promissora ferramenta de combate ao racismo e de promoção da cultura negra. A abordagem interdisciplinar e o emprego de múltiplos formatos e mídias disponíveis apresentam novas possibilidades educativas, mais dinâmicas e atraentes.

Convidados:

Jean Yves Bassangna (Camarões): co-fundador e design de som do Kiro’o Games Studio, com sede em Camarões, que desenvolveu o jogo “Aurion: Legacy of the Kori-Odan”. O game tem por base a mitologia, a moda e as músicas de diferentes regiões da África.

Denise Teófilo (SP): empreendedora social, arte-educadora e ativista, é cofundadora do projeto de afrobetização Adeola Princesas e Guerreiras, que enfoca o empoderamento e representatividade das crianças e da juventude negra nas escolas. Graduou-se em Ciências Econômicas na UFSCar; foi oficineira e cofundadora na Muta Mundi; cofundadora e membro do coletivo N.E.G.R.R.A.; e membro do Conselho Municipal do Jovem de Sorocaba

Sátira Pereira Machado (RS): mestra em Letras e Doutora em Comunicação, é Professora no Bacharelado em Produção e Política Cultural da Unipampa-RS. Atualmente, cursa o pós-Doutorado em Comunicação com ênfase em Educomunicação no POSCOM/UFSM. É coordenadora executiva do Projeto RS Negro, membro do NEABI/PUCRS, diretora de relações internacionais da ABPN e membro da ABPEducom.

Debatedora: Fernanda Luiza Duarte (DF): formada em Comunicação Social: Jornalismo pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), é especialista em Jornalismo Digital e em Mídias na Educação. Atualmente é jornalista do Portal EBC, na Empresa Brasil de Comunicação (EBC). É membro da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais de Educomunicação (ABPEducom) desde 2013.

 

14h - Cine Afrolatinas

> Jornalista Preta de gênero e cor, de Mariana Alves Tavares (duração: 26 min).

Sinopse: Gravado com uma câmera de telefone celular, o documentário analisa a presença e identidade das jornalistas negras que trabalham em telejornais, contando com a participação de jornalistas negras que vivem diferentes cenários da produção jornalistica: micro, com a repercussão local; médio, com a repercussão regional/estadual; e macro, com a repercussão estadual/nacional.

> A escrita do seu corpo, de Camila de Morais (duração: 14 min).

Sinopse: O documentário “A Escrita do Seu Corpo” aborda a questão racial e de gênero feminino a partir da poesia. Três modelos distintas escolhem três poemas de autores/as diferentes que trabalhem com essa temática. Em sua poesia, Mirapotira, rapper baiana, fala do feminismo e o poder da mulher. A poeta Lívia Natália dialoga com a questão da aceitação do cabelo crespo pela mulher negra. Já o escritor e poeta gaúcho Paulo Ricardo de Moraes argumenta sobre o poder da união entre o povo negro.

> Òrun Àiyé: a criação do mundo, de Cintia Maria e Jamile Coelho (duração: 12 min).

Sinopse: O vovô Bira narra como os deuses africanos Olodumaré, Orunmilá, Oduduwa, Oxalá, Nanã e Exú interagem na descoberta dos mistérios do universo. No início, a narração é focada na tarefa dada por Olodumaré a Oxalá. Pelos desertos africanos, a missão de Oxalá encontra desafios e nos traz relatos de como as lendas africanas retratam a criação dos seres humanos, da natureza e de todo o mundo pela voz do vovô Bira.

15h - Mesa 06 - "Inventividades e afroempreendedorismo"

A combinação entre capitalismo, racismo e sexismo resulta na exploração da população negra. Contra ela, o afroempreendedorismo lança mão da criatividade e da solidariedade, instrumentos históricos de nossas lutas. A divulgação de produtos e serviços, as parcerias e os intercâmbios favorecem trocas e fortalecem redes não apenas comerciais, mas também políticas e afetivas.

Convidados:

Kizzy Fernanda Terra Ferreira dos Reis (RJ): CEO e co-fundadora do app Kilombu. Graduada em Engenharia de Computação pelo Instituto Militar de Engenharia (2014), interessa-se pelo desenvolvimento de software com experiência no projeto, análise e desenvolvimento de aplicações móveis. É aluna do Mestrado em Modelagem Matemática da Informação na Escola de Matemática Aplicada (EMAp) na FGV-RJ.

