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Projeto Cinema
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Projeto Cinema na Escola vai apresentar Carlos Oswald aos estudantes

O projeto “ Cinema vai a Escola “, da Secretaria Municipal de Educação, vai levar a todos os alunos dos ensinos fundamental e médio da rede municipal de ensino o filme longa metragem  documentário sobre a vida,  obra e a importância de Carlos Oswald para a história das artes plásticas no Brasil. Os 700 alunos, de 18 a 29 anos, matriculados no Programa Projovem Urbano,  do Governo Federal, que está oferecendo em Petrópolis cursos de capacitação profissional totalmente  gratuito, com direito a bolsa auxílio no valor de R$ 100, também serão beneficiados. A cópia do filme, dirigido pelo diretor Regis Faria com o ator Fernando Eiras no papel de Carlos Oswald, foi entregue esta semana a Secretaria  de Educação pelo jornalista e assessor de imprensa, Gustavo Medeiros, que representou o diretor executivo Mário Jorge Monteiro, que já confirmou presença, junto com parte do elenco, nas primeiras sessões do longa, que já participou de vários festivais, entre eles, a Mostra de Cinema de Vila Nova do Famalicão, em 2007, no Porto, em Portugal.

 

Projeto entra em seu segundo ano

 

O projeto “ Cinema na Escola “, em atividade há dois anos,  tem como objetivo levar a cultura, através do cinema, para todas as unidades da rede pública municipal. “ Esse documentário tem um linguagem simples, mostrando, com riqueza de detalhes, a vida e a obra desse importante artista brasileiro. Além de ser bastante interessante, prende, totalmente, a atenção do telespectador. O mais importante: nos faz refletir sobre a importância de um artista e a sua obra “, disse a professora  Ana Lucia de Souza, também professora  do Projovem nos  Núcleos das Escola Municipais Monsenhor João de Deus Rodrigues  ( Pedro do Rio ) e  da  Madaglena Tagliaferro  ( Corrêas ).          

 “Carlos Oswald, embora nascido na Itália, porém registrado brasileiro, foi acima de tudo um ilustre petropolitano. De sua residência na serra, surgiram as  idéias e grandes trabalho do artista. Carlos Oswald é, portanto, um dos petropolitanos honorários mais queridos da nossa Cidade Imperial “,  comentou o professor Joaquim Eloy dos Santos, membro do Instituto Histórico de Petrópolis. A casa da Rua Carlos Gomes, nº 42, onde residiu o artista plástico Carlos Oswald é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artistico Nacional ( IPHAN ). Hoje, em funcionamento o Espaço Villa Vitta, de propriedade particular, onde reúne profissionais multidiciplinares e oferecem diversos cursos, workshop e palestras voltadas para a educação, saúde, bem estar e autoconhecimento.

 

A história de Carlos Oswald para toda a rede municipal

         

Carlos Oswald nasceu em Florença, na Itália, em 1982. Foi registrado brasileiro. Viveu em Petrópolis, de 1930 a 1971, quando faleceu aos 89 anos. Residiu com a família na Rua Carlos Gomes, nº 42, que pertenceu ao seu pai, o compositor e pianista Henrique Oswald. A pedido do construtor Heitor da Silva Costa, desenhou  a imagem do ponto turístico mais importante do Brasil, o Cristo Redentor, cartão posta mundialmente conhecido na cidade do Rio de Janeiro. Em Petrópolis, foi autor dos vitrais da câmara mortuária de Dom Pedro II; dos painéis decorativos com oito metros de altura e dois de largura, representando a coroação de Dom Pedro II e o outro, na despedida do Imperador. Desenhou também, a imagem de Nossa Senhora de Fátima – Trono de Fátima, no Valparaíso. A família de Carlos Oswald doou os estudos preliminares de todas as obras do artista para o Museu Imperial de Petrópolis.

O filme, com 97 minutos de duração, gênero documentário, colorido, som estério, finalizado em mídia digital, é, segundo o diretor executivo Mário Jorge Monteiro, “ uma reflexão  sobre o papel do cidadão em relação com a cidade e as conseqüências da intervenção urbana “ .  Segundo ainda o diretor, o “ descaso e o desconhecimento dos brasileiros para com a arte e os artistas nacionais são mostradas com bom humor, ao mesmo tempo em que se conta a história do pintor Carlos Oswald, autor de obras de artes em instituições culturais, igrejas, palácios e monumentos “.  Patrocinado pela Eletrobrás, o filme foi custeado pela Lei de Incentivo a Cultura – Rouanet, e conta com a participação como atores, Augusto Madeira e Claudio Mendes.

A direção de fotografia foi de Mário Carneiro, um dos fotógrafos mais importantes do cinema brasileiro. Ele faleceu em 2007, no Rio, aos 77 anos. O artista sofria de câncer e foi sepultado  no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Sua última participação no cinema, foi no documentário Carlos Oswald – O Poeta da Luz.  O fotógrafo foi um dos expoentes do Cinema Novo e também atuou como diretor e montador de filmes. Entre os clássicos do cinema nacional que ele fotografou estão Arraial do Cabo (1959), Porto das Caixas (1961), O Padre e a Moça (1965), Capitu (1968) e O Viajante (1999).Por 500 Almas, documentário dirigido por Joel Pizzini, Carneiro ganhou o prêmio de Melhor Fotografia no 37º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Nascido em Paris, filho de diplomata, ele era ainda pintor e gravador. Formou-se também na Faculdade Nacional de Arquitetura, em 1955. Carneiro foi incentivado a seguir carreira no cinema pelo poeta Vinícios de Moraes, amigo de seu pai, que reconheceu seu talento após assistir à fita amadora A Boneca.

O longa “ Carlos Oswald – O Poeta da Luz “ foi exibido para convidados pela primeira vez em dezembro de 2009, na sala de cinema Manoel Bandeira do Museu Imperial. Essa sessão foi apresentada pelo diretor executivo do filme, Mário Jorge Monteiro e pelo presidente do Instituto Histórico de Petrópolis, professor Joaquim Eloy dos Santos. Boa parte do filme foi rodada em Petrópolis em 2005. A chefe da Divisão de Áudio e Vídeo da Secretaria de Educação e coordenadora do projeto “ Cinema na Escola “, professora Ana Lúcia de Souza, está elaborando uma grade de programação para divulgar as datas,horários e locais das sessões na sala de cinema  Humberto Mauro,  do Centro de Cultura Raul Leoni.