Monique Evelle (BA): fundadora do Desabafo Social e da loja virtual Kumasi. Integra a lista das Mulheres Inspiradoras 2015, da Think Olga; a lista das 25 mulheres negras mais influentes da internet no Brasil, do Blogueiras Negras; e a lista lista das 30 mulheres com menos de 30 para ficar de olho em 2015, elaborada pela Revista Cláudia e Portal MdeMulher, da Editora Abril.

Silvana Bahia (RJ): jornalista, Coordenadora de Comunicação do Olabi Makerspace, espaço de aprendizagem de novas tecnologias. Mestranda em Culturas e Territorialidades na UFF. Coordena o plano de comunicação do filme KBELA. Atuou no Observatório de Favelas de 2011 a 2015. Em 2015, foi facilitadora Maratona RodAda Hacker.

Debatedora: Adriana Barbosa (SP): formada em gestão de eventos com especialização em gestão cultural pelo Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (Celacc) da ECA – USP. Sócia da produtora cultural Pretamultimidia. Idealizadora e presidente do Instituto Feira Preta, que debuta em 2016.

 

17h - Oficina - "Oficina de Cordel"

Com Jarid Arraes

Por ser uma literatura acessível e fácil de compartilhar, o cordel tem um enorme potencial transformador. Nessa oficina, a cordelista Jarid Arraes ensinará técnica, métrica e ritmo, além de propor que cada participante escreva seu próprio cordel abordando questões políticas e específicas das mulheres negras.

19h30 - Conferência - Kimberlé Crenshaw (EUA)

Uma das mais reconhecidas intelectuais negras da atualidade, seu trabalho inovador sobre “interseccionalidade” tem viajado o mundo e chegou mesmo a influenciar a elaboração da cláusula sobre equidade presente na Constituição sul-africana.

Crenshaw é professora de Direito na UCLA e na Universidade de Columbia. É uma autoridade em Direitos Civis, na Teoria Feminista Negra no Direito e na temática de raça, racismo e Direito. Fundadora e coordenadora do Workshop sobre Teoria Racial Crítica, é coeditora do livro “Critical Race Theory: Key Documents That Shaped the Movement”. É co-fundadora e diretora executiva do African American Policy Forum, um grupo de reflexões sobre justiça racial e de gênero, e fundadora e diretora executiva do Centro de Estudos de Interseccionalidade e Política Social da Faculdade de Direito de Columbia. É uma das vozes que lidera o chamado para uma abordagem inclusiva do gênero nas intervenções voltadas à justiça racial: Crenshaw encabeçou a campanha Why We Can’t Wait e foi coautora de “Black Girls Matter: Pushed Out, Overpoliced and Underprotected” e de “Say Her Name: Resisting Police Brutality Against Black Women”.

Debatedora: Jurema Werneck (RJ): médica, mestra em Engenharia de Produção pela UFRJ, doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Nasceu no Morro dos Cabritos, Rio de Janeiro. Fundadora da ONG Criola, recebeu da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro o título de Cidadã Benemérita do Estado. Integra o Board of Directors do Global Fund for Women.

22h - Festa Latinidades

(único evento com ingresso pago)

Pista Afro-Latinas: Tati Quebra Barraco (RJ), Heavy Baile + Mc Carol (RJ), Pretas Sonoras (SP/ RJ/ DF).

Pista Batekoo Som: Djs do Batekoo (Salvador).

Concurso RuPaulas (as melhores drags da festa).

Local: Minas Tênis Club

Classificação indicativa 18 anos

Ingressos: R$20 (antecipado)  

*Aniversariantes dos dias 29/7 e 30/7 tem entrada gratuita, mediante contato com três dias de antecedência pelo telefone (61) 98111-4627.

Release: http://bit.ly/FestaLatinidades

Evento: https://www.facebook.com/events/1754605681484674/

Dia 30 de julho, sábado

11h às 21h – Feira Latinidades

10h às 17h - Espaço Kids Latinidades

No final de semana, o Latinidades traz atividades especiais para as crianças aprenderem brincando e se divertirem muito! A programação do Espaço Infantil oferece games, oficinas, roda de conversa, bailinho e muito mais!

14h - Espaço Kids Latinidades: "Erês! Roda de conversa infanto-juveni"

Crianças e (pré-)adolescentes vêm cada vez mais se destacando no combate ao racismo. Com criatividade e desenvoltura, eles/as encantam e inspiram jovens e adultos/as na celebração e na reafirmação da identidade e da cultura negra.

Convidados:

Gustavo Gomes (SP): estudante da 6.º série no CEU Curaçá, no Itaim Paulista, São Paulo. Seus talentos foram revelados no sarau Clubinho Poético, pelas mãos da bibliotecária Gorete. Aos 10 anos, uma gravação em que falava sobre discriminação racial viralizou no Youtube. Recebeu o prêmio Cidadão São Paulo pela ONG Catraca Livre, em 2015. Autor do livro “Meu Universo”.

MC Soffia (SP): começou a sua carreira aos 6 anos de idade, logo após participar do projeto O Futuro do Hip Hop. Aos 12 anos, a rapper já participou de vários grandes eventos. Soffia se orgulha de ser negra e gosta de produzir sons contestadores sobre paradigmas sociais. Para ela, nascida e criada na periferia de São Paulo, o rap significa "música de força e resistência".

Pedro Henrique Cortês (SP): seu canal no YouTube, PH Cortês, ganhou destaque sobretudo pela série Meus heróis negros brasileiros, e conta hoje com mais de 12 mil inscritos/as. PH, que tem hoje 14 anos, ganhou o Prêmio Jovem em Destaque de 2016 da Assembleia Legislativa de São Paulo, e participa da edição 2016 do projeto Click Esperança, do Criança Esperança.

Coordenadora: Renata Morais (RJ): diretora de criação da Lulu e Lili e coordenadora da Crespinhos SA, que viaja o Brasil apresentando os desfiles e fazendo conexões fotográficas com crianças e adolescentes negros/as. Fundadora e articuladora social do Pracomu, que faz uma ponte entre morro e asfalto.

15h - Contação de histórias (crianças de até 6 anos)

Com Cecy Wenceslau  

15h30 às 17h - Oficina - "Confecção e customização de fantasias infantis"

Com Ednilson Catanhede, Renata Morais e Elis Catanhede (RJ)

Muita criatividade em clima de diversão, a oficina ensinará pais, mães, tios/as e quem mais quiser chegar com a criançada a produzir e a personalizar fantasias simples e baratas. Os adornos poderão ser usadas no dia seguinte, no Bailinho.

Serão confeccionadas: tutus de filó (ou tule); máscara decoradas; e tiaras decoradas.

** Os participantes deverão levar:

Elástico; filó (ou tule); máscaras já prontas; cola em bastão; cola tek bond; tiaras de plástico; flores, frutas  e outros enfeites de plástico, resina ou tecido.

16h - Latinidades Sustentável - Oficina: Horta e alimentação saudável para crianças

Com  Juarez Martins

14h às 17h - Espaço Literário

 Release: http://bit.ly/LatinidadesLiteratura

A produção escrita de negros e negras é muito diversa quanto a temáticas, propósitos e formatos. O Espaço Literário contribui para a circulação desse riquíssimo material, e torna acessível ao público uma parcela dos inúmeros trabalhos existentes. Entre lançamentos e títulos já conhecidos, autoras/es divulgam obras literárias e livros resultantes de pesquisas acadêmicas.

LANÇAMENTOS:

14h30 às 18h30 Oficina - Rotas Mocambolas no Latinidades

Por: Casa de Cultura Tainã, Ocupação Cultural Mercado Sul Vive! e Rede Mocambos - com a presença de Mestre TC

O sistema Baobáxia foi criado para que comunidades quilombolas, indígenas, ribeirinhas, assentamentos rurais e movimentos urbanos possam publicar e compartilhar seus saberes, fazeres e valores. Primeiro, faremos uma batucada e um cortejo pelo Museu Nacional. Depois, falamos sobre nossas Pajelanças Mocambólicas, com uma apresentação relâmpago da Rede Mocambos e das tecnologias livres para quilombos, aldeias e quebradas. Em seguida, às 15h30, propiciaremos 2 roteiros, 2 provocações a respeito da forma de viver e construir um mundo mais do nosso jeito - como diria Zumbi dos Palmares.

1) Embarque para a Ocupação Cultural Mercado Sul Vive! (QSB 12/13 - Taguatinga - DF) para a Rota dos Baobás e os Quilombos Digitais.
A partir das 16h00, no Mercado Sul, faremos uma vivência transcultural de economia solidária, tecnologias livres e construção de redes autônomas de sustentabilidade. Um microcosmo ativo de intercâmbios entre redes de agroecologia, culturas indígenas, quilombolas e periféricas, de todo o Brasil e além, com educação social, saúde integral, comunicação para cidades e florestas e entretenimento cultural para crianças, jovens e adultos. Retornamos ao Museu Nacional às 18h00.

2) No Museu Nacional, temos o
Baobafricanizando as Américas.

Memórias e histórias das comunidades dos povos e em seus territórios livres são recontadas através das próprias pessoas, compartilhadas através do Baobáxia - Galáxia de Baobás: estratégia de luta e tecnologia digital livre criada pela Rede Mocambos para publicar e compartilhar memórias digitais e fortalecer laços entre comunidades, sem depender da internet.


O Baobáxia é um sistema de programas livres de computadores inspirados na árvore que testemunha a história da humanidade, para guardar e transmitir ensinamentos, práticas e valores de povos que querem seguir plantando o que comem, produzindo o que precisam e dançando com o cosmo.
Na Rede Mocambos, a Mucua, o fruto do baobá, é o computador instalado e mantido por cada comunidade, que guarda e dá acesso a vídeos, programas de rádios, fotos e textos produzidos ou publicados na rede, que podem ser compartilhados localmente e com o mundo, sem depender da internet.

16h às 17h - Oficina - "Turbantes"

Com Juliana Yemisi Luna (SP)

Adorna a cabeça de mulheres ao redor do mundo, contando histórias que empoderam e aproximam universos culturais. Cada interação, segundo sua visão, é uma oportunidade de educar e compartilhar. Com a missão de inspirar mudança. Buscando sempre o lugar real. Onde tudo é possível!

Juliana usa sua história pessoal para apresentar o turbante como símbolo de empoderamento feminino, com destaque para a descoberta de sua ancestralidade iorubá através de teste de DNA feito para o documentário “Brasil: DNA África”. Ao aprender diversas amarrações de turbantes, as participantes são estimuladas a reconhecer a potência feminina, com o auxílio de suas coroas de pano.

** As participantes deverão levar: um tecido de algodão de 60 cm x 60 cm.

 

Shows Latinidades

(área Externa do Museu Nacional)

19h30 - Arielly

20h10 - Donas da Rima (DF)

20h50 - MC Soffia (SP)

21h30 - Beth D’Oxum e Coco de Umbigada

22h20 - Rico Dalasam

23h10 - Dream Team do Passinho (RJ)

00h - Okwei V Odili (Nigéria)

01h - Hope Clayburn (EUA)

 

Dia 31 de julho, domingo

11h às 21h – Feira Latinidades

14h às 15h30 - Slam A Coisa Tá Preta! - Batalha de Poesia

Com Tati Nascimento e Meimei Bastos (DF)

O primeiro slam (batalha de poesia) específico para pessoas negras do brasil, seja batalhando ou como júri, cria do slam das minas, foi idealizado para fortalecer a cultura da palavra falada, a ampliação das vozes através de poesia político-lírico-afetiva.

**Como participar da batalha/como funciona um slam: cada pessoa vai ler/declamar/apresentar 3 poemas de, no máximo, 3 minutos pra um júri que vai dar notas.

a batalha tem três rodadas: pra segunda rodada vão as pessoas com maiores notas na primeira, pra terceira vai quem ficou com maiores notas na segunda, y as notas da terceira rodada definem quem fica em primeiro, segundo ou terceiro lugar.

Os prêmios são apresentados no começo da batalha. O júri é escolhido na hora, entre as pessoas presentes; as notas mais baixas y as notas mais altas não são contadas. no slam a coisa tá preta, além do poema, a performance também é avaliada. como já foi dito, a batalha é exclusiva pra pessoas negras. a temática dos poemas é livre!

14h às 17h - Espaço Literário

 Release: http://bit.ly/LatinidadesLiteratura

14h30 às 16h - Oficina - "Maquiagem para pele negra - Projeto Negras do Brasil"

Com DaMata Makeup (SP)

Daniele Da Mata foi a idealizadora do projeto Negras do Brasil. Maquiadora, proprietária e idealizadora da DaMata Makeup, formada pelo Senac-SP, convive com o mercado da beleza há dez anos, desde que estagiou em uma empresa de cosméticos. A partir de então, aprimorou seus conhecimentos de maneira natural, curiosa e profissional. Trabalhou em salões de beleza, estúdios de fotografia e em eventos. A maquiagem para pele negra tornou-se algo comum em seu cotidiano, a ponto de se identificar com as experiências de vida e anseios de cada mulher negra.

Atualmente, a DaMata Makeup viabiliza o Negras do Brasil, escola itinerante de maquiagem para pele negra, com o objetivo de proporcionar momentos de diversão e conhecimento pessoal, elevando a autoestima de suas alunas. O projeto é pensado e formatado de acordo com a necessidade do público de cada local, buscando obter excelência na realização das atividades e a valorização da Beleza Negra.

15h às 18h -  Espaço Kids Latinidades: Bailinho à fantasia

Com Crespinhos SA (RJ)

O Bailinho da Crespinhos SA surgiu na zona oeste do Rio de Janeiro para ocupar espaços e levar as crianças para curtir um bom som. Direto das terras cariocas para o Latinidades, faremos um encontro musical para os/as pequenos/as e suas famílias, em um ambiente alegre, cheio de dança e representatividade. Atrações musicais e dançantes da cultura negra periférica dão o ritmo da diversão: funk, soul, hip hop, trap’in, charme, r&b, rap e o samba não podem faltar nossa festa.

As fantasias animam ainda mais a farra. Heróis e heroínas, príncipes e princesas, animais ferozes ou fofinhos: tá liberado ser o que e quem quiser!

O Bailinho terá ainda um mini workshop de dança com a fofíssima Elis Catanhede, “uma criança preta que dança” . Do alto de seus 5 anos, a mini diva adora ensinar suas coreografias. Elis começou a dançar aos 2 anos nas pistas do Baile Black Bom. Hoje, Elis é dançarina do H2K Viaduto de Madureira, já foi a vários programas de TV e participou de diversos editoriais de moda. Uma verdadeira “It girl” cheia de conteúdo e personalidade.

14h às 20h30 - Oficina - "Vivência de Percussão, Dança, Canto e História Tradicionais da cultura Yorùbá"

Com Ìdòwú Akínrúlí (Nigéria)

Artista residente há 5 anos no Brasil, é responsável pela ÌLÚ AKIN. É percussionista, baterista, dançarino e professor de arte e cultura Yorùbá. Dirige o grupo ÌBEJÌ, que, fundado em 2012, tem atuação artística e cultural fundamentada nos ritmos, danças e no drama da mais pura cultura tradicional Yorùbá. Em 2013, gravou o CD “ÌTÀN ÒRUN ÀTI ILÉ AYÉ – Histórias do Céu e Terra”, que recebeu em 2014 o destaque no Prêmio Açorianos de Dança da Prefeitura de Porto Alegre. Em 2015, lançou o DVD “ÌTÀN ÒRUN ÀTI ILÉ AYÉ – Histórias do Céu e Terra” - que ganhou o Prêmio Nacional de Expressões Culturais AfroBrasileiras 2014, promovido pela­ Fundação Palmares, Petrobrás, CADON e Ministério da Nacional da Cultura.

A oficina tem por objetivo partilhar a cultura Yorùbá e fornecer informações sobre sua influência na arte em todo o mundo.

A África é, muitas vezes, vista como um “país” único, e sua diversidade cultural é ignorada. Hoje vemos, no Brasil, uma efervescência da organização dos movimentos sociais, culturais e entidades públicas que visam esclarecer e promover dignamente a riqueza da matriz africana. A proposta da ÌLÚ AKIN é contribuir para que o público possa se identificar, trocar experiências e sentir a sua ancestralidade por meio da experimentação corporal, cantos, toques e da audição de histórias de seus antepassados. A oficina trabalha com a sonoridade presente no oeste africano: a percussão, a dança e suas histórias.

14h às 17h - Oficina - "Parte I - Percussão"

Na primeira parte, a oficina de percussão trabalha com a música através dos conhecimentos fundamentais da percussão: técnicas, instrumentos e ritmos tradicional da cultura Yorùbá. Além disso, são abordadas a história dos instrumentos, do povo Yorùbá e a sua influência na cultura brasileira.

** Os participantes deverão levar: seu próprio instrumento (qualquer instrumento de percussão).

17h30 às 20h30 - Oficina -  "Parte II -  Dança" 

A segunda parte da oficina tem o intuito de promover a experiência e desenvolver a autonomia da dança dos/as participantes na arte da dança da África através dos conhecimentos fundamentais sobre técnicas, histórias, movimentos e ritmos – possibilitando esta vivência como experiência artística, cultural, física e de saúde.